Star Crossed escrita por Thais Jacobucci


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Leiam ao som de uma música animada pra entrar no clima do capítulo!



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Entramos no lugar e estava movimentadíssimo, uma música alta pra caramba e muito contagiadora estava tocando. O Dj era uma delícia incomparável e de minuto em minuto soltava uma fumaça que embaçava todo o lugar e logo depois vinham as luzes coloridas iluminando o lugar de um jeito muito fodastico. Subimos para o camarote, tinham tantas pessoas bonitas que eu fiquei até meio perdida, mas eu estava super afim mesmo do Dj.

– O Dj é um gato, sabe o nome dele? -perguntei pra Sam quando ela voltou com as bebida-

– Taylor, o nome dele é Taylor. Deve ter lá pros 23 anos e qualquer festa que ele esteja é o centro das atenções, por que além de ser lindo arrasa na música. Mas tira seu cavalinho da chuva, por que nunca viram ele ficando com ninguém. Até acham que ele é gay.

– Que pena -fiz bico e virei a bebida colorida que ela tinha me trazido- Isso aqui é muito bom Sam

– Pode pegar quantas quiser, eu a Nathy vamos desce pra dançar. Vamos lá?

– Vou tomar mais um drink e desço

Mas não foi só um, foi uns 3 é uma tequila que um esquisito pagou pra mim. Ele era engraçado, mas queria me embebedar e eu logo percebi

– Tenho que descer pra dançar, minhas garotas estão me esperando

– Suas garotas?

– Minhas amigas, eu não sou lésbica -ri da comparação, até por que já estava meio alta-

Ele sorriu e me deixou ir, não consegui achar as meninas de jeito nenhum então comecei a dançar sozinha. Percebi que nesse tipo de lugar é comum os caras se aproximarem sem autorização

– Da licença

– Qual é, só uma dança gatinha

– Não quero idiota -pensei em alguma coisa rápida por que ele era três vezes maior que eu- a menos que você tenha uma vagina no lugar do pênis não serve pra mim, com licença

Sai rindo da cara de otario que ele fez e por acaso esbarrei nas garota que também já estavam bem alteradas. Dançamos muito e meus pés começaram a pedir arrego

– Garotas estou morta, preciso de um drink -falei gritando-

Nós subimos para o camarote e começamos a fazer competição de virar com os garotos que estavam no bar, tinham uns bem novinhos e outros mais velhos. O engraçadinho que tentou me embebedar estava lá junto conosco, eu já estava rindo de tudo e gritando (coisas que eu faço sempre que fico bêbada) até ouvir o Dj dizer que faria uma pausa, eu não imaginaria que ele iria para o meu camarote, mas foi e na hora que ele chegou eu estava na mesa com as meninas. Ele passou cumprimentando todos da camarote que o parabenizarem, e Deus, eu quis pular no pescoço dele e fazer sexo selvagem a noite todinha. Mas eu não era uma vadia louca, mesmo que bêbada eu chegasse quase perto disso. Ele estava vindo em direção a nossa mesa, caralho, como se diz oi em inglês mesmo, aé lembrei. Eu estava toda horrorosa, sem maquiagem ou de cabelo penteado

– Eu sou Taylor -estendeu a mão pra mim-

– Eu sou Mackenzie -disse me ajeitando no banco e segurando sua mão-

– Você é muito bonita, tem traços perfeitos -Ta, agora ele me assustou um pouco-

Fiquei meio sem graça e só sorri virando pro lado

– Ah meu Deus, me desculpa. Eu não quis passar uma impressão errada, além de Dj eu sou fotografo e falando no sentido menos medonho da coisa, seus traços do rosto são muito bem alinhados e dariam uma ótima foto

– Ah muito obrigada, você toca muito bem por sinal e é um gato mas me disseram que você é gay

– Mackenzie! -Nathy me deu uma bronca e ele riu na hora-

– Ai meu Deus, desculpa. Eu bebi demais, não devia ter falado isso.. Se bem que você me disseram, por que eu não devia ter falado

As meninas fizeram uma cara feia que eu não entendi, por que o que eu disse tinha lógica

– Tudo bem meninas, quer me acompanhar até meu camarim? Eu posso te arranjar uma água

– Se você não fosse gay, eu até iria. Não que eu seja uma piranha atirada, mas eu já tenho um amigo gay e isso seria quase uma traição.

