Star Crossed escrita por Thais Jacobucci


Capítulo 3
Capítulo 3




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Depois de arrumar muita roupa eu e meus irmãos ficamos assistindo filme no meu quarto e comendo muito chocolate de panela. Dormi muito pouco, na verdade quase nada. Meu celular não parava, apitava toda hora com mensagens de despedida me desejado boa sorte e eu fiquei meio emotiva com isso, respondi todas as mensagens a tempo da minha mãe entrar no quarto para me ajudar a descer as malas. Colocamos tudo no carro e fomos direto pro aeroporto, as garotas nos encontrariam lá.

O caminho foi longo, parecia uma eternidade em cada esquina que minha mãe virava, foi uma viagem difícil, foi meio deprimente, não sei o que me fazia pensar que aquele não seria mais o meu lar. Chegamos e conseguimos estacionar o carro rápido, pegamos cada um, um carrinho e colocamos as bagagens e fomos andando até encontrarmos as meninas. Nós abraçamos e logo ouvimos o anúncio que por causa da chuva o voo avia sido adiado para daqui a 2 horas

– Meu deus ! Que absurdo uma coisa dessas -samantha ficou estressada, só pra não perder o costume-

– Não podemos fazer nada sam, é a chuva -nat tentou acalma-lá-

– Olha eu to morrendo de fome, então vamos achar algum lugar pra tomar café

Nós paramos em uma cafeteria não muito longe, sentamos e tomamos nosso café

– Só duas horas... Tudo vai mudar -sussurrei baixinho-

– Vai ser a nossa vida, estamos realizando um grande sonho -sam imaginando tudo que poderíamos fazer lá-

– Eu to com medo -olhei pra baixo e fechei os olhos suspirando-

– Sabe mack, todos nós temos medos, os sonhos foram feito para serem alcançados, mas ninguém disse que a escalada era fácil -sorri, nat era o tipo de pessoa completamente pessimista e uma escritora e tanto, por isso as frases sempre inspiradoras-

– Obrigada nat, tenho vocês lá, então sei que posso sempre contar -ela sorriu-

Nós começamos a falar sobre as mensagens de despedidas e de uma em especial, Mike me mandou um texto lindo

"Acho que é a garota mais linda e espetacularmente interessante que eu já conheci na vida. Você é cheia de orgulho, de vontade e sonhos, você vai conseguir, sei que vai. E eu estarei aqui te esperando quando você voltar, pra termos o nosso primeiro encontro. Me liga pequena, sempre que precisar. Estarei sempre por perto... Só literalmente, mas to"

Era incrível como ele conseguiu gostar de mim tão rápido, era um bom amigo. Voltamos para as cadeiras e acabei me esticando por elas, coloquei os pés no Matt e apoiei a cabeça no ombro do Cameron.

– Vai dar tudo certo, não se preocupa -ele beijou minha testa-

– Tomara que sim -fechei meu olhos-

Estava muito claro, muito mesmo, meus olhos mal conseguiam se abrir, quando consegui percebi que estava em um hospital. Olhei para os lados e não vi ninguém, não estava tão ferida, um corte na cabeça e o braço um pouco roxo. Tentei levantar e vi que tinha mais uma ferida, torci o pé, provavelmente quando estava correndo, mas na hora acabei nem sentindo. Logo um cara alto e loiro entra na minha sala, meu médico eu acho

– Que bom que acordou Srt. Jacobs

– Quanto tempo estou aqui ? -perguntei confusa-

– Está aqui a 4 dias

– Meu deus ! Eu dormi por quatro dias ?

– A pancada na cabeça foi grande e você ficou um leve período desacordada -olhei no espelho e o corte na cabeça não era pequeno como eu pensava, era enorme, estava vermelho e inchado-

– Cade ele ? -falei seu nome, mas como se fosse um ligação falha eu não pude escutar-

– Ele já foi embora, sinto muito -olhei pra baixo decepcionada e o médico saiu da sala-

Sentei e pensei por um tempo, logo o cenário começa a mudar novamente, mas dessa vez eu não estava distraída, então me assustou, assustou muito. Iam caindo pedaços do hospital e eu sai correndo, esbarrei com alguém tão forte que cai no chão

– Calma aí moça, desse jeito vai atropelar alguém -ele disse sorrindo-

– Sinto muito -ele me estendeu a mao e eu a peguei-

Ele me olhava fixamente e eu tbm, não reconhecia o rosto estava embaçado com sempre

– Você... Ah esquece -falei virando pra ir embora-

– Fala -ele me segurou pelo braço e me virou-

Como se eu estivesse em um dos filmes, o cenário mudou completamente com meu giro. Eu estava flutuando em um rio pequeno com uma cachoeira, estava com um biquíni rosa e preto. A visão era linda, as árvores refletiam na água e tinham flores vermelhas penduras, o sol estava forte porém não pegava muito bem na água. Logo me afundaram e eu me assustei, e uma mão forte me puxou pra cima me abraçando e me rodando lentamente por estarmos no água.

