We found love escrita por Hayley


Capítulo 8
Capítulo 8 - Me perdoa?!


Notas iniciais do capítulo

Capítulo sem revisão.. Perdoem-me :) Entrem no espírito da Emily rsrsrs



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A porta se fechou com um baque surdo e quebrou Rebecca em pedaços. Emily tinha ido embora sem olhar pra trás e sem deixá-la tentar se explicar. Ok, aquilo não tinha muita explicação, mas de qualquer forma ela não queria que nada tivesse acontecido daquela maneira.

– Cacete! - Rebecca colocou as mãos no rosto e respirou fundo antes de virar para encarar os dois. Ela sentia ambos os olhares em suas costas, o que não ajudava em nada. – Eu não me lembro de N-A-D-A. Merda de álcool... Burra, burra e burra.

– Então essa é a Emily? Bom... – o loiro falou como se estivesse conversando com ele mesmo, porém alto o suficiente para que as duas ouvissem.

Rebecca abriu os olhos em surpresa. Não se lembrava de ter falado sobre Emily para aquele homem. Alias, não lembrava nem o nome dele, para começo de história.

– Como você sabe sobre a Emily? – a morena perguntou depois que percebeu que ele não falaria mais nada.

Melissa alterou o olhar entre ela e o loiro, com os olhos semicerrados, encarando os dois com um misto de dúvida e surpresa.

– Você fala enquanto dorme... – respondeu tranquilamente como se comentasse o clima.

Rebecca puxou os próprios cabelos como se estivesse se punindo e passou os braços ao redor do corpo de Melissa envolvendo-a em um abraço a procura de algum conforto.

– Cara, sério, me desculpa... Eu não consigo me lembrar de nada concreto. Só alguns flashes. Eu encontrei você em uma boate, eu estava bêbada, agarrei você. – ia puxando cada vez mais o próprio cabelo. – Como é seu nome mesmo? Desculpa.

O loiro gargalhou ignorando a tensão que havia se instalado entre as duas mulheres e deu seu melhor sorriso largo que mostrava os dentes brancos.

– Albert William, prazer. E, fique tranquila... Na medida do possível, claro. Mas não passamos de alguns amassos... – Ele se interrompeu sugestivamente, mas logo voltou a se explicar. Pela cara que Rebecca e Melissa faziam, elas não tinham ideia de como seria possível. Principalmente Rebecca, que tinha acordado nua na cama do tal de Albert. – Estava tudo muito bom, tudo muito bem, até você começar a murmurar sobre tal de Emily. E, bem, eu não costumo transar com mulheres comprometidas. É alguma namorada? Ou era...

– Não, Emily não é minha namorada... Ela é uma... Amiga. – cortou antes que o outro pudesse falar mais coisas embaraçosas. Mas definitivamente não poderia negar o alívio que se instalou em seu peito com a noticia de que não havia dormido com o garoto da boate.

Não suspenderia sua culpa no cartório, mas, pelo menos, dos males o menor. Precisa falar urgentemente com a ruiva. Precisava a todo custo conseguir o seu perdão, ou então não saberia mais o que fazer.

– Eu preciso falar com ela, Mel. – Rebecca agora tinha um princípio de sorriso no rosto, que tentava anular a expressão preocupada de antes.

– Você deveria contar pra ela... – interrompeu Albert já a caminho da porta.

– Contar o que?

– Que está apaixonada por ela.

E com essa o loiro foi embora, deixando Rebecca muda. Ora sorria tímida e ora abria a boca pra tentar dizer alguma coisa, porém nada vinha a sua mente. Apenas olhou pra Melissa com um olhar que por si só já dizia tudo e correu para seu quarto. Já sabia o que fazer.

–-x--

– Ai meu Deus... Você por aqui? Quem é vivo sempre aparece mesmo, não é?- gritou um homem de cabelos grisalhos e barriga de cerveja enquanto atravessava a rua com os braços abertos.

– Ah, velho, você sabe que eu não vivo sem essa sua espelunca. – respondeu o homem de cabeleira negra, dando algumas tapinhas nas costas do senhor, que gritou pela esposa.

– Olha quem veio nos visitar, Maria... – uma senhora, aparentando ter seus sessenta anos, saiu pela porta do barzinho e sorriu largo.

