Diário de uma Judia escrita por Contadora de Histórias


Capítulo 9
Página 8 - Conjugando o verbo crise


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bom?
O mundo nessa quarentena está completamente mergulhado no caos.
Adoro ver as os oprimidos tocando o terror.
As crises são oportunidades para que mudanças ocorram.

Nesse perfil somos #Antifascistas e #Antirracistas

Este capítulo é uma tentativa de retorno ao universo da Rachel e sua realidade conturbada.

Espero que os agradem.



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1940

10, Febuar

As crises se sustentam nas rupturas de uma história, nas mudanças de comportamento, nas transformações na realidade, na alteração brusca na vida de alguma pessoa. Muitas vezes o que leva a mudar tudo é uma escolha que você faz ou uma escolha que fazem por você. Mas o fato é o que se sucede é algo permanente, não tem volta.

Não cheguei a completar a escola, por conta do incidente que já expus neste diário, mas certa vez numa aula a professora nos provocou com uma reflexão sobre o termo crise.

— Talvez vocês não saibam, - levantou da cadeira gentilmente e nos encarou – mas a palavra crise deriva de um verbo em grego krino e dele derivam diversos verbos que utilizamos hoje.

Levantei meu corpo para prestar melhor atenção.

— Escolher, arbitrar, decidir, apreciar, julgar, triar, distinguir e... separar. Quantas vezes vocês não precisaram agir de acordo com esse verbo? – disse se aproximando de nós – Nós, seres racionais e políticos, temos que entender bem qual o significado de uma crise... – veio para a minha direção e me encarou – para que possamos agir diante dela!

As memórias da grande crise que tive ainda são permanentes na minha mente e me assombram todas as noites. Não esqueço o valor dos verbos, pois aprender a conjuga-los é aprender a viver e a sobreviver.

— Balthus! Finalmente! Pensei que havia nos abandonado! – Meu pai exclamou, aliviado.

— Nós temos pouco tempo – afirmou Balthus com um semblante preocupado – Vamos logo!

E meus pais rapidamente o seguiram pelos corredores da nossa casa indo em direção aos fundos. Eu estava completamente atônita, não conseguia entender o que estava acontecendo. Só sentia o medo agonizante se espalhando pelo meu corpo com os ruídos aterrorizantes que vinham de fora. E, por pior que a situação parecesse, estávamos nos direcionando para a parte externa apressadamente.

Saímos de casa e lá estava um veículo preto ligado só nos aguardando para dar partida.

— Não vamos levar nada? – escutei minha mãe sussurrar chorosa para o meu pai.

Ele a olhou indulgente e afirmou – Não há mais tempo, o que prevíamos já começou.

Antes de entrarmos no carro duas vozes diferentes falaram próximo a nós. – Aonde pensam que vão?

Era um casal branco, alto e com olhar agressivo.

Tomamos um susto, senti meu sangue gelar.

— Entrem no carro! – ordenou Balthus para nós.

Demos um passo e o casal sacou uma arma em nossa direção.

Droga...

— Deixe-nos em paz , Schulz! – exigiu meu pai.

Ele os conhecia.

O homem sorriu maleficamente e afirmou – fiquem parados ou eu atiro -apontou para mim – nessa linda moça.

Sem sobreaviso, um disparo foi soltou a queima roupa.

Toquei no meu corpo, mas não era em mim.

Era contra o casal.

Alguém de dentro do carro atirou neles.

Balthus correu e tomou a arma dos que nos ameaçavam a poucos segundos e agora estavam caídos na calçada.

Rapidamente nos empurrou para dentro do carro.

Estávamos todos em choque.

Era 10 de novembro de 1938.

E foi a última vez que estive em casa.

— Garota Judia! – a voz de Aaron na minha nuca fez com que eu saltasse da cadeira e o empurrasse por reflexo – Ai! – reclamou.

— Eu pensaria duas vezes antes de se aproximar dessa forma – ameacei.

