Blood Moon (HIATUS) escrita por mity


Capítulo 2
Os primeiros sinais aparecem




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Depois da aula, eu e Vic fomos até a loja de roupas para festas.

Uma senhora de idade nos atendeu. Ela parecia ter mais de 60 anos, pelos cabelos brancos em um coque, a coluna arqueada e as marcas de expressões no rosto. Usava um vestido verde de lã pra baixo dos joelhos, sapatilhas pretas básicas e óculos com uma corda ao redor do pescoço.

Nos levou até a área dos vestidos e nos deixou à sós. Vic escolheu 3 vestidos para provar. Eu escolhi 2. Coloquei o primeiro, que era azul-marinho de seda, até os pés, decotado - sendo que nem tenho peito para sustentá-lo -, com algumas pedras na cintura. Muito bonito.

O segundo, era preto de cetim até os joelhos, com alcinhas, levemente rodado e com babadinhos na saia .

– Achei o preto mais bonito - disse Vic.

– Eu também, mas meu pai não, e ele nem viu - indaguei.

– Ah, leva esse. Seu pai não disse que não liga?

– Não liga pro preço, mas pro comprimento, mais do que liga.

Dei uma olhada no espelho.

– Quer saber, vou ir com este mesmo. – Vic estava olhando para algo ou alguém pela janela. – O que você está olhando? - perguntei à ela.

– Um homem. Um homem de capuz sentado num banco do outro lado da rua - ela respondeu com a voz vacilando.

Fui ao lado dela na janela e disse:

– É só um homem sentado num banco.

Puxei ela até o provador e ela fechou a cortina.

Ela colocou o primeiro vestido, que era tomara que caia até os joelhos, azul, de cetim, levemente rodado.

– Esse. Perfeito. Nem prova outro - falei. E era mesmo. Combinou perfeitamente com a silhueta dela.

Ela comprou aquele e eu o que provei por último.

Saímos da loja e fomos até a loja de sapatos.

– Estou com a sensação de estar sendo seguida - falei, com um pressentimento ruim e olhando pros lados, cautelosa.

– Mesmo? Será que não era o cara do banco? - ela perguntou chocada.

Abaixei a voz, e respondi:

– Não sei. Vamos continuar. Não deve ser nada.

Entramos na loja e fomos até uma moça que estava desocupada no balcão. Pedimos à ela que nos levasse até os sapatos de festa. Ela nos mostrou alguns coturnos, e vi um que me apaixonei. Ele era preto, com o cano dobrado e spykes. Pedi um de tamanho 37. Ele serviu. E me imaginei com meu vestido. Era a combinação perfeita.

Vic estava de olho em alguns sapatos de salto. Ela provou um preto com glitters que imaginei que não combinaria com o vestido.

– Não, Vic. Este aqui ficaria ótimo. - Peguei um prata com os dedos abertos e glitters no salto 10, com meia pata de dois centímetros.

Ela provou um 36, e ficou lindo nos pés branquinhos dela com as francesinhas que ela havia feito na noite anterior.

– Tem razão. Este ficou maravilhoso. Vou levar.

Nós pegamos os sapatos e fomos em direção ao carro - Nissan Altima -, que estava no quarteirão seguinte.

Ela me deixou em casa, então foi para a dela.


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