Guardian Of Memories escrita por DefCarrot


Capítulo 1
Prólogo - parte 1 -


Notas iniciais do capítulo

Eu tava escrevendo um suspense antes disso e postei o romance antes do suspense

Bem... espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/52702/chapter/1

 

  O cômodo era tocado pela fraca luz que sobrara do crepúsculo e o vento frio já tentava entrar pela janela semi aberta. Eu estava sentada em minha escrivaninha semi-dessarrumada enquanto pensava na vida. Ou mais especificamente, na minha vida. Passei a mãos pelos meus longos cabelos e olhei para alem da janela. Algumas crianças brincavam no parquinho á alguns metros de minha casa e entre elas estava meu irmão menor, Matt, que definitivamente tinha grande dificuldade em se enturmar com as outras crianças. Ele estava sentado sozinho no balanço vendo os meninos da rua jogarem bola e as meninas brincarem de casinha. Todos juntos e felizes sem perceber que tão perto deles havia um menino solitário que estava louco para se sentir feliz também. Apesar da minha vontade de ir lá brincar com ele e o ajudar a conhecer outras crianças eu sabia que isso só pioraria as coisas. Ele iria me repelir e depois ir correndo para seu quarto jogar videogame.

 

  Tirando esses pensamentos de minha cabeça ouvi alguém bater na porta e pedi para que a pessoa entrasse.

 

  - Samantha! – A voz era particularmente conhecida.

 

  - O que foi, Brad? – Meu irmão mais velho às vezes era bastante irritante, mas naquele momento ele estava parecendo até um pouco ‘bonzinho’.

 

  - Seus amigos estão te esperando na sala! Vamos logo!

 

  - Diga que eu já vou... Peça para eles esperarem apenas uns dez minutos.

 

  - Dez minutos? – Uma expressão babaca tomou conta do rosto de Brad.

 

  - Melhor dez do que vinte... Agora vá! – Taquei um livro para fechar a porta enquanto ele ia para sala avisar minha ‘galera’ que eu já estava indo.

 

   Escrevi as ultimas linhas de minha ‘história’ e arrumei a mesa deixando apenas uma pasta que continha meus escritos e um bilhete dizendo: “Se encontrar enterre debaixo da arvore centenária no meio do parque, por favor.” Me despi, ficando apenas de sutiã e calcinha, e peguei o primeiro vestido e a primeira sandália que encontrei ao abrir o armário. Um vestido rubro e sandálias pretas com um salto mínimo. Peguei o pente, o perfume e meu colar e os enfiei na bolsa preta que estava jogada encima da minha cama. Abria a porta, ajeitei os cabelos com a mão – na intenção de penteá-los mais tarde- e fui para a sala.

 

  - Onze minutos... – Falou o loiro sentado em um dos sofás da sala de estar.

 

  - Um minuto a mais ou a menos não faz diferença... – Sorri ao ver que cinco pares de olhos estavam vidrados em mim.

 

  Na espaçosa sala de estar da minha casa estavam as cinco pessoas mais importantes da minha vida. Não que minha família não fosse importante também, mas família é algo importante para todos só que amigos como os que eu tinha não existia em nenhum lugar do mundo. Talvez pudessem ser criados em filmes para jovens ou em livros, mas não na vida real. Aquelas cinco pessoas eram únicas para mim.

 

  Em um dos sofás – o de três lugares – estavam Marianne, Thomas e Anna. Marianne, apesar de ser um pouco ‘vadia’ era a pessoa mais simpática que eu já conhecera em toda a minha vida. Ela era um pouco mais alta que eu, tinha cabelos castanho-claro, olhos que tinham uma cor bastante parecida com lilás e um corpo maravilhosamente esbelto. Qualquer homem daria a vida para ficar com ela, era uma pena que Annie, como nós a chamávamos, já era comprometida. Thomas e Anna eram as pessoas mais alegres com quem eu já estive. Adoravam danças e cantar no meio da rua e eram totalmente da paz. Ele deveria ter 1,77 m de altura, tinha cabelos pretos e bem penteados, olhos azuis como o céu e um corpo de atleta. Ela era baixinha e bonita com seus cabelos castanho-avermelhados presos em um rabo de cavalo alto, olhos cinza-cemitério que pareciam brilhar como a lua à noite e o corpo cheio de curvas. 

