Amanda, a cearense em South Park escrita por Marinyah Moonlight


Capítulo 6
Vingança


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, negada! Eu sei, estava meio sumida, mas agora, to de volta!!!!!!!!!!!! É que eu costumo ficar ausente a partir de Agosto, porque a partir daí, a escola começa a ficar séria e além do mais, eu vou ter provas na semana que vem. Talvez eu também esteja ausente no dia do meu aniversário neste Sábado(13 de Setembro), vou completar 17 anos; sim, eu nasci quase na mesma data de estreia do desenho South Park; então, quem quiser me dá logo uns parabéns, eu sugiro que seja agora, porque ultimamente, minha vida está muito puxada e no meu niver vai ter festa, por isso que eu talvez não esteja presente por aqui nesse dia, claro e_e' Enfim, curta o capítulo aí XD



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Chegando em casa, eu e Fernanda nos despedirmos de Butters e assim que entramos, minha mãe estava uma fera comigo.

– Amanda, eu recebi uma ligação da escola de South Park. Você andou brigando logo no primeiro dia de aula? - perguntou minha mãe em um tom de raiva.

– Ai, mãe. Isso agora não importa mais - respondi, sem nem um pouco de interesse de conversar sobre isso.

– Mas, você está sempre botando boneco até mesmo quando te coloco em algo novo.

– Não tenho culpa se tem gente que não me entende.

– Trate de respeitar mais as pessoas, menina - disse minha mãe, ignorando o que eu disse antes - Você está nos Estados Unidos e as pessoas daqui exigem mais respeito que no Brasil.

– Fala isso para o Cartman.

– Quem?

– Ele não é ninguém, mãe. Só um moleque que não sabe respeitar os outros - conclui - E além do mais, se os Estados Unidos exige mais respeito que o Brasil, porque aqui ainda há muitos preconceitos como o racismo, hein?

– Você também não respeita muito - comentou, fugindo da pergunta que eu fiz antes.

– Mas, o Cartman é pior.

– Não quero saber quem ele é. Depois conversamos mais sobre isso, mocinha.

– Você é quem sabe, mãe - concordei, ainda sem um pouco de interesse de conversar sobre o assunto e depois de alguns segundos, minha mãe saiu de perto de mim e de Fernanda que por sua vez, me encarou por um tempo e avançou na minha frente, na qual, fui andando atrás dela.

Estávamos no quarto em silêncio. Eu estava lendo um livro e Fernanda estava conversando com Craig no Whatsapp. Ainda não acredito como ela conseguiu fazer amizade tão rápido na escola do que eu e ainda conseguir o número de telefone de um dos alunos. Mesmo assim, não fiz questão e continuei a ler meu livro.

De repente, alguém bateu na porta.

– Entra! - ordenei. Era minha mãe.

– Meninas, o Butters está convidando você para brincar.

– A gente não está muito afim não - respondeu Fernanda.

– Tem certeza?

– Sim, mãe - respondi juntamente com Fernanda.

– Então, vou lá avisar a ele - disse, já saindo do quarto e deixando a porta aberta.

De repente, Fernanda começou a dar uma risadinha.

– O que foi, Fernanda? - perguntei, virando o rosto para ela.

– Nada - respondeu - Só a conversa que eu estou tendo com Craig.

– Hum, eita. Ta ficando quente, hein?

– Ai dento! - depois de alguns segundos, Butters entrou no quarto nos cumprimentando.

– E aí, Butters - cumprimentou eu e Fernanda.

– O que estão fazendo? - perguntou Butters.

– Eu estou lendo - respondi.

– E eu estou conversando com Craig no Whatsapp - respondeu Fernanda.

– Nossa, você já fez um amigo tão rápido assim na escola? - perguntou Butters para Fernanda.

– Pois é - respondeu Fernanda.

Butters se virou para mim e olhou para capa do livro que eu estava lendo.

– É em português? - perguntou Butters.

– É - respondi.

– Este livro é muito conhecido, né?

– É - o livro que eu e Butters estávamos mencionando era "Cidades de Papel".

– Como é? - perguntou. Logo, dei um suspiro.

– Só fala de um garoto que é apaixonado pela vizinha e amiga de infância.

