A verdade nua e crua escrita por Bells


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Diretamente do quinto dos infernos, eu estou de volta o/ Com a minha primeira One
Ela está participando do concurso 1000followers do KatFanfics, o tema dessa semana é traição amorosa e inacreditavelmente o shipp que eu escolhi não foi Leyna '0', Mas outro que acho quase tão fofo quanto e que combinou bem melhor com o tema :p
Bom, bem vindos aos leitores novos e oláaa para os antigos, que bom ver vocês por aqui, não me matem pelo sumiço e leiam as notas finais e.e'
espero que gostem, boa leitura e verei vocês lá em baixo
♛Isah/Miss Herondale



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— Mas que diabos?! — a ruiva berrou ao entrar no laboratório, flagrando Katie e Connor, seu Connor, em posições extremamente comprometedoras.

— Rach, me deixa explicar... — o menino começou, porém a ruiva levantou a mão para contê-lo.

— Não ouse me dirigir a palavra nunca mais, Connor Stoll!— Ela cuspiu o nome dele e saiu do laboratório, segurando as lágrimas todo ocaminho para a redação do jornal da escola, enquanto Connor gritava por ela no meio do processo de abotoar novamente a camisa. A ruiva o ignorou, trancou a porta da redação e fechou as persianas ao chegar lá, em seguida encostou-se na porta e foi escorregando lentamente em direção ao chão.

Sim, exatamente como naqueles filmes super clichês e dramáticos, todavia, talvez sua vida fosse um clichê ruim ambulante.

De novo, pensou com amargura.

Rachel já devia ter batido algum tipo de recorde quando se tratava traição. Aquele era o carma da sua vida, o eterno dedo podre. Quase todo cara que ela com que ela havia saído havia a traído. A exceção ficava por Percy Jackson, mas esse sempre foi apaixonado por Annabeth Chase e Rachel o chutou, dizendo que só queria o melhor para ele. E de fato, ele com Annabeth ficavam muito melhor do que os dois; Rachel só queria um relacionamento baseado em confiança como o dos dois. Ou talvez só um relacionamento que durasse mais que uma semana.

Tirando Percy, 17 dias havia sido seu recorde.

Limpando o rosto, a menina levantou e foi para mesa do computador, inspirada à escrever. Afinal era esse o único lado bom da decepção, lhe dava inspiração. Era tragicamente poético, talvez em outra vida ela houvesse sido um dos escritores do Romantismo no Brasil, pra ser mais precisa, um escritor da segunda geração, o mal do século, o ultrarromantismo, onde tudo era baseado em tristeza e desgraça.

Mas essa era a realidade da sua escrita, as traições impulsionavam-na a escrever sobre o comportamento humano e sua coluna era a que mais fazia sucesso no jornal. Chegava a ser irônico, as pessoas sentindo prazer lendo algo que fora escrito a base de tanta infelicidade.

Suspirando consigo mesma, Rache pôs-se a digitar.

[...]

— Quando você disse que tinha gostado do meu cabelo era verdade? — quis saber Dakota.

Octavian suspirou. Desde que ele fora deposto como presidente do grêmio prometeu que adotaria uma política de honestidade completa, não importava o assunto. E Percy se aproveitou da situação, pelos velhos tempos em que os dois abominavam-se e também por ele ter ganhado de Annabeth na eleição mentindo descaradamente.

— Na verdade não.

— Diga a ela exatamente o que vocêpensou, Oc... — sugeriu Percy, segurando-se para não gargalhar.

— Não acho que ela se importa com isso, Jackson.— Grunhiu o loiro.

— Na verdade, agora eu quero saber. — Intrometeu-se a menina.

— É!Você ouviu, Oc, ela quer saber...

— Ah... — o outro balbuciou temoroso. A primeira coisa que tinha pensando quando viu o novo cabelo de Dakota era se ela por acaso havia mergulhado num pote de guache amarelo... Nada contra loiras, ou falsas loiras. Mas ele preferia ruivas, ruivas naturais, numa definição simples e básica: ruivas eram extremamente sexys.

Contudo se ele fosse falar a verdade para aquela loira tingida ia ganhar o quarto tapa, somente naquela semana.

— A menina tá esperando — riu Percy, Octavian fulminou-o.

— Tudo bem, você já se divertiu — uma voz falou em tom de advertência, Octavian nunca ficou tão feliz em ver uma loira. Annabeth vinha até eles, juntamente com Leo e Reyna. — Dakota, será que você nos dar licença? — pediu a loira num tom gentil, a outra saiu bufando.

— Poxa Annie, agora que ele...