– Vamos lá, eu não sou gay -ele estendeu a mão e eu segurei levantando-

– Mas não podemos fazer sexo também por que eu tenho um amigo colorido, e uma das minhas 10 regras do jogo é não fazer sexo com ninguém outro alguém e isso também seria uma quase traição. Se bem que você é tão bonito que eu até abriria uma exceção. Mas não posso, meu Deus melhor eu ir embora, só To falando besteira -creio que eu tenha vindo com um freio na língua, mas quando eu bebia esse freio ficava quebrado e mesmo querendo eu não conseguia parar de falar o que eu estava realmente pensando-

Ele riu da minha cara o caminho todo e quando chegamos no camarim dele até me assustei. Nada de bagunça ou pôster de garotas peladas, ele me mandou sentar e me deu uma garrafa de água, depois de respirar um pouco e me controlar finalmente disse alguma coisa

– Olha me desculpa por qualquer coisa, é que eu acabo falando demais quando eu bebo

– Eu adorei você, de verdade. Eu costumo ser uma pessoa muito cética pra garotas, não fico com qualquer uma. Mas tem alguma coisa em você que me atrai muito -ele sorriu e bom, resumindo eu quis instantaneamente abrir minhas pernas-

– Obrigada, eu to tão zonza que nem sei se você é real.

– Posso de provar?

– Deve? -respondi meio confusa se devia mesmo fazer isso com Colin, mas quando senti a respiração dele perto de mim não sabia nem mesmo meu nome-

Ele me beijou e eu desci até o inferno, paguei meus pecados e voltei em chamas, mas ele não fez nada além de acariciar a minha bunda

– Não faria nada com você nesse estado, por que sei que se estivesse em plena consciência não me deixaria fazer isso

– Talvez

Ele tinha aquele ar de garoto deliciosamente errado, isso me atraía demais. Talvez por que o Justin era assim, mas eu amava um bom e velho bad boy

– Posso anotar seu telefone? Amanhã eu vou no parque tirar uma fotos, se quiser vir comigo

– Eu adoraria! Eu também tiro fotos, a gente podia fazer uma exposição de nudez o que você acha -ele me olhou meio estranho e eu ri parecendo uma hiena- eu estava só brincando

– Você tá muito bêbada -ele caiu na gargalhada-

– Você sabia que Deus disse que é pecado rir dos bêbados engraçadinho? -eu disse muito certa e convicta-

– Acho que Deus disse que não queria que existissem bêbados -ele caiu na gargalhada de novo-

– Eu até riria, mas você está zombando da minha cara então eu vou embora

Levantei pra sair mas ele se pôs na minha frente

– Não vai não -ele tocou seus lábios no meu e nem chegaram a ser um beijo, mas minhas regiões baixas já arderam-

– O Dj que está lá agora não é tão bom mas nós podíamos ir dançar né, aqui dentro é tão quente

– Super quente -ele apertou minha cintura e nós nos beijamos novamente-

Foi virando uma coisa mais quente e ele desceu o zíper do meu vestido

– Pensei que não fizesse isso com pessoas bêbadas -ele parou, olhou pro chão e voltou a olhar pra mim-

– Tem razão -ele subiu novamente meu zíper-

– Eu tava só brincando -fiz uma cara emburrada-

Eu sinceramente não sei como eu aguentava ou pensava em sexo depois de hoje, eu tenho que me tratar, isso só pode ser doença.

– Vamos dançar, me da a honra senhorita

– To achando que eu te dou tudo que quiser

Me senti impura depois dessa frase, mas dane-se amanhã provavelmente não vou nem lembrar. Saímos do camarim e descemos direto pra pista de dança, nós estamos nos pegamos e jesus Cristo, que Deus me perdoe por tudo que eu pensei em fazer com aquele homem em uma noite. Nós dançamos muito, nos pegamos muito e fizemos isso direto por umas longas duas horas. Quando voltamos ao camarote, as meninas estavam se agarrando com uns garotos que tínhamos conhecido no bar

– Vi... -eu ia mostrar pro Taylor como era normal as pessoas se pegarem bêbadas mas ele tinha sumido-

Fui até o bar e ele não estava lá, pedi mais uma bebida colorida e o embebedador voltou, mais alterado do que da primeira vez e com mais dois amigos