– Jeremy, meu filho, que bom ver você.

– Tia Maria... Devo dizer o mesmo. – Jeremy forçou um sorriso convincente e puxou um papel do bolso traseiro de seu jeans. – Vocês conhecem essa garota?

O homem de cabelos grisalhos, Mark, pegou o papel da mão de Jeremy e analisou, porém logo entregou para a esposa balançando a cabeça em negativa. A mulher olhou para a foto forçando a memória, mas repetiu o gesto do marido.

– Qual é tia Maria... A senhora sempre conhece todo mundo. – reclamou Jeremy. Sua paciência para fingir cordialidade já diminuindo consideravelmente.

– Não em uma cidade como Londres, não é meu filho?! Como eu poderia? – sorriu. Era visível que nenhum dos dois havia percebido o humor do moreno, que por de trás daqueles olhos azuis calorosos, estava totalmente impaciente.

– Eu vou encontrá-la, Maria... Diga-me uma única coisa que eu quis e não consegui? – riu baixinho de uma piada que só ele mesmo foi capaz de entender.

–-x--

Emily não conseguia entender as atitudes de Rebecca. Definitivamente não entrava na sua cabeça a cena que havia presenciado naquela manhã. Uma hora a morena parecia corresponder seus sentimentos e na outra ela sumia, passava uma semana inteira sem tentar nenhum tipo de contato para logo depois amanhecer e voltar pra casa com um desconhecido ao lado.

A ruiva sabia que aquele loiro não era nenhum dos amigos de Rebecca. Tinha passado tempo mais do que suficiente com ela no último mês pra reconhecer a maioria das coisas e pessoas da vida da morena. E, por isso, não foi capaz de conter os sentimentos que a invadiram aquela manhã.

Primeiro havia sido tomada pela raiva e os ciúmes ao ver a proximidade e a aparente intimidade com que o loiro azedo segurava o corpo da sua morena. Segundo uma estranha sensação de inveja que dominou seu corpo. Não poderia negar a si mesma os pensamentos que andava tendo ultimamente e nem a vontade que tinha de que Rebecca fizesse com ela aquilo que ninguém nunca havia feito. Ninguém... Sim, é isso mesmo que você está pensando.

Emily teve seus pensamentos interrompidos pelo toque histérico da campainha. Já imaginando quem era a ruiva tentou limpar os últimos vestígios de que havia chorado e foi abrir a porta. Sim, estava com raiva de Rebecca, mas não podia negar que queria olhar para ela. Depois de tantos dias sem vê-la, queria que o reencontro tivesse sido um pouco melhor, para dizer o mínimo.

A ruiva abriu a porta sem nem olhar no olho mágico e deu de cara com quem já esperava. Rebecca fitava as próprias mãos, que estavam entrelaçadas na frente do corpo. Emily sentiu seu coração acelerar ao mesmo tempo em que a vontade de fechar a porta para não ter que ouvir o que imaginava que ouviria a atingiu. Empurrou a porta com pressa, mas foi impedida por Rebecca que usou sua força de mais velha para segurar.

– Emily, por favor, você precisa me ouvir... – Rebecca entrou e fechou a porta atrás de si.

– Não quero ouvir... Quer dizer, não tenho nada para ouvir. – Emily fechou a cara assumindo novamente a máscara de frieza que havia usado há poucas horas.

Rebecca segurou os ombros de Emily e tentou se aproximar, mas a ruiva estava irredutível, mesmo que por dentro seu coração mole estivesse implorando para que ela perdoasse à morena. Afinal de contas, as duas não tinham mesmo nenhum tipo de relacionamento além da amizade. Mesmo que ela tivesse consciência de que a amizade das duas não era uma amizade comum, ela era quem havia decidido que seria apenas amiga da morena, se aquilo significasse que as duas poderiam continuar próximas como estavam antes.

– Eu não dormi com ele. Não é o que você está pensando... Eu juro que não é.

– EU NÃO QUERO OUVIR. NÃO QUERO SABER. VOCÊ NÃO ME DEVE NADA. – Emily gritou e foi se afastando até o outro lado da sala.

