Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 15
Proxies


Notas iniciais do capítulo

EU VOLTEEEEEEI!!!

Me desculpem pela demora e vou ter que resumir a ópera de novo:
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Eu estava quase acabando uma das minhas fics aí foquei nela para acabar logo (só faltavam 3 capítulos, não demoraria tanto assim...), porém eu estava tendo muito branco pra escrever esse final aí não estava conseguindo escrever, o que resultou na demora tanto em "Legião Vermelha" como em "Slenderman: Beginning". Então, me desculpem, galera, por não ter avisado antes, mas é por que eu não esperava que fosse demorar tanto assim ç_ç
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Entendido, né?

Desculpa T-T

Bem, aproveitem o capítulo o/



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Depois de tudo, simplesmente deixei "Eyeless" Jack no seu próprio rumo e eu tomei o meu. Já não interferi muito em como ele se tornaria o mesmo tipo de monstro que eu, mesmo assim, não tenho por que me meter mais.

Refletindo um pouco... Lembro que antes havia considerado que eu devia pensar algo quanto aos meus proxies. Eles não precisão mais estar lá, "naquela cidade". Até mesmo tenho criado proxies com menos frequência, e cada vez tem aumentado o número que simplesmente deixo tendo sua "vida normal". Eu na verdade nem sei mais o motivo de ter os criado, já que ninguém mais passa por "aquele local" e, se passarem, não faz diferença, não seria tão suspeito assim, seria simplesmente mais uma cidade em ruínas.

Voltarei à cidade e, depois de todo aquele tempo, "libertarei" eles dessa fardo. Eu me importo com eles, não faria eles ficarem lá por nada como escravos ou algo assim.

Me transportei para o mais próximo possível da cidade, então segui a diante. Um deles, Laura me avistou à distância, basicamente nem precisei usar a telepatia para avisar minha chegada.

– Mestre!

" A quanto tempo."

Ela está feliz. Bem diferente de quando a encontrei. Aproveitando que já me avistou, pedi para vir comigo.

A cidade se decompôs muito com o tempo que se passou após minha partida. As plantas tomaram conta de tudo e cada casa, cada local estava com a madeira da estrutura escura devido a ação de chuva, sol e neve.

Telepaticamente ordenei para todos os proxies, se encontrarem a frente da casa dentro da floresta, onde a muito tempo atrás eu vivia e ultimamente alguns dos proxies dormem por lá. Transportei-me e em poucos segundos todos estavam presentes.

– Nem acredito que está aqui depois te tanto tempo, mestre! - Um deles falou - A últimas vez que soubemos algo, Nick falou que você observou um "como o senhor" durante a gerra.

"Lamento por preocupá-los com minha ausência."

– O que faz aqui de repente?

"Isso é sobre algo que eu tenho pensado a um bom tempo. A princípio, o meu objetivos em tê-los aqui era evitar que qualquer um entrasse nessa cidade, como vocês sabem. Antes o meu principal motivo para tornar um humano num proxy era isso, porém, faz um bom tempo que essa cidade não tem visitantes indesejaveis, estou certo?"

– Sim, mestre. - um deles disse - Antes até chegavam alguns por atividades normais, segundo os que estavam aqui a mais tempo diziam, daí depois surgiram boatos de que o lugar era assombrado e o número de pessoas que vinham diminuiu por conta do medo, o que era esperado. Em seguida... Simplesmente deixaram as "lendas" de lado e a cidade foi esquecida.

– Creio que desde o ano passado só passaram umas cinco pessoas no máximo, não é?

– Achei que eram três, mas todos sendo que passaram aqui por acaso, uns nem necessariamente entraram pela entrada da cidade.

"Enfim"– interrompi - " Basicamente já faz um tempo que vocês estão aqui sem fazer coisa alguma. Vocês não precisam mais ficar aqui."

– O que quer dizer com isso?

– Que está nos descartando, óbvio.

Todos, inclusive eu, olhamos na direção de quem falou isso. Era o Nick, basicamente o proxy que me avisou do Jack, naquela cidade perto de Detroit.

"Do que está falando?"

– O que está dizendo?! Slender jamais faria isso conosco!

– Ora, nós sempre fomos fieis, mesmo assim, a quanto tempo ficamos sem vê-lo por que sempre está por aí? E, no meu caso, que ficava por onde sempre vivi era pior ainda! Ele sumiu por aquele tempo todo, desde que avisei a ele de um cara que viraria um monstro que nem ele, por quê? Por que, já que não seria um proxy, não viu na mente dele o que aconteceria e pronto, como já fez com monstros anteriores? Se cançou da gente, somos descartáveis. Não duvido de depois de nos jogar fora nos substituir por outros monstros por serem todos como ele!

– Pare de falar besteira!

– E o seu irmão, Sara, Jack não morreu por causa de uma das experiências do Slender? Como eu sei disso? O próprio me contou que Jack morreu por causa disso. Basicamente, todos que morreram nas experiências morreram em vão, já que vamos ser simplesmente descartados.

