Saint Seiya Omega- O Mito dos Cavaleiros Lendários escrita por henriqueuzumaki


Capítulo 9
O Uivo Mortal


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem pela demora... Esse capítulo ficou sem betagem porque a minha Beta Reader está sem Internet. Desculpem qualquer coisa!



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Santuário, alguns dias depois da última invasão.

O Santuário desfrutava de paz há alguns dias. Não houve ataques, nem nada do gênero. Até mesmo Nachi, apreciador de uma boa paz, estava achando estranho. Ele vestia suas roupas civis, e observava o treino dos aspirantes. Pra ele, era um clima muito estranho para uma guerra. O que motivou Marte a interromper os ataques? Não se sabia. Ele se levanta ao avistar Geki.

–E aí Geki, tudo na paz?

O grande cavaleiro vestia sua Armadura de Urso, e fazia uma cara bem séria.

–Até demais. As entradas do Santuário tiveram vigilância reforçada, os aspirantes estão treinando sem demais problemas. Mas é muito suspeito. – Geki colocou sua mão direita embaixo do queixo, fechando os olhos e suspirando em seguida. –Tempos assim são difíceis. Qualquer parada de movimentos é sinal de desconfiança.

Os dois interrompem a conversa quando avistam Shun em vestes nada comuns para eles. Ele vestia um jaleco branco, blusa preta com suspensórios cor-de-rosa e calça bege. Em sua mão direita, carregava uma mala e em seu pescoço ia um estetoscópio.

–Shun! Onde está indo? –gritou Geki ao rapaz.

–Ao vilarejo! Uma doença misteriosa surgiu! –gritou ele de volta.

Apressadamente, Shun se dirigiu á saída do Santuário. Ele realmente devia estar com pressa.

–Bom, eu vou voltar para a vigia. Até logo, Nachi. –Geki cumprimentou o amigo e voltou-se para onde estava.

Vilarejo de Rodório, naquele mesmo instante.

Shun abriu desesperadamente a porta de madeira da casa onde estava o paciente. Uma mulher com vestes brancas e cabelo preto preso, chorava e rezava ao mesmo tempo. O marido, deitado á cama com um cobertor sobre metade de seu corpo, transpirava e ofegava muito. A mulher interrompeu suas preces com a chegada de Shun.

–Oh, doutor, graças aos deuses! –disse ela em alívio.

–Rápido, vou pegar os remédios. Meça a temperatura dele para mim, por favor.

A voz calma e pacífica de Shun fez a mulher se acalmar. Apesar de vir correndo, ele estava calmo e tranquilo. Era o sexto caso em dias, com os mesmos sintomas. Ele pegou alguns frascos de sua maleta e misturou o líquido de alguns num frasco.

–Trinta e oito graus, doutor! –disse a mulher.

–Meu deus! Pronto, terminei.

Shun se aproximou do homem. Usava uma blusa bege típica dos aldeões da região. Tinha cabelo castanho curto, pele bronzeada devido ao trabalho ao Sol. Ele olhou para Shun, sem força nenhuma.

–Doutor... Salve-me, por favor... - ele dizia com uma voz sofrida e fraca.

–Tudo bem. Beba isto. –disse Shun, ainda calmo e tranquilo. Ele deu o frasco com a mistura para o homem. Em instantes, a febre começou a abrandar e a respiração voltava ao normal aos poucos.

–Obrigada, doutor! –A esposa começou a chorar em agradecimento. –Meu marido é parte da minha família. Nem sei o que aconteceria se o perdesse.

–Que isso. Eu fico feliz em ajudar pessoas tão humildes quanto vocês. –Shun deu um doce sorriso em resposta. Mas em seguida, fez uma expressão séria. –Posso verificar o braço do seu marido?

–Hã? Ah, claro.

Shun levantou um dos braços do homem deitado á cama. E lá estava: uma marca de picada de inseto ou aracnídeo. Só que pareciam dois pontos pretos, e Shun sentia um cosmo maligno vindo da ferida. Ele usou seu cosmo para neutralizar o maligno vindo da picada.

–Pronto tudo certo. Dê este remédio a ele por pelo menos três dias.

Ele então entrega um frasco de vidro à esposa do homem.

–Muito obrigada. Estou agradecida.

Shun já estava saindo da casa quando disse:

–Deixe-o repousar. Logo ele acordará.

O cavaleiro então deixou o local. Mas algo o preocupava... Seis casos em dias. Todos com os mesmos sintomas, principalmente que as picadas continham um cosmo maligno vindo delas. Seria atividade dos Marcianos? Era bem provável que sim.

