Como Assim Apocalipse Zumbi? escrita por Lelly Everllark


Capítulo 14
Bem-vindo a equipe, tente não ser morto!


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Antes de vocês me matarem apedrejada eu posso explicar por que sumi, Ok? Como eu comentei no capítulo anterior, eu comecei na faculdade (Isso mesmo faculdade! Ai meu Deus, ainda não me acostumei com isso) e não é tããão complicado, só é mais puxado, por que temos dever toda semana e eles sempre são em cima da hora... Ai eu como a pessoa organizada que sou (só que não) me embanano toda e acabo não tendo tempo pra escrever, nem minhas series to conseguindo acompanhar direito... É triste vida... Mas enfim, como eu bem coloquei, posso demorar mais eu vou postar, Ok? Não se preocupem quanto a isso e se Deus quiser eu posto outro capítulo hoje ou talvez amanhã... #NãoPrometoNada :D
Amo vocês e BOA LEITURA!! :)



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Eu sabia que devia estar apavorada com a situação, mas a única coisa em que eu conseguia pensar era em como o garoto, apesar de todo o sangue e a “cara de mal” parecia apavorado.

  - Eu fiz uma pergunta! – ele praticamente rosnou colocando o dedo no gatinho da pistola. – Quem são vocês?

  - Hei! – disse me colocando na frente da Amy – Calma ai.

  - Quem são vocês? – ele gritou, mas percebi que estava tremendo – Eu não vou perguntar de novo!

  - Abaixa a arma pra podermos conversar – pedi.

  - Eu não quero conversar! – ele gritou – Saiam daqui! Saiam daqui ou vou matar as duas!

  Aquilo me assustou, e não foi a ameaça, eram os gritos dele, eles iam acabar atraindo mais gelatinas verdes e eu estava cansada de mais pra achar aquilo engraçado.

  - Ele não nos mataria nem se quisesse – Amy sussurrou – Podemos ir embora daqui? Quero trocar de roupa.

  Ponderei a ideia da Amy, é sair daqui seria com certeza a melhor escolha, mas deixar esse garoto nesse estado no meio dessa bagunça não me pareceu o certo a fazer, mesmo que ele estivesse apontando uma arma pra mim.

  - Olha eu... – não consegui terminar, por que do nada uma horda apareceu, os gritos dele devem ter atraído eles pra cá.

  - Liz... – Amy murmurou – Temos que sair daqui.

  - Vamos! – gritei para o garoto, ele me olhou sem entender – Vamos, agora!

  Não esperei pra ver se ele ia me seguir, agarrei o braço da Amy e corri.

  Fiz varias curvas aleatórias no meio da floresta, estávamos completamente perdidas, mas não me importei, e para a minha surpresa o garoto estava nos seguindo, depois do que me pareceu a centésima curva nos deparamos com um carro que devia estar parado ali a décadas de tão velho.

  - Vamos nos esconder lá dentro! – gritei parando bruscamente fazendo com que o garoto e Amy quase esbarrassem em mim – Não temos munição para uma horda, e não quero morrer!

  Nenhum dos dois discutiu, nós entramos no carro e nos trancamos a tempo de vários deles começaram a bater nos vidros.

  - Eles vão derrubar os vidros – o garoto disse parecendo apavorado.

  - Liz – Amy chamou aparentemente tão apavorada quanto ele – Nós vamos morrer aqui!

  - Não! Ninguém vai morrer e ninguém vai entrar! – declarei – Agora se abaixem, deitem no piso se preciso, vamos esperar eles irem embora.

  - Você não manda em mim! – o garoto disse me desafiando – Nem me conhece!

  - É não te conheço – disse com raiva – Mas não quero morrer por sua causa! Então me obedeça!

  Eu devia mesmo estar com uma aparência horrível por que depois disso o garoto não reclamou mais, ele e Amy se abaixaram no banco de trás e eu no dá frente, mas devia estar mesmo cansada por que dormi assim que me abaixei e acordei com Amy me chamando.

  - Hei Liz! – ela disse balançando meu ombro e eu abri os olhos confusa – Acorda, eles já foram – Amy contou assim que sentei, olhei pra fora do carro e contestei que era verdade – Mas temos outro problema.

  - Problema? – perguntei preocupada – Que problema?

  - Acho que o garoto morreu – comentou como se não fosse nada.

