O Herdeiro das Trevas escrita por Bruna Weasley


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá;
Essa é minha primeira fanfic, então talvez não esteja muito boa, mas não deixem de comentar, por favor.
Tenham uma boa leitura.



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Eu era apenas um garoto. Iria embarcar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts como qualquer bruxo de onze anos, mas eu não era qualquer um. Eu tinha uma missão de vingança a cumprir.

Pela minha vida toda eu havia ficado escondido com a solidão, tendo o estranho pressentimento de que eu era errado. Simplesmente errado. E eu era, assim como todos da minha família. Éramos errados.

Havia sido criado em torno de pessoas malignas e sentimentos de vingança. Por que não era como elas? Por que não pensava que crianças inocentes deveriam sofrer pelo que meu bisavô sofreu? Pelo que interpretei a história, ele mereceu o que aconteceu.

Por mais que tentasse me convencer de que os Potter e os Weasley deveriam ser punidos, estava furioso por ter que frequentar a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts só para vingar minha família. E, infelizmente, naquele dia de setembro, o objetivo da minha vida iria iniciar.

- Vamos, apresse-se. – Mal percebi meu pai na porta, o que causa um pulo de surpresa. – O trem não vai ficar esperando por você, garoto.

Peguei minha mala e caminhei para a porta, tendo como objetivo ignorar um pai assustador parado na porta de meu quarto. Mas como esperado, não deu certo. Ele me puxou pelo ombro, segurando com tanta força que tive que vencer ao impulso de gemer, e disse:

- Deveria sentir-se honrado. Deveria sentir-se honrado por ser você a vingar nossa família, a ser você a acabar com os indesejados e a terminar o que o Lorde das Trevas começou. A ter um lugar importante na nossa família. Nem todos tiveram essa mesma sorte.

- Deveria sentir-me honrado se não estivesse destinado a trabalhar para o lado das trevas – disse, friamente.

Os olhos do homem brilharam de fúria. Logo me arrependi de meu comentário.

- É melhor tomar cuidado – ele avisou. – A não ser que queira ter mais uma conversinha no armário.

Meu corpo se retraiu. Desviei o olhar e tratei de andar pelo corredor antes que ele tornasse sua ameaça em realidade.

***

Assim que chegamos à plataforma, meu pai tentou transmitir que nós éramos a família mais feliz do mundo, mas estava óbvio de que algo estava errado ali. Eu mal conseguia respirar, e estava quase chorando de desespero. Minha mãe não estava muito melhor. Ela tremia como se aquele fosse o dia mais frio que o Reino Unido já havia sofrido. Já ficara muito tempo tentando imaginar por que uma mulher tão bondosa casara com alguém tão grosso, mas era impossível descobrir.

Quando eu iria subir no trem, meu pai me puxou para perto, como se quisesse abraçar-me, e sussurrou no meu ouvido:

- Lembre-se o que aconteceria em casa se você falhar.

Eu me afastei pálido, e ele sorriu como se tivesse dito a coisa mais maravilhosa do mundo. Minha mãe me encarou com piedade, mas não pude deixar de ficar com raiva. Deixaria que seu marido ameaçasse o filho, afinal? Ela nunca fora famosa pela sua coragem, mas nem mesmo pelo seu próprio filho? Peguei a mala e embarquei no trem.

Seguindo as ordens do meu pai, procurei a cabine dos Potter e Weasley. Finalmente, achei uma cabine com seis pessoas, quatro garotos e duas garotas. Depois de regular minha respiração, bati na porta da cabine e a abri.

- Olá, hum, posso sentar-me com vocês? – perguntei, sem jeito. – O resto do trem está cheio.

Uma garota, ruiva e com cabelos curtos, aparentemente com onze anos, sorriu e respondeu:

- Claro, sente-se.

Ela era bonita. Tinha a pele clara e sardas no rosto. Seus cabelos ruivos e curtos alcançavam o queixo, e já usava o uniforme de Hogwarts, o que me fez reparar que estava ansiosa para as aulas. Seu sorriso amigável era atraente, e não pude deixar de sentir um arrepio.

Sentei-me ao lado de um garoto loiro com aparentemente doze anos, o que me estranhou. Pelo que eu sabia, não havia loiros na família dos Weasley e Potter. Só depois de um tempo reconheci-o como um Malfoy. Mas o que um Malfoy estava fazendo naquela cabine?

Antes que eu pudesse perguntar, a garota que me recebeu no começo olhou para mim com seus olhos verdes ainda mais bonitos que seu sorriso.

- Sou Lily. Esta é Rose, e este...

- Sei quem são vocês – interrompi. Meu pai havia me apresentado cada um deles. Rose Weasley, James Potter, Alvo Potter, Hugo Weasley. Não queria soar grosso, mas devo tê-lo, já que Lily retraiu-se um pouco. – Quer dizer, já ouvi falar de vocês e seus pais.

- Sim – ela sorriu. – A maioria das pessoas diz isso. E qual o seu nome?

- Connor – respondi. – Connor Stilens.

E então nós começamos a conversar. Descobri que o Malfoy, Scorpius Malfoy, era um amigo deles. E, por incrível que pareça, ele era legal. Gentil, até. Todos lá pareciam dar-se bem com ele, menos Rose Weasley. A cada frase que ele dizia, ela discutia com ele.

Eu fiquei surpreso quando os conheci mais além. Parecia que meu pai havia me ensinado tudo sobre eles, mas ao mesmo tempo nada. Eu passara a acreditar que eles eram pessoas horríveis, e que seria uma tortura ter que ser amigo deles, ou ao menos fingir. Mas não era. Ao longo do primeiro ano de Hogwarts, eu fui percebendo que não existia companhia melhor. E ao longo dos outros anos, odiei o destino feito para mim do mesmo modo que odiava meu pai.


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Notas finais do capítulo

Por favor, comentem. Quero saber se devo continuar, o que vocês acharam, o que pode melhorar.