Ao longe, antes dos arredores de Rodório, um homem estava encostado numa árvore. Sua vestimenta, uma Galáxia, brilhava com a luz do sol. O peitoral tinha um desenho que lembrava uma aranha, e o elmo parecia-se bastante com os estilos Greco-romanos, com seis pedras brancas, três em cada lado do elmo, que espalhava seus cabelos pretos. Uma aranha desceu da parede, e se transformou num humanoide todo preto, com um desenho vermelho de uma aranha por todo o peito e quatro olhos da mesma cor.

–Então, o que conseguiu?

–Parece que Shun de Andrômeda já suspeita de nossas atividades. Ele averiguou os ataques das aranhas.

–Ótimo. Junte-se aos outros, vamos dar uma visita ao Santuário. Obrigado pelas informações, Aracnospy.

O espião retorna á forma de aranha e segue caminho adentro. O Marciano Menor começa a escalar a parede, e um protetor da boca, lembrando uma presa, foi ativado.

–Agora eu, Lúcio de Aranha, começarei a agir.

Santuário.

Shun retornava de seu trabalho na vila quando sentiu um cosmo... Mas era o mesmo cosmo que sentira ao cuidar daquele paciente. Ele, que já avia retirado seu jaleco, colocou sua urna nas costas. A aranha surgiu atrás dele e tomou a forma humanoide.

–Mas o que é você?

O Aracnospy nem respondeu, atacando Shun em seguida. Ele desviou, e vestiu sua Armadura de Andrômeda. Prendeu sua Corrente Triangular no braço do humanoide.

–Quantos de vocês estão no Santuário?

Isso não lhe diz respeito, Andrômeda.

Enquanto isso, Nachi ainda vigiava os arredores. Mal sabia ele que á sua espreita, Lúcio o vigiava...

–Olha só, é um Cavaleiro de Bronze, Nachi de Lobo... Vou me aproximar com cuidado. - disse ele, sussurrando.

–Camuflagem Aracnídea.

Ele apagou seu cosmo e ficou translúcido, se misturando com o ambiente. Furtivamente, ele se aproximou... Mas Nachi percebeu o movimento e desviou, desfazendo a Camuflagem.

–Quem é você?!

–Marciano Menor, Lúcio de Aranha. Você deve ser Nachi de Lobo.

–Espera... Aranha... Então você causou a doença nos moradores que o Shun tratou?

–Exato! Você é bem esperto, hein? –Lúcio riu com desprezo.

–Farei você se arrepender!

A Urna da Armadura de Lobo se abriu, e o objeto se desfez, vestindo o corpo do Cavaleiro.

–Mostre do que é capaz. –Nachi disse, desafiando o seu adversário.

–Está bem. Não reclame depois! – Lúcio se preparou para o ataque.

E então a luta começou.

Nachi partiu para cima, mas Lúcio saltou. Em seguida, cruzou seus braços e elevou seu cosmo.

–Teia das Trevas!

Ele desfez a posição e uma teia escura, como se fosse feita de escuridão, atingiu Nachi, agindo como uma corda e prendendo-o. Lúcio voltou ao chão, e se gabava da sua técnica.

–Essa teia é resistente como titânio. Um mero Cavaleiro de Bronze como você jamais a romperá!

–Besteira. –disse Nachi, com um sorriso confiante.

–Como é?

Elevando seu cosmo, Nachi forçou a teia até que esta finalmente arrebentou.

–Como?! –disse Lúcio, surpreso.

–Não me subestime, seu trouxa! –Nachi zombou de seu inimigo, limpando os restos de teia de seus braços. -Agora me diga como você causou aquelas doenças.

–Simples. Eu possuo servos chamados Aracnospys. –uma pequena aranha, preta com desenhos vermelhos subiu em seu dedo indicador. –Eles se camuflam sob a forma de aranhas, mas são meus olhos e ouvidos adicionais. QUER VER O QUE PODEM FAZER?!

Ele jogou a aranha, que alternou para sua forma humanoide. Nachi pulou para trás, e o Aracnospy tentou socá-lo. Nachi usou um golpe com cosmo, mas seu punho atravessou o corpo do humanoide.

–Mas o que significa isso?

O Aracnospy jogou uma Teia das Trevas no braço de Nachi, mas este desviou e desferiu um gancho na criatura. Esta se desfez num instante.

–Porque não mostra as usas habilidades?

–Está bem Cavaleiro... Sofra!

Lúcio mais uma vez elevou seu cosmo, e em seguida, bateu com as duas mãos no chão, e uma enorme teia escura no chão, imobilizando os movimentos do Lobo.

–A Grande Teia das Trevas paralisou seus movimentos! –disse Lúcio, confiante.

Elevando seu cosmo, Lúcio jogou vários projéteis vermelhos de cosmo em Nachi, que continuava paralisado.

–Míssil Aracnídeo!

Porém no mesmo instante, Nachi reuniu cosmo em suas mãos e dobrou seus dedos, criando uma aura verde claro em suas mãos.

–Garra do Lobo!

