Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 33
Assassino sorridente


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, cancei de dar desculpas pelas demoras na fic X'D Em resumo: Brancos, outras prioridades e mais brancos.

Segundamente, quem gosta de FNaF, principalmente do terceiro jogo, dê uma olhada na one-shot que postei (Animatronic). Um pouco de suspense e terror com o nosso abiguinho Springtrap :v

Bem, isso que eu tinha pra dizer, boa leitura u.u



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A segunda parte do que mandei Toby fazer está mais complicada pra ele do que eu esperava. Droga! Não poderei usar isso então… Não. Tem que haver algo que eu possa fazer. 

Andei um pouco de um lado para o outro tentando pensar. Esse garoto, ainda é um “humano”, apesar da mente quebrada. Preciso tentar dar um jeito, mesmo limitado por esse lugar. A estratégia não pode falhar. 

Os animais têm tentado evitar ficar perto daqui, pois sabem que estou nessa área e os uso como fantoches, porém, há um que apenas está correndo esse risco por que o único lar que ele possui está logo ao lado. Me concentrei no gato de Tom. O felino apresentou uma leve resistência, miando grosso e sacudindo a cabeça, mas facilmente ficou sobre meu controle. 

O gato saiu do sofá, onde estava deitado e seguiu pelo caminho que eu o conduzia. Não faço ideia de onde o garoto está, não tenho como senti-lo com precisão. Passei um bom tempo o procurando com o gato, usando como referência lugares que ocorreram assassinatos recentemente.

Se ele está a pé e não pode se teletransportar como eu, é muito possível que tenha uma área próxima dos locais dos assassinatos do qual ele possa se esconder, como um lugar abandonado ou que raramente alguém entraria. Tenho em parte noção de como são alguns locais da cidade por entrar na mente das pessoas que entram ou passam próximo do parque, mas é complicado pois os assassinatos ocorrem quase do outro lado da cidade. 

Continuei tentando, até que, perto de um depósito, cheguei a perceber manchas de sangue. Não parecia estar lá por muito tempo. 

O gato as seguiu e em poucos passos dava para perceber uma construção abandonada. É um bom lugar para procurar. 

Caminhando um pouco, foi possível encontrar um corpo que já estava atraindo umas moscas. Era um homem e foi esfaqueado, além de sua boca cortada. O caminho parece o certo. 

Fiz o gato intensificar a busca, então, finalmente foi possível vê-lo. 

Ele estava lá, deitado encostado em umas caixas, com uma faca na mão e com o capuz de seu casaco ensanguentado sobre a cabeça. Pela respiração lenta, ele parecia estar dormindo. Dava para ver pela visão do felino as bochechas dele cortadas, formando um “sorriso” de orelha a orelha. Certo, agora as vítimas com o rosto desfigurado fazem sentido. O gato está um pouco longe, melhor fazê-lo voltar pra casa e dizer ao Toby onde o garoto está… 

De repente ele fez um movimento rápido “cortando o ar” e quase atingindo o gato com a faca. 

— Não posso nem dormir em paz? He he… 

Ele encarou o gato com aqueles olhos arregalados. Não será bom se ele sair daí antes de Toby encontrá-lo. 

— Quem é você? 

Sinto o gato recuando, o instinto de sobrevivência está mais forte que o meu controle.

— Em? Me diz. Veio me admirar ou… Quer alguma coisa? Fala logo. 

Ele está falando diretamente comigo ou perdeu o juízo? Posso segurá-lo aí. 

“Vá para o prédio abandonado perto da casa do incêndio.” 

O gato se movia de um lado para o outro, não tinha como saber se Jeff estava impaciente ou curioso, pois a expressão em sua face era imutável, ele nem piscava. 

— Está brincando comigo? Hum? O que quer? Vai dizer logo, e a verdade, ou vai mentir? Minha mãe mentiu… Tive que punir ela, he he. 

Ele olhou para o lado, também percebi o som de carro por perto. 

— Foi você quem trouxe pra cá, né? É um médico? A polícia?! 

O garoto ficou alerta e segurou a faca firme, encarando a passagem onde devia ter uma porta. É o único caminho fora uma janela… 

Era possível ouvir passos leves, aos poucos se aproximando, e o garoto se aproximou lentamente da porta, até que foi possível ver a sombra de Toby, e o mais novo foi pra cima dele com tudo. Com um reflexo rápido, Toby desviou o movimento da faca usando o cabo do machado que carregava, mas o garoto deu um chute em sua perna. 

— Não tou a fim de brigar com você, moleque. 

— E eu tou a fim de te matar, HA HA HA! 

Jeff avançou contra Toby e esse se esquivou do movimento. 

Não aja tão na defensiva…” 

— Eu sei! Eu sei! 

O garoto fez outro movimento e dessa vez fez um corte leve em Toby. Meu proxy estremeceu o corpo e encarou Jeff. Movimentou seu machado, deu um corte leve em Jeff e logo em seguida o chutou pro chão. O garoto, aproveitando a posição que estava, perfurou a canela de Toby com a faca, este olhou pro local e fez um olhar de deboche seguido de prender o pulso do garoto usando a parte de cima da cabeça do machado. 

