Silencio escrita por iago90


Capítulo 4
Capítulo 4




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319 D.C, perto do fim de Novembro, Dia Desconhecido, 20:50

–-Mamãe, cadê o papai?

–-Ele já vem Aru, tenha paciência. Ele foi na cidade comprar carne pra gente

–-Posso ficar esperando ele voltar?

–-Não meu Doce. Você tem que ir dormir

Alucard, Ou Arucard, como gostava que o chamassem, era um garotinho de 4 anos de idade. Vivia numa pequena vila ao norte da atual Inglaterra. Seu pai, nascido no atual continente africano, tinha conhecido sua mãe durante uma viagem que fizera, migrando da sua vila, após ter sido expulso da mesma. Após conhece-la, Marcos, nome do pai do pequeno e adorável Alucardo, se fixou na vila de fortlex, e ali começou-a construir uma nova vida, ao lado de sua esposa Lyra.

Mas o destino prega muitas supressas, e naquela noite de inverno enquanto a neve gelada caia forte sobre o chão, Marcos foi atacado por 3 homens. O mesmo não teve a menor chance contra eles, mas mesmo assim tentou. O primeiro, estava armado com uma espada pequena. Ele tentou um golpe diagonal de cima para baixo, mas Marcos desviou para o lado esquerdo e acertou um soco direto na cara de seu oponente fazendo o mesmo cambalear para trás. O Segundo veio pela direita, desarmado. Marcos lidou com esse dando-lhe um chute no meio da barriga. O primeiro voltou a atacar, agora sem coordenação nenhuma, o que permitiu a Marcos uma sequência perfeita de socos. Um desses quebrando o nariz de seu adversário. O segundo pulou em cima de Marcos, mas este se jogou contra uma arvore que estava próxima, fazendo o segundo cair no chão. Foi quando ele notou. Aonde estava o terceiro. E então tudo mudou. Ele olhou para baixo, e viu algo brilhante, atravessado em seu pescoço. A lamina refletia a luz da Lua que estava fraca. Um riso histérico foi ouvido dos três homens. Marcos caiu no chão e começou a rastejar em direção a sua casa. Bang. Sua perna esquerda fora perfura pela lamina da espada do primeiro, que ainda fez questão de abrir a mesma, arrastando a espada do local da perfuração, a parte de trás do joelho, até o calcanhar. Sangue. Muito sangue. Bang. Agora era a Sua mão esquerda. A espada do terceiro a tinha perfurado

–-Homens! Hoje temos carne para o Jantar!!!!

Foi quando o terceiro viu que a mão apontava para uma direção

–-O que foi? Sua família está para lá? Ohhh... carne de criança é muito mais suculenta!

–-mas chefe, o que fazemos com ele?

–-Ah! Ele a gente come depois. Faz tempo desde que eu não meto na buceta de uma mulher –falou o terceiro rindo histericamente

...

22:25

–-Querido—falou Lyra, abrindo a porta do quarto do filho e indo até ele—Acorde coração

–-O que foi mamãe?

–-Preciso que você seja forte agora

–-Há! Eu sou muito forte.

–-VAMOS SUA VADIA! ABRA ESSA MERDA!

–-Quem é Mamãe?

–-Ninguem filho. Olha, quero que saia pela janela e corra. Corra muito

–-É uma brincadeira?

–-Sim sim! É uma brincadeira—disse Lyra sorrindo enquanto fazia carinho em seu filho—gora vá

–-Mas mamãe

BUM A PORTA TINHA CAIDO

–-essa não

–-VADIA!!! CADE VOCÊ?!

Lyra saiu correndo do quarto

–-Por favor, ele é só uma criança

–-Ahahaha! Primeiro vamos nos divertir com você piranha

Um tapa voou da mão do primeiro direto na cara de Lyra que caiu no chão. Rapidamente os 3 homens arrancaram-lhe as roupas e começaram a “diversão”. O primeiro segurou o braço esquerdo de Lyra enquanto o segundo segurava o direito. O chefe então botou a espada no pescoço de Lyra e tirou um filete de sangue da mesma, que parou de gritar e se mexer tanto. E então, num movimento rápido, ele tirou seu pênis para fora e começou a enfiar na vagina de Lyra. Aru ameaçou sair do quarto mas então viu o momento em que o terceiro homem metia sem piedade na buceta de sua mãe. Metia com raiva, possivelmente machucando a mesma, enquanto a mesma tentava se soltar. Foi quando ele se irritou e enfiou a espada no meio de seu peito, e foi rasgando a mesma do pescoço até a cintura. Os gritos de Lyra eram ensurdecedores assim como a dor que parecia ser inumana.

