The Pain In Between escrita por bia souto


Capítulo 29
Farewell parte 2


Notas iniciais do capítulo

FELIZ ANO NOVO 12 DIAS DEPOIS!!!!!!!
ainda não é 2015 na fic, galera, vai ser no próximo capítulo
resumo da demora: preguiça + férias + bloqueio + calor + preguiça + bloqueio



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Na sexta feira, dia 30 de dezembro, Kurt estava uma pilha de nervos. Ele não havia contado à ninguém se não Blaine sobre o telefonema com Carole, com medo da informação alcançar os ouvidos de Finn. Ele mal dormiu, rolando na cama a noite toda. E agora, no café, quando ele recusou o pão fresco com manteiga que ele sempre comia, Santana percebeu.

— Kurt, posso falar com você? — Santana pediu, mas o castanho continuou mexendo o café com leite, sem beber o mesmo. Ela chutou sua canela por baixo da mesa, mas foi Blaine que parou de tomar café.

— Ai! Santana! O que foi isso? — Blaine agarrou a própria canela, torcendo o nariz de dor.

— Desculpe, eu queria chutar seu namorado. Nossa, vocês não desgrudam, hein. — Kurt ainda estava entretido com sua bebida quente. Blaine puxou a manga do pijama do namorado gentilmente.

— Kurt, Santana quer falar com você. — Informou o moreno, quando o mais alto levantou o olhar.

— Ah, ok, obrigado. — Kurt se levantou da cadeira, acompanhando a latina para fora da cozinha. Os dois se sentaram no sofá. — Então, o que você quer me falar, Santana?

— O que está havendo? Você mal comeu no café, e você sempre come no café. Além do mais, você está agindo igualzinho à época que seu pai estava no hospital. Sem prestar atenção nas coisas, alheio à tudo. Sério, você nem percebeu quando eu coloquei manteiga no seu cabelo mais cedo.

— Você fez o quê?!

— Eu não fiz nada. Foi Violet. — Kurt bufou, revirando os olhos. — Escuta, eu sei que eu não fui a melhor amiga, nem a mais próxima, como Quinn ou Mercedes, mas eu me importo com você, ok? Eu e Tina não fizemos você ser rainha do baile de formatura simplesmente porque sim. Sue obrigou a gente. Ela disse que ia contar para meus pais que eu era lésbica, e eu não poderia aguentar aquilo na época. Então, cuspa, Hummel, o que está acontecendo?

— E-Eu não posso falar, Santana, me desculpe. — O castanho já ia se levantando quando a latina puxou-o pela blusa para baixo.

— Não tão rápido. Eu sei que Blaine sabe, e eu sei que ele vai me falar. Vamos lá, eu juro que fico de boca fechada.

— Jura? — Santana estendeu o mindinho. Kurt o entrelaçou com o próprio e respirou fundo, lançando-a um olhar cauteloso. — Sebastian veio aqui outro dia. Ele- ele me fez ligar para Carole e pedir para que ela se encontrasse comigo hoje, às oito. E eu liguei para ela avisando que ela não podia ir e que ela devia ficar segura, mas ela não deu ouvidos, eu não sei por quê.

— Você tem que contar para Finn.

— Não! Não, eu não tenho! Viu, era exatamente por isso que eu guardei para mim mesmo. Se eu contasse para alguém, esse alguém contaria para Finn. E ele já está todo enrolado com a escola e aplicações para a faculdade e esse drama que ele chama de vida amorosa... eu não quero colocar mais um problema na vida dele.

— Mas é preciso! Meu deus, Kurt, você quer Carole bem ou não? Ela perdeu você, ela perdeu o marido... o que mais você quer que ela perca, a vida?! Hummel, eu achei que você fosse melhor que isso! Se Finn souber, ele vai levar ela para um lugar seguro e sabe o que vai acontecer? Você pode dar uma desculpa para Sebastian e ele vai vir aqui e eu acabo com ele. Viu? É um plano perfeito, Kurt.

— Eu não sei, quero dizer, é claro que eu quero que Carole fique bem, mas eu odeio ter que depender tanto de Finn.

— Kurt, olhe para mim. Você pulou na frente de um tiro. Pelo seu melhor amigo morto. E você está preso aqui, e mesmo assim você se vira do avesso para ajudar todo o mundo. Deixa de besteira e pense em você! Não pense no que Finn vai ter que fazer, ou no que Carole pensa. Você sabe que Sebastian vai lá, você quer impedir um desastre. Pegue a droga do celular e chame Finn aqui. Aí, você vai contar tudo para ele e todos saímos felizes! Pronto!

— Oh, deus, você tem razão. Eu sou um imbecil mesmo. — Kurt cobriu o rosto com as mãos. — Blaine disse que era melhor contar para Finn, mas não, tudo tem que ser como eu quero. Burro, burro, burro.

