Eu ainda estava lá o encarando sem reação até que um dos idiotas do Dean deu um chute na barriga de Alex e ele caiu, eu sufoquei um grito, meu namorado levantou com o rosto contorcido de dor e negou com a cabeça e mesmo contra a minha vontade (eu queria gritar) entendi aonde ele queria chegar, se eles soubessem que nos conhecíamos iriam usar isso contra nós. Mas de qualquer forma eu tinha que fazer alguma coisa.

  Por algum motivo quando Will me alcançou eu me lembrei do bisturi que ainda estava em meu tênis, me abaixei e o alcancei ao mesmo tempo em que Dean me fez ficar de pé me erguendo por um braço.

  - O que ela está fazendo aqui? – ele perguntou ao filho e vi Will engolir em seco, mas logo depois recuperou a postura.

  - Só estávamos dando um passeio – ele garantiu e Dean estreitou os olhos pra ele. – Resolvi tirar ela daquele quarto um pouco, daí ouvimos a confusão e viemos ver o que era.

  Dean bufou aparentemente sem acreditar, mas mesmo assim me soltou.

  - Depois você me explica isso direito, agora tenho assuntos mais urgentes para resolver, esses merdinhas aqui estavam tentando nos roubar, então vamos dar a eles o tratamento que merecem – ele disse com um sorriso assustador. – Leve ela pra dentro e depois volte aqui – mandou e Will fez menção em me arrastar outra vez para casa, essa era a minha última chance de fazer alguma coisa, e como não tinha tempo nem neurônios suficientes funcionando para pensar, simplesmente me joguei no chão e cai meio encima de Alex.

  - Aqui – estiquei a mão até alcançar as suas que estavam amarradas lhe entregando o bisturi. – Se solte. Eu já voltou – consegui sussurrar antes de Will me levantar e começar a me arrastar em direção a casa outra vez.

  Olhei pra trás só para ver Dean e seus homens rindo enquanto chutavam Max e Alex, meu coração apertou. Fiquem bem, pedi silenciosamente, Por favor.

  Enquanto Will me arrastava de volta e praguejava sobre o quão estúpida eu era, eu estava mais ocupada em pensar num jeito de voltar lá pra fora, eu não tinha nem armas e nem um plano, mas eu tinha que voltar, não podia simplesmente deixar que o babaca do Dean matasse Alex quando eu finalmente o encontrei (durante um sequestro não pude deixar de notar, será que eu só ia achar o pessoal se me sequestrassem?), então eu tinha que agir, mesmo que não tivesse a ideia de como fazer isso.

  Quando chegamos ao quarto de Sarah, Beth estava saindo de lá com uma expressão furiosa no rosto. Ela nos viu e parou de súbito.

  - Ela estava com você? – a ruiva perguntou à Will fazendo com que sua carranca se transformasse em uma expressão de surpresa. – Eu achei que...

  - Ela estava comigo – Will a interrompeu impaciente me olhando feio. – Agora a acorrente de novo e fique de olho nela, tenho que voltar lá pra fora – avisou, e dito isso voltou correndo por onde viemos. Beth me empurrou para dentro do quarto ainda me olhando feio e foi até a corrente ficando de costas pra mim.

  - Não me faça achar que você fugiu outra vez ou eu vou acabar matando você – ela anunciou enquanto eu olhava em volta, avistei um vaso de flores encima de uma mesinha no canto do quarto, o peguei e Sarah que estava sentada em sua cama me olhou com curiosidade.

  - Desculpe por isso Beth – falei sinceramente, não era do meu feitio atacar alguém pelas costas, mas eu não tinha muitas opções. Sarah arregalou os olhos quando entendeu o que eu ia fazer, mas já era tarde de mais, desci o vaso com tudo na cabeça da ruiva e ela desabou no chão.

  - Liz por que fez isso? – Sarah perguntou, sua voz estava tremendo, me senti mal por isso, mas não tinha muito tempo pra me sentir mal por qualquer coisa.