– Ahhhhhhh - Butters se virou para o relógio de parede do meu quarto e fez expressão de espanto - Ah, não! Eu vou me atrasar! - exclamou, correndo para porta.

– Se atrasar para o quê? - perguntei.

– Vou ter que me encontrar com Cartman para fazer um serviço dele.

– Ok - respondi, fingindo que não estava interessada.

E assim, Butters se despediu de mim e de Fernanda e desceu para sala.

Fechei o livro, me levantei da cama, coloquei o "Cidades de Papel" em cima da estante ao lado da minha cama e me virei para minha irmã.

– Bora, Fernanda? - perguntei.

– Pra onde?

– Ir atrás do Butters.

– Pra quê?

– Se vingar do Cartman.

– E o que vai fazer?

– Sei lá. Vou decidir na hora.

– Hum...não, obrigada.

– Bora, mulher. Ele vai ver o que é bom pra tosse por aquilo que fez com a gente na escola.

– Amanda, eu não acho que isso tenha necessidade - ficamos em silêncio por um tempo, enquanto eu admirava Fernanda com uma expressão sarcástica.

– Ta bom, fuleragem! - conclui.

– Cala a boca! - exclamou - Quando for o seu enterro, não me chame - concluiu ironicamente que logo, dei uma risada, e então, sai do quarto.

Menti para meus pais que só iria sair para comprar materiais escolares e então, sai de casa.

Fiquei seguindo Butters com muito cuidado pra quê ele não notasse a minha presença.

Assim que ele chegou em uma casa vermelha, me escondi em uma moita por perto e Cartman saiu dessa casa. Logo, fiquei observando sua conversa com Butters.

– Ah, você está aí, Butters - exclamou Cartman - Trouxe a vara de pesca?

– Está aqui na minha mão - respondeu Butters, mostrando a vara.

"Hum, uma vara" pensei.

– Então, vamos! - ordenou Cartman, avançando na frente de Butters, que o seguiu logo atrás.

Sai da moita silenciosamente e de repente, um gato cinza avançou para minha frente, dando um miado e se esfregando por debaixo das minhas pernas.

– Xô, gatinho! - afirmei baixinho, mas mesmo assim, o gato não parava de se esfregar em mim.

Me afastei alguns centímetros dele e dei passos rápidos para ficar longe dele e assim, o gato parou de se esfregar em mim e se sentou, olhando fixamente para mim. Não que eu não goste de gatos, mas é porque eu tinha um trabalho a fazer, claro.

Enfim, onde estava? Ah, sim! Eu fui atrás de Butters e Cartman novamente. Ainda bem que eu não os perdi de vista.

Segui eles até uma casa verde queimado e me escondi em uma outra moita por perto, esperando o momento certo para me vingar.

Butters colocou o anzol da vara de pescar na calça de Cartman e o levantou até uma janela do último andar da casa, mesmo com tanto esforço para levantá-lo. Assim que fez isso, um garoto que eu já conhecia na escola abriu a janela na hora e colocou o rosto para fora, olhando fixamente para Cartman com uma expressão de raiva. Era Kyle e ele estava segurando um bastão com as duas mãos.

– O que você está fazendo aqui, gorducho? - perguntou Kyle em um tom de raiva.

– Ah! Então...er...oi, Kyle! - tentou disfarçar Cartman. O negócio estava ficando engraçado.

– Vai embora! - insistiu Kyle.

Logo, sai da moita silenciosamente, sem que eles notassem, me aproximando de Butters, enquanto Kyle e Cartman trocavam ofensas.

Assim que me aproximei de Butters, aproximei a minha boca um pouco de seu ouvido e...

– Iêêêêêêêi!

– AAAAAAAAAARRRRRRRRRRGGGGGGGGGGHHHHHHHHH! - gritou Butters desesperado que fez com que a vara escorregasse em suas mãos, fazendo Cartman cair de cara no chão junto com a vara.

Dei altas risadas, enquanto erguia o dedo indicador e o médio da mão direita e balançava, fazendo com que os dois dedos erguidos se batessem, formando um gesto nordestino que significa "toma".

Butters se virou para mim com uma expressão meio-assustada.

– Amanda!? - exclamou Butters - O que está fazendo aqui!?

– Me vingar do Cartman por tudo o que ele fez comigo e com a Fernanda na escola - respondi, ainda dando risadas. Não podia ver direito como estava a reação de Cartman, mas que ele estava com extrema raiva.

