The Pain In Between escrita por bia souto


Capítulo 11
Trouble Kid


Notas iniciais do capítulo

Sentiram minha falta ontem? :3



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Finn chegou em casa exausto. Ele havia dançado mais do que nunca no clube Glee, e Jake – um dos novatos – não o deixaria em paz sobre um passo novo que ele simplesmente não conseguia acertar. Ele também fizera o dever de álgebra todo, o que era diferente e inovador para o menino: ele não sabia que Bhaskara era um cara legal.

Mas ele começou a ficar preocupado na medida em que o ônibus escolar se aproximava de sua casa. Sua mãe e Burt ficariam ainda mais devastados ao verem Finn ali, sem Kurt. O motorista o apressou para descer quando chegou em seu ponto, e o altão saiu do veículo com livros caindo da mochila aberta.

– Finn? – Uma pessoa perguntou, uma voz doce que o menino reconheceria em qualquer lugar: Quinn Fabray. – Finn, oi.

– Ei, Quinn, como vai? Que surpresa você por aqui. – Finn disse, e abraçou a velha amiga. Os dois sentiram uma chama restante do namoro entre o par, mas decidiram ignorá-la. – Então, o que te traz ao Alabama? Ou, mais especificamente, essa rua?

– Brittany me falou que Kurt estava doente, na verdade, foi você quem disse isso para ela. Eu estou na casa dela para o aniversário de uns primos, e minha mãe está viajando. – Finn gelou na menção de seu irmão. – Que cara é essa, Finn? Você está surpreso que eu vim fazer uma visita a Kurt ou esqueceu quem mais esteve do meu lado durante minha gravidez e outros acontecimentos?

– É que eu não me lembrava, uh, só isso. – Finn disse, passando a mão na nuca.

– O que houve com Kurt, Finn?

– P-Por que você acha que alguma coisa aconteceu? N-nada aconteceu! – Finn tentou, mas desistiu ao ver o olhar da loira sobre ele. – Kurt m- Kurt desapareceu. – Corrigiu-se. Quinn levou uma mão à boca.

– Isso é terrível. Jesus, você acha que ele foi sequestrado?

– Eu- eu não sei.

– Eu soube de Blaine... isso sim, foi louco. Matar a própria família depois atirar na boca? Eu admito que fiquei preocupada com Kurt depois disso.

– Kurt e nossa família estávamos morando em Washington. Nós voltamos semana passada, apenas. – Disse o mais alto, pegando a chave no bolso da frente da mochila. – Seja bem vinda de volta, Quinn. – Ele disse, enquanto abria a porta.

A sala não havia mudado uma coisa sequer. Talvez os porta retratos, mas fora eles, a casa dos Hudmels continuava a mesma. O sofá ainda ficava no oposto da mesa de jantar, e a tevê na frente do móvel estofado, com uma mesa de centro entre os dois, e uma poltrona na diagonal, de costas para uma janela. O carpete ainda era cinza e a cozinha era impecavelmente limpa, mas o livro de receitas de Kurt não estava mais lá.

– Olá, Ms Hudson. – Cumprimentou Quinn, ao ver Carole descendo as escadas. A mulher mais velha se apressou e deu um abraço apertado na ex-nora. – Eu soube de Kurt, Finn me contou. Sinto muito.

– Não, não, agora. Nem acredito que você está aqui, Quinnie! Vamos pelo menos celebrar isso, não é?

– Na verdade, eu preciso ir. Tem algumas coisas pelo bairro que eu preciso fazer. – Disse a loira, enrolando um pouco. Ela olhava a rua pela janela.

– Oh, tudo bem. Se você puder, jante conosco hoje! Será um prazer te ter aqui. – Ofereceu Carole, pegando nas mãos da menina que assentiu. – Ótimo! Finn pode te buscar às sete.

– Obrigado, Carole. Até mais tarde. – A moça acenou com a cabeça em gratidão e Finn acompanhou Quinn até a porta. – Foi bom te ver, Finn. – Ela disse, e beijou o mais alto nos lábios breve e delicadamente. – Me pegue às sete. – Ela disse, e virou a esquina na rua de Blaine.

Finn ficou atordoado. Quinn sabia como agir perto dele...

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– Não, Kurt, você não pode subir por paredes nem atravessá-las. – Violet disse, rindo descontroladamente. Era mais ou menos meio dia e Kurt estava aprendendo a controlar suas habilidades, mas Blaine pode ou não ter colocado um pouco de diversão nas lições: a cada vez que Kurt reaparecia sem querer, todos bebiam uma dose de vodca. Ele estava bêbado, visto que todos começaram a aula há três horas e há duas e meia todos estavam bebendo sem parar, praticamente. Inclusive Kurt, que insistia em atravessar paredes.

– Mas Gasparzinho pode! Isso é injusto, por que diabos um camarada resolve atravessar paredes mas eu não posso? – Ele falava, sentando-se no chão ao lado de Blaine. O casal e Violet e Tate estavam na sala, onde haviam arrastado os móveis e estavam com bastante espaço. – Blaine, você não acha que eu sou um ótimo camarada?