–-Poxa chefe, eu também queria comer ela

–-Ah essa aqui não teve nem graça. Vadia arrombada da porra

Então ele olhou para o quarto de Aru e viu o garoto e um sorriso nasceu em seu rosto

–-Olha só o que temos aqui! —gritou o primeiro que também viu Aru

Alucardo simplesmente correu para a sua cama e se jogou pela janela, usando a cama como apoio. Caindo do lado de fora na neve fofa, o mesmo correu. Correu ignorando o destino. Correu ignorando o frio. Correu ignorando os gritos agonizantes de sua mãe, as imagens da cena que acabara de ver, ignorando tudo. Simplesmente correu. Até que bateu em alguma coisa negra solida caindo de cara na neve. E quando levantou a cabeça, e olhou no que tinha tropeçado, viu que era uma bota. E o dono dela o estava observando. Assustado, Aru tentou se levantar, porem o homem segurou a seu braço

–-Garoto, o que foi? Por que está tão assustado?

Aru só sabia chorar, mas toma folego e grita

–-ME SOLTA! PRECISO FUGIR!

Alucard escuta passos e gritos vindo em sua direção e grita:

–-ME SOLTA POR FAVOR! ELES VÃO ME PEGAR!

–-Eles quem?

–-Eles mataram os meus pais! —grita Alucard em meio a lagrimas e soluços

Foi quando emergiram das arvores para a clareira, os 3 homens

–-Achamos você!

–-Então são vocês que estão apavorando essa criança?—falou O homem olhando para Alucard que tinha ido se esconder atrás de sua capa.

–-Não se meta velhote!

–-Eu? Velho? Hum que estranho, não devo ter comido hoje

–-Chefe! Vamos mata-lo?

–-Algum problema quanto a isso, Lorek?

–-Não senhor, é só que

–-Então cale-se! Eu quero comer hoje! Reysloz, vá junto com o panaca do Lorek. Talvez assim ele pare de reclamar por lutar contra um velhote

–-Você vão me matar?

–-Quieto velhote!—disse o chefe—Se ficar quieto, prometo que seremos piedosos—completou ele rindo

O homem abriu um sorriso demoníaco no rosto e abaixou a cabeça—Se acham que podem contra mim, tentem. Mas já aviso, não irei me segurar

Isso fez os 3 rirem. O primeiro, o que se chamava Lorek, avançou com sua espada contra o Homem. Mas o mesmo desapareceu, deixando neve no ar e um rastro que desaparecia alguns centímetros depois.

–-Aqui—falou ele reaparecendo atrás do terceiro, o chefe. O mesmo se assustou e tentou se virar para ver o mesmo, mas ele havia desaparecido de novo.—Aqui seus idiotas!—gritou ele aparecendo em um galho da arvore que ficava de frente para eles. Estava recostado no mesmo, como os braços cruzados.

–-Como você chegou ai?

–-isso não vai importar. Pois logo logo vocês estarão mortos! —disse o homem desaparecendo novamente, deixando um amontoado de neve suspensa no ar.

O chefe do bando começa a olhar ao seu redor, indo para o centro da clareira, junto com os seus homens. Foi quando o Homem misterioso apareceu na frente de Lorek, que levou um susto. Mas não teve nem tempo de gritar ou fazer qualquer coisa. O homem pois sua mão no formato de uma lamina, com todos os dedos esticados e juntos e perfurou o coração de Lorek.

–-Hey, Lorek não?

O homem só conseguia cuspir sangue e balbuciar palavras

–-Sabe isso que você ta sentindo doer? É o seu coração Lorek. Engraçado. Ele está tão vivo, tão cheio de...—O Homem puxa com brutalidade o coração do peito de Lorek, abrindo uma cratera de 18 cm no peito do homem. Os seus companheiros saltam para trás. O Chefe do bando vomita. O coração de Lorek ainda batendo na mão do Homem, e estava preso ainda por uma única veia que teimava em não se soltar de seu amigo de 36 anos.

