Presente do Inverno escrita por Taichan


Capítulo 4
Fogo e neve


Notas iniciais do capítulo

Lembrando-lhes que caso tiverem alguma sugestão(aventura) para história, só mandar! A sua sugestão pode ocorrer enquanto elas vão ao Acampamento Meio-Sangue, quando ou depois que chegam! Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/526716/chapter/4

"A maioria dos problemas parece pior do que realmente é."

— A Batalha do Labirinto


Anny queria protestar, reagir. Mas Angelina a fitou, e ao mesmo tempo que pedia socorro, pedia também para não avançar.

— Tudo bem — disse o homem que salvara Anny. Ele vestia um casado, calças largas e uma bota de couro. — elas não são inimigas.

O homem que segurava Angelina por trás hesitou, mas abaixou a arma. Angelina demorou alguns segundos para certificar-se que, se ela corresse, o homem atiraria. Caminhou até Anny amedrontada, pois era a primeira vez que vira uma arma tão de perto, sendo ela o alvo.

— Meu nome é Henry — disse o garoto. Ele mancou até elas. — Vocês estão bem?

Elas balançaram a cabeça ao mesmo tempo, afirmativas.

— Que bom. O que vocês fazem aqui?

— Nós... — Angelina não conseguiu completar a frase. Poderia ser perigoso.

— Estamos perdidas — concluiu Anny.

Angelina a olhou, espantada. Como sua amiga conseguia confiar tanto assim em alguém?

— Anny...

Anny deu um passo a frente.

— Por favor, nos ajude.

Henry demorou um pouco para responder, já que estava raciocinando outra coisa.

— Acharei uma cabana para vocês se abrigarem. Querem comer? Podemos conversar como chegaram aqui.

Era claro a desconfiança das duas; mas com os cenhos franzidos, o seguiram para uma cabana onde havia latas industrializadas de comida: Ervilhas enlatadas, arroz enlatado, até tomate enlatado e feijão em lata. Elas sentaram-se no chão lado a lado e em frente a Henry, enquanto ele usava um abridor de latas para abrir uma sopa de frango. Anny não havia percebi que tremia; estava apenas de pijama.

Ele despejou tudo aquilo em dois pratos fundos e as entregaram. Ele começou.

— Como vocês foram parar aqui?

Anny pegou uma colher e sugou a sopa, assoprando.

— Táxi. Estávamos indo, para, uh, um acampamento...

— Acampamento? — Henry parecia mais interessado. — Ele tem nome?

— Meio-Sangue — respondeu, com dificuldades em lembrar o nome.

Os olhos deles se estreitaram.

— Eu posso levá-las lá.

As duas se olharam. Não cometeriam outra tolice. Angelina falou à frente, pois não queria que a confiança de Anny pulasse outra cerca.

— Não há necessidade de...

— Eu sei o caminho — respondeu Henry. — Eu conheço o acampamento. Eu... — ele parou. Pareceu mudar de pensamento. — Vocês já sabem de suas origem?

Elas franziram a testa. Origem?

— É — respondeu Henry. — Origem.

Anny só percebeu agora havia dito aquilo em voz alta. Balançou a cabeça.

— Do que diabos você está falando?

Henry abriu a boca quando a tenda se abriu, revelando um homem alto de cabelos escuros.

— Mais lobos.

— Estou indo — ele pegou o arco que usara outrora e levantou-se. — Fiquem aqui — antes de sair, virou-se. — Olhem... Saibam que esses monstros não são lobos.

E saiu, deixando elas sozinhas ali. Ficaram por um bom tempo sentadas, conversando o que fariam. Anny colocara uma jaqueta e uma calça jeans sobre o pijama. Ela pensava em confiar em Henry. Talvez fosse uma chance, mas Angelina parecia querer devolver um tapa em Anny, com o propósito dela parar de confiar em todos que apareciam.

— Não é confiar em todos que aparecem — retrucou Anny. — É aproveitar as oportunidades que nos dão.

E já havia a decisão. Mais tarde, uma mulher suja de sangue e neve entrou na tenda com uma lança na mão e, logo, arrastou a cabeça para fora:

— Aqui! — gritou.

Henry entrou com o rosto completamente arranhado, o arco na mão e uma aljava nas costas.

— Venham comigo.

E o seguiram novamente, passando por olhos de pessoas agitadas e furiosas. Alguns gritaram para elas, em protesto. O que haviam feito de errado?

A chuva já havia acabado e só caía neve, estava noite e cabanas pegavam fogo. Lobos — ou seja o que aquelas coisas eram — lutavam com homens. Saíram do acampamento com Henry e o continuaram caminhando em silêncio, até certo ponto que elas ficaram desorientadas.

— O que está havendo? — perguntou Anny.

Henry a olhou por cima do ombro. Havia um quê de preocupação em sua face.

— Aquele acampamento estava sendo destruídos por cães infernais, e vocês são as culpadas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Já sabem o motivo por quê elas são as culpadas? ~O



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Presente do Inverno" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.