— Olha, você realmente foi um imbecil sobre essa situação. Mas adivinha? Nós vamos dar um jeito, nós vamos de te ajudar. Engula seu orgulho e deixe isso em nossas mãos. Eu, Finn e Blaine manteremos Carole segura hoje à noite. Você, por outro lado, vai aproveitar o dia do lado dos seus amigos e namorado incrivelmente sexy enquanto Carole estará segura como um bebê na incubadora.

— Essa comparação foi horrível.

— Foi, é.

— Mas obrigado. Eu vou pedir para Finn vir aqui. Mas... será que você pode falar com ele? Eu estou cansado de contar isso de novo e de novo.

— Claro que posso. E, ei, sem ressentimentos por nossas vidas passadas? — Kurt sorriu.

— Sem ressentimentos. — O castanho a abraçou, sentindo a amiga o puxar para mais perto.

— Você é incrível, Kurt, não deixe que ninguém te faça duvidar disso. — Ela sussurrou, e Kurt assentiu.

— Eu realmente precisava disso, obrigado. — Santana apenas o deu um tapinha nas costas e voltou para a cozinha. Kurt suspirou, encostando no sofá e mandando uma mensagem rápida para o irmão, pedindo-o que viesse vê-lo.

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Kurt estava falando com Mercedes no telefone quando Finn chegou. Santana o avisou e foi falar com o grandão.

— Não, Mercedes, eu estou bem. ...Sim, Santana está bem. ...Ela não é mais uma vadia mentirosa, além do mais, ela está presa comigo por toda a eternidade, então- ...Jesus, você fala muito rápido. — O castanho bufou passando uma mão pelos cabelos sem entender uma palavra que era dita do outro lado da linha.

— ...e então eu disse “nem fudendo, sua vadia” e é por isso que minha avó não fala mais comigo, igual Santana não deveria falar com você.

— Ok, eu não entendi nada, só a última parte. Além do mais, você não precisa se preocupar! Nós tivemos uma conversa hoje, foi muito-

— Você conversou com ela? Tipo um diálogo? Meu deus, você está perdido! Daqui a pouco você vai começar a andar de uniforme de líder de torcida e arranjar um namorado burro e loiro.

— Ei! Brittany não é burra! Ela é criativa, ok? Achei que você fosse amiga dela. — Indagou Kurt, sem acreditar no que Mercedes havia falado.

— Eu sou, mas convenhamos que-

— Convenhamos coisa nenhuma! Você sabe o quão mal ela fica quando é chamada de burra? Deus, Mercedes, você não fala certas coisas! Isso não é um fato, é apenas maldade. Além do mais, como eu já disse, ela não é burra.

— Nossa, quando é que meu lugar de melhor amiga ficou para Brittany?

— Quando você não me ligou nem sequer uma vez enquanto eu estava em Washington, nem em Julho! Brittany me ligava pelo menos duas vezes por semana, e ela me ligou em julho, e disse que tinha acontecido alguma coisa, mas que pediram para ela não contar. Pelo menos ela tentou, Mercedes! E minha melhor amiga é Quinn, além do mais. — Tu, tu, tu, tu..., a linha ficou muda. Kurt grunhiu, talvez mais alto do que ele esperava.

— Kurt? — Violet chamou, entrando no quarto. — O que aconteceu? — Ela se sentou na cama, ao lado de onde Kurt estava deitado, com a cara enfiada num travesseiro.

— Nada, apenas uma menina estúpida que se chamava de melhor amiga.

— Ah, vadias falsas. Conheço um monte. Eu estou ajudando minha mãe a fazer cookies. Quer ajudar a gente? — Ofereceu a loira, e ela jura que pôde ver os olhos azuis do amigo brilhando. — Vamos lá, vai ser divertido.

— Ok, ok, estou indo. Deixa eu colocar alguma roupa mais usada. Eu não ousaria colocar meu par de jeans do Alexander McQueen em risco. — Violet riu, levantando-se e saindo do quarto.

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Como era inverno, às cinco e meia já estava escuro no Alabama. Violet, Tate, Santana, Kurt, Blaine e Brittany decidiram ver um filme de terror. Finn já tinha ido embora, tendo prometido a segurança da mãe para Santana e Blaine, que passaram a mensagem para Kurt. Eles ainda expulsaram Puck, que estava de ressaca no quarto de Santana até dado momento.

Rapidamente os três casais se instalaram no sofá com três baldes de pipoca, dois cobertores grandes e um DVD de Atividade Paranormal 4, fornecido por Quinn como um pedido de desculpas pelo estado no qual ela havia chegado na casa do dia anterior.

— Ele vai morrer. Aposta quanto que ele vai morrer? — Perguntou Tate, apontando para o adolescente na tela. — Porra, ele é imbecil, ele está pedindo pra ver os peitos da melhor amiga dele na cara dura. Eu vou entrar ali e matar todos eles. — Ouviu-se um “shhh” vindo de Santana, querendo ver o filme.

