Ramble! escrita por Telsts


Capítulo 3
Capítulo 3 -- Uncover


Notas iniciais do capítulo

Ó eu que afinal estou viva! *-*
Devo dizer que estou a ficar um pouquinho desmotivada para escrever -.- Gente eu não mordo se vocês comentarem!
Acho que o capítulo não é assim muito quente, porque eu ainda hei-de fazer uma cena de hentai decente, mas tem uma pequena parte com indução para a indecência, AVISADAS/OS!

Música do título - Uncover, Zara Larsson
https://www.youtube.com/watch?v=gdzJ9wyV3QU



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Então, levantei-me de manhã e tomates cherry esperavam-me então o pesadelo da noite anterior não passou apenas de fumo. Na escola conheci algumas pessoas como a Vio , de cabelo roxo e lindos olhos azuis, que namora com um rapaz chamado Alexy , de cabelo castanho com madeixas azuis e olhos azuis esverdeados, conheci também a Ambre que por sinal é irmã do tarado do Nathaniel, uma loira que se acha um pouco superior, mas muito engraçada, e por fim o Kentin e o Armim , o primeiro moreno de olhos verdes e o segundo de cabelo preto e olhos azuis.

Passei um dia bastante agradável e falei também com a Liana, que anda um ano à minha frente, sobre o meu futuro horário de trabalho, isto tudo no meu primeiro dia de aulas.

Hoje é sexta feira e já tenho a minha rotina escolar completamente na cabeça, bem como a da Bondage. Tem sido muito bom trabalhar lá. Os clientes são bastante simpáticos e falo bastante com eles sobre o assunto da música, troco várias vezes provocações com o Castiel, provocações essas que já se tornaram parte da minha rotina, sempre um a tentar superar o outro.

Acabo de atravessar o jardim que leva a casa quando vejo a minha mãe a arrastar um trólei negro apressada, a falar ao telemóvel e eu já sei o que isso significa.

–Desculpa pequena, mas foi mesmo em cima da hora! – ela para perto de mim e dá-me um beijo na testa.

–Não faz mal. – encolho os ombros e retribuo o beijo na bochecha – Trabalho é trabalho! Boa viagem!

–Obrigada e porta-te bem enquanto eu estiver fora! – ela entrega a mala ao motorista do táxi que a guarda na mala e já com a porta do táxi aberta olha para mim e lança-me um olhar preocupado - Sabes bem que podes ir para casa dos teus primos caso não queiras estar sozinha.

–Eu sei mãe! – reviro os olhos e sorrio – Vai lá, senão perdes o avião. – ela lança-me um beijo e entra no táxi.

Dirijo-me para dentro de casa e deito-me no sofá. Desde que as aulas começaram que não sei do meu dicionário. A ideia que me vem à cabeça logo no momento seguinte faz-me abrir um sorriso de orelha a orelha e nem preciso de muito esforço para saber que a minha mãe teve a mesma ideia que eu.

Bem à minha frente está uma saca negra de uma loja de roupa qualquer com um bilhete:

“Diverte-te enquanto eu estiver fora, mas juizinho. Que tal para primeiro dia uma ida às compras! Beijos mamã!”

Visto o vestido branco de manga curta que faz roda da cintura para baixo e me chega a mais de metade das coxas, calço uns botins negros e visto uma casaca negra. Ao dirigir-me para a sala reparo num caderno de veludo azul-escuro e coloco-o na mala que a minha mamã tinha deixado em cima do sofá, aquela mulher só não é um pouco mais desarrumada porque é impossível, procuro as chaves do carro e a carteira e coloco na mala, antes de me dirigir à garagem certifico-me que as portas e janelas estão fechadas e saiu.

Aproveito que hoje não vou trabalhar para ir passear e conhecer um pouco mais de Hollywood.

~*~

A livraria que acabo de encontrar possui um ar muito rústico e clássico que me faz lembrar a casa da minha tia e me faz sentir em casa.

