O que realmente Importa escrita por thysss


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

pare e pense



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            - O que você veio fazer aqui hoje? – a senhora perguntou encarando o homem de baixa estatura e sorriso feliz no rosto.


            - Vim fazer alguém feliz – ele respondeu como todos os anos o fazia, e não importava quanto tempo passasse, aquela senhora sempre estaria ali para questioná-lo com a mesma pergunta. O que ele fazia ali...


            - Você sabe o caminho – ela murmurou dando de ombros ao perceber que ele não mudaria nunca.


            Assim era o senhor       Rice, um homem com seus sessenta e tantos anos que há anos havia perdido a mulher por culpa de uma dessas doenças que ninguém sabe a cura, câncer, assim a chamavam. Anos atrás um câncer de mama havia complicado com a saúde já frágil de sua mulher e não havia demorado muito para levá-la embora.


 


            - Me prometa algo – ela pediu em um de seus últimos dias, após voltar de mais uma sessão de quimioterapia.


            - O que você quiser? – ele aceitaria o que fosse, não importava o que, desde que soubesse que isso a faria feliz, mesmo que a sua Cecily já não estivesse mais ao seu lado. – Pode falar querida...


            - Você vai sofrer – ela disse tocando o rosto do único homem que amara em toda sua vida. – Eu sei que vai, mas me prometa que não sofrerá mais do que o necessário, os primeiros dias serão difíceis... Eu aposto que sim – ele também sabia disso enquanto a ouvia falar lentamente, a voz às vezes lhe falava, mas nada a faria parar naquele instante. – Mas me prometa que não passará do tempo necessário, porque eventualmente a dor se converterá em saudade, e quando isso acontecer você saberá que estará pronto para seguir em frente...


            - Mas como eu posso seguir em frente quando sempre foi você que me deu forças? – ele perguntou tocando o lenço colorido que estava na cabeça de sua mulher, o cabelo loiro que aos poucos havia se tornado branco já não mais a pertencia, pois havia caído já fazia certo tempo, consequência da doença que cada vez a debilitava mais.


            - Eu sei o que você deve fazer – sim, ela sabia, porque era Cecily que sempre sabia de tudo, como agir e reagir, como falar ou pensar, inclusive agora ela lhe mostrava que sabia até como ele poderia seguir em frente sem ela ao seu lado. – O natal está chegando querido – ela murmurou segurando a mão de seu marido, tocando a aliança dourada. – E eu não quero que essa época se converta em nostalgia para você, por isso já sei o que você vai fazer – ele sorriu ante a animação dela, há dias não a via com as bochechas coradas, mesmo tão suavemente, e com um sorriso no rosto. Cecily havia mesmo se empenhado nisso. – Eu quero que a sua dor se converta na alegria de outra pessoa, e que mais tarde a sua saudade seja refletida na alegria de alguém, esse é o meu último desejo de natal e você não poderia deixá-lo de cumprir, não é querido?


            Por tudo que é mais sagrado, não, ele jamais poderia deixar de cumprir um desejo vindo daquela mulher, da única mulher em sua vida. Havia passado toda uma vida ao lado dela, somente eles dois já que ela não era capaz de gerar um bebê, e em momento algum haviam se abatido ou deixado de seguirem juntos, firmes e fortes, e em momento algum ele havia pensado em se afastar ou em outra mulher, muito menos em não satisfazer um desejo dela, não seria agora que iria fazê-lo. Definitivamente não.


            - E como pensa que posso fazer isso? – ele perguntou puxando a poltrona para mais perto, para então segurar, com ambas as mãos, a mão de sua esposa.


            - Você em cada natal irá procurar alguém diferente... Não me importa onde, você saberá achar, e por uma noite, a noite que mais lhe dará saudades – a noite de Natal, porque havia sido no natal que eles haviam se conhecido, e no natal seguinte que ele a havia pedido em casamento, e todos os natais seguintes haviam sido incrivelmente memoráveis e agora essa data se aproximava novamente, e seria quando ele a perderia para sempre.


            Ah sim, o natal possuía mais significado em suas vidas do que qualquer outra data.


