Birthday escrita por Nat


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Olá bonitinhos!
Como estão? Espero que melhor do que eu. Arranquei dois sisos e to fazendo cosplay do Kiko só de um lado do rosto (tá mais ridículo do que vocês podem imaginar, acreditem).
Eu pensei nessa história no aniversário da minha amiga Dani e então, meio que só escrevi. Ela é pra ti, cabelo de menstruação, mas não se ache muito, ok?
Já é minha segunda one nesse universo da Marvel, mas peguem leve, ok? Qualquer errinho ou informação errada, avisem.
Boa leitura!



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Era, tipo, o quinquagésimo aniversário, ou algo assim, de Thor. Resolveram fazer uma festinha para que a data não passasse em branco — já que eles nunca sabiam quando ia ser seu último aniversário. Steve fez um bolo com recheio, salgadinhos e docinhos que Thor adorou (ele adora tudo que é doce e melequento). Pepper encheu a sala com balões coloridos e Jane tentava evitar que o deus comesse tudo antes do “parabéns”.

Estava bem legal e cômico, do ponto de vista de Clint. Todos puderam ir, até Nick. E estavam todos inteiros. E usando chapéus de aniversário, com pompons na ponta.

Bruce e Nick conversavam sobre livros e tráfico de animais. Natasha e Tony ficavam se provocando o tempo inteiro e quando Steve tentava apartar, Tony o ofendia com alguma coisa relacionada a gelo e Natasha o defendia, e assim sucessivamente. Até Pepper quase arrancar o cavanhaque do Stark com um puxão.

Clint relaxou na poltrona, tomando um gole do refrigerante no copo de plástico. Sentia-se completamente ridículo com aquele chapéu em formato de cone, mas não ousaria tira-lo antes que Pepper o dissesse, porque era justamente esse tipo de mulher que ele evitava contrariar.

Estava com fome e louco de sono. Havia acabado de voltar de uma missão no Oriente Médio e não estava nos seus planos uma festinha de aniversário para uma pseudo-criança. Mas quando Natasha apareceu no seu apartamento e o retirou “delicadamente” da cama, não é como se ele tivesse escolha sobre ir ou não.

— Ok, pessoal, vamos cantar parabéns! — Pepper chamou, largando um prato na mesa.

— Finalmente! — Tony exclamou. Todo mundo se aproximou da mesa retangular rapidamente e se posicionando atrás de cada cadeira.

Thor estava sentado na cabeceira, com o chapéu e um babador amarrado no pescoço com as escritas “happy birthday to me”. Jane se apossou do lugar a sua direita e Tony a sua esquerda, puxando Pepper para perto de si. Bruce se encostou à cadeira do lado de Tony e Nick ficou ao seu lado. Steve e Natasha escolheram ficar do lado de Jane e Clint ficou na outra cabeceira.

Com todos ao redor da mesa, Clint segurou uma risada. Todos estavam hilários de chapéu.

— Parabéns pra você... — puxou Jane, enquanto Pepper acendia todas as quinhentas velas. Se Thor não assoprasse aquilo logo, um incêndio seria o próximo passo.

Todos batiam palmas e cantavam. Thor olhava encantado para cada um, maravilhado com a situação.

Quando a cantoria acabou, Clint gritou:

— Faça um pedido, cara!

Thor fechou os olhos por um segundo e soprou com força. Clint sentiu a fumaça bater no seu rosto.

Steve ajudou Pepper e Jane a retirar todas as velas. A primeira fatia foi para Jane e isso não foi inesperado. Fatiaram bolo para todo mundo e sentaram-se a mesa, servindo-se de docinhos e salgadinhos ao mesmo tempo, podendo finalmente tirar os chapéus.

Pepper comia bolo, sentada no colo de Tony e Natasha conversava e elogiava o bolo de Steve.

Depois de todos estarem satisfeitos, Thor se levantou, ainda de babador, mas sem chapéu, e disse:

— Agradeço pelo maravilhoso aniversário, amigos. Não é como um banquete asgardiano, mas é tão bom quanto! — gargalhou, como um trovão.

— Não agradeça agora, deus! Ainda tem os presentes! — Tony disse.

Nick se despediu de Thor enquanto todos se acomodavam nas poltronas novamente e lhe entregou um pequeno embrulho dourado, que o deus guardou no bolso. Fury acenou para todos e entrou no elevador.