"Não vou descartá-los. Apenas os livrarei do fardo de ficar aqui por nada. Permitir que tenham uma vida normal, se quiserem."

– "Uma vida normal"?! Ha ha ha! Vai fazer isso tirando os poderes de nós também, não é? Por isso preferia nem tentar dar à gente imortalidade, por que já considerava essa hipótese?

– Nick, cale a boca!

– Que saco em, então matei os idiotas da minha família pra nada? Me livrei daquela merda pra finalmente ser um proxy de verdade, e não um invisível, pra nada?

Agora já chega.

Um dos meus tentáculos surgiu de minhas costas e agarrou Nick, erguendo-o do chão. Me irritei, me irritei muito! Fui me aproximando dele e conforme isso ocorria a pele em minha face rasgava, como não ocorrera a muito tempo. Ele me encarou apavorado, mas não parei por aí, o horror que os seus olhos viam não era pior do que entrava em sua mente por minha telepatia. Você não sabe o que é um monstro de verdade!! Eu vou te matar! HE HE, EU VOU TE MATAR!!

Há algo que eu não queria admitir pra mim mesmo, mas isso é um fato. Eu me alimento do medo. E quanto mais medo existe, mais me alimento e forte posso ficar, consequentemente, a raiva de tudo que ele disse me tirou de mim e eu realmente queria matá-lo, mas de repente notei que eu não estava assustando só a ele, mas os outros também. Foi difícil, mas consegui me acalmar e voltar ao normal, e assim soltá-lo no chão.

"Não vou sujar as minhas mãos com o seu sangue."

O apavorei tanto que ele estava em estado de choque e não conseguia se mover. Uns proxies estava assustados (principalmente os mais novos) e outros chocados com o que viram. Basicamente mostrei o que sou de verdade. Não importa o quão gentil eu seja. Eu sou e sempre serei um monstro.

Movi-me e transportei-me para o escritório dentro da casa.

Mas que droga! Eu só queria que eles não passassem pela situação de estar aqui sem necessidade, só queria permitir que eles escolhessem por conta própria o que fazer enquanto eu não precisasse deles no momento. Os escolhi não apenas por serem "úteis", mas por me importar, também.

Fiquei tão irritado pela atitude do Nick, não simplesmente pelos pensamentos arrogantes e egoístas dele, mas também por que ele matou a própria família. Eu não sabia que ele fez isso, pois eu os respeito não entrando na mente dos proxies. Ele era um dos poucos que ainda tinha uma família.

Cometi um erro. Alimentei suas ambições dando poderes e tendo proxies de mais por motivo nenhum, talvez apenas para... Na verdade, nem eu sei o real motivo.

Reparei movimentos deles do lado de fora. Observei, sem intervir, o que ocorria.

– Você é um lixo, imprestável, um completo idiota!

– Quê?! O Slender me atacou por que falei a verdade e eu sou o errado nessa história?!

Um dos proxies, Harry, o socou e logo em seguida segurou-o pela gola da camisa.

– Não se faça de vítima, seu imbecil! Eu até me surpreendo Slender ter ficado quieto enquanto você defecava pela boca ou até mesmo, depois de você ter conseguido fazer ele perder a cabeça, ter te deixado vivo!

– Você matou sua família, que se importava com você, o que tem na cabeça? - Sara perguntou.

– Seu irmão matou sua mãe.

– Ela o tratava como lixo e ia matá-lo caso ele não tivesse feito nada. Você os matou por matar, pra se tornar "um proxy de verdade", de acordo com suas palavras. Você sabe o que é realmente ser um proxy?

– Slender nos ajudou - Harry falou - E é assim que você agradece? Só por que ele disse que não é mais preciso que fiquemos aqui, você vem dizendo que ele está nos descartando? O único que descarta as pessoas aqui é você. O que você fez, foi desumano.

– Você fala em "desumano" como se o ser que está defendendo fosse um.

Harry suspirou e então o encarou ameaçador.

– Slender não sujou as mãos com seu sangue, mas eu não me importo em sujar as minhas.

– Um proxy matar outro proxy? Já que se importa tanto com o que aquele MONSTRO pensa, ele não vai gostar...

– Pra mim não tem problema lidar com as consequências dos meus atos. Ao contrário de você, que se cagou todo por que "quase" teve o que merecia.

"Morte seria algo leve para ele." – Falei na mente de Harry. - "Tenho algo mais interessante, deixe-o no sóton da casa."

– Sim senhor.

– Hã? Ele falou algo na sua mente? O que ele falou?

Harry junto com Nick desapareceram. Eu surgi no sóton um segundo depois deles.

"Pode ir. Assumo daqui."

" O que vai fazer com ele?" - ele perguntou telepaticamente.

" Depois falarei. Não irei matá-lo, mas o castigo será pior."

