Xeque-mate escrita por Portinari


Capítulo 1
Rainha


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!

Voltei, com mais uma one, dessa vez Erik X Charles.

Por que? Por que, eu, vendo X-MEN Primeira Classe, quase tive um surto por causa das mil e uma partes shippáveis desses dois :3 como se eles já não fossem shippáveis por si só... e eu precisava fazer alguma coisa á respeito U.U

Acreditem ou não, eu pausei o filme na parte em que eles jogam xadrez, e não despausei até terminar isso aqui...

Ficou bem PWP mesmo, mas espero que gostem :)

Boa leitura! :D



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A mente de Erik viajava. Por todo lugar, por todos os mutantes. Mas não naquela tarde. Naquela tarde, sua mente concentrava-se em um único mutante: Charles Xavier.

Este, olhava para o Obelisco em meio a uma partida de xadrez, e devaneava em voz alta, sobre todos os mutantes. Como eram magníficos, numa grande quantidade, e cada qual único. Como deveriam lidar, ao mesmo tempo, de jeitos tão diferentes e semelhantes com suas mutações, que Charles ficava extasiado apenas de pensar nas diversidades dos mutantes entre si.

Mas, naquele momento, era um discurso vazio e sem toda sua empolgação. Pois, dentre todos os mutantes, Erik era o que mais lhe incitava a curiosidade. Não era só usar a telepatia para descobrir seu nome. Não, queria ter conversas normais, queria que se abrisse consigo por vontade própria. Queria alguma reação. Queria que fosse espontâneo, e que comentasse sobre a partida acirrada no xadrez sem aquelas típicas provocações e sorrisos astutos.

Mas ele não o fazia. E era exatamente isso que o interessava.

-Você está me ouvindo? - disse Charles.

Erik desviou os olhos das águas plácidas e encarou o professor.

-É claro que estou te ouvindo.

-Não, não está. O que o está distraindo hoje, Erik? - indagou, pronto para desvendar um pouco mais da mente do outro.

E Erik sabia disso. E, como nunca antes, desejou aprender a tirar Charles de sua cabeça. Bem, tanto como assunto quanto telepata.

Há algum tempo que passava a se concentrar no mutante, mais do que gostaria. Mas, os outros ajudavam a se desviar, esquecendo-o por um segundo ou dois.

Os cabelos sempre alinhados, os lábios finos e rosados que se moviam com graça em meio aos discursos. A pele corada e as roupas corretas e sua natureza íntegra. Quando deu por si, já reparava no jeito de andar, quase sempre com as mãos nos bolsos, caracterizando-o como confiante e ritmado.

Reparara também, que eram poucas as vezes em que o moreno ficava frente a frente com alguém. Quando sentado, cruzava as pernas e inclinava-se um pouco; se pé, sempre posicionava-se meio de lado, o rosto indo e vindo entre a pessoa com quem falava, e o ambiente ao seu redor. Claro, quando não cortejador, olhando firme nos olhos.

Lehnsherr desviou o olhar do telepata, e tentou concentrar-se em qualquer coisa. Mas a estátua atrás de si não se mexia, e ele não conseguia efetuar uma jogada com as peças negras. A superfície da água não tinha uma imperfeição sequer, e nenhuma pessoa interrompia sua vista do Obelisco. Em vão.

Pela expressão confusa do outro, Erik sabia que teria que fazer alguma coisa, antes que Xavier fizesse algo a respeito.

Fixando os olhos nos do outro moreno, levou a mão esquerda á nuca deste e se aproximou. Charles perdeu toda e qualquer linha de raciocínio, quando Erik selou os lábios finos nos seus. A língua deste adentrava na boca do moreno, que, estupefato, não teve como impedir. Mesmo que quisesse.

Foi um beijo rápido, durante o qual os olhos claros do mais velho não se fecharam por um segundo sequer, admirando de perto o rosto e as expressões de Xavier, que, logo depois, amaldiçoava-se por deixar-se corresponder.

Ao descolar os lábios, Erik fez menção de levantar, mas Charles pegou-lhe a mão, tentando, sem sucesso, entender o que se passava em suas mentes.

Trouxe a mão do outro para perto, beijando-a e fazendo-lhe acariciar sua bochecha com as falanges.

-Sua vez de jogar - sorriu.

Erik sorriu também, fazendo aparecerem pequenas covinhas em seu rosto, e levando a mão desocupada á rainha.

-Xeque-mate.

E levantou-se, dirigindo-se ao carro e deixando um Charles encantado para trás.

Pelo beijo, ou talvez por ter perdido aquele jogo.


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Notas finais do capítulo

Se eu falar que pensei que, naquela hora, Erik tinha a rainha e o rei nas mãos, você vão me chamar de brega kkkkk ou não... sei lá, eu gostei. Sou romântica (what? o.O), não posso fazer nada...

Então minha gente, eu fico por aqui. Por favor, comente, queria saber o que acharam ♥ :D e se merece mais um capítulosinho...

Ah, e quem não comentar, vai receber Adamantium líquido nas veias e eu vou torcer elas :D

Beijos, obrigada ♥