Madness escrita por Angelica


Capítulo 1
Capítulo 1




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Hospice of Sanity

Ficha clinica-960626

Nome: Madie, diminutivo de Madness, nome dado pelo seu segundo médico.

Idade: 17 anos

Numero: 960626

Ala: Norte

Medico: Philipe Hatter, 19 anos, medico prodígio.

Personalidade: Calma, obediente. Tem medo de quase tudo.

Doenças: Síndrome do pânico, Sociofobia, Depressão e Esquizofrenia.

Causa: Ainda não existem certezas mas alguns médicos anteriores acham que a mente dela está a reagir à culpa pela morte da família.

Historia: Aos 5 anos Madie foi encontrada na berma da estrada à frente de sua casa que ardia por completo.

Dentro da casa os pais, Suze e Victor, bem como a sua irmã mais velha, Lucy, foram deixados a arder. Lucy não foi queimada no incendio, infelizmente foi encontrada morta, mutilada e quase irreconhecível. Os pais foram completamente queimados,os únicos vestígios da sua existência foram as cinzasbem como a mão esquerda da mãe e uma poça de sangue do pai.

A menina foi acusada de ter morto a família. Condenada pelo testemunho da vizinha que diz ter visto a criança a sair com uma faca na mão.

A vizinha foi morta dias depois. Alguns tentaram acusar Madie do assassinato da vizinha, mas não ouve provas.

Foi-lhe declarado Loucura e então veio parar no Hospice of Sanity.

Outros: A sua primeira médica ofereceu-lhe um gato de pelúcia a qual Madie chamou Cheshire. É a única "pessoa"com quem ela fala.

Tem medo de quase tudo e todos. Assusta-se com facilidade, não convêm fazer movimentos bruscos ou falar muito alto perto dela.

Avisos Importantes: Ela mantem-se calma e obediente a menos que lhe seja retirado o gato de pelúcia. Se isso acontecer ela torna-se violenta e agressiva. Nenhum médico deve se aproximar dela enquanto estiver neste estado. Todos os pacientes e médicos devem ser evacuados e a segurança deve devolver-lhe o brinquedo.

Philipe estava a ler a ficha da sua nova paciente. Pelos vistos ela era diferente do que lhe tinham contado.

Mais problemática e infantil? Talvez, mas não era isso que o preocupava. Era aquela parte de "evacuados" e "a segurança deve devolver-lhe o brinquedo" não era normal.

Quando um paciente era problemático a segurança sedava o tipo e deixava-o num soninho descansado. Mas com esta paciente era diferente, parecia que não a conseguiam controlar por completo.

Mas isso pouco importava desde que não lhe tirasse o brinquedo.

–É novo por aqui?- perguntou uma enfermeira- Precisa de ajuda?

A enfermeira tinha uma pala com um coração no olho, cabelos loiros e o olho visível era verde. O corpo dela tinha o formato perfeito de uma garrafa de coca-cola. Ele sorriu e disse:

–Sim, eu sou o Doutor Philipe Hatter. Preciso de ajuda a encontrar a sala da minha paciente 96...

–Já sei! O senhor é o novo medico da Madie, não é?

Como podia ela saber?

Pelos vistos ela lê mentes porque logo a seguir disse:

–Maior parte dos médicos novos que aparecem por aqui são da Madie. No máximo eles duram uns 2 ou 3 meses.

–Tendo em conta que ela está cá faz 12 anos... são muitos médicos.- respondeu Philipe sorrindo ironicamente- Mas pode me mostrar onde fica a sala dela?

A enfermeira esboçou um pequeno sorriso eacompanhou-o até uma porta cor-de-rosa com um gatinho na maçaneta.

–Aqui está, Doutor. Espero que tenha um bom dia.

–Obrigada, mas não me disse o seu nome.

–Margarete Snow White.-nesse momento uma voz chamou por ela- Tenho que ir, mas não hesite em chamar se sentir necessidade. Adeus, Doutor.

–Adeus, menina White.

Quando ela se afastou ele destrancou a porta e trancou-a por dentro. Sem olhar para a sua paciente disse:

–Olá, Madie. Eu sou o Doutor Philipe Hatter. Mas podes tratar-me por Philipe.

Quando desviou o olhar dos papeis para a menina quase se perguntou se estaria na porta errada. Ou no Hospício errado, para ser mais especifico.

–Cheshire, eu tenho um novo Doutor. Gostas dele? Eu também não. Mas temos que obedece-lo ate ele ir embora como os outros.

A voz da menina era doce e frágil como uma gota de agua.

–És a Madie, certo?- perguntou ainda não acreditando que uma menina tão frágil poderia ser tão problemática ao ponto de ter tido tantos médicos.

A menina não desviava o olhar do gato.

