Presente do Inverno escrita por Taichan


Capítulo 7
Ela, semideusa?


Notas iniciais do capítulo

O capítulo tinha ficado muito pequeno, mas consegui deixá-lo um pouco maior. Boa leitura! C:



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"Deve mesmo ser verdade que tudo se relacione com tudo. Não há acaso."

— Os 7 Falcões


Lucy olhava-os abismada. Henry, pensando que ela diria algo, esteve enganado. Deu um passo a frente e começou:

— Sou Henry — Depois apontou para as garotas — Anny e Angelina. Nós podemos nos acomodar? Anny está ficando doente, e...

Não foi preciso terminar a frase; a garota puxou eles para dentro e fechou a porta. Mal percebeu Henry que Lucy via suas pernas peludas, que para mortais eram escondidos pela névoa.

— Mãe? — Lucy chamou.

A mulher levantou os olhos do livro e os estreitou quando viu aqueles estranhos. Ela abriu e fechou a boca, depois colocou o livro de lado e levantou-se.

— Não pode ser... Meios-sangues aqui?

Henry olhou para as garotas atrás, confuso.

— Sim... Estamos indo para o acampamento.

— Você não vai levá-la.

O sátiro franziu a testa.

— Do que você...?

— Não... — A mulher engoliu em seco. — Não estão aqui para levar Lucy?


Quando a mulher percebeu a situação, ofereceu um banho a Anny e pôs a garota na cama de Lucy, além de servi-la com chocolate quente. A menina trocou de roupas enquanto os outros conversavam na sala. O pai de Lucy roncava, sem saber da situação que ocorria ao seu redor; a mãe voltou ao romance, ainda levantando os olhos do livro para observar as visitas; Lucy falava com Angelina e Henry, jogando assunto fora. Foi quando levantaram-se e caminharam até seu quarto, para verem a estante de filmes e séries que ela tinha.

— Os meus favoritos — disse a menina. — são os filmes da Marvel.

Anny concordou que eram incríveis. Henry ficou boiando, pois nunca assistira ao menos Capitão América, apenas lera algumas HQs.

— Como você assiste? — perguntou Henry. Aqui é o meio do nada.

— Não diga isso — pediu Lucy. — mas ainda assim, meu pai "inventou" um satélite.

Isso não parecia responder toda a dúvida de Henry, mas ela não parecia querer continuar. Após, jogaram-se nos colchões no chão para dormir. Assim que pousaram, despencaram e tornaram-se pedra. Os sonhos que cada um teve foram nebulosos, mas Anny tinha certeza que sonhara com música, enquanto Lucy tinha certeza que sonhara com seus filmes de aventura como O Hobbit(que, por sinal, a mãe possuía o livro); e Angelina tinha certeza que havia Cupcakes infiltrados. E apesar de tudo isso parecer maravilhoso, ligavam-se com suas vidas.

No dia seguinte, seguiram todos para a cozinha e tomaram café: pães e manteiga, leite e frutas. O único que faltava era o pai de Lucy, que quando chegou, estreitou os olhos e os apontou.

— Quem são vocês? O que fazem aqui?

A mulher franziu o cenho para ele.

— Estão aqui faz tempo, querido.

— Desde quando?!

— Ontem à noite — Quando ele sentou-se ao seu lado, ela inclinou-se, murmurando: — Não se perturbe, mas eles são... — Ela parou, pensando que ele iria compreender.

— São o que? — quase gritou. Ela bateu, com um tapa, na própria face.

Semideuses — murmurou.

— Semideuses? Então esse garoto é um... Lucy pode ser uma semideusa, mas você não a levará!

A mulher repetiu a cena de outrora.

— Eu, semideusa? — Perguntou Lucy, sem ao menos saber o que era aquilo. Tudo que sabia era que monstros existiam, e até logo pensaria que era a única que os via...

— Ela, semideusa? — perguntou Henry. — Eu vou precisar...

— Você não vai levá-la! — rugiu a mulher, levantado-se.

Foi quando vários plac! ecoaram, como batidas na porta. Pessoas tentando arrombar? Talvez fosse o acampamento de Henry...

A mulher correu para a janela e deu um grito surdo, deixando o ar mais sombrio. Os amigos se entreolharam, pensamentos batendo em pensamentos, formando planos de fuga que não se encaixavam. Porque todos sabiam, que as criaturas que empurravam a porta, eram monstros.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo ficou meio chato e tal, tentei até melhorar e explicar a história de Lucy melhor, mas me desculpem!



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