Natasha e Steve trouxeram os presentes que estavam dentro de uma sacola vermelha e colocaram perto de Thor. Clint arregalou os olhos e lembrou-se de um detalhe importante: o presente. “Sabia que tinha esquecido alguma coisa!”, pensou.

Mas, estranhamente, o primeiro presente era o dele.

Natasha o olhou e piscou, zombeteira, e Clint apenas pode mover os lábios, dizendo sem voz um obrigada.

Thor rasgou o papel de presente verde sem cuidado e esticou uma camiseta na frente do corpo. Era preta, XXXXG e da sua banda favorita, Iron Maiden.

— Eu não sei quem é esse tal de Iron Maiden, mas camiseta é bonita e de muito gosto. Obrigado arqueiro — o deus agradeceu e Clint apenas gesticulou, nem tinha sido ele que havia comprado.

Thor tirou um embrulho desleixado e retangular da sacola. Era de Bruce, eram livros de física e astronomia.

— Eu realmente não sabia como lhe presentear, Thor — explicou-se o cientista.

— É um ótimo presente, doutor! Finalmente entenderei o que Jane fala! — gargalhou e bateu no ombro de Tony, quase o lançando no ar.

O próximo presente era de Natasha e o papel de presente era roxo brilhante.

— Simpsons? — o deus indagou, olhando a caixa de todos os ângulos.

— É uma série de comédia muito famosa, Thor. Você vai gostar. Particularmente, é minha série favorita — a espiã explicou.

— Você gosta de Simpsons? — Steve franziu as sobrancelhas.

— Gosto. Uma russa não pode gostar desse tipo de coisa?

— Pensei que os russos só gostassem de vodca — Tony argumentou.

— Não é como se fosse da sua conta o que eu gosto ou deixo de gostar — Natasha mantinha os braços cruzados sobre a mesa e um olhar desafiador.

— Abra outro presente, Thor — Pepper pediu.

Ele prontamente rasgou outro embrulho, dessa vez, de Steve e o capitão corou quando os presentes o olharam depois de perceber do que se tratava.

— GTA 5? — Clint exclamou.

— Quando Thor me visitou, passamos a tarde jogando esse jogo e eu pensei... Que seria interessante que ele tivesse... O jogo — ele se atrapalhou um pouco nas palavras, meio sem jeito.

Tony coçou a lateral do rosto e disse:

— Gozado. Achei que você não soubesse nem usar o micro ondas.

Steve apenas o olhou enquanto Pepper batia em seu ombro. Só havia mais um presente na sacola e esse era de Jane. Era um conjunto de pratos de cerâmica.

— Na verdade, são para mim. Você sempre quebra algum quando me visita — Jane corou um pouco com a declaração.

— Já tiveram que comprar uma cama nova também? — Tony arqueou as sobrancelhas pra Thor, maliciosamente, mas o deus não compreendia o que ele queria dizer com isso.

— Tony! — Pepper o bateu novamente.

— O que é? Era só uma perguntinha... — ele se levantou e juntou as mãos. — Todos os presentes foram abertos? Certo, então, está na hora do meu presente. J.A.R.V.I.S., traga o Buzz Lightyear pra cá!

— Lembrando a vocês que eu não tive nada a ver com isso; foi Tony que escolheu — Pepper se absteve.

Um dos robôs de Tony empurra uma caixa grande e foi ali que o alarme interno de Clint começou a piscar. Algo não ia dar certo. Natasha lhe direcionou o olhar e ele percebeu que ela sentia a mesma coisa.

Thor rasgou, encantado com a enorme quantidade de papel brilhoso. As paredes da caixa caíram, revelando uma bateria nova. Todos se entreolharam, menos Thor e Tony, sabendo de apenas uma coisa: o inferno havia começado.

Tony explicou para o deus para que servia e como funcionava o instrumento. Depois da primeira meia hora de bateção de pratos, Pepper havia resolvido abrir uma garrafa de champanhe e entregou taças a todos.

O bilionário ensinou a batida de We Will Rock You para ele e Thor parecia estar dominando bem o instrumento.