            - Na noite de natal você converterá a sua saudade na alegria de alguém – ela o lembrou tocando-lhe o rosto. – E só você sabe como fazer isso – ela murmurou com um sorriso plácido em seu rosto. – Pode ter certeza, porque em todos esses anos juntos você tirou de letra como me fazer feliz, aposto que continuará assim...


            Mas como ele poderia lhe dizer que não, que não continuaria assim porque não estaria se tratando de fazê-la feliz. Pestanejou uma vez para então dar-se conta, claro que se trataria dela, porque fazendo o que ela lhe pedia ele faria outro alguém feliz, e por tabela sua amada Cecily estaria feliz também.


            - Eu prometo querida – ele murmurou beijando a palma de sua mão. – Agora você tem de descansar...


 


            Pois então, o câncer havia levado sua amada embora, e foi justamente por isso que Daniel havia decidido voltar aquele lugar, logo no ano seguinte a morte de sua esposa, ao hospital em que ela passara seus últimos dias e seu plano era simples: todo natal alguém seria escolhido, sempre havia uma vítima ali que, como qualquer outro não possuía culpa pela doença que tinha, mas, injustamente julgado, acabava ficando “abandonado” naquele lugar, ele mesmo havia presenciado alguns casos nos longos dias que havia passado junto com sua esposa. Então ali estava o modo que faria sua esposa feliz: fazendo outro alguém feliz, exatamente como ela havia lhe pedido.


            Depois do segundo ano fazendo isso já era considerado uma honra ser levado para passar a ceia junto do senhor Rice, os casais ou famílias que sempre se reuniam no hospital naquela noite para cuidar de sua pessoa amada – exatamente como ele havia feito com sua Cecily – ficavam encantados quando o senhor Rice entrava no hospital.


            - Quem será hoje? – uma menininha acompanhada da mãe lhe perguntou assim que viu o senhor se aproximando.


            - Eu não sei – ele murmurou olhando ao seu redor, as camas estavam repletas de presentes e havia balões coloridos espalhados pelo corredor, tirando um pouco o ar tão sério de hospital daquele lugar, ao menos na noite de natal. – Alguma sugestão?


            A menininha encantada sorriu apontando para uma cama mais no final do cômodo onde uma menina descansava, possuía os olhos fechados e um lenço na cabeça denunciando que seu cabelo já havia caído. Sua cama estava vazia, nenhum presente ou balão amarrado ao pé da cama, ninguém ao seu lado.


            Mas uma das vítimas além daquela doença.


            - Boa escolha – ele disse piscando para a menininha que sorriu levando uma mão a boca, depois de um aceno de cabeça ele se afastou.


 


            - Boa noite – ele disse se aproximando da cama da garota, e sorriu agradecido ao perceber que todos seguiam com seu ritmo normal, como se ele estivesse visitando um conhecido, assim como os outros ali.


            - Olá – ela disse com uma voz rouca.


            - Permita que eu a convide para uma noite especial – ele murmurou pegando um casaco ao lado da cama da garota, uma das enfermeiras já o havia providenciado, assim como o par de botas que estava sob o pé da cama agora.


            - É o senhor que vêm todos os anos? – ela perguntou piscando lentamente.


            - Sim – ele sorriu de seu jeito amável.


            - Então porque eu?


            - Porque eu quero fazer alguém feliz, ao menos nessa noite – ele respondeu sincero. – E você não me parece muito contente para estar comemorando a noite de natal.


            - E porque eu estaria? Eu vou morrer mesmo – ela deu de ombros.


            - Mas você ainda está viva – ele murmurou segurando a mão dela. – É por isso que você deveria agradecer e dar mais valor...


            - Como se alguém se importasse – desdenhou.


            - Eu estou me importando, pois senão quem me faria companhia nessa noite?


            Ela sorriu, sincera, pensando que talvez aquele senhor tivesse razão. Ao menos ela estava viva, ainda.


            - Então o que está esperando? – ele perguntou erguendo o casaco comprido para ela. – Permita que eu mude o seu conceito sobre estar viva, o qual me parece apenas estar respirando, pois saiba que há um mundo lá fora que você certamente não conhece!