– Você é lindo e meu namorado, agora me beije. – Pedia Blaine, ignorando completamente os protestos brincalhões do namorado. Ele nunca se cansaria de beijar Kurt... – Nossa, quanto tempo se passou para que você ficasse tão mais lindo assim de uma hora pra outra?

– Você é tão meloso. Eu te amo. – Kurt dizia, enquanto variava entre roubar selinhos de Blaine e servir ele e o namorado com a bebida.

– Vocês não cansam, não? – Tate perguntou, virando seu copo na boca e fazendo uma cara de nojo. – Cara, quantos milhões de anos tem essa porra?

– Alguns. – Respondeu Violet, sorrindo apaixonadamente para o namorado. – Foi de quanto você ouviu meus pais transando.

– Ah, aquela vez. Entendi. – Ele disse. – Falando em transar... – Tate disse, beijando a namorada vorazmente. Os dois sempre acabavam na cama, mas nunca, nem uma vez sequer, haviam se arrependido. Depois de vários anos, os dois tinham tanta certeza do amor deles que não ligavam se passavam um dia sem fazer nada e transavam, ou só transavam, ou algo que acabava em sexo.

– Hmmm, vamos sair daqui. Aqueles dois parecem que se comem na frente de qualquer um e eu não quero ver isso. – Violet disse, arrastando Tate para fora o mais rápido possível, antes que Kurt e Blaine ficassem um em cima do outro.

– Merda, eu te amo tanto. Foda-se, me beija. – Blaine falava, enquanto rebolava sensualmente no colo de Kurt. – Vamos para o quarto.

– Tem certeza?

– Nunca tive tanta certeza... – Balbuciava o moreno, distribuindo beijos pelo pescoço de Kurt, que se levantou, ganhando um gemido em protesto do namorado, mas o mesmo seguiu o castanho escada acima sem perder tempo.

– Merda, Blaine, você é tão lindo. – Kurt dizia, enquanto beijava cada área que despia de Blaine. Nesse momento, beijava e lambia o abdômen do namorado. – Tire as calças. – Ordenou Kurt, e tirou as próprias jeans apertadas e meias, permanecendo apenas em suas boxers cinzas agora apertadas demais.

– Hmmm, Kurt, eu te quero tanto.

– E você vai me ter, baby. Você é meu, B. – Kurt sussurrou gentil, porém sensualmente enquanto Blaine passava uma perna por sua cintura, mas frisou logo após a frase.

– Você é meu, Blaine, todinho meu. – Sebastian falava, enquanto dava tapas fortes nas coxas de Blaine e deixava sua marca no pescoço do moreno, que encharcava o travesseiro com suas lágrimas.

Kurt sentiu o volume na boxer do namorado diminuir gradativamente, e afastou-se, sentindo a própria ereção diminuindo. Blaine estava com o olhar fixo no chão.

– Blaine, olhe para mim, baby. Eu fiz algo errado? – Perguntou, e continuou a olhar Blaine. – B, amor, fale comigo.

– Eu- Eu- Sebastian. – Blaine sussurrou, e Kurt suspirou. Ele estava, em parte, aliviado que não havia feito algo errado. – Me desculpe, me desculpe.

– Não peça desculpas, meu pequeno. Está tudo bem, eu estou aqui. – Kurt assegurou, envolvendo Blaine em seus braços. – Vamos comer alguma coisa? Que tal pipoca, sorvete?

– Acho que não temos mais sorvete. – Murmurou Blaine, entorpecido no abraçar do namorado.

– Temos leite? – Blaine assentiu. – Chocolate? – Outro aceno positivo. – Então vamos fazer nosso próprio sorvete, querido. Vamos lá, eu deixo você lamber a colher que usaremos para a calda. – Os cantos da boca de Blaine subiram e seus olhos castanho encontraram os azuis. – Eu te amo, Blaine.

– Eu também te amo, Kurtie. Vamos fazer o melhor sorvete do mundo.

– Vamos sim, baixinho. – Kurt disse, afagando os cachos selvagens do namorado antes de guia-lo para a cozinha.

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– Finn, você ouviu de Kurt? – Burt perguntou, quando o enteado saía para buscar Quinn na casa de Brittany, aonde a loira estava dormindo. – Eu sinto tanta a falta dele. – O mais alto quase ouviu seu coração se estilhaçando na voz trêmula do padrasto, e ele apenas balançou a cabeça negativamente e saiu.

Não havia trânsito até a casa de Brittany, e tocou a campainha, sendo recepcionado por uma moça loira com um gato gordo no colo.

– Você deve ser Finn, certo? Eu já te vi cantar nas Regionais! – Ela disse. – Quinn! Seu namorado chegou! – A moça chamou, e antes que Finn pudesse protestar Quinn saiu correndo com uma mochila nos ombros, gritou um tchau e fechou a porta.