–-Sabe o que mais me fascina em vocês? A fragilidade. Vocês são tão frágeis para mim, quanto uma lebre é frágil contra um lobo—falou ele apertando o coração, enquanto o liquido vermelho encharcava a sua mão esquerda, enquanto o mesmo lambia o sangue—Bem, depois eu como isso—falou o Homem Misterioso jogando o coração muito alto

–-você...—o chefe mal conseguia falar. Ele estava apavorado—Você é um Demônio!

–-Não chefe... É Ele. O Rei dos Demônios! Lúcifer!

–-Lúcifer? —falou o homem, retirando a sua capa, revelando um corpo que antes parecia velho, agora aparentava ser um jovem belo de 25 anos. O corpo era musculoso, mas não muito

–-Chefe...os olhos dele! —foi quando o líder olhou para onde seu companheiro Reysloz. Os olhos estavam com a parte branca vermelha, mas a íris permanecia de cor prata.

–-O que foi? —falou o Homem rindo—E lucífer? Tsc, ele é um babaca. Eu sou melhor que ele. Eu sou o senhor da noite. Aquele que será lembrado por gerações e gerações. Eu sou o Conde Drácula Lockheart!

Drácula desapareceu novamente, aparecendo atrás dos homens a 2 metros de distância. Reysloz correu para ataca-lo com sua espada. Mas uma coisa que ele não havia percebido. Agora eles estavam de costas para a luz da Lua, o que projetava sua sombra na direção de Drácula. O mesmo estendeu o braço direito e quando a sombra de Reysloz encostou no seu braço, Drácula se desfez em sombras e um círculo negro apareceu no chão bem em cima do lugar onde ele estava. O círculo de sombras se moveu até onde estava o chefe, deixando um rastro de terra sem neve nenhuma, pois a mesma tinha virado vapor, devido ao calor gerado pela movimentação de Drácula. O Rei dos vampiros surgiu atrás do chefe, emergindo como um míssil, subindo 1 metro do chão, com os dois braços arqueados, como se fosse uma aranha pronta para atacar. A perna esquerda estava dobrada, a direita, que ele havia usado para dar o impulso, estava num tom vermelho escarlate que brilhava sobre o brilho da Lua, e pingava sangue. E num rápido dash, Drácula despencou no chão, liberando uma onda de choque media, mas que fez as 3 pessoas tremerem e em 45 milésimos cronometrados, ele disparou empalando O chefe e Reysloz com a seu braço direito que estava brilhando igual a sua perna. Mas havia algo a mais. Ele havia afiado ele. Mas como? Pensava o pequeno Alucard. O que era aquele homem? E por que ele estava gostando de ver aquilo? Matar era errado, mas aquelas cenas…Tanto sangue, tanta dor. Mais. Alucard queria mais sangue. Mais dor, mais raiva. Mais... sangue.

Drácula os havia prendido em uma arvore. Estavam os dois um de frente pro outro.

–-E agora que estão assim, tão juntinhos, por que não se beijam hein?

–-Vai...se fuder—falou o chefe cuspindo sangue no rosto de Reysloz

–-Ahh...sua mãe lhe deu modos não? —falou Drácula rindo da Situação. Com a mão esquerda livre, ele usou suas garras e cortou a barriga do chefe, que gritou de dor. Com isso, Drácula ficou remexendo em seu interior—ai cala a boca! Isso seria mais fácil se eu estivesse de frente pra você meu caro amigo. Ah! Achei—quando Drácula puxou fora sua mão esquerda, ela estava segurando algo longo e grosso—Intestino... 9 metros. Acho que dá para enrolar vocês dois.

E assim Drácula enrolou ambos. O Chefe já estava quase morto por causa da dor. Reysloz estava apavorado.

–-Reysloz, certo? Você vai ser o meu jantar—falou Drácula mostrando os dentes para o homem e o mordeu. Mas com tanta força, que quando o mesmo acabou e puxou o pescoço de Reysloz, arrancou um grande e profundo pedaço do mesmo, deixando basicamente um resto de musculo e muito sangue. Os ossos do pescoço tinham virado farelo.

–-Seu... Monstro! —disse o Chefe usando suas últimas forças

–-Tsc, eu sou um monstro? Ah foda-se! Sou mesmo hehe. E você é só um humano horrível. Menos um para atrapalhar a humanidade.