— Pare de ser criança, Percy, se Octavian e eu nos acertamos, você também pode se acertar com ele.

— Ah, mas Oc e eu nos acertamos, Annabeth, isso é só questão de vingança pela sua honra — defendeu-se o garoto passando o braço pelos ombros da loira.

— Acho completamente justo. — Concordou Leo, embora Octavian soubesse que não era por causa de uma eleição que Leo implicava com ele, estava mais para o fato de que ele já havia ficado com Reyna. Fazia muito tempo, mas nem todas as cicatrizes curam.

— Sei, sei — resmungou a loira e então se virou para Percy e levantou uma sobrancelha — Oc? Tá querendo me contar alguma coisa, Percy?

— Talvez o Nico finalmente tenha seus sentimentos correspondidos — comentou Leo, para ninguém em particular. Reyna que estava ao seu lado revirou os olhos e voltou a ler o jornal escolar que tinha nas mãos.

— O que tem de bom aí? — o garoto loiro quis mudar de foco do assunto, desconfortável.

— Nada demais, o almoço de hoje é peixe frito, Hedge está suspenso do cargo por acertar o bastão na cabeça de um aluno, Rachel...

— Levou outro fora e voltou a atacar como a senhorita dor de cotovelo? — Sugeri Percy. Reyna deu de ombros e tomou fôlego para ler a matéria para os amigos.

Amor Juvenil é uma Flor Roxa

Você certamente já viu um daqueles filmes adolescentes clichês em que a garota inteligente e nada popular se apaixona pelo ‘bam-bam-bam’ e que apesar de todo mundo ser contra, eles se acertam aí pelos 50 minutos do filme e 10 minutos depois o cara acaba a traindo com outra e apesar disso, no fim, ela o perdoa e eles vão para Harvard juntos. Bem, posso assegurar que na vida real isso não acontece. A garota nerd e excluída se apaixonada sim pelo idiota do time de futebol, mas não eles não ficam juntos, aliás qualquer garota que não seja uma líder de torcida acéfala não consegue segurar um cara desses por mais de duas semanas (experiência própria), então por que será que somos tão obcecados pela ideia do amor juvenil? Por que ao invés da garota esperta e nada popular correr atrás de um idiota, ela não investe em si mesma? Pois com a inteligência que tem poderia ganhar um Nobel. Por que será que não somos capazes de colocarmos a nós mesmo acima dos outros?

E não me venha com a hipocrisia de ‘a Rachel isso é egoísmo...’ Você agora fala de egoísmo, mas eu sei que você não pensa duas vezes antes de furar a fila da cantina e está pouco se lixando para quem está morrendo de fome lá atrás. Já parou para pensar que ele talvez nem tenha tomado café da manhã em casa?

— Apoiado! Eu não tomo café da manhã em casa! — protestou Leo

— Mas come lá no Java Jones* — Reyna rolou os olhos.

— Ela disse em casa.

— Você entendeu, ela quis dizer quem passa o dia com fome, Valdez.

— Eu passo, estou sempre com fome!

— Apoiado! — Disse Percy e Annabeth olhou feio para ele — Que é? Estou em fase de crescimento. — Acrescentou ao fitar a namorada.

— Para os lados só se for pros lados — retrucou a loira.

— Está me chamando de gordo?

— Não vai me dizer que vai surtar e ter um surto de bulimia — Octavian debochou.

— Posso continuar? — Replicou Reyna.

— Claro, My Reyna. — Valdez sorriu passando o braço pelos ombros da morena que se desviou do mesmo, rápida como um raio.

— Não sua Reyna porcaria nenhuma.

— Veremos.

— Rey, dá pra terminar de ler? — pediu Annabeth à amiga, antes que os dois começassem a se alfinetar.

— Okay — a menina tomou folego e continuou:

“Mas estou divagando, acho que o ponto é: amor juvenil é superestimado.Por que ao invés de procurar o cara dos seus sonhos, não fazemos algo melhor uns pelos outros? Como aquela garota que distribui rosas para todos no dia dos namorados para que eles não se sintam excluídos? Ou aquele cara enorme do último ano que ao invés de praticar bullying com calouros faz mapas para eles não se perderem? Aposto com vocês que eles serão grandes pessoas algum dia, assim como aquela garota do cabelo azul que passou todo o segundo ano na biblioteca e agora podemos vê-la no refeitório preenchendo suas aplicações para várias das universidades da Liga Ivy. A questão é real é: não perca seu tempo no colegial procurando seu príncipe encantado ou o clone da Megan Fox, o amor vem naturalmente. Aqueles que só buscam por ele (inclusive eu) estão perdendo tempo, pois o amor juvenil é uma flor roxa, você vai sujar as mãos com ela e no fim das contas, a flor irá murchar e morrer.