  - Como assim morreu!? – perguntei incrédula dando um pulo e batendo a cabeça no teto do carro.

  - Ele desmaiou há alguns minutos e está sangrando.

  - Por que não me acordou antes? – perguntei a afastando para olhar. O garoto estava deitado no banco de trás com a manga do casaco do braço esquerdo encharcada de sangue.

  - Achei que ele só estivesse dormindo, assim como você – murmurou se desculpando.

  - Tudo bem – suspirei, afinal Amy não tinha culpa de nada – Me ajuda a tirar o casaco dele, pra eu poder ver com o que estamos lidando aqui.

  Ela assentiu e nós começamos o nosso trabalho no cubículo empoeirado em que nos metemos. Mais ou menos meia hora depois, tínhamos conseguido tirar o casaco dele e limpar a ferida que descobri ser um ferimento a bala bastante grande, mas tinha pego apenas de raspão, estava prestes a começar a costurá-lo quando ele abriu os olhos parecendo perdido.

  - Bem-vindo ao mundo dos vivos – disse terminando de ajeitar a linha na agulha, então me virei para Amy – É melhor você segurá-lo.

  - Hei! – o garoto disse se sentando e quase batendo a testa na minha – O que você está fazendo?

  - Costurando você – disse calmamente e foi só então que ele pareceu notar que estava sem o casaco e que seu ferimento tinha sido limpo.

  - Por que fez isso? – ele perguntou prestes a tocar o ferimento, eu segurei sua mão antes disso.

  - Por que você ia sangrar até a morte se eu não fizesse, e não toque, não tenho antisséptico pra desperdiçar – soltei sua mão e ele não tentou tocar outra vez.

  - Obrigado – ele disse e isso me surpreendeu.

  - Tudo bem – garanti – Agora vire-se que tenho que te costurar.

  O garoto se virou e Amy segurou o braço dele pra mim poder costurá-lo, 15 min. e muitos xingamentos depois o corte dele estava limpo, costurado e com um curativo.

  - O que vocês querem por isso? – ele perguntou vestindo um outro casaco que tirou da mochila e guardando o cheio de sangue lá.

  Eu e Amy nos entreolhamos e eu sorri.

  - Seu nome – disse.

  - O que? – ele perguntou me encarando confuso.

  - Você não nos disse seu nome – esclareci – Mas se tiver alguma munição eu aceito também.

  - Ben – ele disse sorrindo – Meu nome é Ben.

  - De Benjamim? – Amy perguntou curiosa e ele assentiu – Sou Emilly, mas todos me chamam de Amy, essa doutora que cuidou de você é a Elizabeth, mas pode chamá-la de Liz.

  Por algum motivo eu ri do jeito que Amy nos apresentou, ela corou e Ben abriu um meio sorriso.

  - Pra onde vamos agora? – Amy perguntou depois de uns minutos de silencio.

  - Ainda temos que achar eles – comentei eu estava com fome e dolorida de ficar naquele cubículo – Então acho que o plano continua.

  - Eles quem? – Ben perguntou parecendo interessado.

  - Nossos amigos – esclareci e me lembrei do que Amy tinha me pedido mais cedo – Agora você pode esperar lá fora?

  - Por quê?

  - Por que Amy e eu vamos nos trocar aqui dentro.

  - Vocês vão o que!? – ele perguntou incrédulo e eu e Amy sorrimos.

  - Nos trocar – repeti – Agora sai.

  - Mas...

  - Vaza Ben! – o expulsei e ele saiu praguejando sobre como garotas são malucas, mas como eu tinha cuidado do seu machucado ele não teve muita escolha a não ser ficar de costas para o carro vigiando.

  Eu e Amy nos trocamos num piscar de olhos, de modo que 10 min. depois estávamos fora do carro ao lado de Ben.

  - Pra onde vamos agora? – ela perguntou terminando de fechar sua mochila e colocando a nas costas.

  - Continuar procurando – respondi suspirando, eu não queria mostrar desanimo, mas já estava começando a ficar com fome outra vez, e por mais que doesse admitir, também já estava começando a perder as esperanças em relação a achar o pessoal, afinal já estávamos nisso há quase dois dias e nada.

