A Inconstância de Thara escrita por TV2101


Capítulo 1
Uma Amante para Richard


Notas iniciais do capítulo

Bem galera, só repetindo o que falei ali no disclaimer: a historia está curta, e com personagens pouco desenvolvidos, devido ao fato que escrevi a história com prazo, e prazo curto (4 dias). To postando mais pra facilitar para mostrar para os amigos, mas é claro, outros leitores são sempre bem vindos. Só peço que não julguem minha habilidade de escrita por essa historia, e apreciem a mesma sabendo que é algo mais superficial. Obrigado.



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Era entardecer de uma sexta-feira, cerca de 20h30min na cidade de Arcopy. Uma noite de lua cheia, que podia ser vista com perfeição naquele céu com poucas nuvens. Algumas estrelas podiam ser vistas no céu; era o padrão urbano de uma “noite estrelada”. Uma brisa passava pelas ruas da cidade; era um vento fraco, mas, ainda assim, gelado.

“Odeio o frio” pensou Richard. “Pelo menos ela gosta. Vai ser uma noite e tanto.”

Ele estava dirigindo seu carro, saindo do serviço. O veículo já era um pouco antigo, mas estava bem conservado: a lataria refletia as luzes da cidade, dando uma bonita cor ao tom vermelho vinho do carro. As janelas estavam fechadas, e um ar quente circulava por dentro do carro. Mas Richard estava feliz, mesmo que o frio o incomodasse. A noite estava bonita, e ele teria um bom tempo para passar com sua amada.

Richard era romântico, meloso e cuidadoso. As mulheres que o acompanhavam eram seguradas como se fosse um cristal extremamente precioso e frágil, que fosse se quebrar com um toque mais bruto. Ele gostava de abraçá-las, sentir seu corpo colado a cada uma de suas amantes. Sempre usava palavras delicadas e elogios, mas não falava muito a respeito de seus sentimentos: poderia parecer exagero.

Parou o carro na porta do prédio onde ela morava, e vestiu um sobretudo preto antes de descer. Richard tinha cabelos lisos e pretos, que usava em um corte curto. Sua barba era negra, densa, grossa e crespa, e fazia uma cobertura perfeita ao seu rosto. Tinha a pele moreno claro, e olhos extremamente escuros, de forma que era quase impossível distinguir sua íris de pupila. Toda aquela combinação fazia com que ele tivesse o rosto de um galã, que chamava a atenção das mulheres. Em termos de porte físico, Richard não tinha nada excepcional. 1,74 cm de altura, não era gordo nem magro, nem muito malhado.

Ele deu um toque curto no interfone. Não demorou muito até que uma mulher atendesse.

-Quem é?- ela perguntou, e a voz soou como uma linda melodia aos ouvidos de Richard.

-É o Richard- ele disse. Ouviu um estalido vindo do portão, sinal de que fora aberto.

-Suba logo, querido!- a voz da mulher já se tornara mais sensual e encantadora.

Richard entrou no prédio, e apertou o botão para chamar o elevador. Esperou por alguns segundos, que pareceram uma eternidade. Ele podia sentir seu coração disparando com a ansiedade para ver sua amante.

Quando chegou a sua porta, a encontrou entreaberta.

-Com licença- anunciou sua chegada. -Querida?

-Aqui na cozinha, querido!

Richard entrou na cozinha, e se admirou com o que viu. Sua amada estava cortando uma cenoura em uma tábua; próxima a ela, havia uma vasilha com outros tantos legumes cortados. No fogão, uma panela borbulhava água em fervura. Mas é claro, não foi com isso que Richard se admirou.

A mulher usava uma camisola branca, que ia até metade de suas coxas. Não tinha decotes, mas, ainda assim, era extremamente sensual; o tecido parecia ser um tipo de seda, e era muito fino, chegando a ser transparente. Roupas íntimas, ela não usava nenhuma, deixando a mostra toda seu corpo escultural: Tinha nádegas grandes e arredondadas, muito bem definido por uma cintura fina e delicada. Seu corpo estava levemente inclinado para frente, para cortar os legumes; não muito, pois ela era baixa, com seus 1,54 m de altura. Se chamava Thara.

-Oi, querido! Estou fazendo uma sopa pra comermos mais tarde. Sei que você odeia o frio, não é? É bom que nos esquentamos.

-Ah sim, muito obrigado! Você está… deslumbrante.

Ela riu um pouco, e se virou para Richard.

-Você ainda nem tinha visto meu rosto!

Richard corou, mas não foi para o rosto que olhou a princípio. Os seios de Thara eram grandes, com uma leve curvatura para frente na altura dos mamilos, que eram rosados e salientes e combinavam com sua pele extremamente clara. A camisola era justa em Thara, e por isso, seus mamilos chegavam a fazer volume na veste. Olhou para a virilha da mulher, e viu uma faixa estreita de pelos, que aparentavam ter sido esculpidos. Suas coxas, grossas e firmes, estavam depiladas, assim como o resto do corpo. Exceto por aquela provocante faixa de pelos.