— Você é valente – sorriu cafajestemente – adoro isso.

— Cala a boca – resmunguei – acho que você desconhece o significado de respeitar o espaço das outras pessoas.

— Acho que você desconhece o significado de conviver com outras pessoas – rebateu com um riso de canto – Você anda mais calada que o normal. Está acontecendo algo?

Esfreguei os olhos e respirei fundo – Sim, tem um desconhecido morando comigo que se recusa a me dizer onde meus pais estão.

Dessa vez foi ele quem suspirou – Achei que tivéssemos superado a parte do desconhecido.

Fechei meu diário e o guardei na gaveta, logo em seguida comecei a me direcionar a soleira, observando o início do dia. Faz pouco mais de uma semana desde que Aaron apareceu pelas redondezas da cabana e salvei sua vida. Desde então não consigo dormir tranquilamente, já que ele me obrigou a conversar com uma nazista que me despreza e com certeza me quer morta. Ela poderia me entregar e, novamente, eu teria que fugir.

Não posso fugir daqui.

É o único lugar que tenho.

Observei o lago e vi que estava sólido feito mármore, as árvores cobertas por uma camada espessa de neve, o chão absolutamente branco. Não havia resquícios de vida nessa época do ano, somente a imensidão incolor e a solidão que o frio causava. Nós sentíamos mais frio que o normal, a cabana parecia que sobreviveria, mas não confio o bastante em seu vigor. Na medida que o frio aumentava, a amiga nazista de Aaron diminuiu suas aparições e aquilo me trazia mais insegurança.

Ela podia mudar de ideia.

Virei-me e Aaron estava quieto com o olhar gélido, também reflexivo.

— De onde vocês se conhecem? – minha pergunta o fez acordar da outra dimensão no qual se encontrava.

Ele arfou o vento frio— Estudávamos juntos. Ela era a estudante mais inteligente e talentosa... Perspicaz. ­– continuou se aproximando – Ela era valente, assim como você.

Sorri descrente.

— Mas a família dela... Tinha algo de muito errado com eles. Os pais dela não passavam a mesma potência que ela. Eles eram apáticos.

— Que profundo – ironizei.

— Os garotos mais velhos da escola viviam para me humilhar e me agredir – cruzou os braços enquanto rememorava – Eu sempre tentava ir para casa saindo da escola pelos fundos, para que eles não me encontrassem. Só que nesse dia, um deles me viu e me seguiram enquanto eu andava por baixo das arquibancadas do campo. Eu não havia percebido até que eles estavam perto demais para me puxar pelo braço e...

Fiz uma careta imaginando a cena que ele descrevia. Não parecia ter um final positivo.

— Empurraram-me e começaram a distribuir socos e chutes contra mim. A última coisa que lembro é de ter cuspido sangue e caído no chão enquanto um vulto loiro aparecia na cena e começou a expulsar os garotos... – Fez uma pausa e apertou o maxilar com força – depois disso eu apaguei.

Eu mal conseguia disfarçar meu estado de perplexidade diante do que ele me falava.

— Quando eu acordei, eu estava em uma cama, num lugar que cheirava a morango – seu semblante começou a mudar para um meio sorriso – E ela estava lá, opulente, quando disse “Você deveria ter cuidado por onde anda, quer um morango?”.

Lufei porta adentro.  

— Ela não é uma má pessoa. – afirmou, me olhando nos olhos – mas ela não gosta de judeus.

— Uau – disse sarcástica – Obrigada por esclarecer a excentricidade nazista dela. Estou bem mais tranquila.

— Ela não vai nos entregar, Rachel – afiançou.

— Olha, eu sei que ela é sua namorada, mas eu não tenho tempo de alcovitar o romance de vocês enquanto ela planeja minha morte.

Ele respirou fundo – vocês precisam se conhecer melhor, talvez assim você entenda o que estou explicando.  – disse, se virando e andando mancando para a cama – E ela não é minha namorada.