E também temos a segunda opção do porque o amor juvenil não dá certo — que é o meu caso –, que é quando o amor é como capim. A gente planta, cuida e tenta deixá-lo perfeito, mas no fim, vem uma vaca e ferra com tudo...

Reflitam

— Rachel”

E Reyna terminou a leitura.

— Profundo — falou Leo. —, acho que vou botar a frase da flor roxa no para-choque do caminhão do meu pai.

— Eu acho que ela deveria era parar de mandar essas indiretas. — Octavian opinou. — Se ela tem roupa suja pra lavar, porque não resolve com o babaca que traiu ela antes de sair chamando xingando os ex namorados com uma mescla de textinho de autoajuda para disfarçar?

— UAU — impressionou-se Percy —, Octavian o defensor de ex-namorados indefesos.

— Cala boca, Jackson. Estou pouco me lixando pros ex-namorados da Rachel, afinal eles são todos os babacas, mas a culpa é dela. Pois se ela parasse de namorar todo retardado que conhece a menos de uma semana, talvez achasse alguém legal e parasse de chamar meninas legais como a Katie de vaca.

— Odeio admitir, porque adoro a Rach — Reyna mudou o peso de um pé para o outro —, mas Octavian tem razão.

— Vai falar isso pra ela então. — Propôs Leo.

— Eu não, tenho amor a minha vida — fungou a morena.

— Mas eu conheço alguém que tinha adotou uma política de honestidade total e está precisando compensar umas coisinhas... — Percy se virou para Octavian com um sorriso maléfico.

[...]

— Devo ter colado chiclete no templo de Júpiter, Pelos Deuses! — Resmungou Octavian caminhando para redação do jornal da escola. Percy havia prometido que se Octavian fosse capaz de jogar na cara de Rachel todas as verdades nuas e cruas que havia falado para eles anteriormente, ele iria parar de chamar todas as pessoas para quais Octavian já havia mentido pra acertar as contas. Isso significava: nada de tapas. Porém conhecendo o jeito estressado de Rachel quando ficava aborrecia, ele quase preferiu apanhar o resto do ano.

A ruiva não era nenhum monstro (só quando se irritava mesmo), na verdade era bem meiga. Com ele inclusive, mesmo quando ele se comportava com um babaca com todo mundo. Era irônico na verdade, quando ele era um idiota nunca havia feito nada que realmente pudesse magoá-la. Rachel era sua vizinha e às vezes eles conversavam por cartões na janela, geralmente Octavian fechava a persiana e passava a ignorá-la depois de um tempo, mesmo assim Rachel nunca se ofendeu. Octavian sempre associava Rachel à aquele furacão de cabelos ruivos que sempre ouvia música dos anos 80 e ficava dançando de pijama, era aquela garota que ficava com a cara na janela até ele responder se estava tudo bem pelo cartão, ela era aquele sorriso meigo e reconfortante, que dizia que não importava o quanto idiota ele fosse uma hora as coisas iam se acertar.

Falar aquelas coisas para ela iriam acabar por magoá-la, ele sabia, mas na sua cabeça Rachel também era aquele olhar triste que fechava as persianas e então ele só podia ouvir soluços entrecortados por uma melodia triste e avessa as músicas e danças animadas dela.

— Você vai estar fazendo um favor à sua ruiva... — murmurou consigo mesmo e balançou a cabeça — de onde saiu esse sua? Hein, Octavian? E pare de falar sozinho, está parecendo maluco.

— Está mesmo. — uma voz soou atrás dele fazendo-o pular de susto. — Desculpe, não quis assustar. — Rachel deu um sorriso de quem lamenta.

— Está tudo bem, sério, foi só... Deixa pra lá.

— Ok — ela passou por ele abrindo a porta da redação. — Posso saber a que devo a honra da visita na nossa humilde redação?

— Ah, é... Eu ah... Vim falar com você, na verdade.

— Então entre, minha casa é sua casa.

Hesitante o rapaz fez o que ela disse e Rachel o seguiu fechando a porta.

— E então, o que foi? — a ruiva perguntou se sentando em cima da própria mesa.

O garoto deu algumas voltas na sala antes de decidir por onde começar. Reparou numa foto na mesa dela, onde tinha toda a turma de amigos: Annabeth, Percy, Leo, Reyna, Jason, Piper, Hazel, Frank, ele próprio, Travis e Connor (o último com uma flecha atravessando a cabeça, desenhada à caneta). Octavian suspirou, Rachel merecia mais que aquilo. Mais do que alguém que ficasse com ela por apenas 17 dias.

