POV Steve:

Já no outro dia Nick nós avisou bem de manhã que aquele homem de capuz que encontramos em Starling City iria vir até a SHIELD.

Entrei na sala de Nick no horário combinado. Já estavam todos lá, Dave, Natasha, Caroline, Clint e um homem que eu não conhecia. Ele tinha os cabelos castanhos curto, era bem musculoso, e seus olhos eram verde.

– Esse que é o Arqueiro? -Perguntei já de cara.

Nick afirmou com a cabeça.

– Já nos conhecemos né... Oliver Queen.

– Steve Rogers.

– Oliver, não se preocupe com a sua verdadeira indentidade aqui, porque todos nós tambem uma a zelar... -Disse Nick.

– Então voce é Arqueiro lá na sua cidade... -Disse Clint atropelando Nick e dando ênfase no "Arqueiro".

Oliver o encarou.

– Sou sim... Você também ficou impressionado com minha pontaria?

– Aposto que sou melhor!

– O que você quer comigo? Fala logo.

– O que todo arqueiro quer saber...

– Quem é o melhor?!

– Nick libera um sala de treinamento... -Disse Clint se dirigindo a saída.

Oliver tomou partida e acelerou os passos.

– Eu também vou! Não vou perder isso! -Eu disse já caminhando até a saída.

Natasha e Steve ficaram parados, enquanto Nick se retirava da sala. Não sei porque eu tinha a leve impressão de que o Nick estava na minha cola. Não era de hoje esse jeito dele. Toda vez que eu precisava sair da SHIELD ele sempre aparecia me perguntando onde eu iria... Sei lá, talvez seja só coisa da minha cabeça.

(...)

Entramos em uma sala espaçosa e clara. Ela tinha nos dois cantos e ao meio placas redontas, com cores diferentes em partes diversas, que representavam os pontos, conforme onde a flecha atingir. Elas se movimentavam para eu lado e para outro em uma velocidade considerável.

– Dave peguei aqueles arco e as flechas ali. - Disse Nick me apontando para um canto da sala que estavam essas coisas.

Fui até lá e apanhei dois arcos, e as flechas, e voltei ao meio da sala. Enteguei um arco para Oliver e outro para Clint, que o examinou atentamente, logo depois entreguei uma bolsa com as flechas.

Eles deram um passo para trás. Antes que eu pudesse dar um piscar de olhos, Oliver apanhou uma flecha e a encaixou no arco, e a atirou imediatamente... Não deu outra, a flecha acertou no centro da placa, na cor vermelha. A flecha foi com tanta força que furou a placa resistente.

– Um bom arqueiro acerta o alvo antes mesmo de ter disparado. -Disse Oliver.

As palavras de Oliver mal foram ditas, e um barulho indicou que outra flecha foi lançada... E mais outra... Perai, lá foi outra. Clint lançou três flechas, uma em seguia da outra. E claro que ele acertou todas no centro das placas, e na do meio, a flecha passou por dentro da flecha fincada por Oliver. Depois de várias flechas atingidas no centro, sem nem uma errada, alguma coisa aconteceu comigo que eu não sei explicar. Eu senti como se eu tivesse sendo atraído pelo arco. Eu senti como se um fogo vivo estivesse acesso dentro de mim. Senti como se lembranças fossem aparecer como um filme em minha cabeça, mas nada aconteceu, somente o desejo de saber o que. Senti algo familiar com arco e flecha, mas não sabia como... Nem explicar o que... Mas um sentimento veio, não um porque, mas uma palavra forte, MÃE.

Aquilo mexeu comigo. Fiquei abalado. Meus olhos começaram a se encher de lágrimas, mas não chorei. Aquilo devia ter uma explicação, uma resposta, talvez tenha chegado A HORA certa, o MOMENTO CERTO de se esclarecer toda verdade sobre o meu passado.

– Me empresta isso! -Eu disse tomando o arco de Clint, o deixando com uma expressão "WHAT?".

Peguei uma flecha e a coloquei no arco com a maior facilidade. Ergui o arco em direção a uma placa, já com flechas fincadas no centro dela, e ela continuava a se movimentar de um lado para outro. Mais uma vez aquele fogo se acendeu dentro de mim.

– Cuidado pra não acertar você mesmo! -Disse Clint num tom de deboche.

E lancei... BAM! A flecha passou no meio da flecha fincada por Oliver, bem no centro da placa, na cor vermelha.

Oliver me olhava pasmo. Clint me lançava um olhar curioso e assustado. Nick estava espantado, ele abriu a boca mas não saiu som algum.

Acho que minha habilidade com pontaria contribui... Era o que eu pensava.

Entreguei o arco ao Clint, que ainda estava pasmo, dei meia volta e quando eu estava preste a sair Nick gritou.

– Dave, para onde você vai?

Fechei a porta.

Quando eu estava virando o corredor para ir para meu quarto, eu dou de cara com a pessos que eu menos esperava... Ou não.

– Oi Dave! -Disse Caroline animada.

– Oi -Eu disse meio assustado, querendo ir o mais rápido possível para o meu quarto.

– O que você tem? -Perguntou ela percebendo minha frustação.

Do nada o chão ficou interessante, que lindo você chão! Mal te conheço, e já te considero pakas.

– Caroline, vem aqui... -Eu disse a puxando pelo braço até o meu quarto.

Fui puxando ela suavemente até a porta do meu quarto. Chegado lá abri a porta e entramos. Eu não sei porque estava fazendo isso, mas fiz.

– Você vai me contar o que está acontecendo com você? -Ela perguntou enquanto se sentava na beira da cama.

– Eu preciso falar com alguém, mas é muito importante...

– Pode falar Dave... -Disse ela me olhando com aqueles olhos verdes, que brilhavam a cada vez mais.

– Não, não... Me desculpa... -Eu disse cobrindo meu rosto com as mãos. -Eu não sei porque te chamei aqui... Desculpa!

Tirei minhas mãos do rosto, e vi ela se aproximando de mim... Cada vez mais... Até que estávamos nos beijando. Sua boca era quente, e sua respiração acelerada... Não sabia se devia fazer aquilo, se devia continuar, eu a conhecia a pouco tempo... Mas ela me fez esquecer meus problemas e me focar naquilo. Então como não sou bobo aproveitei o momento. Agarrei-a pela cintura e a apertei ao meu corpo.

Eu sentia o desejo de te-lâ só para mim, sentia o desejo de prosseguir, mas era cedo demais para isso. Então a larguei.

– Desculpa! - Eu disse envergonhado enquanto se afastava dela.

– Quem tem que pedir desculpa aqui sou eu... -Ela disse com a cabeça baixa. - Agora você confia em mim?!

Então contei tudo a ela sobre o que eu sabia. Que minha tia Amy sempre me falava que meus pais sofreram um acidente de carro e morreram. E eu não acreditava nisso. Ela sempre se enrolava quando o assunto era meu passado.

– Então você está esperando o que para ir falar com a sua tia?! Você tem o direito de saber toda verdade. - Ela disse empolgada.

Peguei uma arma em baixo da cama e a encaixei no bolso. Sai rápido à caminho da porta, peguei na maçaneta... Mas perai, estou esquecendo alguma coisa... Ah sim, claro.

Corri até meu frigobar, peguei minha garrafa de Vodka e dei um bom gole.

– Cuidado, você vai dirigir! -Ela deu um sorriso.

– Fecha a porta quando sair! -Eu disse já fechando a porta.

(...)