– Amor isso é lindo, você é linda. Eu te amor -ele me olhou e me beijou-

– Eu te amo também meu amor

– Sabe o que eu acho ? -ela disse me olhando desafiador-

– O que ?

– Que nós devíamos apostar corrida -ele saiu nadando na minha frente-

Sorri e o acompanhei, logo algo muito forte me puxou pra baixo, ele tentou vir atrás de mim mas parecia que algo mas forte ainda o puxava para cima.

Logo um tiro vindo de longe o atingiu

– Meu deus Mackenzie acorda -todos gritavam ao meu redor-

Eu estava chorando, chorando muito e gritando. Meu deus pareceu tão real, por que aquilo estava acontecendo, eu podia sentir tudo através desse sonho.

– Desculpem, foi só um sonho ruim. -bebi a água e me acalmei um pouco-

Faltavam 15 minutos pra viagem e eu estava ansiosa, cansada e com medo de dormir de novo. Anunciaram nosso vôo e eu comprei um monte de besteiras pra viagem. Depois de muitas despedidas e muito choro nós embarcamos.

– Eu to tão ansiosa -nat disse sorrindo e saltitando até nossas cadeiras-

– Eu também -tinha medo de aviões, mas como amava viajar então eles eram um medo de bagagem-

Sentei na janela, odiava sentar no corredor, desde a primeira vez que andei de avião, por que uma garota derrubou café absurdamente quente em mim e me queimou, tive que ficar meses passando diferentes tipos de pomadas, mas hoje graças a deus não tenho nenhuma cicatriz. Fiquei comendo, todos os doces que eu comprei de nervosismo. Logo o piloto avisa que iremos decolar, apertei o cinto e então fechei os olhos. Aumentei a música no máximo e virei pro lado, olhando aquele enorme mar de prédios que era São Paulo, era linda a vista lá de cima... Logo peguei no sono e sonhei exatamente a mesma coisa. A vista maravilhosa das árvores, o biquíni rosa e preto, a corrida e o desespero do meu ar acabando. Lá estava eu, gritando novamente, só que dessa vez eu estava suando frio e acabei tento uma crise de asma, o que em um lugar fechado podia me matar. Sorte que minha mãe estava lá e ela tinha sempre um remédio, tive que tomar três. Me acalmei um pouco e comecei a desenhar, já que todos no avião dormiam e eu não podia mais dormir em paz sem que algo me matasse. Pouco tempo depois peguei no sono, a viagem era longa e demorada, e eu estava morrendo de sono. O sonho dessa vez foi diferente, foi bom graças a deus.

Eu estava rodopiando pela sala de dança, acho que estava ensaiando algo, estava na casa de alguém que eu conhecia. Logo um par de mãos me pega pela perna, só que dessa vez elas são pequenas e macias, olho para trás e um garotinho espetacularmente lindo estava puxando a minha saia.

– Vem tia mack, a comida está pronta -ele sorriu e olhou pra mim-

– Já estou indo querido, vou só me trocar ta legal -ele sorriu e saiu correndo-

Tomei um banho rápido, o mais rápido da minha vida eu acho, vesti uma saia branca e uma blusa simples por preta, por cima. Coloquei saltos, por que não uso sapatilhas por nada no universo, eles não eram enormes, mas também não eram baixinhos, subo as escadas e fui até onde o cheiro bom me guiava, lá estava ele como sempre com o rosto embaçado, estava cozinhando e eu pude o ver sorrindo

– Amor ! -ele me abraçou e uma mulher entrou na cozinha-

– Meu filho ! Você vai deixar todo meu trabalho queimar

Ri da cara dele

– Mãe ! Eu queria que a Mackenzie pensasse que eu que tinha cozinhado -ele fez bico e eu mordi fazendo-o sorrir- como ela vai casar comigo se a gente só vai poder viver de fast-food e ela não come ?