  - Eu tenho que sair daqui – disse olhando em volta outra vez atrás de algo que pudesse usar como arma.

  - Mas Beth, ela está...?

  - Ela não está morta – garanti – Só desmaiou, o máximo que vai conseguir com esse meu ataque é uma concussão e um galo.

  - Liz – Sarah chamou e eu desviei a atenção do quarto para encará-la. – Você vai me machucar?

  Sua pergunta me magoou um pouquinho, tudo bem que eu tinha atacado Beth, mas Sarah não podia estar achando que eu faria algo contra ela, eu ainda era humana e gostava de me lembrar disso todos os dias, eu não era uma assassina ou um cadáver, era uma garota.

  - Você acha mesmo que eu faria algo assim? – perguntei e ela negou com a cabeça me fazendo sorrir e a encarando eu tive uma ideia maluca. – Sarah eu não vou machucá-la, mas preciso da sua ajuda, tenho que sair daqui e você é a única que pode me ajudar.

  - Como? – ela quis saber, mas eu já não estava mais prestando atenção, segui para a mesa com os instrumentos cirúrgicos, amassei uns comprimidos com água e enchi uma seringa com o liquido esbranquiçado, fui até Sarah e a encarei.

  - Assim – respondi a levantando da cama e a fazendo ficar de pé na minha frente, ela gemeu e eu meio que a icei do chão, segurei seus braços com o meu esquerdo e usei o direito para colocar a agulha da seringa em seu pescoço.

  - Liz o que...?

  - Vamos – a cortei enquanto a arrastava pra fora do quarto, eu estava me odiando muito por tudo isso, mas era o único jeito, e se Sarah não acreditasse na farsa Dean também não acreditaria, então teria que ser pra valer.

  - Hei o que...? – começou um cara no meio do corredor, mas eu não tinha tempo pra isso.

  - Sai da frente! – gritei e ele se assustou pulando para o lado, passei por ele e alcancei a entra da casa.

  - Liz, por favor... – Sarah pediu e eu me senti pior ainda, mas respirei fundo e ignorei esse sentimento, não podia parar agora ou seriamos todos mortos.

  Dean ainda estava no mesmo lugar, com um semi-circulo ao redor de Max e Alex que estavam de joelhos com os rostos cobertos de sangue e os braços ainda pra trás. Cole e Bob tinham suas armas apontadas para a cabeça deles, aquilo me irritou pra valer.

  - Que tal essa brincadeira ficar mais interessante em Dean!? – gritei e todos se viraram para me encarar a maioria com suas armas em punho apontadas pra mim e Sarah.

  - Mas que merda é essa!? – Dean gritou e só isso já teria feito meu dia valer a pena, mas não era isso que eu queria, meu objetivo era chamar atenção, por que quanto mais prestassem atenção em mim, menos prestariam em Alex e Max que se estivessem fazendo tudo certo já deviam estar a meio caminho de se soltarem.

  - Não é obvio? – perguntei irônica. – Estou sequestrando sua filha do mesmo jeito que seus amiguinhos fizeram comigo. E agora é melhor não tentarem nada, por que se meu dedo escorregar um pouquinho Sarah vai sentir muita dor.

  Eu vi raiva, choque e pânico passarem pelos olhares de Will e Dean, e mesmo sem querer vi o quanto eles podiam ser parecidos quando queriam, Will me olhava com um misto de confusão, raiva e decepção, já Dean me olhava com puro ódio. Mas ambos deviam ter chegado à mesma conclusão, que deviam ter me matado quando tiveram chance. Eu desci os degraus da varanda levando Sarah comigo e todos acompanhavam meus passos, até Cole e Bob que mesmo parecendo interessados em me matar não tiravam as armas das cabeças dos rapazes.

  - O que você quer para solta-la sua vadia? – Dean perguntou entre dentes e eu sorri.

  - Não é obvio de novo? – perguntei e Will suspirou ao lado do pai.