— Você deve ter ouvido falar que agora eu só digo a verdade.

— É, fiquei sabendo que você levou um chute da Piper quando disse que ela não passava de uma menininha chatinha que precisava seriamente de atenção do pai.

— Detalhes.

— Tá, o que isso tem a ver comigo? — quis saber a garota.

O menino tomou fôlego, era hora da verdade.

Da verdade nua e crua.

— Acho que se você quer um romance real, deveria para de sair com o primeiro idiota que encontra por aí, é praticamente pedir para ser traída. As pessoas não tem culpa se você é meio bobinha, e depois você fica atacando elas em forma daqueles seus textinhos de falsa autoajuda. Já pensou que pode magoar alguém e nem sabe a história toda?

Ele respirou, esperando a reação dela. E veio, e como veio. Começou com o grampeador sendo jogado na direção dele.

— Quem você acha que é pra falar assim comigo?!

Um caderno voou.

— Estou tentando ser seu amigo, Rach... AI! — O estojo acertou em cheio nele.

— VOCÊ NÃO SABE NADA COMO É SER TRAÍDO! — Ela jogou uma capa de óculos, da qual o rapaz se desviou com agilidade, imaginando em que estado estaria o óculos agora, caso estivesse lá dentro.

— Rachel eu só achei que você...

— VOCÊ NÃO TEM QUE ACHAR NADA, SEU... SEU... — Ela buscava por algo para tacar nele, enquanto formulava a frase, mas Octavian foi mais rápido, segurando os pulsos da ruiva, antes que ela achasse um objeto letal. — ME SOLTA SUA CRIATURA REPUGNANTE!

— Se eu soltar, você só vai gritar e não vai conseguir entender o que estou dizendo.

— Eu já entendi muito bem, você é que tem que entender que não me importa se acha que sou uma idiota!

— Não acho você idiota.

— Só se acha melhor que eu porque nunca levou um chifre!

— Também não. Estou tentando de mostrar...

— Que eu sou fácil?! — Ela ainda se debatia para ele soltá-la.

— Que você tem tanto medo de ficar sozinha que não consegue ver o quão incrível é, e que merece coisa melhor. Que tem gente melhor e que realmente quer ficar você

Ela parou de se debater, encarando os olhos cor da palha dele, podia ver o reflexo dos próprios olhos verdes e lacrimosos neles.

— Tipo quem?

Ao invés de responder, Octavian pressionou os lábios contra os dela. No começo a ruiva ficou sem reação, mas então sentiu os olhos se fechando e os lábios movendo-se nos dele, como se ela sempre tivesse desejado aquilo em segredo. Ela sentiu Octavian soltar-lhe os pulsos, por um minuto a menina deixou as mãos escorregarem para o cabelo dele, puxando-o mais para ela, quando percebeu os dois já estavam quase deitados na mesa, foi então que ela despertou e acertou a cabeça dele com o abajur.

— Mas que Hades? — Ele resmungou se recompondo, mas a ruiva já estava correndo para fora da redação.

[...]

Quando chegou em casa naquela noite a primeira coisa que Rachel fez foi fechar as persianas e desligar o celular.

Não queria pensar em Octavian, não queria vê-lo, ou ouvi-lo. Mesmo assim as palavras dele ecoaram na sua cabeça a noite toda.

“As pessoas não tem culpa se você é bobinha”;

“Já pensou que você pode magoar alguém e nem saber a história toda?”;

“Que você tem tanto medo de ficar sozinha que não consegue ver o quão incrível é, e que merece coisa melhor.”

Eram 6 horas e 20 minutos da manhã e Rachel não havia pregado o sono a noite toda.

A ruiva se arrastou para fora da cama e levantou a persiana. Lá fora amanhecia, o sol pintava o horizonte de tons de laranja, amarelo e lilás, mas o que chamou sua atenção foi um bilhete colado na janela do quarto ao lado, onde tinha escrito no mínimo umas 20 vezes as mesmas duas palavras:

“ME DESCULPE”

E abaixo desse havia outro colado:

“Eu só queria ajudar, E precisava ser honesto”.

Rachel sentiu uma onde de afeição por ele, ela conhecia bem Octavian, ele não era de se desculpar. Tipo: NUNCA.

A garota observou mais atentamente a janela, Octavian não havia fechado sua persiana, sendo assim, ela podia ver o corpo dele jogado todo desleixado e embolado num emaranhado de cobertas, o cabelo loiro apontava para direções diferentes, a menina deu um meio sorriso, ele parecia tão jovem, tão desligado, sem aquela carranca de sempre. E de repente Rachel sabia o que fazer, rabiscou algumas palavras para ele e colou o bilhete na janela antes de sair. Se ela quisesse a matéria no jornal da escola antes da edição da diária teria que correr.