– Por você eu aprendo a gostar amor -o beijei é a campainha tocou-

Corri pra atender e quando abri a porta o cenário mudou, novamente a água e a cachoeira, a brincadeira dele me afundando, a proposta da corrida. Me assustei, mais meus instintos me levavam a fazer tudo como se eu não soubesse de nada que estava prestes a acontecer, quando comecei a nadar alguém me acordou"

– Você está bem mack, pesadelos de novo ? -Meu irmão estava do meu lado agora, deve ter trocado com a sam -ele me abraçou de lado-

– São horríveis Matt, alguma coisa me puxa pra baixo até eu perder o oxigênio e acordar. É uma dor muito real -encostei em seu ombro com vontade de chorar-

– É só medo, mais eu estou aqui. Vou te proteger. Dorme um pouquinho, estou aqui -fechei meu olhos encorajando meu sono a não ter medo dos pesadelos-

Dessa vez graças a deus tive sonhos bons, bons mesmo sem interrupções, nada muito complexos. Só muitos beijos, sorrisos e "eu te amo" foi uma maravilha, dormi bem e acordei só quando chegamos em solo americano !

– Finalmente -me espreguicei-

– Aí meu deus, que aventura -Matt estava saltitando-

Pegamos nossas bagagens de mão e seguimos pra fora do avião, estava quente o que me fez tirar o casaco. Estava chovendo mas estava calor, como todos falamos inglês fluentemente não tivemos nenhum tipo de problema em relação a isso. Pegamos dois táxis, um eu e as garotas, outro minha mãe e meus irmãos. Tirei milhares de fotos no caminho, chegamos no prédio e ele era lindo, eu ia morar lá por 1 ano acho que até a poeira dele era linda pra mim, era quase que do lado do centro da cidade, isso era maravilhoso. Iríamos morar nós três juntas, entramos no apartamento e nosso queixo literalmente caiu. Eram dois andares, tinha a sala e a sala de estar e a de jantar, mas pra lá atrás de uma porta a cozinha e do outro lado embaixo da escada um corredor com um quarto de hospede e um banheiro. Na parte de cima tinham 3 quartos, 3 suites e um banheiro no corredor. Recebi uma carta assim que cheguei, o que me assustou um pouco, li assim que coloquei as minhas malas no chão do meu quarto, ele era lindo mais com certeza ia receber um decoração bem mais ousada. Abri a carta e tinha a letra do meu pai, o que me fez chorar bem mais do que eu gostaria apenas por reconhecer uma letra

Minha querida, minha menininha, meu bebê. Você vai ser sempre o meu mais raro tesouro, eu faria de tudo pra sempre te ver feliz, seu sorriso é minha maior inspiração. Eu te amo do tamanho do mundo e de todos os outros universos existentes, você vai ter sempre um pedacinho de mim com você, por isso lhe deixei uma surpresa, ninguém sabe. Vá até lá sozinha e faça a mudança que achar preciso, use o fundo que eu lhe deixei. Estou constantemente em viagem filha, não posso nunca estar com você. Espero que leve esse lugar como um pedaço de mim entregue completamente a ti. Eu te amo minha bonequinha de porcelana, você é tudo pra mim:
*Um endereço*

Eu era a típica filhinha de papai, só que literalmente. Meu pai e eu fomos sempre muito chegados, quando ele não estava viajando só nos separávamos na hora de ir dormir, as vez nem assim. Quando ele morreu metade do meu coração se deitou no caixão junto com ele. Sinto que esse lugar pode trazê-lo de volta pra mim. Corri até lá embaixo e as meninas olharam pela porta perguntando aonde eu iria e eu só respondi "achar o que eu perdi a muito tempo" peguei minha bolsa e sai pela porta. O elevador já estava lá e graças a deus desceu antes que meu irmão pudesse pará-lo. Eu estava sem muito dinheiro, então preferi pegar um ônibus, só não sabia qual. Perguntei para o segurança e ele me informou direitinho o que eu tinha que fazer, fui até o ponto e esperei por uns dois minutos. Logo o ônibus apareceu e eu subi, paguei a passagem ao motorista e me senti ao lado de uma senhora de cabelos brancos e olhos claro. Ela pegou a minha mão

– Eles tem sido assustadores não tem ? -a olhei muito assustada-

– Me desculpe, o que a senhora disse ?