  - Então isso é um adeus, certo? – Ben perguntou me tirando dos meus pensamentos e me fazendo lembrar que ele estava ali. – Obrigado de novo pelo curativo e até uma próxima – ele disse com um meio sorriso se preparando para se virar e ir embora.

  - Você não vai com a gente, não? – Amy perguntou antes que eu pudesse fazer o mesmo.

  Ben nos encarou com surpresa, como se fosse muita loucura convidarmos ele para ir conosco.

  - Eu tentei matá-las – ele lembrou.

  - Não – discordei – Você só apontou sua armada na nossa direção.

  - Dá no mesmo – ele rebateu.

  - Que seja – comentei – Meu namorado apontou um fuzil na minha direção e nem por isso ele disparou. E você, pelo que percebi está sozinho, então não vai ter problemas em ir com a gente e...

  - Espera! – ele me interrompeu – Seu namorado apontou um fuzil pra você e vocês ainda estão juntos?

  Eu e Amy rimos.

  - Ele apontou o fuzil na minha direção quando nos conhecemos, igual você fez lá atrás, e eu também apontei as minhas pistolas na direção dele, como fiz com você. Nesse mundo de hoje, não se pode confiar de cara em ninguém.

  - Ta, mas... – ele começou e essa foi a minha vez de interrompê-lo.

  - Nada de “mas”, pegue suas coisas e vamos logo!

  - Você não pode me obrigar a ir com você – ele comentou com um sorriso irônico.

  - Não estou te obrigando, estou te convidando – disse calmamente colocando a mochila sobre o ombro. – Você é livre pra decidir não vir. Mas acredite em mim quando eu digo que viver nesse mundo sozinho é uma droga.

  - Como você...? – ele não terminou a pergunta, mas a entendi mesmo assim.

  - Eu vi a mordida e o corpo – disse – Não é muito difícil ligar uma coisa à outra, e não tem problema, você fez o que tinha que fazer.

  - Não tem problema!? – ele gritou como se estivesse liberando o medo e a revolta de vários dias, eu vi as lagrimas se acumulando em seus olhos – Eu matei o meu pai! Como isso é fazer o que tinha que fazer?

  - Eu enten... – tentei, mas ele me interrompeu.

  - Não diga que entende, por que você não entende!

  - Ben... – Amy tentou também, mas ele nem pareceu ouvi-la.

  - Vocês não entendem... – ele disse outra vez – E nunca vão entender!

  - Acredite quando eu digo que entendo – falei me aproximando e ele deu um passo pra trás – Eu tive que fazer o mesmo com a minha mãe, num minuto era ela e no outro não... – murmurei sentindo um arrepio com a lembrança, como se tivesse acontecido ontem e não quase oito meses atrás. – Eu sei o que está sentindo Ben, mas ficar sozinho não vai ajudar nem você, nem ninguém, ao invés disso você tem que viver, lutar, só assim você vai honrar sei pai que, aposto que morreu para que você vivesse – disse, e a essa altura eu já estava a poucos centímetros dele, que não estava mais contendo as lagrimas – E Ben – disse levantando seu rosto e encarando seus olhos azuis agora vermelhos pelo choro – Não foi culpa sua, você fez o que podia por ele.

  Terminei meu pequeno discurso com a certeza de que ele ia voltar a gritar, mas ele fez algo que surpreendeu ainda mais, passou os braços pelas minhas costas e me abraçou, enterrando a cabeça em meu peito e chorou.

  Nós ficamos assim por uns minutos em silencio, só ouvindo o ruído ocasional de um zumbi ao longe. Até Ben me soltar e limpar o rosto com as costas da mão.

  - Isso não quer dizer nada – murmurou corando – Só vou com vocês por que você me obrigou.

  - Com certeza – disse divertida – Isso não quer dizer nada, a não ser, é claro, que eu vou ter que arrumar outra blusa por que você acabou com essa.

  - Haha, muito engraçado – ele disse irônico e Amy e eu rimos.

  - Certo meus amores – disse só para irritá-lo, assim que parei de rir – A conversa está ótima, mas temos que ir. A propósito Ben, bem-vindo a equipe, tente não ser morto!


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Notas finais do capítulo

Eai, vão comentar?
Sim ou por favorzinho? Em? *-*
Ok, parei de viadagem, mas espero o comentário de vocês!!
Beijocas de pudim e até o próximo capítulo!! :*



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