– Boa noite. Me desculpe pela mãe de Brittany, ela é meio... uhm... bom, digamos que agora eu já sei da onde Brittany tira toda a criatividade dela. – Os dois riram e seguiram até o carro. – Escute, Finn, sobre mais cedo, eu-

– Você não sabia o que estava fazendo, eu já ouvi tudo isso antes, Quinn.

– Não é isso. Eu estava pensando se poderíamos tentar novamente? – Finn se controlou para manter os olhos no caminho e não pisar abruptamente nos freios. Quinn sorriu.

– Mas e quando você voltar para Yale?

– Nós daremos um jeito, eu prometo. – Finn ficou em silêncio. – O que me diz?

– Eu- Ok. Podemos tentar. – Concordou o mais alto, corando ao receber um beijo na bochecha de Quinn.

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– Como assim não tem gelo, B?! – Kurt perguntava. Ele e Blaine já haviam feito a calda de brigadeiro e estavam prestes a bater o leite, o chocolate e o gelo no liquidificador... exceto pelo gelo que não existia. Blaine o olhava, culpado enquanto lambia a colher de madeira usada para mexer o brigadeiro. Sinceramente, Kurt não podia ficar bravo assim.

– Eu não sabia que levava gelo! – Ele disse, sorrindo. Enquanto Blaine ria, o moreno acabou dando com a colher levemente no nariz, deixando uma marca circular de chocolate. Kurt o olhava como se ele fosse a coisa mais linda do mundo. – O que foi? Tem chocolate na minha boca? – Questionou Blaine, passando um guardanapo nos cantos da boca.

– Fique parado, baby. – Kurt disse, e deixou de lado a tigela com o leite para se aproximar do namorado, e ele chupou de leve o nariz de Blaine. – Isso foi esquisito demais? É que ia ficar melado se eu fizesse de outro jei- – Kurt foi cortado pelos lábios de Blaine nos seus.

– Tudo certo, Kurtie, pare de se preocupar! – Sorriu o moreno, beijando o namorado mais uma vez. – Mas eu realmente queria sorvete... – Kurt o olhou indignado, e pegou uma colher de chá suja de chocolate derretido, passando-a de leve na bochecha do morno.

– Como ousa pensar em sorvete quando você tem meus lábios?

– Tem chocolate no meu rosto, Kurt. – Blaine disse, sentindo o doce quente contra sua bochecha. Kurt sorriu de lado e lambeu ali também.

– Deus, isso é tão estranho.

– É, e me deixa com um grande problema.

– Que problema?

– Esse problema. – Blaine pegou a mão de Kurt que estava em sua cintura e a posicionou no volume que marcava as calças de seu pijama. Kurt corou furiosamente e beijou Blaine novamente, empurrando-o gentilmente contra o balcão da cozinha. – Merda, você é tão sexy.

– Vamos para o quarto. – Propôs Kurt, certo de que Blaine aceitaria dessa vez. – Eu estou bem mais próximo de sóbrio do que estava antes, e me lembre de nunca mais deixar você assistir à uma aula minha com Viol-

– Fique quieto e me leve até o quarto. – Pediu Blaine, silenciando-o com o indicador contra os lábios de Kurt.

– Está bem, parece justo. – Disse o castanho pegando a mão de Blaine e guiando-o novamente até o quarto.

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– Burt, coma um pouco, por favor. – Carole pediu, enquanto via Finn comer igual um animal e Quinn comia como uma princesa, com a postura ereta e os talheres segurados impecavelmente. Burt brincava com as ervilhas em seu prato ainda cheio. – Kurt não gostaria de te ver assim, querido. Coma seu jantar por ele.

– Está bem, está bem. – Resmungou o homem, colocando uma garfada generosa na boca.

– Obrigada. – A mulher olhou para Quinn e Finn, não deixando de perceber como seu filho tinha, nada discretamente, uma mão em sua coxa. – Quinn, querida, como você está se saindo em Yale?

– Muito bem, Carole, obrigada. Sou uma das melhores de minha classe. – Ela disse, orgulhosa e sorridente. – Tenho certeza que as coisas vão melhorar por lá, porque eu só comecei com aquele lugar.

– Isso é ótimo, Q. Parabéns, e continue assim. Você fez amigos lá?

– Ah, eu conheci uma menina... ela vai entrar no ano que vem, mas por enquanto ainda não tenho um grupo certo de amigos. Continuo falando com Sam e Mercedes por Skype quase todos os dias, nós três temos tempo e saudades, e ainda mantemos contato.

– Oh, eu morro de saudades de Mercedes. Espero que eu volte a vê-la. – Carole lamentou, lembrando-se da vez em que Mercedes dormira na casa com Kurt e Blaine, e acabou convencendo os meninos a brincarem de pique esconde ao invés de verem filmes românticos a noite toda. Naquele momento, a campainha tocou e Finn foi atender.

– Boa noite, Finn Hudson. Eu posso falar com Burt Hummel? É sobre Kurt. – O menino pediu, os olhos azuis olhando dentro da casa acolhedora.

– Sebastian Smythe, acho que você já causou problemas demais.


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Notas finais do capítulo

Sei lá, mano, tretas malígnas 0-0