Revirei os olhos e me voltei para a imensidão branca.

Se ninguém me explicava o que estava acontecendo, onde meus pais estavam e que guerra era aquela que a Alemanha havia se metido sob o comando do Furher, então eu iria descobrir por conta própria.

— Preciso resolver algumas coisas – entrei na cabana decidida – tenta não abrir esses pontos – pedi, enquanto colocava outro casaco grosso que Klaus havia me dado de presente.

Ele franziu o cenho – O que vai fazer?

Coloquei minha bolsa de lado e pus a faca na cintura – Buscar respostas.

— Tem muita neve por todo canto, não é seguro...

Antes que ele terminasse, eu já estava na frente da cabana me distanciando... Não tinha tempo para sermões de desconhecidos. A parte boa de estar nevando é que poucas pessoas se arriscavam pelas ruas, não era agradável sair em um frio de dois graus, era difícil de respirar e de se locomover. Mas eu tinha algo a resolver.

Todos os dias o rádio noticiava informações sobre a guerra que se iniciara quando o Fuhrer pôs as tropas alemãs para invadir a Polônia, em setembro de 1939. No entanto, essa guerra não fazia o mínimo sentido para mim. Eu desconhecia tudo que envolvia a vida dos nazistas mais profundamente. Mesmo sabendo que eles controlavam e decidiam pela vida de todos os judeus deste país.

Se você desconhece sua realidade, se você é alheio aos seus governantes, você fica suscetível ao que eles querem decidir por você, seus inimigos tornam-se assombrosamente mais fortes e mais capazes de te vencer. Por isso, decidi: vou conhecer melhor os nazistas.

Enquanto eu divagava na minha mente, não percebi que já estava nas proximidades do Lanterna, o local estava extremamente frio e via-se poucas pessoas andando por ele. As barracas de madeira abrigavam variedades de frutas, legumes, carnes, animais, cerâmicas, bebidas, casacos, echarpes, botas... Apesar do pouco movimento, os feirantes não podiam desistir das vendas. Andei delicadamente entre os cantos, becos e vielas até chegar perto do meu destino. Pela rua, alguns sons se sobressaiam:

— Erdbeere! Himbeere! Maulbeere! – uma senhora vociferava o nome das frutas como se fossem palavrões.

— Ei, senhor, o que acha de um belo casaco de pele para os dias de inverno? – um senhor, aparentemente mais bondoso que a das frutas, oferecia para um possível cliente.

— Olha, – o cliente continuou – prefiro morrer congelado a pagar os preços que você põe em seu produto.

— Que bom que não vai comprar – o senhor vendedor afirmou – pois muquiranas vão para o inferno e lá só faz calor! – gargalhou, perverso.

Sorri, revirando os olhos.

— Escuta aqui, velhote encardido! – o improvável cliente se aproximou agressivo – É melhor se manter no seu lugar de inútil se não...

O senhor vendedor puxou um taco da lateral da barraca e ameaçou o outro – Se não o que?

Após isto, a confusão já estava armada e os dois começaram a se ameaçar de maneira mais incisiva, as ofensas não eram nada agradáveis a quem ouvia. Nesse momento, a feira já estava com todas as atenções para a confusão, ninguém parecia pretenso a acabar toda a cena patética. Aquele povo parecia que clamava para algum espetáculo. Queriam mais que os dois se digladiassem para o bel divertimento do Lanterna.

As gargalhadas só aumentavam em meio a briga.

Nazistas idiotas.

Para mim, essa briga caiu como uma luva, pois deixara os feirantes desatentos e mais fáceis de serem furtados. Passei sutilmente pelas barracas e peguei algumas frutas, legumes, colocando-as na mochila. Até que avistei uma garrafa preta com uma tarja branca escrita Jägermeister.

Era uma bebida alcoólica.

A tomei para mim.

Guardei meus itens enquanto via os feirantes alheios as minhas investidas.