Ao ver os pelos ruivos, Richard quebrou sua hipnose e se lembrou de olhar para o rosto de Thara. Percebeu que o rosto dela estava completamente natural. Os cabelos ruivos -mais próximos do alaranjado do que do loiro-, geralmente ondulados e volumosos, estavam presos em um coque ajeitado, com algumas mechas de sua franja sobrando. Suas sardas não estavam escondidas. Sempre que Richard olhava para aquele rosto, se perguntara como conseguira atrair uma mulher tão linda. Thara tinha traços inocentes que, de alguma forma, formavam uma expressão extremamente sedutora quando ela queria. E no momento, ela queria.

-É que… você está sempre deslumbrante.

Ela riu mais um pouco. Os dois se abraçaram e se beijaram. Thara virou os ingredientes restantes na panela de sopa, e tampou-a para deixá-los cozinhando.

-Vamos lá para o quarto enquanto a sopa não fica pronta.

De mãos dadas, os dois foram para o quarto dela. Era um quarto de luxo: as paredes tinham uma cor bege claro, extremamente relaxante, com alguns quadros pendurados. Em um canto, sobre uma pratilheira, tinha alguns livros. A cortina da janela tinha uma cor vermelho vivo. Uma gigantesca televisão estava anexada na parede, e a cama era king size, mas estava desarrumada, como se alguém tivesse rolado por ela. Se sentaram na ampla cama, abraçados. Conversavam entre beijos e carícias.

-Pra onde seu marido viajou?- Richard perguntou.

-Para as praias de Theograde. Foi acampar com uns amigos, e não me chamou para ir junto.

-Meu Deus, mas que rude!

-Um pouco. Mas, pelo menos, eu vou ter tempo para ficar com você.

-Você pode ficar comigo para sempre. É só separar desse… troglodita.

-Querido, você sabe que não é simples assim…

-Se ele te deixar triste, minha linda, eu… eu nem sei o que eu posso fazer. Me enjoa saber que você se deita com um homem desses.

-Já faz meses que eu não me deito com ele. Eu não desejo ele. Só você, Richard

Ele fitou longamente os olhos de Thara. Aqueles olhos verdes se destacavam no rosto da mulher, como se quisessem saltar. Richard sorriu, com os olhos brilhando, e Thara riu um pouco. Se beijaram por mais algum tempo.

-E então, como foi o dia de trabalho?

-Hoje acabei o projeto de uma mansão que construirão no centro da cidade, do Sr. Oslaud. É um dos projetos mais importantes da minha vida, você sabe como esse senhor tem dinheiro. Gastei muito tempo, aproveitei que ia vir te ver e fiquei até mais tarde, e consegui acabar. Ele vai vir receber o projeto amanhã. Acho que com isso, vou receber mais projetos. Talvez, até de outras cidades.

Aquilo era, claramente, uma indireta para Thara. Richard era um arquiteto independente, que ganhava bastante dinheiro em seus projetos. Porém, por ser independente, e ainda não ser muito conhecido, as vezes ficava muito tempo sem receber nenhum projeto, e então as contas se acumulavam. A maior parte do dinheiro que receberia no dia seguinte, seria para pagar contas atrasadas. Sobraria algum, que daria para sustentar certo luxo por algum tempo. O atual marido de Thara tinha um emprego fixo e rentável, que sustentava os luxos da mulher. Ela nem sequer trabalhava; “não vou deixar você estragar esse corpo delicioso com algum trabalho”, ele dizia. E sozinho, conseguia sustentar os dois. Com Richard, porém, era mais arriscado; Thara poderia ter que trabalhar algum dia para ajudar, e não era algo com o qual ela estava acostumada.

-Que bom, meu querido!- ela disse, como se não tivesse percebido nada. -Te desejo todo o sucesso do mundo, você sabe.

-Meu maior sucesso foi conseguir a sua atenção.

Mais alguns beijos, mais prolongados e quentes. Não se afastaram muito quando pararam de se beijar. Um ficou encarando os olhos do outro, ambos admirados com a beleza do olhar. Alguns segundos de silêncio, até que Richard perguntou:

-Quando ele volta?

-No domingo.

-Domingo eu viajo também. Vou pro interior visitar minha mãe.

-Tem chances de vocês se encontrarem. Não faça besteiras, meu amor.

-Mas é claro que não. Eu nem sei o nome dele, ou quem ele é- Thara não respondeu. -Não vai mesmo me falar?

-Melhor não, Richard…

-Tudo bem, eu suporto. Eu confio na sua inteligência.

Dessa vez, os beijos foram fatais. Em uma confusão de corpos entrelaçados e abraçados, os dois deitaram na cama. Só separaram seus corpos para desnudarem-se. E então se amaram, abraçados, juntos.


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