Quando Octavian acordou o bilhete ainda ondulava na janela, quase se soltando.

“Eu sei, também sinto muito”.

[....]

A verdade nua e crua

Eu comecei a escrever porque essa era minha forma de desabafar meus problemas sem agredir ninguém, não que a tática sempre tenha dado certo.

Eu mesclava minhas ofensas tentando fazer vocês não refletirem sobre a vida para não repetirem meus erros. Eu ironizava o amor, fazendo pouco dele. A verdade é que sempre tive medo de nunca encontrá-lo e pra falar a verdade não sei se vou encontrar algum dia. Eu não gostava da ideia de ficar sozinha, e então ontem percebi que não estava. Ficar sozinha não é só algo romântico, mas também é não ter ninguém que se importe com você e eu sempre tive isso, mesmo que fosse na forma de um idiota que vem gritar comigo no meio da tarde ou fechar a persiana na minha cara.

Acho que como todos vocês sabem, todos os textos daqui não passavam de uma forma da titia Rachel aqui, sentir as dores de cotovelo dela, a verdade era que eu achava que precisava atingir as pessoas de alguma forma. Porém de alguma forma, ontem mesmo, em meio a gritos e atos inesperados percebi que era somente daquilo que eu precisava: Da verdade nua e crua. Eu sei que algumas vezes magoei as pessoas por estar magoada e que talvez eu devesse ter ouvido a garota que encontrei no laboratório com o meu ‘namorado’ ao invés de sair chamando ela (indiretamente) de vaca no jornal, exatamente porque eu sabia que a mesma não poderia se defender sem admitir a verdade.

Mas às vezes tudo que precisamos é disto: a verdade nua e crua. Eu não preciso de outra traição amorosa para dizer para vocês em forma de ‘textinho de autoajuda’ que o único jeito de acharem a pessoa certa é sendo vocês mesmo e fazendo aquilo que acreditam ser certo.

Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, isso não quer dizer que voce pode sair pegando o/a namorado(a) do amiguinho porque acredita que ele fica melhor com você...

Acho que esse é meu jeito de dizer que vou ficar bem longe dos namorados que encontro em qualquer lugar por um tempo, vocês também deveriam fazer o mesmo... Ou não né...

– RACHEL”

[...]

Octavian baixou o jornal se sentando ao lado de Rachel na arquibancada.

— Então quer dizer que só precisava de mim para se resolver? — Sorriu convencido, ela lhe deu uma cotovelada amistosa.

— Não. Estou dizendo que eu só precisava da verdade.

— Nua e crua — ele completou consultando o jornal, a menina ofereceu um meio sorriso em forma da resposta.

E eles ficaram num silencio amigável, por alguns minutos antes de Octavian falar:

— Então, assim, eu sei você disse que ia ficar longe dos namorados por um tempo, mas eu estava pensando...

— Em me chamar pra sair — ela completou, o menino enrubesceu —, não me venha ficar vermelho, você me atacou ontem!

— Pelo que sei, foi um ataque mútuo, e pelo que me lembro, você estava me agarrando também.

Ela revirou os olhos

— E então, o que você acha, eu e você...

— Hum, vai depender. — Interrompeu ela.

— Do quê?

— Promete ficar comigo pelo menos um mês antes de me trair?

O garoto riu.

— Não seja convencida, 18 dias no máximo, pelo menos passa seu recorde.

— Idiota — ela lhe deu um tapa nas costas.

— Ou talvez 18 meses. Vai depender...

— Do quê?

— Se você vai me acertar um abajur na cabeça toda a vez que eu for te beijar.

— Sua sorte é que gosto muito do abajur lá de casa — riu a ruiva, permitindo que ele colasse os lábios no dela.

Rachel sabia bem que talvez não desse certo, mas com ele, ela sempre teria exatamente o que precisava: a verdade.

XXX


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Detestaram? Deixem reviews com a sua opinião ;D
Aos meus leitores antigos: Estou de férias e bem empolgada com o projeto do Kat, então estarei bem ativa no Nyah, fazendo maratona de fanfics e com as ones, se vocès querem saber de alguma fanfic específica me mandem uma MP, não mordo, juro u-u
É isso ai, beijos e até breve, em outra fic :p
♛Isah/Miss Herondale
ps: aos leitores de Bad Boy deixei uma dica pequena na fanfic de uma coisa que vai ser importante para a história, vamos ver se vocès acham, beijocas