Mas faltava o que de fato vim pegar...

— Onde estão esses jornais? – murmurei quase inaudível.

Adentrei mais a rua pelas laterais me escondendo por trás dos produtos, as pessoas já haviam formado um grande círculo em volta da discussão dos dois senhores, parecia que não ia acabar tão cedo. Circulando mais a dentro percebi numa viela a direita uma pequena banca que continham alguns periódicos.

Isso!

Só que tinha um leve problema, um homem estava sentado na frente dela, parecia meio sonolento, estava de cabeça baixa, não conseguia identificar ao certo. Continuei me aproximando sorrateiramente, dessa vez com nervosismo. Eu podia ser vista.

Aproximei-me o bastante para saltar silenciosamente para o lado da banca, era uma curta estrutura de metal com três divisórias e uma abertura larga a frente.

Olhei rapidamente e ele continuava sentado adiante.

Sentado e quase dormindo.

Dava para pegar os periódicos, eu só precisava ser rápida e silenciosa.

Observei melhor para buscar pelos jornais...

E lá estavam eles.

Ao lado dele... Revirei os olhos impaciente.

Minha respiração estava irregular e meu coração acelerava no peito.

Calma, Rachel...

Arrodeei a banca por trás para que pudesse ficar próximo aos jornais e a ele. E foi aí que percebi que tinha um rádio minúsculo em um tamborete tocando uma canção suave... Parei por alguns segundos para escutar a letra.

Música tem um caráter hipnótico para mim.

“Voando, pensei que nunca aprenderia esse vôo,

Eu pensei que passaria minha vida inteira tentando,

Voar é a arte antiga de manter um pé no chão...”

O rádio entoava uma melodia compassadamente melancólica.

“Mentindo, pensei que nunca deixaria de mentir,

Eu pensei em perder tudo suspirando,

Pois mentir é a arte antiga de ocultar palavras que nunca serão encontradas.”

Senti uma sensação estranha com essa letra. Mas continuei aproximando meu corpo do suporte de ferro que continha os jornais... Estiquei meu braço para pegar por baixo um exemplar sem acorda-lo... Consegui ver de canto que os olhos dele estavam fechados. Eu desisti de respirar para não correr o risco de anunciar minha presença.

“Chorando, pensei que nunca iria parar com isso,

Eu pensei que sempre sonharia em morrer,

Pois pranto é a arte antiga de chorar rios no chão.”

Muitos verbos sendo exaltando com evidente consternação, parecia uma canção para os excluídos e maltratados desse país.  

Sem sobreavisos, um estrondo vindo do Lanterna rasgou ondas sonoras para todos os lados.

Era a crise.

“Oh morrendo, eu pensei que nunca veria isso morrer,

Eu pensei que passaria minha vida inteira voando,

Morrer é a arte antiga de manter um mundo girando.”

Senti uma fisgada no peito com o susto que o barulho me causou. O homem saltou da cadeira atordoado pelo susto do estrondo. Recolhi rapidamente o meu braço e me escondi.

Não consegui pegar a merda do jornal, pensei.

— Mas que porra foi essa?! – exclamou, confuso.  

Ouvi passos apressados se afastando da banca.

Olhei e vi que ele havia deixado o local para ver o que era o barulho... Pelo que conheço bem sobre crises... Essa se chamava: disparo de arma de fogo. Suspirei e olhei para os jornais com mais calma, peguei dois exemplares de periódicos diferentes.

“Suspirando, pensei que nunca deixaria de suspirar,

Eu pensei que sempre estaria lá chorando,

Suspirar é aquela arte antiga de respirar tristeza por toda parte.”

O rádio não desistia da canção... Até que me veio à cabeça: os dois senhores briguentos.

Guardei os jornais e saí rapidamente da banca, andando por trás das casas comerciais do Lanterna. Me aproximei do local onde estava a multidão, subi pela lateral de um casebre até pisar em uma estrutura de concreto grudada a parede e me impulsionar para a laje. Olhei para baixo e todos estavam quietos, sem ação e completamente mudos.