            Com as botas devidamente calçadas, o lenço preso firme, o casaco posto e abotoado e uma última visita a enfermaria, a menina foi liberada para a noite mais especial de sua vida.


            - Vamos? – ele perguntou estendendo a mão para a garota. – Mas antes permita que eu saiba o seu nome...


            - Hannah – ela murmurou e ele sorriu.


            Hannah, a garota de olhos verdes e pele pálida que lhe lembrava Cecily, Daniel só havia pensado nisso agora, mas havia mesmo um quê de semelhança, talvez na pele mais clara apesar da palidez, ou no sorriso plácido, ou então no formato do rosto, não importava. Uma já mulher de vinte e poucos anos que aparentava metade.


            Daniel sorriu caminhando pela rua coberta pela neve ao lado de Hannah, e por um instante pensou que naquela noite poderia fingir, fingir algo que jamais havia passado por sua cabeça, mas que no seu intimo era seu maior desejo, então fingiria que ela era como sua filha, talvez neta se considerasse sua idade e o modo precoce da juventude de hoje, não importava, alguma descendente e herdeira sua.


            Assim ele estaria se fazendo feliz também.


            - O que você quer fazer? – ele perguntou segurando a mão dela.


            - Não sei – ela deu de ombros. – O que você faz na noite de natal?


            - O que você nunca fez? – ele perguntou como que ignorando a pergunta dela.


            - Nunca patinei – ela disse ao ver, mais a frente, uma pracinha repleta de gente.


            Ah sim, o lago congelado, a maior diversão dos jovens naquela época do ano.


            - Acho que ainda não estou tão enferrujado para por um par de patins – ele sorriu de seu próprio jeito e a puxou pela rua.


            Aquela era sua noite da alegria, ou dos milagres, ou da saudade, como preferir, o que interessa é que naquela noite Daniel esforçava-se ao máximo para fazer tudo dar certo. Afinal era apenas uma vez no ano, não lhe custaria muito.


            Andar de patins foi seu primeiro desafio, já o havia feito antes, mas apenas quando Cecily e ele eram jovens, e isso fazia muito tempo, mas até que não estava tão ruim assim, foi até engraçado quando quase caiu, se não fosse pela árvore que havia na beirada. E ouvir como Hannah gargalhava ao vê-lo se atrapalhar com os patins já era um principio de vitória naquela noite.


            - Vamos – ele disse desistindo dos patins, preferia algo mais... Firme.


            - O que agora? – ela perguntou sorrindo para ele.


            - Você que manda! – ele disse com um sorriso. – Jantar?


            Os olhos de Hannah brilharam ao passear por aquele lugar, as pessoas corriam pela neve, conversavam em família e as crianças divertiam-se fazendo castelos na neve, ou anjos, ou até guerrinha de bolas de neve. O ambiente era encantador, de fato, muita risada e música alegre, não havia como não gostar.


            - Eu nunca pensei que fosse assim – ela disse vendo todas as luzes que piscavam nos postes e nas casas, nas árvores enfeitadas, em todo lugar.


            Criada numa fazenda distante ela havia sido deixada sozinha para que se tratasse e depois voltasse para casa, uma família grande que ganhava pouco, sua mãe tinha mais filhos para cuidar, portanto não poderia ficar ali cuidando dela, e os demais tinham muito trabalho a fazer. Era sua vida.


            - É encantador – ela disse sorridente.


            - Então vamos continuar – ele disse puxando-a pela mão. – Primeiro a comida típica do natal – ele sorriu pegando escolhendo um pedaço de peru sobre o balcão.


            Nem todos tinham acesso ao dinheiro suficiente para comprar um peru assado, assim que alguns moradores se reuniam e na noite de natal montavam um “acampamento” naquela pracinha de alegrias, trazendo dois ou três perus grandes dividiam com todos que possuíam baixa renda.


            Dando um trocado para os senhores, Daniel agradeceu carregando consigo dois pratinhos com um pedaço de peru.


            - Prove.


            E assim continuava a sua maravilha de noite. Porque o natal não consistia apenas em dar presentes e vestir roupas bonitas, na verdade isso era o de menos, o bom mesmo era pelo menos numa noite do ano provar de uma boa comida e aproveitar a noite, sorrir caminhando na rua coberta pela neve e apreciar as luzes brilhantes que enfeitavam a cidade.