– Ok, estou indo.

Harry se virou e então sumiu.

– O que vai fazer? Me matar lentamente?

" Está tentando me provocar, mas sinto o seu medo. Você merece algo pior do que a morte."

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Não tinha como os proxies ficaram conversando e discutindo sobre o que ocorrera mais cedo. As crianças inclusive até ficaram com medo, mas os mais velhos tentavam acalmar a situação.

Ordenei que todos estivessem na sala principal e todos quase que imediatamente se encontravam por lá. Claro que eles tinhas várias perguntas a fazer, mas acho que seja melhor eu apenas resumir a situação.

"Lamento a todos sobre o que aconteceu, não queria que ocorresse aquela situação. Apenas deixo claro que eu jamais considerei em descartá-los. 'Proxy' pode significar 'servo', 'aquele que serve', mas vocês são mais que isso pra mim, pois me importo com vocês e sei a dor que vocês passaram antes de estar aqui."

"Há tempos quase nenhum humano passa por aqui e, como uns já confirmam, os que chegam a passar encontram a cidade apenas por acaso. Basicamente, chegam aqui, mas não há tanta preocupação ou questionamento por que a cidade foi 'abandonada'. Vocês estão aqui sem motivo algum, simplesmente aguardando pessoas que nunca virão simplesmente para matá-las."

"Cometi um erro fazendo-os passar por isso, até mesmo alimentando ambições como as de Nick e sair dando poderes. Eu não devia ter feito isso, vocês já são habilidosos como o que têm e sacrifiquei uns de vocês por algo egoísta, desculpem-me por isso."

– Então... O que irá fazer?

"Apenas quero dar-lhes a oportunidade de escolher o caminho a seguir, que tenham a vida que quiserem escolher. Ao menos enquanto eu não precisar de vocês. Deixarei vocês que escolham se preferem continuar aqui ou ir para outra cidade e ter a vida que escolherem, mas, de todo modo, retirarei o poder de se transportar, interferência e telepatia dos que saírem daqui, já que não precisarão mais, porém, os que ficarem não deverão mais matar, apenas evitar de serem vistos. Quanto mais rápido as pessoas não derem importância para esse lugar, melhor."

"E... Quero apenas finalizar dizendo que, pode acontecer de vocês nunca mais me verem, mas estarei sempre observando*. Bem, estão muito tarde, vão dormir, darei até amanhã para vocês pensarem."

Todos assentiram.

– E... O que você fez com o Nick?

Claro, ia me esquecendo de falar nisso...

" Ele teve o que merecia. Apaguei seus poderes e as memórias dele sobre tudo ligado a nós e o coloquei de volta onde vivia. Ele matou sua família, então conviverá com as consequências e o remorso por isso."

–--Flash back on---

Fiz meus tentáculos aparecerem e Nick já estava com receio do que poderia ocorrer. O envolvi antes que pudesse reagir, então coloquei uma das mãos próximo de sua face e ele desmaiou, então retirei os poderes dele e apaguei cada uma de suas memórias. Bem, não tem como apagar todos esses anos 100%, então pode ocorrer de ele ter alguns fashbacks, mas apenas algo tormentador e vago, como um sonho, ou pesadelo.

Me enoja por no processo de apagar a memória eu poder ver cada pensamento arrogante, a maneira como ele matou seus pais e seus irmãos... Transportei-nos para onde fica a casa dele e o depositei no chão da sala. Em poucos minutos ele acordou, porém não podia me ver, pois ocultei-me da mente dele.

– Ai, minha cabeça... - Ele balbuciou enquanto levantava e colocava uma das mãos sobre a mesma. - Mãe? Pai? Manos?

Ele andou pela casa, confuso. Tudo estava escuro e lençóis cobriam os móveis.

– O que acon-- Arg! - uma de suas memórias forçou a voltar, trechos do dia que ele matou a todos, eu já previa isso. - N-não! Isso foi só um sonho! Não aconteceu! Não! Por favor! Alguém! Mãe! Pai! Cistian! Stefan!Rick! Não! Não! Não!

Ele prôs-se de joelho.

– E-eu os matei! Não posso ter feito isso! Por quê? Por quê?!

Eu poderia me concentrar para induzir um dos vizinhos a vir para cá, na mente dele vi que por conta do assassinato ele é procurado, mas não precisarei. Apenas voltei para a cidade e deixei-o convivendo com a culpa e com as consequências de seus atos.

–--Flash back on---

"Em resumo, foi isso. Bem, é o que tenho a dizer. Nos vemos amanhã."

Cada um tomou seu caminho para os quantos, quanto a mim, voltei para o escritório. Talvez ler um pouco esvazie a minha mente. Aqueles gritos de horror ainda me incomodam.


*"Sempre observando" é referência á página "Aways watches, no eyes"


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Notas finais do capítulo

Eu ia escrever mais coisa, mas achei melhor encerrar por aqui =P

Até mais o/



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