  - Ela quer ir embora daqui – disse o loiro.

  - E eu vou conseguir – disse com raiva – Nem que pra isso tenha que levar Sarah comigo.

  - Não Liz, por favor, não... – a morena em meus braços implorou e isso acabou comigo. – Will, por favor, não deixa ela me levar...

  A expressão de dor do loiro foi de cortar o coração, mas eu não ia deixar me abalar, não podia.

  - Liz por que isso? Eu achei que você era diferente – sua declaração quase me fez chorar, eu só queria ir embora desse lugar viva junto com Alex e Max, isso era pedir muito?

  - Diferente? – Dean perguntou cuspindo as palavras. – Ela é só uma vadia que não se importa com ninguém.

  Eu pretendia ser séria e fria, mas não consegui, não quando Dean era um babaca.

  - Sou eu quem não me importo com ninguém!? – gritei sentindo o sangue ferver. – Eu cuidei da sua filha depois de me sequestrarem seu cretino! Como tem coragem de dizer que não me importo!?

  - A mesma filha que você está tentando matar? – ele perguntou irônico – Muito nobre da sua parte. Me diga você quem é o cretino aqui.

  - Pai... – Sarah chamou e Dean perdeu parte de sua pose.

  - Não se preocupe – ele disse com um sorriso debochado. – Não é como se essa vadiazinha tivesse coragem de fazer algo com você.

  - Duvida pra ver – praticamente rosnei apertando a seringa um pouco mais no pescoço de Sarah e ela se encolheu, tentei não pensar muito nisso. Dean e Will avançaram um passo e quase todo mundo apontou suas armas na minha direção, mas não recuei, por incrível que pareça eu não estava com medo, estava cercada e seguindo um plano louco onde faltavam várias partes, mas não estava com medo, só conseguia sentir raiva, homens como o Dean são os piores, antes ou depois do fim do mundo, eu tinha me tornado sua “propriedade” só por que ele tinha decidido assim e isso me dava nojo.

  Mas para minha surpresa e felicidade quando eu já estava começando a ficar sem ideia do que fazer Max e Alex ficaram de pé, derrubaram Cole e Bob sem muita dificuldade uma vez que eles estavam prestando atenção em mim e pagaram suas armas, eles apontaram as armas na direção de Will e Dean fazendo com que metade do pessoal apontassem suas armas pra eles.

  - Como eles escaparam seu idiota!? – Dean rosnou para Cole e ele olhou feio para Alex enquanto massageava a cabeça, Bob não teve tanta sorte, ainda estava caído no chão, Max tinha mesmo dado um jeito nele.

  - Eu não... – Cole tentou, mas Dean o cortou quase espumando de raiva.

  - Chega, eu não me importo! – rosnou e se virou parcialmente para Max e Alex. – Vocês não deviam ter feito isso, por que com a vadiazinha ali eu sou obrigado a conversar por causa de Sarah, mas com vocês? Nem tanto. Nós somos muitos e vocês só dois, acho que é uma conta fácil não é?

  - Que bom então que somos três não é mesmo? – Alex disse debochado cuspindo o que me pareceu uma bola de sangue no chão.

  Dean olhou de Alex pra mim e de volta pra ele.

  - Vocês são amiguinhos é? – ele perguntou com um sorriso meio louco.

  - Amiguinhos? – perguntei irônica. – Não mesmo, você não devia ter mexido com a minha família.

  - Você acha que o fato de vocês se conhecerem vai mudar alguma coisa? – Dean perguntou enquanto Will olhava de mim para Alex, acho que meio que entendeu que ele era algo mais que um amigo.

  - Claro que vai – disse divertida. – Se você machucar algum deles eu machuco a Sarah, é assim que funciona, é assim que vai ser. – Dean e Will me olharam incrédulos e Sarah se encolheu um pouco mais em meus braços. – Eu só quero sair daqui com eles. Nos deixe sair que eu solto Sarah.