Kurt já estava morrendo de medo depois de vinte minutos de filme, porque tinha uma droga de instrumento de piscina que ficava se movendo sozinho durante à noite. Blaine tinha que lembra-lo de ficar quieto de tempos em tempos, se não ele derrubaria a pipoca com seus pulos.

— Vocês não estão entendendo. — Explicou Kurt. — Eu vi o primeiro filme dessa saga e eu não dormi direito por um mês.

— Você dormiu aqui por uma semana. — Blaine lembrou, e Kurt assentiu, calando-se logo após receber uma pipoca jogada em sua bochecha e outra em seu cabelo.

— Kurt? — Blaine abriu a porta, de pijamas e com uma cara de sono. — Está tudo bem? São duas da manhã.

— Eu sei, eu sei, me desculpe. É que Mercedes foi lá pra casa com Quinn e nós vimos Atividade Paranormal, e eu morri de medo porque tem uma velha muito, muito má e ela vendeu a alma dela para o diabo e agora ela vai me perseguir para sempre. — Explicou o castanho, e Blaine sorriu. — Não tem graça! E daí que eu tenho quinze anos, eu não posso ter medo?

— Claro que pode, é que você fica adorável quando eu estou com sono. Você é adorável, mas enfim. — O moreno finalmente fechou o espaço entre seus corpos, abraçando o melhor amigo. — Vamos lá, eu vou fazer um achocolatado para nós. Pode pegar um cobertor no meu quarto se você quiser-

— Eu prefiro ficar do seu lado, muito obrigado. — Kurt disse, apressadamente. — Posso, tipo, nunca mais dormir em casa? Eu meio que... uhm... eu meio que me sinto muito mais seguro do seu lado.

— Pode, claro que pode. Você pode morar aqui pelo o que eu me importo, Kurt. Desde que seu pai deixe, tudo bem.

— Obrigado, obrigado. Você tem que ver esse filme, é muito legal.

— A gente ainda está falando de Atividade Paranormal ou eu perdi alguma coisa?

— É que eu gostei, é um bom filme, mas eu nunca mais vou ver esse filme de novo. Só isso, nada demais.

— Claro. Aqui, seu achocolatado. Algo mais, monsieur?

— Non, merci beaucoup. — Kurt lançou uma piscadela para Blaine, que teve que lutar contra si mesmo para não beijar o melhor amigo naquele momento.

Quando Kurt voltou o olhar para a tela do filme, havia uma pequena coisa invisível se mexendo e tinha uma criança falando com a coisa e era aterrorizante. Então o castanho se focou no lindo moreno que o abraçava. Blaine olhou para o namorado e sorriu, beijando seus lábios brevemente antes de retornar a atenção ao filme.

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Carole andava de um lado para o outro da sala, olhando para os pés. Ela não queria chegar muito cedo nem muito tarde, mas as palavras de Kurt não paravam de ecoar em sua mente. Primeiro, ele estava vivo. Segundo, ele disse que era para ela o encontrar (vivo) numa lanchonete, depois ele disse para não ir mais porque não era ele, mas a voz era igual a dele. Ela deve ter entendido errado.

A mulher pegou as chaves do carro e saiu, ansiosa para ver o genro. Minutos depois, Finn chegou em casa. Ele procurou e procurou por sua mãe, chamando-a. O grandão checou as horas: sete e vinte. Ela deveria estar em casa! Hudson pegou uma nota de vinte na carteira, as chaves de casa e saiu correndo. Ele havia deixado o celular sem bateria em casa, então não tinha nenhuma forma de se comunicar com ninguém.

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— Carole Hummel? — Uma voz perguntou, fazendo a mesma levantar o olhar.

— É Carole Hudson, apenas, querido. Ah, você é Sebastian, certo?

— Eu mesmo. E você está esperando Kurt, não é?

— Estou, sim. Você me disse que ele tinha s-se matado. É feio mentir.

— Eu já fiz pior, senhora. Agora, se me dá licença, eu preciso conversar com você. — Ele se sentou na cadeira em sua frente e Carole sentiu algo em seu joelho. Ao olhar por baixo da toalha, ela viu uma arma. — Você vai ficar bem quieta e andar comigo até meu carro. Quando chegarmos lá, eu te digo o que fazer.

— Kurt estava certo.

— Kurt o quê?

— Eu falei com Kurt.

— Filho da p... — Sebastian respirou fundo. — Parece que temos que fazer uma parada ao longo do caminho. É um ponto turístico, você deve conhecer. É chamado de Murder House. Blaine Anderson morreu lá, junto com um bando de outras pessoas. Incluindo Kurt.

— Kurt não está morto.

— Espere e verá, Carole, espere e verá. Vocês tem uma despedida pendente.


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Notas finais do capítulo

oh não
será que a carole vai morrer???????? oh não



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