Boys Before Flowers escrita por Gabriela Blanco


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Talvez alguns de vocês me conheçam da historia Justos em silencio,que foi excluída.Então essa seria como minha primeira Fanfic.Eu gostaria de agradecer a Bia Rodrigues pela ajuda com a Fanfic sem você não seria possível. Bem ai vai o primeiro capitulo espero que gostem :)



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Eu sou Ludmila e graduei em 2012. Bem-Vindos a Eitoku Gakuen.

–Ela é linda, parece até uma modelo minha mãe disse fascinada.

–Dizem que ela é a herdeira indústria Vargas, e atualmente estuda na França – Completou meu pai.

–Silencio- Uma senhora gritou com um tom rude e seco.

Ludmila olhou rapidamente em nossa direção, e logo prosseguiu com a palestra e como sempre exibindo um sorriso simpático.

–Eu gostaria de dizer algumas palavras a todos que desejam se formar aqui-Ela prosseguiu dizendo aos alunos e pais que se encontravam ali, mas, principalmente eu sentia que ela olhava dentro dos meus olhos

“Sempre sejam vocês mesmos, assim nunca terão arrependimentos na sua vida escolar”- Aquelas palavras ficarão para sempre registradas em minha mente.

Há dois anos atrás eu estive na palestra de Ludmila, com o desejo de me tornar uma grande pessoa como ela eu entrei na Eitoku Gakuen.Com essa lembrança tento encontrar força de vontade de estar aqui hoje,o sinal toca,eu respiro fundo e caminho em direção a sala de aula, eu me sento em silencio e como de costume fico olhando para o tempo com todas aquelas vozes ecoando em minha mente , e de repente todas elas se cessam e me dou conta de que o professor está em sala de aula ,uma folha é distribuída, e nela devemos fazer uma redação sobre nossas viagens de férias, eu não havia viajado em minhas férias, mas ,eu já havia passado por situações como aquela diversas vezes ,então eu sabia como agir , não posso dizer a verdade a ele, isso seria bizarro e chamaria a atenção .E eu tinha um único objetivo em minha vida escolar, me manter invisível por todo este tempo que estiver aqui. O silencio é tão grande que pode parecer incomum para uma sala de aula, menos na Eitoku Gakuen, uma escola de elite como aquela não permitiria nem um tipo de mal comportamento, em salas de aula como aquela só se podia ouvir as respirações lentas e aceleradas e os ruídos dos lápis trabalhando nas redações, era difícil para mim manter a atenção na redação, principalmente por ter que inventar viagens de férias sem ter a menor noção do assunto. Der repente um grito, masculino, rompe o silencio "A Tarja Vermelha”. Todos desviam o olhar para o professor.

–Dispensados-anuncia meu professor naturalmente enquanto desvia o olhar de uma folha em sua mão. Todos se retiram bem eufóricos, eu permaneço na sala com a atenção centrada em minha redação.

–Violetta?Não é?-Olho para cima e me deparo com uma figura baixainha com olhos escuros assim como o cabelos que tinham o caimento até os ombros.

Sim - Respondo um pouco surpresa por saber meu nome.

–Meu nome é Francesca, eu fui transferida da Itália pra Ca, eu estou perdida, o que é “Tarja Vermelha”? -Ela diz confusa -É... –Ela me interrompeu

– Onde foram todos?

–Esta tudo bem se nós não formos?

Fiz um sinal com a mão para que ela me seguisse.

–A Tarja Vermelha é a declaração de guerra dos F4.-Respondi enquanto caminhávamos pelo corredor.

Ela permaneceu em silencio, então eu prossegui tendo a certeza de que ela não sabia de absolutamente nada.

Os F4 são um grupo de quatro garotos, eles são chamados Flower Four abreviado "F4”. A Tarja é dada para aqueles que os irritam de alguma maneira, esta pessoa é maltratada cruelmente por todos até que saia da escola. Os quatro pertencem a famílias extremamente ricas, por isso fazem tudo àquilo que querem.

–Mas, todos aqui também não são ricos? –Francesca disse, e com “todos” ela quis dizer a maioria, ela com certeza sabia sobre mim, por dois motivos eu era a única que não era rica naquele lugar(então se ela sabia meu nome, ela sabia minhas condições financeiras),e segundo era bem visível, mesmo todos usando uniforme ao olhar para mim você não via joias, bolsas de marca, e nem cortes de cabelos sofisticados, eu era apenas normal.

–A diferença é enorme, a escola recebe doações "bem caridosas" dos pais deles por isso até mesmo os professores tem medo deles. -Naquele momento estávamos no final das escadas e eu já ouvia os gritos. Maxi Ponte do 3ª era empurrado em todas as direções com seus cabelos cobertos pelo lixo da cozinha, isso era apenas o começo eu sabia o quanto esses jogos podem ser cruéis.