Toby ficou tremendo por dentro e com a respiração rápida enquanto pegava a faca do garoto e colocava sobre o pescoço desse enquanto o prendia colocando o próprio corpo sobre ele. Ele encostou a lâmina na garganta de Jeff, Toby estava levemente fora de controle, mas intervi:

“Já chega, não esqueça do plano.”

Toby parou, respirou e olhou para o gato preto. 

— Certo… Vou fazer isso, me desculpe, Operador. 

— Dá pra sair de cima de mim? 

— Vou sair, mas tenho uma proposta. E acho que você achará interessante, Jeff Woods. 

—------

Toby enfim concluiu essa parte do plano, então tudo está nos conformes. 

Levou um tempo para o gato voltar para casa, ele foi pra bem longe e, quando chegou, já havia anoitecendo. O libertei de meu controle e o felino ficou assustado, olhando de um lado pro outro. Antes do animal chegar, reparei umas vezes os pais de Tom e ele mesmo questionando onde estava o gato, mas isso não dei importância.

O animal, por algum motivo, não queria entrar por conta própria. Enquanto isso, Tom estava preocupado dentro de casa:

— A gente devia tentar de novo achar ele. 

— Já está escuro, Tom, é quase impossível achar um gato preto desse jeito. 

— É isso que me preocupa. Oreon é um gato preto. 

— Pleno século XXI, não tem como alguém até hoje ter essas superstições. 

— Sério, mãe?! Isso é a coisa --

Tom se interrompeu ao ver o gato na janela. Ele correu para lá e abriu a janela pro gato entrar:

— Onde você tava, Oreon?! Vem cá! 

O gato se esquivou da mão de Tom e entrou na casa direto, com a cauda baixa e a pelagem levemente arrepiada. 

— O que foi? 

— Ele já está em casa, Tom, pronto, está tudo bem. 

“ Oreon nunca se comportou desse jeito…” Tom pensou. 

— Eu vou pegar comida pra ele, com esse tempo, ele deve estar com fome. — falou a mãe de Tom enquanto ia para a cozinha e chamou o animal, que foi devagar atrás dela. 

— O que foi? — o pai de Tom o perguntou — seu gato quase sempre faz isso de ir pra fora de casa, ele voltou, está tudo bem. 

— Oreon não é de recusar carinho meu assim, mas não é só isso, dá pra perceber que é outra coisa. (“Ele deve sentir o que o Slenderman está fazendo comigo e está com medo de mim.”) Fora que, sei lá, achei que alguém poderia ter matado ele, o senhor não gosta, mas atura, mas outras pessoas… 

— É, sou obrigado a concordar que há pessoas ruins por aí. Mas o comportamento estranho pode ser estresse por alguma coisa, não se preocupe muito com isso. 

Tom concorda com a cabeça, então diz:

— Ah… Segunda tenho um trabalho pra fazer depois da aula. Não sei quando eu e o meu grupo vamos terminar, talvez, durma na casa de um colega e volte pra casa depois da aula da terça, isso se pros pais dele achar de boa a galera dormir lá. 

— Outro trabalho em grupo? 

Tom dá de ombros e lembrou que já deu essa desculpa na primeira vez que foi à floresta. O pai dele está desconfiando de que ele vai pra uma festa e está mentindo sobre um trabalho e Tom sabe disso. Pro garoto, quem dera se fosse mesmo uma festa. 

— Hum… Poderá ir, mas ligue quando sair do colégio. 

— Tá, ok. 

Tom teve um sentimento ruim, então suspirou e subiu para o andar de cima. Ele seguiu para o banheiro e ficou respirando enquanto passava um pouco de água no rosto, ele estava sentindo náuseas e sua cabeça doía. 

— Chega disso… Chega… — ele sussurrava. 

Ele viu as luzes do banheiro se apagarem e um sentimento de medo tomar conta dele. Ele olhou pro espelho e viu os olhos púrpura brilhantes olhando pra ele no escuro. Tom ouviu uma espécie de grito agudo, então ele recuou e perdeu o equilíbrio ao bater no vaso, assim sentando sobre ele e colocando as mãos sobre o rosto. Ele respirou um pouco apavorado com os olhos fechados, até finalmente abri-los e ver que o banheiro estava normal e com a luz acesa. Foi uma alucinação. 

— Chega… 

Tom se levantou e saiu do banheiro de volta pro seu quarto. Ele está quase louco. Eu não tenho nada a ver com essa alucinação. 

— Vai acabar logo. — ele sussurrou, enquanto se encostava na porta do quarto e tentava se acalmar.— Vai acabar. 

Ele tentava ao máximo se convencer disso. Vinha a mente dele que o jeito mais rápido e fácil de terminar com isso era simplesmente morrer, evitaria até mesmo a chance disso acontecer com Soph. Porém, ele se lembrou do que ela disse a ele, de que não queria que mais alguém com quem ela se importasse morresse por minha causa. Tom pensou que, se ele morresse, ela teria mais um motivo para tentar “me parar” e entraria na floresta de qualquer jeito, dessa vez sozinha. 

Estás num beco sem saída, Tom. 


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Notas finais do capítulo

Tom já tá "fora da casinha". Não sei vocês, mas se eu fosse a Soph ficaria mais preocupada com o Tom pirando na batatinha que com o Slender, kkkkkkkkk

E o que será que Toby fez com o Jeff? Hum....... Saberemos em breve =)

Até o/



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