–Cheshire, o Doutor quer saber se me chamoMadie.Qual é o meu nome? Eu também não sei o meu verdadeiro nome. Mas osdoutores que eu tive chamavam-me Madie, não era?Concordo é um nome estranho, mas agrada-me.

–Bem, se quiseres outro nome possotratar-te por outro nome.- respondeu Philipe ainda encantado com a menina

–Cheshire, queres que eu tenha outro nome? Não?Nesse caso fico-me por Madie.

A menina desviou o olhar paraPhilipe e... assim ficou.

Durante uns minutos, horas, dias talvez anos. Já nem sabia, mas aqueles olhos...oh, aqueles olhos azuis arroxeados e brilhantes. Ficaram a falar com os olhos até ele perceber que ela se tinha levantado e que estava agora muito perto dele.

–E-eu, eu bem...Olá.- aquelas palavras saíram tão tortas e enroladas que duvidava que ela o tivesse percebido.

Ela continuava a fita-lo nos olhos como se estivesse fascinada com os olhos cinzentos dele. Acontece commuitas pessoas mas ela olhava-o como se aquilo fosse uma coisa do outro mundo. Era estranho especialmente tendo em conta que os olhos dela eram quase roxos.

–O-o...-ela parecia estar a tentar falar com ele.

Ela segurou-lhe na mão e apertou com força, mais força, mais perto.

–O-o...Olá- disse por fim suspirando no fim, como se tivesse feito um esforço enorme.

–Olá, eu sou o Philipe.

–E-eu...Madie- disse ela ficando vermelha e soltando a mão dele e apontando para o gato.- E-ele...Cheshire.

–Olá, Cheshire. Eu sou o Philipe, prazer em conhecer-te. - Ele agarrou o braço do gato como se estivesse a cumprimenta-lo.

–E-ele gosta de ti.- disse a menina- Tu gostas d-dele?

–Sim, gosto muito do Cheshire. Gostava devos conhecer melhor, aos dois.

Foi uma LONGA conversa, sem duvida. Passadas umas horas a menina já falava mais tranquilamente.

Bateram à porta e ela correu e encolheu-se no canto mais afastado da sala. Ao destrancar a porta para ver quem era admirou-se.

–Doutor temos que evacuar o local.-declarou a enfermeira White-Um dos pacientes fugiu e não sabemos onde ele está. Pode ficar perigoso.

A menina que agora se encontrava no canto da sala começou a falar com o gato:

–Cheshire, o Carlos fugiu? Sim, deves estar certo, talvez ele se tenha escondido na conduta de ventilação ao lado da sala de estar. Mas isso não é da nossa conta, certo?

A enfermeira correu como se soubesse que a Madie ia contar-lhe exatamente onde o paciente estava.

–Como sabias?- perguntou-lhe enquanto trancava a porta- Como sabias onde ele estava?

–Eu? O Cheshire é que me contou. Mas o Carlos escondesse ali sempre que tem que levar injeções.

–Entendo. Mas porque falas comigo e não com os outros?

–Os teu olhos.- respondeu Madie

–O que tem?

–São da cor do pelo do Cheshire. Eu gosto.

Sorriu enquanto se aproximava dela, e se agachava para tocar nela.

–Tu és muito simpática não entendo porquê os outros médicos desistiram tão rápido de ti.

–Vais perceber.- disse ela olhando para os olhos dele fascinada- Vais perceber, muito em breve.

A voz dela ficou sombria de repente. Mas ele estava demasiado encantado pela menina para perceber.

–--21:00---

–Bem, chega por hoje.- declarou Philipe- Adeus, Madie. Adeus, Cheshire.

–Adeus, Doutor. -respondeu a menina abraçando o gato

Philipe saiu trancando o quarto da menina.

–Ei, menina White. Olá, o que faz aqui?

A enfermeira com a pala parecia estar em choque, as mãos tremiam ao perguntar:

–Ela estava a falar com sigo?

–Estava. É estranho, não é?

–Uau! O senhor é...bom- disse ela nervosa.

–Está bem? Pareces nervosa.

–Estou ótima. Tenho que ir, adeus.

–Adeus.

Philipe foi para casa. A enfermeira esteva escutar por de trás da porta, não esteve? Ai ai, não era a primeira vez que eleera subestimado devido à sua idade.Com 19 anos ser um psiquiatra de renome mundial é... tenso. Ojulgamento constante dos médicos mais velhos e enfermeiros especialistas era cansativo. Bastou saltar alguns anos na escola, do 9º paraa faculdade paraser mais especifico, entrar num bom hospital trabalhar como um cão durante 1 ano, passar outro ano a fazer milagres evoilá!Montes e montes de prémios depois emontes de milagres.

É uma boa vida, tirando a parte de ser subestimadopor causaidade.

Mas valeu apena,ele teve o que sempre desejou, certo?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Este é pequeno mas os próximos serão maiores



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