Presente do Inverno escrita por Taichan
Notas iniciais do capítulo
Lembrando-lhes que caso tiverem alguma sugestão(aventura) para história, só mandar! A sua sugestão pode ocorrer enquanto elas vão ao Acampamento Meio-Sangue, quando ou depois que chegam! Boa leitura!
"A maioria dos problemas parece pior do que realmente é."
— A Batalha do Labirinto
Anny queria protestar, reagir. Mas Angelina a fitou, e ao mesmo tempo que pedia socorro, pedia também para não avançar.
— Tudo bem — disse o homem que salvara Anny. Ele vestia um casado, calças largas e uma bota de couro. — elas não são inimigas.
O homem que segurava Angelina por trás hesitou, mas abaixou a arma. Angelina demorou alguns segundos para certificar-se que, se ela corresse, o homem atiraria. Caminhou até Anny amedrontada, pois era a primeira vez que vira uma arma tão de perto, sendo ela o alvo.
— Meu nome é Henry — disse o garoto. Ele mancou até elas. — Vocês estão bem?
Elas balançaram a cabeça ao mesmo tempo, afirmativas.
— Que bom. O que vocês fazem aqui?
— Nós... — Angelina não conseguiu completar a frase. Poderia ser perigoso.
— Estamos perdidas — concluiu Anny.
Angelina a olhou, espantada. Como sua amiga conseguia confiar tanto assim em alguém?
— Anny...
Anny deu um passo a frente.
— Por favor, nos ajude.
Henry demorou um pouco para responder, já que estava raciocinando outra coisa.
— Acharei uma cabana para vocês se abrigarem. Querem comer? Podemos conversar como chegaram aqui.
Era claro a desconfiança das duas; mas com os cenhos franzidos, o seguiram para uma cabana onde havia latas industrializadas de comida: Ervilhas enlatadas, arroz enlatado, até tomate enlatado e feijão em lata. Elas sentaram-se no chão lado a lado e em frente a Henry, enquanto ele usava um abridor de latas para abrir uma sopa de frango. Anny não havia percebi que tremia; estava apenas de pijama.
Ele despejou tudo aquilo em dois pratos fundos e as entregaram. Ele começou.
— Como vocês foram parar aqui?
Anny pegou uma colher e sugou a sopa, assoprando.
— Táxi. Estávamos indo, para, uh, um acampamento...
— Acampamento? — Henry parecia mais interessado. — Ele tem nome?
— Meio-Sangue — respondeu, com dificuldades em lembrar o nome.
Os olhos deles se estreitaram.
— Eu posso levá-las lá.
As duas se olharam. Não cometeriam outra tolice. Angelina falou à frente, pois não queria que a confiança de Anny pulasse outra cerca.
— Não há necessidade de...
— Eu sei o caminho — respondeu Henry. — Eu conheço o acampamento. Eu... — ele parou. Pareceu mudar de pensamento. — Vocês já sabem de suas origem?
Elas franziram a testa. Origem?
— É — respondeu Henry. — Origem.
Anny só percebeu agora havia dito aquilo em voz alta. Balançou a cabeça.
— Do que diabos você está falando?
Henry abriu a boca quando a tenda se abriu, revelando um homem alto de cabelos escuros.
— Mais lobos.
— Estou indo — ele pegou o arco que usara outrora e levantou-se. — Fiquem aqui — antes de sair, virou-se. — Olhem... Saibam que esses monstros não são lobos.
E saiu, deixando elas sozinhas ali. Ficaram por um bom tempo sentadas, conversando o que fariam. Anny colocara uma jaqueta e uma calça jeans sobre o pijama. Ela pensava em confiar em Henry. Talvez fosse uma chance, mas Angelina parecia querer devolver um tapa em Anny, com o propósito dela parar de confiar em todos que apareciam.
— Não é confiar em todos que aparecem — retrucou Anny. — É aproveitar as oportunidades que nos dão.
E já havia a decisão. Mais tarde, uma mulher suja de sangue e neve entrou na tenda com uma lança na mão e, logo, arrastou a cabeça para fora:
— Aqui! — gritou.
Henry entrou com o rosto completamente arranhado, o arco na mão e uma aljava nas costas.
— Venham comigo.
E o seguiram novamente, passando por olhos de pessoas agitadas e furiosas. Alguns gritaram para elas, em protesto. O que haviam feito de errado?
A chuva já havia acabado e só caía neve, estava noite e cabanas pegavam fogo. Lobos — ou seja o que aquelas coisas eram — lutavam com homens. Saíram do acampamento com Henry e o continuaram caminhando em silêncio, até certo ponto que elas ficaram desorientadas.
— O que está havendo? — perguntou Anny.
Henry a olhou por cima do ombro. Havia um quê de preocupação em sua face.
— Aquele acampamento estava sendo destruídos por cães infernais, e vocês são as culpadas.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Já sabem o motivo por quê elas são as culpadas? ~O