Hate You Fuckin Much! escrita por Bru20014


Capítulo 7
Capítulo 3




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Fui pra casa ontem com a Mel quase que escondida do idiota que acha que é pai dela. Sei que ele tinha dito que eu podia ficar com ela hoje, mas de louco se espera tudo.

Quando cheguei em casa ouvi sons estranhos. Quando me aproximei do quarto de minha mãe vi que o som vinha de lá e indentifiquei-o como som de vômito. Provavelmente a bêbada bebeu demais e agora ta vomitando até as tripas. Tampei os ouvidos de Mel e me tranquei com ela no quarto até que a campainha tocou.

Eu tava só de camisola, mas fui até a porta mesmo assim. E que problema teria um carteiro gostoso me ver de vestidinho ou um velho qualquer quem só vai babar e babar? E tem outra me camisola é de seda holandesa e... Merda.

-Uau. -disse o fdp que se encontrava em minha porta.

-O que você ta fazendo aqui? Melhor como descobriu onde eu morava? -perguntei com meu olhar mais fulminante -Não! Deixe-me adivinhar, você está me seguindo!

-Na verdade eu perguntei à sua amiguinha. -disse ele provavelmente se referindo à Ginger. Bom, essa ainda me paga por essa.

-Ta, e o que você quer?

-Te ajudar com a Mel.

-Não preciso de ajuda. -disse começando a fechar a porta, mas ele segurou-a.

-Eu vou ajudá-la. -disse ele -E ponto final.

Não havia nada que o fizesse ir embora, então não vi outra alternativa a não ser deixá-lo entrar. Quando dei passagem para ele entrar, vi seu sorriso sarcástico se formar no canto de seus lábios.

-Uau. -disse ele olhando a casa -Que casa! Quantas pessoas não dariam tudo para morar aqui?

-Bom, eu daria tudo para sair daqui. -disse subindo as escadas, mas quando o vi parado olhando em volta deslumbrado com a casa me espantei um pouco. Ele morava em um bairro pobre ou algo parecido antes?

-O que tanto olha? É só uma casa. -disse parada na escada.

Os olhos dele pousaram em meus pés e foram subindo até encontrar meus olhos.

-Algum problema? -perguntei ao ver a cara de bobo apaixonado dele.

-Não. -disse ele ao recuperar a fala -Cadê a Mel?

-No meu quarto.

Me virei de costas não podendo evitar um sorriso ao me lembrar da forma em que ele me olhou há poucos segundos. Por que? Por que ele me faz me sentir assim? Ou com raiva ou... Sei lá o que é que estou sentindo agora.

Graças ao bom Deus, quando passamos em frente ao quarto de minha mãe, ela estava quieta. Seria humilhante demais se ela estivesse vomitando ou xingando a TV ou qualquer outra coisa inanimada que ela pensasse que estava tentando se comunicar com ela.

-Entre. -disse sentando na minha cama e apontando em seguida para Mel, que estava sentada em uma cadeira no canto do quarto -Ali ela está.

Ele foi até ela e a pegou no colo. Não pude evitar e deixei um pequeno sorriso escapar.

-O que foi? -perguntou ele rindo.

-Vai ser um ótimo pai. -disse.

Ele colocou Mel na cadeira e se sentou de frente para mim na cama e então disse: -Pois eu acho que você será uma ótima mãe também.

Ficamos no entreolhando por algum tempo e quando vi estávamos ambos nos inclinando um querendo alcançar a boca do outro até que sou acordada pelo som de minha mãe me gritando freneticamente: -Trish!! Trish!!

Nos afastamos imediatamente e disse: -Vou ver o que ela quer.

Ele assentiu e me levantei indo rumo ao quarto de minha mãe, que pode até ter me salvado de beijar o cara que mais odeio no mundo, mas sei também que beijá-lo seria bem menos pior do que ter que atender minha mãe.

Abri a porta do quarto furiosa e me deparei com a cena mais desgostosa do mundo. Minha mãe rolava no próprio vômito como se tivesse se afogando.

-Soco... -disse jorrando vômito da boca e do nariz. 

Eu a olhava me forçando a acreditar que aquilo não podia ser minha mãe. Aquilo não estava acontecendo. Mas quando achei que nada pior podia estar acontecendo, vi que me enganei.

-Meu Deus. -ouvi a voz de Josh Adams vindo de trás de mim horrorizado.

Não o encarei. Não podia me mover.

-Não vai me ajudar? -perguntou minha mãe toda suja me estendendo a mão.

Fiquei imóvel por alguns instantes até que me aproximei dela e disse bem proxima dela: -Eu tenho nojo de você. Nojo!!

Dei as costas e fui para o meu quarto, onde comecei a chorar virada para a janela.

-Trish, eu não fazia a mínima...

-É? Pois finja que nunca viu o que vou aqui, ta? -disse chorando -E não ouse ter pena de mim!

-Eu não tenho. -disse ele -Só quero ajudar você.

Desabei de vez em lagrimas e ele veio me abraçar. Nunca ninguém me abraçou daquele jeito. Forte e querendo realmente me apoiar.

E ficamos ali por minutos até que Mel começou a chorar de fome. Peguei a mamadeira dela e dei para ela. Quando ela se mostrou satisfeita, Josh me perguntou há quanto tempo aquilo vinha acontecendo.

-Por que acha que vem acontecendo há muito tempo?

-Poraue você não tem mais pena dela. -disse ele -Você a odeia e quer mais que ela se vire sozinha.

-Não posso limpar a merda dela pra sempre. -disse -Isso só a faz beber ainda mais. Ela tem que acordar por si mesma e perceber que não posso ajudá-la e sim ela tem que se ajudar.

-Eu concordo. -disse ele.

-Eu sei que acha que me entende, mas você não entende.

-Entendo sim. -disse ele.

-Entende?

-E então por quanto tempo isso vem acontecendo com sua mãe? Sua vida toda?

-Desde que meu pai saiu de casa. -disse -Quando tinha oito anos. Ela começou a beber e colocava a culpa em mim quando estava bêbada. Era como se eu tivesse feito papai ir embora. Como se eu quisesse isso...

-Eu sinto muito. -disse ele me abraçando novamente.

Nos olhamos novamente e dessa vez nada pôde interromper nosso beijo. Foi um beijo quente, com muito desejo, mas também compreensão.

Eu olhei no fundo de seus olhos verdes quando parti o beijo e pedi: -Fica essa noite?

Ele apenas me beijou novamente com muita ternura respondendo que atenderia o meu desejo. E eu apenas agradeci correspondendo aquele beijo.

Mel chorou novamente e começamos a rir antes de atender a pequena Mel, que tinha sujado a frauda.

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