O Cavaleiro rebateu os projéteis com os punhos, e em seguida se desgrudou da teia. Avançou em alta velocidade e atacou o Marciano, fazendo um arranhão no peito da Galáxia. Lúcio cambaleou para trás devido ao golpe.

–Hu, hu, hu... Está bem, lobo. Eu agora vou parar de brincar. –Um sorriso maligno surgiu no rosto do marciano.

Num rápido movimento, o guerreiro de Marte apareceu atrás de Nachi. A Grande Teia das Trevas se desfez, porém uma aura roxa surgiu na mão esquerda dele, e a aplicou em Nachi.

–Veneno Aracnídeo.

Em seguida, Nachi foi ao chão. Seu corpo estava pesado, e ele se sentia imóvel.

–Isso foi... golpe baixo! –disse Nachi, com dificuldade.

–Não meu caro, isto é a guerra! Os fins justificam os meios.

–Se todos vocês pensam assim... então eu.... Devo detê-los!

O Cavaleiro de Lobo começou a se erguer devagar, mas com seu cosmo em chamas. Um poder extraordinário vinha de seu interior.

–Porque faz tanta questão de me vencer? Aceite logo a sua morte!

–JAMAIS! Você envolveu pessoas que não tinham nada a ver com o confronto. Pessoas inocentes, apenas levando sua vida comum! Gente como você, que ataca os mais fracos sem piedade... Não merece viver!

–Quanta besteira! São apenas humanos comuns, porque se importa com eles?

–Pelo simples fato de que... Eu sempre fui um daqueles que ficou atrás de Seiya e seus amigos. Por isso, eu sei bem a sensação de ser atacado por alguém mais forte sem poder se defender. Mas, isso mudou! Eu luto por aqueles que não podem se defender, vítimas de gente cruel como você! Eu sou Nachi, o Cavaleiro de Lobo!

O cosmo do Cavaleiro de Bronze se elevou ainda mais, e ele se preparava para lançar seu golpe mais forte.

–Nesse caso, Lobo, eu também usarei minha técnica mais forte!

Ambos elevaram seus cosmos, e prepararam seus ataques.

–Uivo Mortal!

Nachi concentrou a energia em seus punhos, e uma onda de ar se formou. Ele abriu as mãos e uma em seguida uma onda sonora poderosa se formou, se manifestando na forma de arcos verdes.

–Grande Míssil Aracnídeo!

Uma esfera de energia vermelha envolta uma rajada de cosmo vermelho claro foi lançada. As duas técnicas se chocaram por bastante tempo, mas a força de vontade do Cavaleiro fez a técnica ficar ainda mais potente. Por fim, o Uivo Mortal se sobrepôs ao golpe do Marciano, atingindo-o em cheio, e destruindo sua Galáxia.

–Parece que... Eu perdi... –dissera Lúcio, sem força alguma.

–Exatamente, Lúcio.

–Mas... Não foi em vão... Todas as informações foram repassadas... AH HAHAHAHAHAHAHAHA!-Depois da risada maligna, o Marciano faleceu.

Nachi se perguntava... O que ele quis dizer? Será que o Santuário havia sido espionado? Isso ele talvez nunca soubesse...

Castelo de Marte, Norte da Alemanha.

–Excelente... As informações foram coletadas com sucesso. –dizia Kenshiro, admirando uma esfera azul, que servia para visualizar tudo a distância.

Ele via os Cavaleiros Lendários lutando, usando poderosas técnicas contra os Aracnospys. Ele é interrompido pela presença de Medeia.

–O que tanto resmunga Kenshiro? –perguntou Medeia.

–Senhora, leve-me até Marte. Diga que tenho boas notícias.

Alguns minutos depois, Kenshiro chega ao Salão Principal, onde Marte encontrava-se sentado em seu trono, com Medeia fazendo companhia.

–O que deseja Kenshiro?

–Lúcio coletou informações sobre os Cavaleiros Lendários. Enquanto ele se sacrificou contra Nachi de Lobo, os espiões coletaram as informações necessárias.

–Excelente! –Marte se levantou de seu trono e olhou o Alto Marciano diretamente. – Temos agora que preparar o contra ataque usando eles... Meus servos mais poderosos.

Kenshiro pareceu hesitar por um instante.

–Não me diga que...

–Medeia!

–Sim Lorde Marte?

–Prepare o ritual. Começaremos a libertar os selos dos Quatro Reis Celestiais!

Medeia ficou surpresa, mas sorriu de forma serena e confiante.

–Como quiser Lorde Marte.

Os Quatro Reis Celestiais voltariam ao mundo... Embora demorasse, os quatro deuses a serviço de Marte despertariam em breve... E as batalhas começariam a se intensificar.


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Notas finais do capítulo

Pra Marte apelar pros Reis Celestiais, a coisa vai pegar fogo!



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