As Crônicas dos Quatros Reinos escrita por Douglas White Walker


Capítulo 18
Capítulo 18 - O Reino do Céu


Notas iniciais do capítulo

Não revisado.



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[Obs. Eu ainda não revisei nenhum capítulo desta obra, mas farei assim que terminar a primeira saga das crônicas, esse livro trata-se da primeira parte de uma trilogia. Outra coisa que quero explicar é que essa obra aqui no wattpad é o esqueleto do que quero fazer quando eu for publicar, nada aqui será alterado no original, porém o original será mais rico em detalhes. Eu agradeço a todos que tem acompanhado e sempre gosto de lembrar que estou aberto a críticas, boa leitura desse capítulo]

Ele já havia concentrado suas forças o máximo que podia, suas mãos estavam tremulas e machucadas, seus pés cansados e calejados, a roupa estava velha e suja e já não o aquecia mais, não só pelo desgaste, mas a altura que se encontrava nas montanhas do norte nem uma pele de urso poderia lhe aquecer como devia, mesmo assim continuou sua busca, embora seu coração e sua mente sempre lhe levavam ao quarto de sua amada.

Por noites e dias durante essa longa jornada não deixou que os olhos de sua amada, o doce gosto de sua boca pagasse em sua memória. Prometia a si mesmo voltar o mais breve possível e a rouba-la para que ela fosse para sempre sua, e isso motivava seus planos, embora não tivesse um plano definitivo para sair de Frater sem ser morto.

Olhou mais uma vez para o alto, a luz era bloqueada pela a enorme montanha coberta de gelo, o lugar estava frio e a neve caia por sobre seus ombros, mas estava Hamer decidido a descobri o maior mistério dos Quatro Reinos e enfim depois de uma longa e cansativa viagem avistou o que sua mente não queria acreditar, as ruinas de uma cidade abandonada. Mas não era uma cidade comum, tinha colunas com ornamentos totalmente diferente que já tinha visto em toda a sua vida.

A cidade não possuía casas, mas altares, colunas e o desenho das estrelas, a lua e o sol. O lugar estava tomando de neve e as paredes já não tinha a beleza das pinturas desgastadas pelo tempo, o lugar era maior do que Hamer podia esperar.

Subir aquela montanha foi mesmo gratificante, pois a beleza do lugar não pertencia a mãos humanas, era algo sublime e divino. O lugar se encontrava escondido entre as mais altas das montanhas do norte, esse era o motivo pelo qual o lugar ficou tanto tempo oculto dos homens.

Hamer caminhou por entre a cidade perdida, a cada passo mais ficava admirada com a beleza do lugar mesmo estando velho, abandonado e desgastado pelo tempo.

Ele percebeu que tudo tinha um tamanho exagerado e isso lhe fez pensar nos possíveis morados, ou talvez fosse um templo erguido para os deuses? Mas isso não parecia ser provável, pois o lugar tinha um acesso muito difícil, se os homens pudessem voar, talvez fosse fácil chegar ao local, mas ter que caminhar e subir pelas montanhas, não parecia ser uma boa ideia.

E como teria sido construído o lugar? Como eles levaram todas aquelas colunas? Aquelas pedras?

Hamer continuou a se perguntar e a caminhar em uma estrada pintada de azul que o levava ao que parecia ser o centro da cidade. Existia o que parecia um altar.

Ele tomou acento para descansar, encostou a cabeça em uma coluna e quando estava a preste a cair no sono uma sombra o cobriu o que o fez sacar sua espada o mais rápido que pode e se colocar em posição de defesa.

Hamer pela primeira vez em toda a sua vida deixou sua espada cair no chão, isso porque estava maravilhado com a figura que estava a sua frente, isso ia contra tudo que ele acreditava. Estava de pé o que parecia ter a imagem de homem, mas não era um homem. Possuía uma armadura dourada, feita de puro ouro, tinha uma espada na mão. A espada brilhava como a luz do sol. O ser que estava em pé ante Hamer possuía aproximadamente três metros de altura e uma longa asa como de uma águia.

Seu semblante era de alguém que transmitia honra. Pele clara e cabelos longos avermelhado, os olhos possuíam a mesma cor de seu cabelo. Tranças longas que balançavam com o forte vento e o perfume doce como os jardins secretos de Frater.

Hamer imaginou que não poderia se defender do ser vivente e apenas esperou a morte ao perceber que poderia sim se tratar de um dos deuses adorado nos Quatro Reinos.