Percorro as estantes enquanto examino as centenas se não milhares de títulos que me aparecem esperando que algum me chame à atenção ao ponto de o levar comigo. Paro em frente de uma estante com livros de John Green e enquanto examino as capas reparo num natalício “Deixa a neve cair” e só pela capa é amor à primeira vista, ao ler a sinopse reparo que o livro é um romance e não é só dele, mas também de mais duas autoras e decido comprar.

Dirijo-me para o balcão enquanto da minha mala retiro a carteira e o caderno de veludo que encontrei na sala, mas acabo por deixar cair tanto o livro como o caderno quando sinto um toque ríspido no ombro. Baixo-me para pegar os livros e ao pegar no caderno uma mão masculina toca a minha ao mesmo tempo. Ao levantar o olhar sou presa a uns olhos verdes, cabelos loiros e sorriso encantador.

–Desculpa estava distraído! – estica a mão para me ajudar a levantar e eu aceito de muito bom grado, ele sorri e parece meio embaraçado, mas eu não sorrio, fico um pouco surpresa e ainda um pouco chocada pelo acontecimento.

–Não faz mal eu também não estava muito concentrada. – ele sorri mais uma vez e adentra na livraria, sigo-o com os olhos até o perder entre as estantes de livros.

–É só esse que vai levar? – sou tirada de devaneios quando a funcionária da livraria se dirige a mim, enquanto sorri.

–É sim! – entrego-lhe o livro e o dinheiro e mais uma vez começo a divagar em pensamentos.

–Aqui está! – ela entrega-me uma saca muito bonita branca com uma rosa vermelha e o nome da loja, agradeço num aceno e saio, guardo o livro na carteira e sinto que tenho fome.

~*~

Perto do local onde estacionei o carro encontrei um vendedor de gelados e comprei um. Desde que aquele homem esbarrou comigo na livraria que ando meia avoada, já esbarrei em quatro pessoas, por duas vezes que quase caí e agora ia deixando derreter o gelado. Não sei porquê, mas sinto que já me encontrei com ele em qualquer lado, sinto que o conheço muito bem.

Decido espairecer um pouco e passear pelas ruas perto da praia. São quase seis horas e o sol começa a querer pôr-se, a praia está deserta e as ruas começam a tomar um caminho idêntico, então decido tirar as botas e passear descalça pela praia.

Ando por alguns minutos a olhar para os meus pés a deixarem marcas na areia e a ficarem molhados quando a água lhes toca até que decido parar a ver o pôr-do-sol. Coloco os botins ao meu lado e sento-me de “pernas à chinês”, retiro da carteira o caderno de veludo e procuro uma caneta, encontro uma de madeira que comprei quando fui a Portugal de férias, passei duas semanas no Gerês sem rede no telemóvel e sem net, apenas a apreciar a vista e a beleza natural, tive bastante tempo para escrever e tirar fotografias, a minha mamã é que quase ia dando em louca sem rede no telemóvel, então sempre que vínhamos à vila passava bastante tempo ao telemóvel, foi uma viagem esplêndida.

Ao ver o sol a desaparecer quase por completo no horizonte e o mar a ficar cada vez mais adormecido, mais calmo decido escrever. Ao abrir o caderno reparo que a última data em que escrevi foi no dia 12 de junho deste ano, então decido dar uso ao meu caderno de poemas que há muito está adormecido e escrevo algo.

“Um grande tsunami começa com pequenos movimentos.

Um grande ciclone começa com pequenas rotações.

Um grande desastre começa com pequenos acontecimentos.

É tão fácil comparar a nossa vida, os nossos sentimentos a fenómenos meteorológicos ou então a acontecimentos em que se conhece a sua causa. Nós também conhecemos a nossa causa. A nossa causa são os nossos pais, foram eles que nos deram vida, foram eles a nossa causa.

Mas a nossa vida não se resume só à causa, mas também ao que nós vamos fazer dela. Nós criamos a nossa tempestade, o nosso desastre.

Através de escolhas e ações criamos uma coisa única e irrepetível.