            Ante tantas maravilhas o presente não lhe fazia falta.


            - Eu quero fazer algo – ela disse depois de provar da comida.


            - Pois faça – ele disse sorridente. – Essa é a sua noite de liberdade!


            Rindo a garota se pôs de pé para logo jogar-se na neve e fazer seu próprio anjo, e depois estava ao lado do senhor novamente.


            - Quando pequena eu sempre quis fazer um desses – ele sorriu.


            - Minha esposa adorava fazer anjos na neve – lembrou-se nostálgico e então logo voltou a sorrir.


            Cecily o havia advertido, nada de nostalgia na noite de natal.


            - Vamos – ele a puxou para conhecer a cidade.


            E aquela noite tornou-se incrivelmente preciosa para garota de olhos verdes e sorriso plácido, para quem nunca vira nada além de uma fazenda com animais, e um hospital branco demais, toda aquela alegria e iluminação se assemelhavam ao paraíso.


            Era justamente nesse ponto que surgia todo encanto da promessa que Daniel Rice havia feito anos atrás há sua esposa: algo tão simples, como boa comida ou um passeio na cidade, podia tornar-se algo magnífico para os olhos de um bom observador.


            Presentes? Isso não lhe pertencia, mas naquela noite Hannah estava ganhando mais do que isso, estava ganhando alegria, que valia muito mais que um pedaço de plástico ou de madeira bem encapado. Estava ganhando lembranças que a acompanhariam até seu último momento, e um motivo para fazer daquela data um bom momento... Estava aprendendo a valorizar algo tão simples.


            - O que mais eu posso fazer por você? – ele perguntou sentando-se em um banco. Sua idade já avançada não permitia que caminhasse por muito tempo, mas bastava parar um breve instante e descansar que logo já se encontraria recomposto para a próxima.


            - Pensa que pode fazer algo mais? – ela perguntou mirando-o visivelmente comovida.


            Nunca havia recebido tanto em uma única noite.


            - O senhor conseguiu fazer por mim nesta noite mais do que já fizeram em anos! – ela disse e lhe sorriu para depois abraçá-lo.


            Esse era um dos momentos mais gratificantes para Daniel, o momento do beijo no rosto ou do abraço, ou apenas do simples obrigado, não importava o que era dito, ficava explicito a vontade de agradecer e o quão gratos estavam, fazia tudo valer a pena.


            - Obrigada – ela disse ainda abraçada a ele.


            - E ainda não acabou – ele disse sorrindo para logo abraçá-la também. – Então pode pensando em algo mais que nunca tenha feito!


            E de fato havia muito que ainda não havia feito e que morria de vontade de fazê-lo, começou por jogar bolas de neve em Daniel, quem gargalhou com gosto ao ser acertado.


            Aquela era uma noite realmente especial, nada de nostalgia, só de bons momentos.


            E depois tomaram um suco sentados novamente na praça onde Hannah via crianças correndo de um lado ao outro, o que a fez desejar que um dia seus irmãozinhos pudessem conhecer alguém tão bom quanto o senhor Rice, porque eles eram apenas crianças que mereciam um dia conhecer toda a beleza daquela data.


            E naquele instante ela agradeceu a Deus, inclusive pela doença da qual sofria, porque por isso havia recebido “em troca” os melhores momentos dos últimos anos, e isso não havia preço, não importava quanto tempo mais tivesse de passar enfurnada naquele leito de hospital, uma única noite estava fazendo valer a pena.


            E agradecia também, pois não sentiria mais inveja das pessoas que sempre tinham alguém presente ou uma boa história para contar, pois agora ela tinha as suas próprias e muitas lembranças para mais tarde.


            Uma cabine fotográfica ficava mais a frente e ela sorriu ao puxá-lo para lá, queria uma dúzia de fotos ao lado daquele senhor que lhe estava fazendo tão bem.


