Blood Moon (HIATUS) escrita por mity


Capítulo 15
Macias feito seda




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A apresentação do meu trabalho feat Collin seria no dia seguinte. Seria, pois o destino resolveu me pregar uma peça, me presenteando com uma febre de 37,5º e me privando, consequentemente de ir à escola ou à qualquer outro lugar. O professor ficaria puto comigo, já até imaginava, e iria me dar nota baixa ou nem dar nota. Collin, talvez, ficaria até chateado, mas ele entenderia.

Claro que meu pai não acreditou muito nesta história de febre, porém me deixou ficar em casa, depois de eu lhe suplicar e dizer que eu queria muito ir pra aula - o que só era verdade por causa do Collin, já sabemos -, e que eu nunca mais faltaria - o que não é verdade, também sabemos.

Para amenizar a febre, eu tomei um banho gelado - o que serviu para meu pai ver que não era mentira. Então eu fiquei na sala - ainda de pijamas, mas curtos, para que o calor do meu corpo se espalhasse pelo ambiente - apenas assistindo desenho - sim, eu assistia desenho.

Já era de tarde, e meu pai já tinha ido, vindo e ido de novo pro trabalho. No auge do programa que eu estava assistindo, a campainha soou, me fazendo tremer com o susto e me despertando da concentração. Ding dom, tocou a infeliz.

– Fique sabendo que uma tal jovenzinha está doente - disse Collin, após eu abrir a porta, sorrindo de lado, típico dele.

– E essa tal jovenzinha acabou perdendo a apresentação do seu trabalho com um tal emo/anjo caído sexy. - Fiz biquinho, expressando minha tristeza, ou fingimento.

– Não se preocupe quanto ao trabalho, eu dei um jeito de convencer o professor a nos deixar apresentar outro dia. Mas e se esse tal emo/anjo caído tirasse o dia para cuidar dessa tal jovenzinha doente? - Ele entrou para dentro da casa. - Febre você tem? Vamos cuidar disto.

Passamos a tarde inteira assistindo TV e conversando.

– Tem notícias do meu perseguidor? - perguntei-lhe.

– Não, na verdade não tenho visto ele faz um tempo. E você, tem o visto?

– Também não, e espero nem vê-lo.

Assim, a tarde se passou, o Sol dormiu e logo o imenso manto negro cobriu o céu, dando espaço apenas para a Lua e as estrelas. Minha febre havia passado, e já era hora de dormir. Ouvi uns barulhinhos de algo sendo atingido por pedrinhas. Levei algum tempo para descobrir o que aquelas pedras atingiam, até que abri a cortina, e o pervertido que atacara minha janela estava lá em baixo, com um punhado ainda na mão.

– O que está fazendo aqui? - sussurrei alto para Collin.

– Vim te buscar para uma viagem - ele sussurrou no mesmo tom.

– Viagem? Como assim? Está louco. - Alguns cachorros começaram a latir. Droga.

– É rápido, só basta eu subir até aí e nós iremos. Não vai levar mais que meia-hora.

Olhei para meu reflexo no espelho, que mostrava uma garota de pijamas, com o cabelo penteado e preso num rabo de cabelo. E pantufas.

– Me deixe trocar de roupa - pedi.

– Só coloque um casaco, não vamos ver ninguém - ele disse convicto.

Coloquei, então, um sobretudo azul- marinho, que me deixou parecendo uma moça do tempo. Fiquei de pantufas mesmo.

O anjo voou - literalmente - até minha janela. Foi a cena mais linda que eu já havia visto na vida. Suas lindas e gloriosas asas eram brancas feito algodão, e pareciam tão macias quanto. Ele as guardou e estendeu a mão. Peguei sua mão, e que envolveu minha cintura com a outra. Acabei tirando as pantufas, ficando descalça. O frio na barriga me consumia, e eu sorria sem cessar. As asas faziam um movimento lento e suave, nos empurrando cada vez mais longe do chão. A brisa da noite chicoteava meu cabelo.

– É a melhor sensação de todas! - exclamei.

– Que bom que está gostando.

– Onde vamos? - perguntei, ainda maravilhada.


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