– Os pesadelos, sei que eles tem lhe atormentado -me assustei, só que agora de verdade e então puxei minha mão da dela-

– Como você sabe...

– Eu posso sentir, você tem andado triste por aí. Tudo vai mudar querida, você vai ver, as coisas vão caminhar para o lado certo agora

– Eu sinto muito, mas não te conheço -quando fui levantar ela segurou minha mãe e me puxou para se sentar novamente-

– Sabe o que você pode fazer ? Para os sonhos ruins passarem ? -era loucura, mas era o que eu mais queria-

– Você pode...

– Tenta ver o rosto dele, tudo vai ficar nítido quando você ver que ele é.

– Como você sabe de tudo isso... ?

– Eu já vivi muitas vidas pra saber reconhecer um olhar triste e perdido. Os pesadelos atormentam as almas mais delicadas

– Muito obrigada, mas quando eu estou sonhando eu faço as coisas por instinto, mesmo sabendo o que vai acontecer -ela sorriu e tirou da bolsa um filtro do sonhos-

Era grande e muito bonito

– Olha eu não acredito muito nessas coisas então eu agradeço mas.. -ela sorriu e os deixou na minha mão-

– Eles filtram sonhos ruins, não deixa que eles passem. Não deixe que ninguém o toque são os seus sonhos ruins presos ali. Tente pelo menos, você vai conseguir, ele está muito mais perto do que você imagina -ela sorriu, segurou minha mão e se levantou para ir embora-

– É só tentar enxerga-lo ? -ela riu e eu fiquei confusa-

– O amor vai fazer isso por você querida, por enquanto é só se deitar e pensar em quantas coisas boas estão por vir e deixar esse medo de lado, ele só te trás infelicidade e mais pesadelos -as portas abriram e ela desceu-

Me ouvi sussurrando um "obrigada" baixinho. Aquilo me assustou muito, me assustou mesmo. Mais eu ia tentar, talvez fosse realmente isso, eu estava com um medo sureal, talvez causado pela sensação de que algo iria acontecer. Cheguei no ponto e fui pedindo informações até chegar a uma rua linda cheia de árvores com flores amarelas, meu pai sabia me agradar. Fui até o número e vi uma casa enorme quase que um prédio, com uma plaquinha na porta dizendo "Mackenzie Jacobs" fiquei de boca aberta e com medo do que me esperava lá dentro

– Para estar aqui deve ser a mack de quem tanto ouvi falar -um garoto sorriu largamente pra mim-

– A ouviu ? Espero que só coisas boas

Ele sorriu meio que gozando do que eu tinha dito

– Não tinha uma só palavra que saia da boca de seu pai que não fosse o quanto ele se orgulhava de você

– Você conheceu meu pai ? -perguntei em um sussurro-

– Conheci, e ele era uma pessoa espetacular. Eu sinto muito, vem eu vou te mostrar a casa.

Nós entramos.

Meu pai me deixou uma enorme produção aqui, é meio que uma casa de quatro andares, o 4 andar é gigantesco e ele disse que deixou para que eu pudesse treinar a minha arte da dança pela qual ele sempre foi apaixonado, O 1 é uma receção, grande também, mas nada comparado ao de cima, o do 2 era ainda maior , era um estudio de fotografia e o 3 era um estúdio de música com 3 violões.

– Isso aqui é simplesmente a coisa mais linda que eu já vi na vida -falei olhando ao redor-

– Ele sempre dizia que amava tudo em você e que queria que quando crescesse pudesse praticar livremente tudo que tivesse vontade. Isso aqui é tudo seu, está no seu nome e vai ser assim sempre. Por sinal, meu nome é Bernard eu moro do outro lado da rua naquele prédio. Seu pai deixou uma grande responsabilidade, cuidar de você e não se preocupa, não vou sentir nenhuma vontade louca de transar com você. Sou gay -ri do jeito dele de falar, era natural e divertido-

– Muito obrigada mesmo por isso Bernard. Eu perdi todo meu chão quando meu pai morreu e mesmo não entendendo nada muito bem meu mundo virou de cabeça pra baixo. Sinto que ele está voltando ao normal agora -o abracei e ele meio que se assustou- aí meu deus, sinto muito. Brasileiro gosta de abraçar, sinto muito. -abaixei a cabeça envergonhada-

Ele me abraçou, ele me mostrou alguns contatos de alguns arquitetos pra mim poder arrumar o lugar do jeito que eu quisesse, tinham todos os equipamentos, tanto os de foto, quanto os da dança e os do estúdio.