Alguns começaram a se afastar. Outros parados iguais estátuas.

Engoli em seco.

O não-cliente abusado estava com uma arma nas mãos, imóvel.

O velho vendedor abusado estava com o corpo encharcado de sangue no chão, agonizando.

Nesse momento, soou uma sirene ao fundo.

O homem com a arma apontou para os demais feirantes e ordenou – afastem-se! Ou os próximos serão vocês!

As pessoas se afastaram e ele saiu sorrateiramente para longe do Lanterna.

O homem da banca perfurou a multidão até encontrar o corpo do velho vendedor no chão e gritou – Pai! Pai! O que fizeram com você?! O que vocês fizeram com ele?! – Olhava atordoado para todos os lados.

Todos estavam em choque sem conseguir pronunciar uma palavra se quer.

Sentei na laje e observei o desenrolar da cena com frieza.

O homem da banca não parava de gritar e chorar. Seu desespero era nítido com o tiro cravado no abdômen de seu pai, as pessoas começaram a murmurar e chorar, o ambiente tornou-se pesado. Enrolaram ele em um pano para que secasse o sangue e desse tempo de alguém do hospital socorrê-lo, mas demorou um tempo até a ambulância e a polícia chegarem. 15 minutos, para ser exata.

Quando a ambulância chegou saíram duas pessoas devidamente equipadas com kits de primeiros socorros e uma maca. Apertei os olhos para ver melhor e uma delas era uma mulher, alta e loira...

Elza...

Habilidosamente tratava do senhor baleado e colocava-o dentro do carro para levar ao hospital. Foi tão rápido que mal consegui entender a cena. Em um segundo tudo estava mais disperso, a ambulância fora embora, os grupos conversavam separadamente sobre o acontecido, o jovem da banca foi com seu pai até o hospital e os policiais colhiam informações sobre o incidente – lentos.

Vermes! Tudo culpa da violência que vocês incitaram.

Resolvi descer da laje e me aventurar novamente pelas vias estreitas para seguir o rastro do senhor que portava a arma, queria saber para onde ele iria se esconder. Eu corria rapidamente pela direção que ele seguira com a esperança de alcança-lo, mas antes mesmo que eu tentasse, tropecei em uma pedra e meu corpo encontrou-se abruptamente contra o chão.

— Porcaria! – praguejei, tentando me recompor – merda de pedra!

Me voltei para trás e ninguém na rua. Só o objeto escuro que eu havia tropeçado. Só tinha um detalhe:

Não era uma pedra.

Era a arma.

Meus olhos se arregalaram e minha respiração ofegante soltava vapor gélido pelo ar. Olhei para todos os lados e nada. Ninguém. Apenar o deserto branco a minha volta e casas envoltas de neve. Alguém devia fazer alguma coisa e aqueles inúteis jamais achariam esse abutre valentão. Não ia adiantar nada eu ir atrás e muito menos avisá-lo do objeto.

Desisti de correr atrás.

Então, no ápice de toda a loucura que minha mente se encontrava puxei uma flanela da mochila e pus em volta da arma. Tirei do chão, chequei se estava descarregada e coloquei na mochila.

— A crise tem suas perdas – murmurei – mas também tem seus ganhos. Sentiria orgulho da minha astúcia, senhora Hoffman? – questionei ao meu lapso de memória daquela professora.

Virei-me e corri pela imensidão branca, me distanciando do Lanterna.


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Notas finais do capítulo

Então, o que pensam sobre este capítulo?
Tiro demais? rsr
Foi bem interessante escrevê-lo e gostei bastante da loucura da Rachel.
To ansiosa para saber o que ela vai fazer. E vocês?
Se cuidem, lavem as mãos e se juntem aos movimentos populares das cidades de vocês.
Bjs.



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