Fomos em direção a multidão, depois de alguns minutos os gritos pararam e a única coisa que se podia ouvir eram os passos que tinham um eco enorme no piso de madeira, e quando eu olhei em direção a porta, La estavam eles:

Federico Verneque-Sai somente com mulheres casadas, dez anos mais velhas que ele, e seus pais são grandes chefes do submundo (máfia).

Marco Tavelli–Possui títulos de realeza e assim como os outros um inacreditável mulherengo.

Diego Hernándes-Frio e de poucas palavras, para todos, sua vida é um mistério.

Leónard Vargas-Também chamado de Leon. Herdeiro da maior multinacional da Argentina, líder dos F4 e quem dita as regras nesse colégio. Caminharam até o centro da multidão onde Maxi estava de joelhos de frente a quatro cadeira onde os membros do F4 se sentaram ,em seguida Andrés também do 3ª é trazido ao centro da multidão e é posto de joelhos ao lado de Maxi.

–Este é Andrés melhor amigo de Maxi-Disse o garoto que trouxe Andrés aos F4, logo depois que ele se afasta, Leon abaixa a cabeça olhando em direção a Andrés, e aos poucos um sorriso sínico esta estampado em seu rosto acompanhado por um brilho escuro em seus olhos, eu não podia negar, Leon era lindo tinha cabelos castanhos claros assim como seus olhos que de vez em quando eram tomados por um tom verde.

Faça-Diz á Andrés em seguida uma serie de gritos e aplausos começam fazendo o sorriso de Leon se alargar , sem olhar nos olhos de Leon ele nega com a cabeça.Leon se levanta e caminha em direção a Maxi e deposita uma serie socos em seu estomago até que caia debruçado no chão.

–Eu disse pra fazer assim.-Ele disse olhando Andrés de cima.

Não, por..por favor -Ele disse baixo.

–Não seja molenga -Ele disse socando o estomago de Andrés desta vez. Maxi levanta para tentar impedi-lo, mas Leon mesmo de costas consegue golpe - alo.

–Vocês dois não valem apena nem como passa-tempo - Leon diz observando os dois amigos caídos no chão como se fossem dois espécimes estranhos .Eu tento me controlar ao Maximo para não demonstrar nem um pouco de humanidade,mas,mesmo parecendo impossível,involuntariamente meus punhos se serraram, Francesca olhou rapidamente para baixo parecendo perceber a ação de minhas mãos ,logo depois voltamos a atenção para os F4.Diego se levanta, ele não costuma aparecer em ocasiões como essas, na verdade ele era quase um fantasma, não é visto em lugar nenhum, ele parecia deslocado, mas com certeza isso é só uma impressão, ele sussurrou algo no ouvido de Leon que permanecia no mesmo lugar observando Maxi e Andrés.

–O jogo acabou. -Disse Leon a multidão. Os quatro se retiraram em meio a aplausos, ao passarem por perto de mim pude ouvir Leon murmurar:

–Você adora acabar com a diversão. - Disse a Diego que estava ao seu lado. Logo depois todos se retiraram sem olhar pra trás, inclusive Francesca, eu esperei o momento certo pra sair dali. Subi um grande volume de escadas, mas finalmente cheguei. Aquele era o meu lugar, uma varanda localizada no terceiro andar, acredito que somente os funcionários mais antigos conheçam, haviam duas ecadarias nas laterais, uma na esquerda e uma na direita por onde eu subi. Aquele lugar apesar de fazer parte dos domínios do colégio fazia com que eu me sentisse bem, me sentisse normal novamente, o que eu sentia quando entrava pelas portas da Eitoku Gakuen, não estava relacionado ao lugar e sim as pessoas que faziam eu me sentir assim, os alunos me olhavam de uma maneira que fazia eu me sentir assim deslocado, anormal, como se aquele não fosse o meu lugar e talvez não fosse mesmo. Der repente um ruído interrompe meus pensamentos era Diego deitado ou melhor “jogado”,nas escadarias,como sempre acompanhado por um livro,que para minha sorte estava sobre seu rosto,demonstrando que estava dormindo.Eu não tinha tempo para pensar o que um dos membros do F4 fazia naquela varanda?Eu precisava ir embora, eu não deveria estar ali,alias nem ele,mas quem liga pra isso?Afinal ele é que manda. Sai de La o mais rápido possível, mas ao mesmo tempo tentando evitar qualquer tipo de ruído.

Após as aulas terminarem fui direto para o trabalho, em uma loja que quase nunca tem clientes, (e eu temo um por isso eu preciso do emprego), a loja hoje estava mais vazia que o normal, então provavelmente eu deveria fazer uma faxina hoje.

–A Tarja Vermelha de novo? -Perguntou Cami, minha colega de trabalho e também minha amiga desde a infância, por isso reconheceu que eu não estava de bom humor.

–Sim. –Hun,e quem foi a vítima da vez ?

–Maxi Ponte.

–Esse Maxi o que ele fez?

–Ele estava chupando laranja no café.

–Que?

– ele estava chupando laranja no café da manha, o suco da laranja espirrou nos olhos de Leon.

–Que idiota!

