Dentro do Espelho escrita por Banshee


Capítulo 19
Fadas Não Existem


Notas iniciais do capítulo

Então gente, oe, boa noite. Para comemorar os três meses de vida de Hope (que são amanhã), aqui está o sexto capitulo da semana ^^
E lembre-se: Dia 31 desse mês terá uma surpresa, não só para quem ama Hope, mas também para quem curti meu trabalho. Avisem seus amigos que as janelas do Inferno irão se abir.
Ah!! Leitores fantasma, se manifestem.



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– Ela voltou – Disse o médico – Ainda temos esperanças.
Meu corpo estava inerte em cima da maca, rodeado por alguns enfermeiros que me davam choques cardíacos com o auxilio de uma máquina.
De certa forma, parecia que eu via a cena pelos olhos de outro alguém. Pelo reflexo do espelho.– Doutor, o que eu houve com a menina? – Perguntou uma doce enfermeira negra.
– De acordo com os amigos, tentou suicídio e sofreu algum dano na laringe que a fez vomitar sangue – Respondeu o homem.
A máquina que media os batimentos cardíacos apitava num volume normal, um pequeno gráfico aparecia na tela indicando que meu coração estava saudável. Mas o que havia de errado comigo?
– Quando estava sendo transportada sofreu uma parada cardíaca. – Continuou o médico.
– Meu Deus! Que pena. Ela parece ser tão jovem, e olha essa pele. – Disse a enfermeira colocando a mão no meu rosto – É tão bela.
De repente o bip da tela ficou mais frenético, o gráfico começou a ondular loucamente e meu corpo começou a se convulsionar enquanto eu assistia sem poder fazer nada. Assistia como se eu não estivesse ali.
– Por favor, alguém... – Disse a enfermeira. Porém ela nunca terminou a frase.
Meu pé se ergueu e chutou o tórax da mulher. Meu corpo, veloz como um raio, se posicionou e saiu da cama, rasgando uma parte da roupa de paciente que eu usava. Um dos médicos gritou quando dei um salto há dois metros do chão e acertei seu rosto com meu pé.
– Alguém chama os seguranças! – Gritou um dos enfermeiros.
Mas já era tarde. Eu soube que já não iria adiantar quando a pessoa que deveria ser eu abriu os olhos e mostrou o tom tão azul como os quatro oceanos.
Hope.
A garota pegou um dos braços de uma médica loira e foi possível ouvir o barulho dos ossos quando ela o quebrou. A mulher nem teve tempo de reagir quando o joelho de Hope acertou seu nariz. Médicos e mais médicos saiam correndo e gritando, e pude ver quando Diane apareceu em frente á um deles, saindo de um corredor.
– Mas que diabos? – Gritou ela.
Hope lhe fitava com olhar sobre-humano, o mesmo admirar de um carnívoro para sua presa. A caçada havia começado.
Meu corpo se lançou contra Diane, porém a garota já havia saído pelos corredores, obrigando meu demônio a ir atrás.
O hospital deveria ser o Teresa White, que ganhou esse nome por ser todo branco, desde o forro até os pisos. Hope seguiu Diane pelos corredores sobrepostos e tive a mínima esperança de que minha amiga pudesse fugir.
Bem, não foi o caso.
A demônia conseguiu encurrala-la numa grande sala de espera. Que tipo de arquiteto coloca apenas um corredor para uma sala de espera?!
– Skie – Disse Diane suando – Você não é assim, Sky. Livre-se disso. Sou eu, a Di.
Fiz uma cara atônita, como se estivesse com medo. Meu corpo começou a tremer e uma pequena lágrima caiu do meu olho direito. Um truque.
– Eu não consigo, Di. – Disse Hope – É mais forte que eu. Elas são mais poderosas, por favor, me ajude.
Hope se ajoelhou e colocou a mão sobre o estomago como se sentisse dor. Diane, sempre boa, se aproximou da garota. Apenas mais um passo e o lobo abateria o cervo.
Não seja estúpida! Ela está mentindo! Diane, não sou eu! Não sou!
Eu tentei gritar, tentei espernear e me comunicar. Mas eu já não estava ali, e minhas boas intenções não foram páreas para o que aconteceu em seguida.
Diane passou a mão sobre os cabelos loiros de Hope, e isso foi tudo. A garota demônio pegou pelos cabelos multi coloridos da minha amiga e socou seu rosto contra a mesa de vidro no centro da sala. E socou de novo e depois de novo.
O sangue voou das artérias da garota e nem um grito de dor se ouviu. Hope pegou seu crânio e jogou contra a janela, fazendo com que vários pedaços de vidro tingidos de rubro caíssem no chão.
– Namárië – Disse Hope, tirando o corpo de Diane dos pedaços cortantes.
Adeus, ela quis dizer em élfico.
Olhei para os olhos violetas dela, mas eles agora estavam tão azuis, quase brancos.
A vida se foi de seu corpo, levando a doce cor lilás de seu olhar. Azul de certa forma se tornara a cor do luto.


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Notas finais do capítulo

Tenho que admitir: Doeu mata-la.