No dia seguinte Carol foi ao orfanato e chegando lá foi checar a caixa de correio, como fazia todas as manhãs, mas ao abri-la, encontrou um bilhete que dizia:

“Meu amor, vamos marcar um lugar para nos encontrarmos, mas tem que ser por bilhetes, porque as pessoas que estão te ameaçando podem ter colocado escutas nos nossos telefones, escreva um bilhete me dizendo onde podemos nos ver mais tarde e coloque na caixa de correio do orfanato que eu vou ler e estarei no lugar marcado. Mil beijos. Ass.: Júnior”.

C: Júnior e suas ideias... Conversar por bilhetes!

Carol foi até a sua sala e escreveu em um papel que eles se encontrariam no dia seguinte no porão do orfanato e que era para ele perguntar para o Miguel qual era o melhor jeito de ele entrar lá, depois ela colocou o bilhete na caixa de correio e voltou ao trabalho.

Depois do almoço, quando estavam Chico e Carol na cozinha, ele perguntou:

Ch: O que aconteceu, Carol?

C: Nada não, Chico.

Ch: Ei, menina, eu te conheço, eu vi que você está meio tristinha e quase não tocou na comida, o que está acontecendo?

C: É que eu e o Júnior terminamos...

Ch: Mas por que?

C: Não estava dando certo, nós brigamos e depois terminamos.

Ch: Que pena...

C: É, mas foi me... – Antes de completar o que estava dizendo, Carol sentiu uma tontura e quase caiu, apoiando-se na mesa.

Ch: Você está bem?

C: Estou sim, só fiquei meio zonza, mas já passou, deve ter sido por causa de alguma coisa que eu comi.

Ch: Ou de alguma coisa que você não comeu, você não almoçou, tem que comer alguma coisa!

C: Tá bom, Chico, não se preocupe.

Ch: Você não está sem comer por que está triste por causa do Júnior não né?

C: Não, claro que não, eu só não estava com fome...

Ch: Tudo bem, eu vou acreditar em você.

Continua?