–É-Eu concordei.

–Você parece agüentar bem. Eu me lembro no jardim de infância, você sempre me protegia se me maltratassem, todos os meninos tinham medo de você, você era uma baixinha muita brava.

–Se bem que, você ainda é baixinha. -Ela disse rindo

–Nossa você é tão engraçada Camila. -Eu disse irritada.

–Ops acho melhor eu para se não vou apanhar.-Ela disse caçoando de mim.

–Mas ninguém na Eitoku Gakuen conhece esse seu lado-Ela disse, parando de rir e voltando ao normal.

–Eu tenho vontade de quebrar a cara do Vargas.-Eu disse por fim logo depois de limpar fechamos a loja e eu voltei para casa para jantar.

(...)

–Mãe! Por que tem ovos na panela de arroz? – Meu irmão Leo perguntou com os olhos arregalados

–Se eu fervesse separadamente desperdiçaria o gás.-Minha mãe respondeu. Léo, tinha cabelos pretos encaracolados, pele morena, olhos castanhos escuros, orelhas pontudas, um rosto alegue e infantil um sorriso travesso, baixo e magro, aparentemente tinha herdado todos os traços mexicanos da família, que vinham da parte da minha mãe, se parecia muito com o vovô, ele parecia uma espécie de elfo-latino. Nós nos sentamos a mesa, e mesmo com a pouca comida, meus pais nunca deixavam de sorrir, era admirável, mas para mim estão se esforçando com seus sorrisos.

Mais tarde, naquela noite, muitos pensamentos rodavam na minha mente, me impedindo de dormir, pensamentos como: eu não podia dizer a meus pais que queria sair daquele colégio, eu pensei que teria uma vida feliz no colégio. Mas eu odeio esse colégio, odeio os F4(odeio o que sinto quando olho para Leon), eu não suporto meus cruéis colegas de classe.

Mas o que mais odeio sou EU, que não consegue dizer nada...

Na manhã seguinte as aulas transcorreram normalmente sem nem uma interrupção, até a hora do recreio.Eu estava sentada sozinha em uma das mesas luxuosas do restaurante da Eitoko Gakuen, até que vejo Francesca conversando com dois garotos, pelo visto ela já tinha se inturmado, mas ao prestar mais atenção, ela não parecia muito à vontade.

–Você deve ser Francesca a aluna transferida. Você já começou a comer? Podemos sentar juntos? -O garoto disse bem próximo a ela, quase a prensando contra a parede. –A..n Francesca senta aqui-Disse apontando para cadeira ao lado. O garotou a soltou e ela correu em minha direção.

–Obrigado, eu não me dou muito bem com garotos e...

Parece que eu não me acostumo com essa escola.

–Bem, talvez você seja uma pessoa normal.-Eu disse para mim mesma com um tom um pouco assustado, mesmo assim Francesca ouviu e riu e eu sorri pra ela, terminamos de comer e Francesca se levantou rapidamente levando sua bandeja, mas der repente, ela esbarra em alguém e seu suco entorna, levanto meu rosto e vejo ele...

Leon Vargas. No primeiro momento fico paralisada sem saber o que fazer, mas depois uma sensação de medo e pavor toma conta de mim, mas ai eu me lembro de que não posso intervir.

–Me desculpe-Francesca diz sem olha-lo nos olhos.

–Que raro tipo de comprimento, não é? -Ele diz com um sorriso sínico, aparentemente esse é único jeito que ele sorri.

–Bem...eu...eu pago a lavanderia. Ela diz quase tremendo. –“Eu pago a lavanderia ”-Ele diz forçando uma voz fina-Que brincadeira é essa? -Ele diz tirando a jaqueta e jogando no rosto de Francesca.

–Vamos Leon, não maltrate garotas bonitas-Marco diz tocando no cabelo de Francesca.

–Nossa, estou com tanto frio. E se eu pegar uma pneumonia e morrer? -Leon diz, mas Francesca não responde e continua olhando para baixo.

–Eu Leon Vargas, sou herdeiro do nome que sustenta a Economia da Argentina.

–Você já pensou no futuro da Argentina?

–EU ESTOU TE FAZENDO UMA PERGUNTA! -Leon grita.

–Par...-Eu gritei, mas parei ao perceber o que estava fazendo. A atenção de todos se voltou para mim.

–Pare, por favor-Eu disse quase em um sussurrou. Eu tinha certeza de que todos estavam extremamente surpresos, mas eu não tinha coragem de levantar o rosto, pois eu me depararia com aqueles olhos dele me fitando, em momentos como aqueles eles eram tomados por um tom escuros de ódio. Eu esperei que ele disse-se algo, mas o único som que ouvi foram o som dos seus passos acompanhados dos F4.

A partir de então...A partir de então eu rezei por uma vida pacífica.

Mas no final acabei caindo no jogo deles...

Ao abrir meu armário me deparei com ela...

Aquele simples pedaço de tecido vermelho que mudaria minha vida...

A Tarja Vermelha


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