– Eai gatinha, que tal conversarmos num lugar mais calmo

– Sai daqui, eu já tenho acompanhante

– Engraçado, não to vendo ele aqui

– Qual é Tix, deixa a garota em paz. Ela já disse que está acompanhada -o mais altão falou-

– Devia ouvir seu amigo

– Qual é, tá achando que essa garota é alguma coisa? Provavelmente é só mais uma vadia que o pai abandonou e virou isso ai -na hora minha consciência voltou-

A alguns anos atrás eu fiz um tempo de luta e funcionaram muito bem, por que eu derrubei o tal Tix idiota, soquei um dos amigos e chutei a cara do outro. Meu salto agulha maravilhoso estava nas bolas de e eu me aproximei bem só pra ter certeza de que ele estava me escutando

– Consegue me ouvir, seu desgraçado. Meu pai em criou de uma maneira que você jamais criaria sequer um cachorro, você pode me ofender e falar o que quiser, mas eu mato você se tocar no nome da minha família. E é muito bom que você lembre de mim quando for falar da família de qualquer outra pessoa -pisei com toda minha força no saco dele antes de Taylor me puxar-

Os amigos dele o levantaram e ele apontou pra mim fazendo sinal de corte na garganta. Eu levantei meus dois dedos com toda a sinceridade do mundo e balancei sorrindo pra ele. Taylor me levou junto com as meninas pro camarim e me deu mais água, acho que ele queria que eu fizesse xixi ali mesmo

– Você não pode sair por aí batendo nas pessoas Mackenzie -Nathy falou preocupada- você nem sabe quem são essas pessoas

– O nome dele é Tix, um velho arrogante que tem uma migalha de poder. Pode ser que ele tente te dar um susto agora na saída, mas se der um bom chega pra lá nele como fez ali fora ele te deixa em paz. Quando forem embora me chamem que eu levo vocês até o carro.

– Acho melhor esperarmos uns 10 minutos pra esse auê passar e irmos pra casa, já passa das 4

– Melhor mesmo, amanhã eu tenho um encontro -sorri pro Taylor que sorriu de volta-

Ficamos no camarim conversando sobre tudo e depois de um tempo pegamos as cosias e fomos embora, estava tudo muito bem na saída mas acabei esquecendo minha bolsa no camarim e tive que voltar pra buscar, quando sai de novo tamparam a minha cabeça com um pano preto e eu entrei em pânico. Comecei a gritar mas levei um soco na barriga que me calou, senti que estava sendo carregada mas não parei de me debater até cair no chão. Ouvi alguns sons de soco e murro vindo de lá e de cá

– Taylor -o abracei quando ele tirou o saco da minha cabeça- pensei que não chegaria nunca

Ele me levantou e me acompanhou até o carro, as meninas estavam lá me esperando.

– Tem certeza que eu nao posso levar o carro, acho mais seguro -ele disse vendo o estado de sono que eu estava-

– E depois você vem embora como? -ele fez uma cara de interrogação- pois é, eu vou ir bem

– Posso te ligar? Pra ter certeza de que não vai dormir

– Por favor -sorri-

Ele pegou o celular e me ligou, fomos conversando a viagem toda e ele me contou sobre como seu amor pela fotografia e música.

– Eu amo a arte e poder exercer suas delas me faz muito feliz

– Uma eu sei que exerce muito bem, a outra eu vou ver amanhã... Acabei de entrar na garagem do prédio

– Imagino que amanhã vá acordar só depois do 12:00

– É o que eu pretendo -rimos-

– Eu te mando uma mensagem pra você não esquecer de mim e do nosso quase encontro.

– Eu não esqueceria, boa noite Taylor, obrigada

– Eu que devo te agradecer

Desliguei a ligação, acordei as meninas e nós subimos pra casa. Coloquei meu celular no carregador e vi que tinha uma mensagem do Colin

"Espero que não tenha se divertido muito sem mim, me avisa quando chegar em casa"

Ele era um amor e me senti mal

"Pior que me diverti, cheguei em casa. Muita coisa pra te contar mas não podemos nos ver amanhã (no caso hoje mais tarde) tenho um compromisso. Segunda feira te conto tudo, boa noite (um coração ridículo e uma carinha de sono) desliguei o celular e apaguei mais rápido que ele


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