  - Quem garante que você vai solta-la se nós os deixarmos ir? – foi Will quem perguntou.

  - Eu não sou você nem seu pai, não tenho por que levar Sarah, só quero ir embora daqui – garanti começando a andar em direção ao portão, lenta e cautelosamente eu segui em direção ao Alex e ao Max.

  Todos me encaravam e metade deles apontavam suas armas na minha direção, mas eu sabia que aquilo era inútil uma vez que eu ainda estava com Sarah presa a minha frente, ela era meu “escudo humano”. Eu estava começando a acreditar de verdade que esse plano louco daria certo, que sairíamos daqui e eu poderia libertar Sarah assim que estivéssemos fora, mas foi ai que tudo deu errado.

  Beth apareceu na varanda da casa atirando em mim, seus tiros não acertaram meus braços e aminha cabeça por muito pouco, Alex atirou nela e depois disso um verdadeiro inferno começou. Os números com certeza não estavam a nosso favor, mas eu tinha Sarah e felizmente pra nós Alex era do tipo que pensava rápido, ele se escondeu atrás de umas arvores perto da saída com Max e eles não atiravam nas pessoas e num primeiro momento me perguntei se havia alguma coisa errada, mas eu conhecia bem de mais a mira de ambos para achar por muito tempo que era um erro, eles estavam mirando nos trailers no pátio, quando o primeiro explodiu metade do pessoal parou pra olhar e eu aproveitei pra correr ainda com Sarah em meus braços, tiros choviam a nossa volta e alguém até alcançou meu braço, mas num movimento rápido me desvencilhei de seu aperto e quem quer que fosso não conseguiu protestar depois de ser atingido e cair no chão.

  Alcancei os meninos pelo que me pareceu a vontade de Deus por que eu ainda estava tentando entender o que estava acontecendo.

  - Vá! – gritou Alex e eu o olhei incrédulo, depois disso tudo ele queria se separar de mim outra vez?

  - Mas...

  - Liz, vá embora daqui, reto pelo norte, leve a garota, nós nos encontramos lá – ele me cortou e eu hesitei olhando em seus olhos, neles haviam um fogo como quem diz: “Dessa vez nós não vamos nos separar”. Depois de um segundo eu tomei minha decisão e corri arrastando Sarah comigo.

  - Volte aqui sua vadia! – ouvi Dean berrar as minhas costas e vi uma bala passar muito perto do meu braço direito, mesmo querendo muito eu sabia que Dean não ia tentar me matar de verdade, ele não arriscaria Sarah assim.

  - Não tão rápido seu filho da mãe! – Alex gritou de volta. – E não chame minha namorada de vadia!

  Sorri com o comentário, com certeza estava com saudades do moreno, muitas mesmo.

  - Liz... – Sarah murmurou em meus braços e eu suspirei.

  - Não se preocupe – tentei tranquilizá-la. – Eu não vou machucá-la, pelo menos não de verdade.

  - Eu sei – ela disse e isso me surpreendeu, já estávamos no meio da floresta e eu parei quando Sarah se virou para me encarar, seus olhos estavam vermelhos, mas ela sorria. – Você não é assim e também está tremendo – ela comentou divertida e eu acabei rindo, mas o som inconfundível de uma enorme explosão me fez parar. O que estava acontecendo?

  - Isso acaba aqui – uma voz que não fazia parte da conversa disse a minha esquerda me assustando e Sarah e eu nos viramos para ver, Will estava parado me encarando com sua arma aportada para minha cabeça.

  - Will espera – Sarah pediu, mas ele não pareceu ouvi-la.

  - Esta tudo bem Sarah, eu vou tirá-la daí.

  - Você não está entendendo...

  - Will me escuta – pedi também, mas ele não parecia estar pensando direito por que saltou pra cima de mim.