– Mas, o que é isso!? - perguntou alguém dentro da casa de Kyle. Parecia ser uma senhora.

Virei o rosto para porta com uma expressão preocupada, juntamente com Butters.

– Ih, encrenca! - exclamei, saindo correndo de uma vez antes que alguém saísse da casa, deixando os meninos para trás.

Voltei para casa, mas ainda não tinha entrado. Estava tão cansada de correr. Logo, meu pai abriu a porta e me mandou entrar.

Ele me perguntou o que tinha acontecido para eu ter corrido tanto e porque eu tinha demorado, e também não ter comprado os materiais escolares. Eu menti dizendo que na papelaria onde "fui" não tinha o que queria e que depois fiquei olhando outras coisas nas vitrines de outras lojas do shopping; sim, eu e minha família já sabíamos que South Park tinha um shopping; mas, também não tinha comprado nada por não estar interessada.

– Aí, quando eu sai do shopping, veio uns caras mal-intencionados querendo me roubar e então, sai correndo até aqui - conclui, ainda mentindo.

– Oh, meu Deus! - exclamou meu pai espantado - Ainda bem que você conseguiu despistar eles, não?

– Pois é, pai - assim que respondi, meu pai saiu de perto de mim e fui em direção a escada. Fernanda estava um pouco a beirada da escada, encostada na parede com os braços cruzados e ouvindo música com fone de ouvido. Ela estava me encarando desconfiada.

– E aí? - perguntou. Virei o rosto para ela estranhando-a.

– E aí...o quê? - perguntei e logo, ela virou os olhos para cima e deu um suspiro. Depois disso, ela voltou para mim.

– Como é que foi a vingança? - perguntou.

– Ah! - exclamei e dei altas risadas.

– Foi engraçada, né? - parei de rir um pouco.

– Você nem imagina - respondi, ainda meio-risonha.

– E o Cartman ficou puto?

– Provavelmente - respondi - Não deu para ver porque eu estava rindo demais e estava vindo alguém dentro da casa do Kyle.

– Kyle!? - exclamou - Aquele serviço do Cartman que o Butters disse era na casa do Kyle!?

– Pois é.

– E o que ele queria na casa do Kyle?

– Sei lá - respondi - Só sei que ele mandou o Butters subir ele com uma vara de pesca em uma janela da casa dele; que parecia que era do quarto do Kyle; e aí, o Kyle abriu a janela na hora em que Cartman já estava na frente a janela dele, segurando um bastão com as duas mãos.

– Nossa! - exclamou Fernanda - E aí, o que você fez para se vingar?

– Eu apenas me aproximei de Butters sem que ele, o Cartman e o Kyle me notassem, e aí, quando eu já estava perto dele, aproximei minha boca um pouco do ouvido dele e gritei: "Iêêêêêêêi!", que aí, ele se assustou, fazendo com que soltasse a vara acidentalmente que o Cartman caiu junto com ela. Aí, alguém falou dentro da casa e eu sai correndo antes que eu arrumasse encrenca.

– Você já está em uma baita encrenca, Amanda - comentou Fernanda - Quer ver? Quando estiver amanhã na escola, se o Cartman der um surto em você, nem venha reclamar - concluiu, já subindo alguns degraus da escada e eu a segui.

Pensando bem, Fernanda tinha razão sobre o que falou agora, mas acho que não me importaria tanto.


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Notas finais do capítulo

Vou ver se eu arrumo alguma explicação sobre porque o Cartman subiu na janela da casa do Kyle no próximo capítulo ou simplesmente, deixar como mistério mesmo para vocês imaginarem o que quiserem kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Resumindo que não tem nada a ver com yaoi/shounen-ai XDDD Enfim, espero que tenham gostado do capítulo. Até o próximo!


Significados de gírias nordestinas:
*Botando boneco: O significado já está na nota final do capítulo 3.
*Ai dento: Nada a ver.
*Bora: Vamos.
*Fuleragem: Fraco(a), besta.
*Iêêêêêêêi - Já tinha aparecido no capítulo 3, mas irei explicar especificamente o que é de verdade: é um tipo de grito muito comum entre os nordestinos para poder zuar com outras pessoas.



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