–-Me mate logo—implorou o Chefe

–-Hum, já que insiste

Drácula então enterrou O chefe na neve, deixando somente sua cabeça para fora

–-Acho que os corvos vão gostar de você. Não se preocupe, eu injetei um veneno em você que vai curar suas feridas todas. Parabéns, você agora é imortal. Mas só poderá morrer quando alguém lhe cortar a cabeça, ou quando eu morrer—falou ele rindo

–-Volte aqui!

–-Okay... —Drácula mordeu seu pescoço e sugou mais sangue. –Acho que ele deve cair... agora—falou ele levantando a mão direita para pegar o coração

...

00:21

Alucard começou a segui-lo de longe. Estava andando a meia-hora já. Estava morrendo de frio e fome.

–-Garoto! —gritou Drácula, fazendo Alucard se esconder atrás de uma arvore—O que você quer?

–-...

–-Silencio só lhe trará uma morte mais rápida. Diga logo

–-Por favor—disse o garoto correndo e abraçando a perna de Drácula—Me deixe ficar com você. Eu não tenho mais ninguém—ele já estava chorando

“Ah meu caralho...Matar ou não mata-lo? Não... ele acabou de perder os pais, seria muita maldade com ele, até mesmo para mim. Eu vou me arrepender disso mas...”

Drácula se abaixou e sorriu fechando os olhos.

–-Tudo bem, agora você vai ter uma casa, Okay?

Alucard sorriu e abraçou forte Drácula

–-hey hey, calma ae garotão—Drácula sorriu. Ele estava alegre. Mas por que?!—quer que eu te carregue no colo?

–-Não precisa. Eu sou bem forte já hunf.

–-Olha, se alguém se oferecesse para me carregar, eu não iria pensar duas vezes antes de aceitar

O garotinho sorriu e aceito então

–-Qual o seu nome?

–-Drácula Guilderoy Lockheart. Ou somente Conde Drácula

–-Posso te chamar de Tio Drácula?

–-Pode sim. Mas você não me disse o seu nome

–-É Alucard. Mas eu prefiro Arucard. Me faz parecer mais forte

–-Ah sério? Então pequeno Arucard, já ouviu falar na história dos Vampiros?

–-Não. Ainda não

–-Bom, Os vampiros são....

E lá foram os dois caminhando pela neve, indo para um longe das cenas horripilantes e dos gritos de dor que o chefe dava enquanto os Lobos arrancavam-lhe a pele

...

326, começo de agosto, Dia Desconhecido, 19:30

–-Mais rápido Aru

–-Isso cansa sabia?

–-Eu sei, afinal estou fazendo junto com você. Que foi? Medo de perder pra um velho de quase 200 anos?

–-Não enche Tio

–-Vamos la, só mais uma corrida.

–-Para você é fácil! Você é um vampiro! Nunca se cansa

–-Na verdade eu me canso, mas só com muito exercício

–-Pausa para a janta

Drácula suspira—Okay, eu cozinho

–-O que?! Ta doido é? Nada disso. Eu cozinho dessa vez. Muito obrigado—falou Alucard correndo para a cozinha

–-Ah qual é Aru! Minha comida não é tão ruim assim vai

–-Você lembra o que aconteceu da última vez?

–-Olha, aquilo foi um acidente

–-Misturar componentes químicos para tentar cozinhar um pernil e fazer ele explodir não pode ser bem classificado como acidente

–-Mas isso já foi a tantos anos

–-Isso foi a 2 dias!

–-Aia! Ta bom!

–-Hunf, deixe comigo tio—falou Aru sorrindo e indo preparar a janta—Tio, por que você não me transforma em vampiro?

–-Por que não.

–-Mas tio, eu já sei quase tudo. Se me transforma-se em vampiro, minhas habilidades iriam ficar ainda melhores

–-Alucard, cujo o nome é um anagrama para o meu, acredite, você não vai querer viver como eu. Viva como um humano normal. Se apaixone, e viva garoto. Eu quase nunca digo isso, mas você mudou a minha vida aquela noite sabia? Pena que você não lembra dela

–-Mas tio, eu quero viver para sempre. Por favor

–-...quando você fizer 17 anos. Talvez, quem sabe

–-Beleza! —gritou Aru—Alucard Guilderoy Lockheart, o sobrinho do Original Conde Drácula. Cara isso vai ser tão maneiro

–-Eu disse que iria pensar!

...


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