– Eu fiz alguns cursos de arquitetura, acho que você só vai ter que me levar nas loja pra poder comprar as coisas -ele sorriu e concordou-

Nós ficamos lá a tarde toda discutindo sobre tudo, tanto do estúdio quanto da vida, arrisco-me a dizer que ele é a melhor coisa que me aconteceu até agora. Ele era o amigo perfeito, tinha 19 anos e cresceu com meu pai montando esse lugar pra mim. Tivemos milhares e milhares de idéias, fiz uns rabiscos, os desenhos eu faria mesmo quando chegasse em casa. Nós decidimos pintar-nos nós mesmo as paredes, e ele vai me ajudar a começar um negócio com a fotografia e eu decidi começar a dar aula para as crianças. Não era nada certo ainda, mas finalmente achei algo que realmente me interessava, quando vi já erram 8 horas da noite, corri até minha bolsa e tudo estava lotado, tanto as mensagens, quantos as ligações.

– Eu to ferrada quando chegar em casa -ri da minha própria cara refletida no espelho-

Nós estávamos no chão fazendo alguns planos

– Ta mesmo -eu já tinha contado que era meu primeiro dia e que eu meio que fugi-

Liguei pra minha mãe que atendeu desesperada

Ligação on

– MACKENZIE ! CADE VOCÊ -ela disse gritando muito alto, mais alto do que qualquer outra vez, ela estava brava mesmo-

– Mãe calma, eu perdi a noção do tempo

– Isso eu percebi ! Aonde você está, venha pra casa nesse exato momento

– Calma mãe eu já to indo, só que eu acho que meu dinheiro não vai dar pro taxi, vou ter que pegar um ônibus

– Como assim ! Ônibus ? Essa hora ? Você não vem do Brasil não minha filha ?!

"Eu te levo" ele falou com apenas gestos.

– Mãe já já eu to em casa, eu prometo -desliguei-

Ligação off

– Eu posso te levar em casa, tenho um carro. Não é 5 estrelas mas posso te levar até lá -abracei ele-

– Você é o melhor amigo que existe. E olha que eu te conheci hoje -o apertei ainda mais-

– Acho que eu vou ter que me acostumar com seus peitos me tocando. Meu deus como você gosta de abraços -eu ri da cara dele e o soltei-

– A minha mãe ta doida, você pode me levar mesmo ?

– Claro que eu posso ! Mas você vai ter que me dar o dinheiro da gasolina to avisando -ri e levantei estendendo para ajudá-lo-

Peguei todos os planejamentos e ele foi buscar o carro e nós paramos no posto no caminho. Abastecemos e seguimos viagem, em 15 minutos chegamos.

– Queria que você pudesse subir comigo pra mim não ser assassinada sem nenhuma testemunha -ele riu da minha cara e me beijou estalado na testa-

– Vai dar tudo certo -abri a porta e sai-

Ele foi embora e gritou

– Preciso de um banho de bofes ! Fiquei tempo demais com uma mulher meu deus -quase cai de rir com aquele comentário ridículo-

Assim que pisei no hotel Matt me esperava sentando em uma cadeira

– Meu deus Mackenzie ! -ele estava chorando e me abraçou- eu quero muito te matar

– Não se você souber os motivos

– Então tenta me explicar e me da motivos pra mim não te odiar e tirar da cabeça da mamãe me levar embora hoje !

– Ela não faria isso, eu não vou deixar... Mas enfim, o papai me deixou uma carta e nela tinha um endereço. Fui até lá e é um estúdio enorme, você tem que ver. Acabei ficando lá o dia todo e fazendo planos que acabei perdendo a noção da hora -ele me abraçou-

– Você me assustou demais ! -Matt era o tipo de irmão preocupado, ele queria me matar por ter feito ele ficar nervoso. Mas me perdoou só por eu estar de volta em casa-

– Eu sei, sinto muito

O porteiro nos olhava com a cara torta, provavelmente por causa do português. Esperamos o elevador e entramos, quando chegamos no meu andar senti o clima pesado, meu deus do céu, proteja meus ouvidos, hoje vou ouvir mais do que em qualquer dia da minha vida.


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