 

  No outro sofá estava Archie, o loiro que reclamou de mim por ter chegado um minuto atrasada. Archie era tão animado quanto Thomas e Anna, mas o que eu mais gostava nele era que ele sabia o que queria e brigava por isso assim como também brigava com alguém por fazer pouco de algum amigo seu ou de sua família. Archie era o único gay entre meus amigos e todos o respeitavam como se ele fosse o ‘pai’ deles. Mas apesar da fachada de durão eu já o tinha visto chorar muitas vezes em segredo. Afinal, ele era um ser humano e tinha sentimentos como qualquer um. Archie era alto, eu não sei bem dizer qual era a exata altura dele só sei dizer que ele chegava perto de se emparelhar com o tamanho da minha porta de quase dois metros, ele tinha cabelos loiros como eu tinha dito antes, olhos azuis bem escuros e era forte o bastante para meter medo no segurança da Madonna.

 

  E por ultimo, mas não menos importante, uma figura com F maiúsculo estava molemente sentado na poltrona de meu pai. Adrian Bravermann, que todos chamavam amigavelmente de Bravo, era a pessoa mais inacreditavelmente louca que eu já conhecera em meus dezessete anos de vida bem vivida. Ele era o típico menino rico mau educado que vivia puxando a cueca dos nerds e góticos da escola. Era brincalhão, sexy, atraente, ordinário e tudo que um rapaz rico e bonito pode ser na vida. Os cabelos eram castanhos e rebeldes que faziam seu charme aumentar. Seus olhos eram seu maior pecado, pois a cor era um verde amarelado nunca visto antes. Os músculos bem definidos como os de um atleta. Ele apenas era um pouco mais baixo que Archie e um pouco menos musculoso também. Mas todo o resto ofuscava pequenos detalhes. Qualquer moça ou rapaz de meu colégio se mataria para trocar apenas algumas palavras com ele ou para poder ver mais de perto seus olhos.

 

  - Bravo está... – Eu tentava em vão concluir a frase. Era difícil saber o que ele estava fazendo sentado daquela maneira tão relaxada na poltrona do meu pai.

 

  - Dormindo. – Annie concluiu sem menores problemas.

 

  - Não, não estou... – A voz de Bravo saiu um pouco embargada, como se ele estivesse acabado de sair da ressaca ou entrado nela. – Eu estava apenas pensando... Eu estou pensando!

 

  - Nunca vi ninguém pensar de olhos fechados. – Archie sorria de modo deliberadamente infantil para todos.

 

  - Cala a boca... – Bravo se sentou na poltrona de forma ‘certa’. O modo como ele se recompôs em um segundo foi admiravelmente estranho. – E então? Podemos ir agora?!

 

  - Você é incrível... – Annie se levantara e já segurava minha mão enquanto ia em direção a porta. Ela parecia estar brigada com Bravo por alguma coisa que ninguém sabia o que era.

 

  - Certo... - Falaram todos, um de cada vez.

 

  Thomas segurou Anna pela cintura e a levou até um Citroën cor prata que eu sabia muito bem que era do pai de Bravo. Havia dois carros perto do meio-fio do parquinho. Um era o Citroën e o outro era uma picape com a pintura desgastada, o ‘novo’ carro que eu tinha ganhado no meu aniversário.

 

  - Você não vai nesse seu carro para a festa, não é? – Perguntou Bravo de forma cínica.

 

  - Não se você tiver mais de cinco lugares nesse seu carro bonitão ai... – Pisquei e vi no rosto dele um sorriso sarcástico e sexy.

 

  - Podemos nos apertar um pouquinho. – Declarou Archie que já estava entrando na parte de trás do carro.

 

  - Ou podemos convencer a Anna ir no porta-malas... – Bravo já se sentara no banco do motorista e Annie estava ao seu lado no banco do carona.

 

  - Eu não vou nem retrucar contra essa piada idiota... – Anna estava parada ao lado do carro junto com Thomas.

 

  - E então? – Perguntou Bravo se virando para mim.

 

  - Então o que?

 

  - Você vai com a gente, Sam?! – Ele parecia nervoso.

 

  - Oh, sim...! – Entrei no carro e me sentei entre Archie e Thomas. Anna ia apertada no cantinho.

 

  - Estão todos sentados, crianças? – Bravo gostava de irritar as pessoas. – Coloque o cinto, Annie.

 

  - Por que?! – Ela parecia bastante nervosa com Bravo e pelo jeito como todos o olhavam dava para perceber que ninguém sabia o que tinha acontecido entre eles.

 

  - Porque o carro é do meu pai e eu não quero que por causa de uma garota estúpida ele seja multado!

 

  - Mas quem vai estar dirigindo é você, Bravo... – Eu disse sem querer e recebi olhar frio dos dois.

 

  - AH! Tanto faz...! – Annie colocou o cinto de segurança e olhou emburrada para Bravo. – Agora está melhor?

 

  - Se melhorar estraga... – Disse ele dando a partida no carro.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Depois da segunda (e ultima) parte do prólogo eu vou fazer um especial apresentando os personagens para vocês ^.~



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Guardian Of Memories" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.