            E a noite mal havia começado... Aliás, na verdade a noite é mesmo uma criança, então, ainda havia muito o que aproveitar, e ela mal podia esperar pelo que viria, porque mesmo sem saber exatamente o que lhe aguardava, só o friozinho na barriga e a prévia dos outros momentos já a fazia ter certeza de que aquela noite seria a melhor de todas.


            - Vamos – ele murmurou segundos depois lhe estendendo a mão. – Há muito para ver ainda!


            - Vamos – ela disse agarrando sua mão e com um sorriso decidiu acompanhá-lo.


            Crianças passaram por eles e Daniel sorriu pegando um saco de doces de dentro do bolso do casaco para distribuir entre eles.


            Naquela noite além de ótimos momentos, Hannah estava conhecendo alguém tão especial não só para ela, mas para qualquer um que passasse por perto, e agradeceu mais uma vez por aquele senhor ter cruzado seu caminho. Não só o seu, mas de cada pessoa que ele já havia ajudado, e que fazia dele alguém tão especial.


            As pessoas os cumprimentavam na rua e Hannah não tinha duvidas do porquê.


 


            Naquela noite Daniel a levou ao lago, a praça, ao bairro nobre repleto de casas tão belas quanto as que ela imaginava após ler um desses livros de romance.


            Daniel havia lhe apresentado toda uma realidade que ela não conhecia, mas que a estava encantando após cada instante.


            Era nisso que consistia a beleza daquela data, era nesse momento que chegava o ápice da noite e consequentemente a alegria dele, porque era nesse instante que Daniel sabia estar fazendo sua Cecily feliz.


            Uma estrela brilhava no céu, e ele sorriu com devoção, pois na mais brilhante ele encontrava o amor de sua mulher.


 


            Ali estava a lição que antes de morrer Cecily queria que os outros soubessem após sua morte, com o trabalho de seu marido, que o natal não consiste apenas em presentes e roupas caras, e sim que o encanto está por trás disso tudo, como na hora de preparar a casa para a chegada de tão bela data, como na hora de enfeitar as ruas e sair para comemorar junto de todo mundo, porque o natal merece ser compartilhado com todos que queremos bem.


            Ela só queria que seu marido soubesse que a dor de alguém quando bem administrada pode acabar convertendo-se na alegria de outro alguém, e que ao fazer isso você se sente bem, a dor diminui, a saudade bate, mas não fere, só lhe toca para lembrar que um dia existiu, mas que agora são lembranças que sempre vão lhe pertencer.


            E nisso que consiste todo o encanto de tão bela data, na alegria de simples momentos, na felicidade de bels prazeres e no carinho que devemos compartilhar com os outros. É o momento em que devemos olhar mais a frente, não apenas para nosso próprio umbigo, momento em que podemos fazer mais pessoas felizes sem precisar de muito esforço e que, no fim, podem providenciar momentos incrivelmente bons.


            Pare e pense. Do que adiante um presente bonito e só? Natal consiste em toda a festa, desde sua preparação até o último momento, é isso que temos que aproveitar, não apenas ficar com algum brinquedo ou roupa que mais tarde estarão jogados ou estragados.


            Lembranças nunca se ferem, sempre nos pertencem, e podem valer mais do que um brinquedo. Valem um sorriso cada vez que nos lembramos, algumas lágrimas ao percebermos quão bom foi, e bate a saudade que não nos permite esquecer jamais.


            Há coisas que valem muito mais nessa noite de natal, basta saber apreciá-las.


            Era isso que Cecily queria fazer seu marido entender, e ela conseguiu, e agora ano após ano ele faz com que outras pessoas possam entender também e passar adiante, pois se um dia ele faltar alguém estará ali para substituí-lo com muito prazer.


            E assim as noites de natal sempre estarão belas e alegres, e a esperança de encontrar alguém que possa fazer disso realidade permanecerá sempre acesa.


            E acredite, isso não é milagre algum.


 


            Então, quem está sozinho, preste atenção no que Cecily disse e vá fazer alguém feliz, isso o tornará feliz também!


 


            Feliz Natal.


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Notas finais do capítulo

n/a: espero que gostem! foi só um conto para mostrar um dos significados do natal
beijos e deixem reviews o// auhshuasausuhashahus