  - Agora chega! – ele gritou e eu senti seu braço agarrar o meu direito, foi tão rápido que mal vi o que estava acontecendo, ouvi Alex e Max me chamando e ouvi também Will gritando, mas não prestei atenção, a única coisa que vi foi o conteúdo da seringa se esvaziar no pescoço da morena em meus braços.

  - O que você fez!? – Will berrou me empurrando para o lado e pegando o corpo inerte da irmã com uma mão e usando a outra para apontar sua arma na minha direção, mas não me importei, Alex e Max o tinham na mira também.

  Peguei o pulso da morena rezando pra estar tudo bem e senti um alivio tremendo quando vi que tinha pulsação.

  - Ela está bem – ofeguei e Will me olhou parecendo incapaz de entender as palavras. – Ela está bem.

  - Como ela pode estar bem se você a envenenou! – ele berrou e vi sua arma tremer.

  - Não tinha veneno, nunca teve! – garanti – A única coisa que tinha na seringa era analgésico, foi o que encontrei para colocar, vocês não saberiam a diferença de qualquer forma! Ela está bem, deve ter desmaiado de dor por causa do machucado ou o apagado pela quantidade de analgésicos que tinha na seringa, mas estava está tudo bem. Ela está bem. – repetia ultima frase só para ter certeza de que ele tinha ouvido, dessa vez ele pareceu entender por que abaixou sua arma e abraçou a irmã.

  - Obrigada por não tirá-la de mim – ele disse e suas palavras me surpreenderam.

  - Eu nunca quis isso – garanti e senti Alex me puxar pra cima.

  - Vamos Liz, temos que ir.

  - Ela vai ficar bem mesmo? – Will perguntou e eu sorri.

  - Quando acordar estará novinha em folha – disse e ele sorriu.

  - Você é um cara de sorte – ele disse olhando para Alex atrás de mim. – Ela é uma garota incrível.

  - Ela é sim – ele concordou e nós nos viramos para correr.

  Quando eu me permiti respirar fundo aliviada foi quando aconteceu o último desastre do dia.

  - Pai, não! - eu ouvi a voz de Will ao mesmo tempo em que senti o que veio em seguida, o tiro me acertou em cheio no braço esquerdo e num primeiro momento não senti nada, nem vi muita coisa, mas sei que Max se virou e atirou em Dean o acertando no ombro ao mesmo tempo em que Alex me segurava e eu sentia uma dor excruciante em todo o meu braço.

  Meu namorado segurou meu braço bom e me arrastou enquanto eu ainda ouvia Will gritar, mas agora eu não sabia mais por que.

  Quando finalmente paramos eu não conseguia sentir outra coisa que não fosse dor, eu tinha a sensação de que tinham ateado fogo ao meu braço.

  - Liz, hei, você está me ouvindo? Está bem? – Alex perguntou a minha frente e mesmo com a dor eu não pude deixar de notar seu rosto machucado com cortes e arranhões, era eu quem devia estar perguntando. Você é a medica aqui Liz, aja como tal!, disse a mim mesma e respirei fundo apertando o ferimento em meu braço com a mão direita.

  - Estou sim – garanti respirando fundo outra vez. – Só preciso que alguém amarre esse ferimento pra mim.

  Alex se prontificou em fazer isso com um pedaço da minha camisa xadrez (ela era a menos suja) e depois que terminou foi que olhei em volta e percebi que estávamos em uma estrada cheia de carros abandonados e isso me fez sorrir, quantas lembranças.

  - Melhor nos apressarmos, não quero esperar eles conseguirem vir atrás de nós – Max chamou e mesmo me sentindo mal por Sarah e até por Will não pude deixar de concordar que quanto mais nós ficássemos longe daqui, melhor.

  - Como vamos sair daqui? – quis saber e eles trocaram um sorriso cúmplice que eu não entendi.

  - Acho que você vai gostar da resposta – Alex disse apontando para mais adiante quase no meio das árvores, sorri involuntariamente por que o que estava estacionado ali era nada mais, nada menos que o jipe que encontramos com Dylan e Meg no dia em que nos conhecemos.