– Não temas. - Disse o ser vivente que estava em pé diante de Hamer, ele levantou sua mão fazendo sinal de paz, sua voz era segura e tinha um tom grave, dava para sentir honra pelo tom de sua voz, o que assegurou o coração de Hamer de que sim poderia se tratar de um deus, mesmo Hamer não acreditando em deuses, nesse momento toda a sua razão já havia sido colocada em prova.

– Já esperávamos a sua chegada. - Disse mais uma vez o ser vivente, foi então que Hamer percebeu que existiam mais a sua volta. Todos vestidos de armaduras douradas e com asas de águias.

– Quem são vocês? Ou o que são? - Perguntou Hamer ainda confuso e com medo de tudo que contemplava e continuou - como me aguardavam?

Então um dele caminhou por entre os outros, era esse um pouco mais baixo. Hamer se esforçou para olhar aquele que lhe falava - A séculos esperamos a sua chegada jovem cavaleiro.

Hamer percebeu que o tom de sua voz era diferente, era doce e suave como as canções das mulheres da casa de Builhes, Hamer sentiu paz, sentia a honra a paz penetrar em seu coração. O que falava saiu entre os outros, não se tratava de um ser vivente masculina, mas era uma mulher que tinha a figura muito mais humana do que os outros. Cabelos longos e vermelhos e o olho azul como os oceanos. Tinha a pele clara e vestia um vestido que mais parecia as nuvens do céu, uma capa feita das penas verdeadas dos pavões de Annis.

Ela se aproximou de Hamer e sorriu, ela era tão linda, a beleza das flores, a pureza das aguas, o bom perfume dos campos e a serenidade de uma madrugada. Ela era mais baixa, mas ainda assim era muito mais alta que Hamer.

– Venha jovem cavaleiro, não temas, iremos responder todas as suas perguntas, mas primeiro descanse. - Disse ela e ao tocar uma de suas mãos delicadamente no rosto de Hamer o fez dormir.

Acordou Hamer em um leito de nuvens, olhou para os lados e colocou os pés no chão frio, foi assim que percebeu que estava descalço. Ficou confuso, mas o lugar em que estava era duas vezes mais lindo que a cidade perdida que havia encontrado no meio das montanhas do norte. Caminhou diante uma porta que estava a sua frente, ele estava vestido de um manto vermelho, limpo, fortalecido e acalentado.

Ele ao sair pela porta se deparou em uma sacada e contemplou uma cidade nas nuvens. Seria a visão mais bela que já tinha visto em toda a sua vida, nunca tinha ouvido histórias sobre esse lugar, nem nos contos mais fantasioso, nem nas canções dos deuses. Pensou Hamer ter sido escolhido pelos deuses e quando ouviu uma voz que vinha por detrás dele se colou de joelhos como quem reverenciava a quem falava.

– Levante-se - Disse ela - não nos adore, somos conservo vosso.

Hamer se colocou de pé dizendo - Eu não entendo.

– Venha - disse ela indicando com a mão - lhe explicarei o que precisa saber.

Ele adentrou de volta ao quarto, se deparou com uma mesa e uma ceia servido. Assentou na mesa na presença do ser vivente que falava com ele, estava outro também presente, o mesmo que lhe apareceu por primeiro. Hamer tomou um cálice e bebeu o que parecia ser a bebida mais doce e suave que havia experimentado em toda a sua vida.

– Hamer, jovem cavaleiro de coração corajoso, a anos esperávamos por sua visita - Disse o mesmo que havia aparecido em primeiro a Hamer e continuou - Me chama Trael o guardião desse reino.

– Você é um deus? - Perguntou Hamer.

Trael sorriu, um sorriso leve, balançou com a cabeça afirmando que não - Não sou um deus, sou tão criatura como tu és.

– Somos os primeiros - Disse a outra, a que tinha aparência feminina e continuou - Quando o mundo foi criando, antes mesmo que os homens existissem nós já existíamos, somos feitura do Criador como você também o é, porem somos os primeiros - Ela serviu o que parecia ser um pão de mel - Toma - dizia ela - vai gostar desse maná.

Ele tomou, comeu e não pode esconder o quando se maravilhava com aquele sabor que descia ao seu estomago como uma porção de cura, fortalecia seu corpo e sua alma.

– Conte-me tudo - Pediu Hamer tomado por sua curiosidade.

– Ouça-me - Dizia ela - Eu lhe contarei toda a verdade, a verdade que os homens esqueceram, a verdade que lhe foi ocultada e perdida por aqueles que não amam a verdade.


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