Jane, Pepper e Bruce palpitavam em como que seria daqui pra frente com Thor e seu novo brinquedinho. Natasha e Steve conversavam entusiasmados sobre filmes de comédia e de como eles foram mudando com a virada do século e para Clint, os dois deviam se beijar logo.

Mas como Clint havia previsto, algo realmente não deu certo. Tony não era o tipo de cara que fazia as coisas certas com as pessoas certas.

Enquanto Thor batia entusiasmado nos tambores, a baqueta escapou da sua mão com tamanha velocidade e força que quebrou a vidraça a suas costas.

Todos se olharam, em silêncio absoluto.

— Hã, Tony... Você não disse que eram vidros à prova de bala? — Bruce pronunciou.

— É... Algo assim...

— Eu... Vou lá buscar... — Clint disse, levantando. Passou por Natasha e moveu os lábios “o beije!” e ela respondeu algo que ele supôs que fosse “vai se foder”, mas ele não tinha muita certeza.

Antes de chegar ao elevador, pode ouvir Thor pedindo desculpas e Jane reclamando sobre “maneirar na força”.

Entrou no elevador e apertou o botão do térreo. Esse era o único elevador que conhecia que tocava Black Sabbath.

As portas abriram e ele correu até a portaria. Torcia para que Thor não tivesse acertado ninguém, se não, se culparia pelo resto da vida, como da vez que ele pisou na pata de seu cachorro, Doug. Thor chorou e pede desculpas toda vez que encontra com o cachorro.

Seguiu até a calçada e olhou para cima, em direção ao prédio. Procurava o buraco na vidraça para assim, achar o local onde possivelmente a baqueta tivesse aterrissado.

Andava de boca aberta e olhando para cima, e, apesar da boa visão, não encontrava a maldita vidraça quebrada. Resolveu olhar pelo chão e se surpreendeu quando avistou uma garota segurando uma baqueta e massageando a cabeça. Ela usava touca cinza e casaco sobretudo preto e calçava All Star. Tinha os cabelos muito loiros e os olhos verde musgo. Era muito bonita. E parecia irritada também.

— Hey — ele se aproximou. — Te acertou?

— Isso? Sim. E em cheio. Na cabeça. — ela olhou para Clint, esfregando a cabeça. — É sua?

— De um amigo.

— E vocês estavam naquele prédio? — a loira apontou para a Torre Stark.

Clint assentiu e ela expirou, colocando a mão na altura do peito.

— Ainda bem. Achei que estavam chovendo baquetas e fiquei desesperada esperando pelo resto da bateria — ela comentou, olhando para cima. Ele riu e a mulher lhe entregou a baqueta.

— Ele está aprendendo a tocar, espero que ele melhore pra que isso não aconteça de novo.

— Eu também! — ambos riram e ela esticou a mão. — Emily. Emily Ross.

— Clint. Clint Barton — ele pegou sua mão e a beijou.

— Se me permiti dizer, que nome sensual, Sr. Barton.

— Obrigada Sra. Ross, não é o que costumo ouvir dizer a respeito do meu nome, mas sim, sobre mim.

Emily escondeu o riso com a mão e bateu no ombro dele, como alguma senhora dos séculos passados deve ter feito. E depois riu e Clint percebeu que ela tinha um sorriso bonito.

— Você não se feriu, certo?

— Hã, não.

— Então, se eu te chamar para sair, você não vai usar isso como desculpa?

Ela ajeitou a franja.

— Eu não sei se devo sair com o amigo do cara que acertou uma baqueta na minha cabeça, porque, tipo, eu não te conheço.

— Por isso que esse amigo do cara está te chamando pra sair.

— Você é um cara insistente e persuasivo.

— Você não viu nada.

Clint sentiu o celular vibrar. Era uma mensagem de Tony.

“Cara, você ainda não encontrou?”

Ele respondeu:

“Encontrar, eu encontrei. Mas vou demorar, achei outra coisa bem melhor”

— Vamos? — perguntou, devolvendo o celular ao bolso e dando o braço para Emily.

— O seu amigo não vai precisar da baqueta?

— Acredite, ele ficará melhor sem ela.

Thor nunca aprendeu a tocar bateria.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que vocês acharam?
Eu adorei escrever, achei que ficou bem engraçadinha e bonitinha AUEHEUHEAUHAE
Bem, falo com vocês pelos reviews, beijos! ♥