Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 4
Medo


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo ^^



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No dia seguinte, segui minha rotina normalmente, agindo como se nada tivesse acontecido. Sempre assim, quando me machuco é melhor deixar de lado e seguir em frente, não adianta ficar sofrendo por isso.

De repente ouvi a sineta da farmácia tocar, mas dessa vez não me virei, não estava interessado em saber quem acabou de chegar. Entretanto, ouvi aquela voz:

– Hum... Com licença.

Virei-me e sim, era Isabella. Porque ela está aqui? Não quero sofrer por causa de sua beleza.

– Olá, o que deseja?

– Oh! Não sabia que você trabalhava aqui! Bem, aproveitando, peço desculpas pela atitude de Noah.

– Não precisa sempre pedir desculpas pelos outro.

– Bem, não escolhi ser noiva dele, mas os meus pais e os dele se conhecem a anos e decidiram unir-nos. Não acho justo por que não o amo, mas não posso fazer nada.

– Compreendo. - bem que seria estranho se uma moça como ela se apaixonasse por ele - Bom, o que gostaria de comprar? Não é bom ficarmos aqui conversando, posso me encrencar. - disse a última oração inclinando a cabeça para onde estava Jonathan.

– Sim, claro, bem...

Ela fez o seu pedido, então a entreguei e ela me pagou. Antes de sair da loja, ela se virou e disse:

– Ah! Ainda não sei o seu nome.

– Collins. Andrew Collins.

– Foi um prazer reencontrá-lo, sr. Collins. Até mais.

– Adeus.

Isso parece tortura, por que tive que me sentir atraído por ela? Tão gentil e bela e jamais poderei me aproximar sem ter problemas... Bem, tenho que voltar ao trabalho de qualquer modo.

As horas passaram normalmente, não tivemos muitos clientes nesse dia, então quando chegou a hora saí e segui o meu caminho pra casa. Cheguei no parque. Por que nunca perco o hábito de ficar olhando as crianças brincando nele? Deixei tal questionamento de lado e sentei-me num banco que estava perto.

Fiquei lá observando as crianças e sentindo aquele vento de outono batendo em meu rosto. Era uma sensação calma e tranquila.

Distrai-me tanto que nem vi o tempo passar. Quando um vento passou levantando algumas folhas me toquei que o céu estava começando a mudar de cor. Vou ter que voltar pra casa...

Levantei-me e segui meu caminho. Senti de novo aquela sensação estranha, por que a estava sentindo? Seria impressão minha ou realmente havia algo aí? O vento soprava cada vez mais, eu via umas folhas voando e sentia aquela brisa bagunçando um pouco o meu cabelo.

De repente, parei antes de completar um passo. Recuei o meu pé e vi uma pequena aranha. Por pouco não a esmaguei acidentalmente.

– O que está fazendo aí, amiguinha? - Falei me abaixando e olhando pro minúsculo animal - Não é bom ficar aqui, alguém poderia pisar em você.

Estendi a minha mão próxima ao chão e a aranha subiu nela. Fechei-a levemente, tomando cuidado para não machucar o aracnídeo, então saí da trilha e segui para um pouco mais a dentro da floresta.

Depois de poucos passos avistei um tronco caído, então aproximei-me e abri a mão sobre a árvore para libertar a aranha. Ela andou tranquilamente para o tronco, sem problema algum.

Por que faço algo que para outros pode parecer insignificante? Talvez seja por que estou um pouco triste e entediado... Qualquer coisa serviria...

– Espero que não se incomode em ficar aí sozinha...

De súbito ouvi algo atrás de mim. Risos.

– Hu hu hu, olha só... O Slender fala com insetos, ha ha ha!

Me virei, era Noah Evan, Conner Black e Robert Turner. Senti de repente uma enorme sensação de medo, como se alguma coisa dissesse pra mim que algo de ruim irá acontecer, que eu devia correr!

– Qual o problemas? Não consegue falar com as pessoas? - falou Evan com um tom de deboche - Prefere mais flertar a noiva dos outros?

Engoli seco e tentei recuar, mas percebi que estava sendo cercado. Não tenho pra onde fugir!

– Eu não fiz nada...

– Oh, jura? Então é tudo um mal entendido? Hu hu. Não é por isso que estamos aqui, apenas deu uma pequena vontade de brincar com você.

Fiquei em silêncio, aquela sensação não sai de dentro de mim. Estou apavorado. Não tenho saída. Não há como escapar. Eu não gosto dessa sensação...

– Por que... Vocês me perseguem assim?

Eu nunca fiz nada pra eles. Por quê?

– Ora, por que é divertido, huhu.

Por quê?!

– Me deixem em paz!

Black e Turner me seguraram por trás e então notei que Evan estava com uma faca na mão.

– Não! Não! SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDE!!

Ele deu um soco em minha barriga, dei uma leve engasgada.

– Relaxe... Só vou arrancar os seus olhos, hu hu. Eu avisei pra você parar de ficar observando as criancinhas, mas você não me deu ouvidos,então vou arrancá-los para garantir que você obedeça.

– NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! NÃO!

Por favor! Não! Eu não quero isso! Por favor! No meio dos meus gritos de desespero, ele socou-me em baixo do queixo, então acabei acidentalmente mordendo minha própria língua. Senti um pedaço escapar de minha boca e uma grande quantidade da sangue a sair. Era sangue de mais, eu sentia ele entrando pela minha garganta como se eu estivesse me afogando num rio cheio de sangue.

Eles me largaram no chão. A perda de sangue está me fazendo perder as forças, mal consigo tentar ficar em pé.

– Ha ha! Ops! Não sabia que meu soco ia fazer isso contigo, hu.

– Chega, né, Noah. Se ele sagrar mais, isso vai matá-lo.

– Tanto faz, ninguém vai se importar mesmo.

Ele ergueu o meu rosto puxando pelo cabelo e sussurrou no meu ouvido:

– Ninguém vai sentir a sua falta, ninguém vai lembrar que você existe. Ninguém vai nem lembrar do seu rosto. Pensando bem... No seu caso, ter um ou nenhum não faz diferença, não é?

Ele ergueu mais a minha cabeça e enfiou a lâmina no meu olho esquerdo. A dor era imensa, mas pelo quantidade de sangue em minha garganta e minha fraqueza eu não conseguia gritar, saía algo abafado e eu acabava tossindo com o sangue. Ele tirou a lâmina e, mesmo eu ainda sentindo a dor no local, ele seguiu para o olho direito e dessa vez o tirou bem devagar, cortando a minha pálpebra e passando nas laterais para arrancar o olho inteiro.

A dor é enorme! Insuportável! Me mate!! Por favor me mate de uma vez! Chega! Chega! Não aguento mais isso! Por quê?! Por que fazem isso comigo?!

Por quê.......

Senti o meu corpo ficando muito pesado, a dor rapidamente sessando e meu coração batendo cada vez mais devagar. A perda de sangue e o trauma estão me fazendo perder os sentidos. Estou morrendo, não é? Já está totalmente escuro por meus olhos terem sido arrancado, mesmo assim dava pra sentir a morte chegando. Então essa é a sensação quando alguém morre... Tudo se apaga e caímos num vazio...


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Notas finais do capítulo

Trágico. ç_ç

Até o próximo capítulo o/