– Eu sei, sei que não devo. Mas eu sinto que preciso... Por favor. – Rebecca tentou se aproximar devagar. – Olha... Eu preciso te dizer que.

– Dizer o que Rebecca? O que? – Interrompeu Emily nervosa. Não conseguia mais comandar suas pernas para que pudesse recuperar a distância da outra enquanto esta se aproximava cada vez mais.

– Você sabe que eu não ocupo apenas o posto de amiga na sua vida... – Rebecca começou e Emily congelou mais ainda no lugar. Não tinha certeza se queria continuar aquela conversa agora. Queria mostrar pelo menos um pouco da dor que a morena havia causado nela, mas naquele momento mal sentia o vestígio dela.

– O que você está dizendo? Nós somos amigas... Ponto. Desculpe por ter beijado você, foi um erro e eu não quero que se repita. – Mentiu. Era provavelmente sua última tentativa de afastar a outra.

– Não... – Rebecca estava próxima o suficiente da ruiva para colocar os dedos em seus lábios a impedindo de falar. – Eu passei todos esses dias pensando nisso. Não consegui esquecer o que aconteceu nem por um segundo. Por isso fiz tudo o que fiz... E eu sei que não é justificativa, mas eu estava morrendo de medo. Nunca senti nada parecido com isso, Ems.

Emily sentiu que suas pernas estavam perdendo as forças em antecipação. Receava que a morena mais uma vez fugisse, ao mesmo tempo em que seu coração acelerava só de imaginar as possibilidades para o que estava por vir. E pensou em se afastar mais uma vez, como se aquilo fosse protegê-la da indecisão da outra.

Porém Rebecca foi mais rápida e segurou a mão da mais nova, levando-a até seu peito esquerdo. Uma imitação clara do que a ruiva havia feito na semana passada. E Emily sentiu que poderia desmaiar a qualquer momento ao sentir o coração da morena pulsando desesperado de encontro a sua palma.

– Eu me apaixonei por você...

Emily tinha certeza de que podia ouvir o próprio coração, tão acelerado quanto o que estava em sua mão direita, e não conseguiu conter o sorriso que surgiu dominador em seu rosto.

– Você o que? – perguntou para ter certeza do que tinha ouvido, embora tivesse ouvido muito bem.

– Eu estou apaixonada por você, Emily. Soube que com você era diferente de qualquer outra experiência que tive no momento em que bati os olhos em você. Mas, entenda, é tão difícil pra eu aceitar isso. Eu que sempre amei os homens, sempre amei homens, de repente me pego olhando para uma mulher de uma maneira diferente e... Meu Deus. Eu preciso contar tudo pra você, mas antes... Diz que me per

Rebecca não conseguiu terminar a frase, pois os lábios de Emily pressionaram os seus e a impediu de falar. O beijo era doce, apenas um toque de lábios, porém que faziam Rebecca pensar que poderia derreter. Como quis provar aqueles lábios novamente. E como assumir aquilo em voz alta tinha deixado-a tão mais leve.

– Isso quer dizer que me perdoa? – Rebecca perguntou quando as duas separaram os lábios.

Emily sorriu um sorriso largo e apertou os braços ao redor da cintura de Rebecca mantendo-a tão próxima dela quanto era possível.

– Muito mais do que isso... Pandinha.

A morena prendeu os dedos aos cabelos curtos de Emily e a puxou para outro beijo. Dessa vez deixou transparecer também o desejo que sentia pela outra, o que acabou com Emily imprensada entre a parede e o corpo dela.

– Então... Deixa eu te contar a minha história. – Rebecca disse assim que recuperou o fôlego que Emily havia lhe roubado. E aproveitou a pausa para conseguir colocar os pensamentos em ordem.

Era isso. Iria contar tudo para Emily. Tudo o que nunca havia contado para ninguém além de Thomas e Melissa. Simplesmente porque sentia que não conseguiria mais viver longe da sua ruiva.


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Notas finais do capítulo

Ops... As coisas vão começar a melhorar ou a piorar? kk. Introdução básica do Jeremy... porque ...né?!
Enfim, espero que curtam um pouco e me perdoem por estar falhando com vocês, mas minha faculdade realmente está me absorvendo ao extremo.
Beijos e até a próxima ;*