As nossas escolhas podem nem sempre ser as mais acertadas, mas são elas que nos geram.

Não devemos dar sempre ouvidos às outras pessoas, porque por vezes elas dissuadem-nos de coisas maravilhosas, mas como é óbvio também devemos ponderar muito bem o que nos dizem e as nossas ações.

Nós somos únicos, raros e incríveis.

Nós somos um tsunami a rebentar, um ciclone a crescer, um desastre prestes a acontecer.

Nós somos nós. A causa e o acontecimento de algo.”

Levanto o olhar do caderno, guardo a caneta e suspiro olhando para os leves movimentos da água, atiro-me para trás e bato levemente com a cabeça na areia, fecho os olhos e deixo-me ser embalada pelo som do mar.

–Vida boa, não?! – abro os olhos e dou de caras com o rapaz da livraria. – Tu cresces-te durante o ano que estive no Japão. – abro ligeiramente a boca e olho para ele desconfiada, ele lembra-me tanto alguém. – Vá lá Téra! – ele aproxima-se e ajoelha-se sobre mim, sorri e retira alguns fios do meu cabelo da bochecha, aproxima-se mais um pouco apoiando-se com as mãos, uma de cada lado da minha cabeça – Então princesa já esqueces-te o teu melhor amigo! – ele sussurra-me ao ouvido e todo o meu corpo estremece pelo final reconhecimento.

Quando ele se afasta eu ainda estou em choque, mas logo o choque é substituído por aquela enorme saudade de algo que ele sempre me deu, então puxo-o pela nuca e colo os meus lábios aos dele. No minuto seguinte estou sentada no colo dele e enquanto lhe puxo ligeiramente o cabelo e passo as unhas pelo seu peito até chegar ao fim da camisola e colocar a mão dentro dela, ele aperta-me contra ele e passa as mãos e aperta as minhas coxas, explorando o que consegue com roupa e num local público.

–A minha mãe está a viajar. – separo os nossos lábios e encosto a minha testa à dele, mas as mãos dele não param e o meu quadril também não – Tenho a casa livre.

~*~

Não esperamos para chegar ao quarto. Na sala ele já tinha perdido a camisola e eu o vestido. Nenhum dos dois nos importávamos com comodidades ou levezas, era o que o nosso corpo exigia e era assim que os dois trabalhava-mos.

Pegou em mim ao colo e encostou-me à parede. O meu sutiã desapareceu num segundo e todas as restantes roupas que nos separavam no segundo seguinte. Enquanto ele brincava e matava todas as saudades do “paraíso” eu só queria o “pecado”, e agora.

Foi na redescoberta entre o céu e o inferno que eu finalmente me lembrei do nome da enorme saudade do algo que ele sempre meu deu, o prazer. A maravilhosa oportunidade que eu sempre fui buscar a ele para fugir ao presente, para fugir à minha vida.

Durante a restante noite, o paraíso e o pecado encontraram-se vezes suficientes para matar a saudade, mas nem um nem outro achava aquilo o suficiente, ambos queriam mais. O Inferno por amor, o Céu por prazer.


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Notas finais do capítulo

Sei que a Ambre não é uma personagem assim muito apreciada e eu também não gosto assim muito dela, porque é a chata que se mete sempre entre mim e o irmão dela, mas todas as pessoas merecem uma segunda oportunidade, então eu decidi dar-lha! ^-^

Vio - http://data2.whicdn.com/images/38391304/large.jpg
Alexy - http://38.media.tumblr.com/7a0731529724de968d39264c0d5022cd/tumblr_n5hnsnsALK1rxn4xyo1_500.png
Ambre - http://www.chutne.com/wp-content/uploads/beautiful-blonde-cute-cute-girlsbeautiful-necklace-collection.jpg
Kentin - https://fbcdn-sphotos-d-a.akamaihd.net/hphotos-ak-frc3/t1.0-9/44593_449573278435079_254822425_n.jpg
Armim - http://img-cloud.onlylads.com/file/scale/_277f8__173623/_800x800__1380859723.jpg



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