Os Mortos Também Amam - Livro 2 escrita por Camila J Pereira


Capítulo 17
Ainda Namorada


Notas iniciais do capítulo

Damon e Bella. Quem estava com saudades dos momentos a dois, quando eles discutiam, discordavam, se degladiavam, mas nunca paravam de se amar?
Leiam e falem o que acharam.
Beijos



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Stefan discordou da sobrinha de maneira veemente. Não iriam ficar longe, mas também a ideia de destruir os Volturi era insana. A sua sobrinha estava mudada, muito mudada. Ela carregava dentro de si uma atitude desafiadora nada parecido como antes, pois agora não havia nada de inocente. Ele e Helena teriam muito o que pensar, mas naquele momento aproveitariam a presença dela e a fizeram tagarelar sobre a escola e como estava indo.

– É realmente uma excelente escola. – Helena concordou. – Será muito bom para você.

– Esgrima, ioga e canto... Quando se tornou tão versátil? – Stefan sorriu para ela fechando levemente os olhos. Fazia quanto tempo que ela não via aquele sorriso sincero no tio?

Damon sentou ao seu lado, mas não a tocou. Notou que ele estava reservado quanto a isso. Será que algo havia mudado entre os dois? Ela franziu o cenho levemente, mas sorriu para o tio.

– Eu tinha que ocupar a mente e de qualquer forma as opções estavam ali.

– Muito bom mesmo. – Stefan afirmou ainda com os olhos brilhantes e alegres.

– Bem, você tem que comer alguma coisa. Está explicado porque perdeu peso, apesar que agora percebo: não está magra e desmilinguida, está bem definida.

– Desmilinguida, tia? – Bella riu, fazendo-os rir também. Porém ao olhar para Damon, pegou-o olhando para ela de maneira sensual. Ele sorriu discretamente quando foi pego em, flagrante. Talvez as coisas não houvessem mudado tanto.

– Eu a levo para comer algo. – Damon se ofereceu.

– Tudo bem. – Bella concordou. – Mas, vocês não vêm? – Bella perguntou para os tios.

– Não. Vão os dois. – Stefan incentivou o que pegou Bella de surpresa. Sim, algumas coisas tinham mudado.

– Só, leve um casaco. Talvez esfrie. – Helena a lembrou.

Bella pegou um casaco que havia levado em sua mochila, o amarrou na cintura. Colocou a bolsa de alcinha do lado e saiu com Damon. Eles haviam andando em paralelo até o elevador e ainda em silêncio entraram nele.

– Então... – Bella arriscou quebrar aquele silêncio todo. – Para onde iremos?

– Há um restaurante aqui em baixo, ou se preferir podemos caminhar um pouco, tem muitos restaurantes por aqui. – Damon deixou por conta dela.

– Definitivamente, caminhar. – Ele sorriu aprovando. Mas Bella ainda achava que eles estava estranho.

O elevador parou e as portas abriram, Damon deu lugar para ela sair primeiro, mas ainda não tocava nela. Ele não havia tocado nela de verdade desde que se reencontraram. E ao constatar isso, notou quão era imensa a sua própria vontade de estar nos braços dele.

– Vocês não me contaram como descobriram que eu estava viva. – Eles estavam passando pelo saguão do hotel, indo direto para a saída.

– Eu não sentia como se você tivesse morrido de verdade. Algo dentro de mim simplesmente achava que não batia.

– Sério?

– Sim. – Damon confirmou e eles já estavam fora do hotel. – Fui em busca da Nina Black e ela fingiu não saber de nada e eu notei que ela mentia, mas não conseguia usar o meu dom para saber a verdade. Por um segundo pensei que talvez você realmente tinha morrido, porque ao sair da reserva fui direto para o aeroporto saber se a Nina não havia voltado com você. Não havia nada. – Damon parou e ela também. Ele olhava para o relicário em seu pescoço. - Eu precisei ver o relicário, aquele corpo não estava com ele. – Ele tocou levemente no relicário e sentindo a proximidade de Damon, Bella tremeu. Ele se afastou e voltou a caminhar. – Ninguém o havia visto. Eu enlouqueci e... – Ele suspirou. - Eu violei o seu túmulo.

– Você... – Bella mau acreditava.

– E quando estava lá diante daquele corpo, de repente, como mágica, ele mudou de fisionomia, transformando-se em uma pessoa que jamais vi.

– Deve ter sido uma experiência bem peculiar.

– É assim que denomina isso? Muito civilizado. – Damon foi sarcástico.

– Como você denomina? – Diante de um restaurante apinhado de gente eles pararam novamente.

– No mínimo uma traição, horror, desesperança e de alguma forma, depois que confirmei que não havia perdido você para sempre, senti alegria, irritação. Quis estar diante de você e beijá-la, também dar-lhes uns tapas, talvez fazer amor a força te subjugar de todas as formas. – Algumas pessoas mais próximas, arriscaram olhar para os dois, mas eles estava presos na sua própria bolha. Então Damon afastou-se novamente. Bella precisou de um segundo para fazer suas pernas voltarem a funcionar. Ela já estava subjugada a ele. Ele a fazia sentir-se mole e quente.

– Você está com raiva. – Ela disse se aproximando, mas ele não falou nada. – Sabe que fiz isso por vocês.

– Você me deixou! – Ele parou repentinamente e ela se chocou em seu corpo. – Você entende o que foi isso? Você pode dizer que foi para nos salvar, mas o que eu senti foi a sua perda. Senti que estava incompleto como sempre tinha sido antes de você. E ainda havia me feito prometer aquelas baboseiras de continuar e cuidar dos seus tios. Eu não tinha nem o direito de seguir você se fosse o caso. Você me deixou sozinho e sem escolhas! – Bella estava prestes a chorar. Sentia-se culpada e triste por tê-lo feito passar por aquilo, mas ainda sim sabia que foi o melhor. – Acredito que este seja o lugar perfeito. – Ele fez sinal com a cabeça para o restaurante diante deles. – Vamos celebrar Volterra e os Volturi. – Bella olhou para a fachada do restaurante, era um restaurante italiano. Ela fechou os olhos e xingou a si mesma.

Eles entraram e foram logo atendidos por uma mulher alta e esbelta. Foram acomodados em uma mesa para dois na lateral do restaurante que dava para um jardim. Bella ficou admirando o efeito que as bolas coloridas de luz dava naquele ambiente, era romântico.

– Bella? – Damon a chamou como se já estivesse feito isso antes. Ela estava distraída. – O que quer beber? – Ela piscou e olhou para a mulher em sua frente.

– O melhor vinho que tiver. – A expressão de Damon estava mais relaxada e até parecia mais bem humorada.

– Por favor, agrade a minha pequena namorada. E para mim o whisky. – Ele tinha usado a palavra ‘namorada’, ela já tinha sido agradada. Ainda era a namorada.

– Se fosse em outro lugar pediriam a minha identidade. – Damon sorriu.

– Eles estão sendo bem pagos para discutirem esses pequenos detalhes.

– Senti a sua falta e não houve um só dia em que não pensei em você ou desejei estar ao seu lado. – Ela foi sincera.

– E mesmo assim nunca falaria para mim que estava viva. – Ele foi duro.

– Amar não é isso, sacrificar-se para o bem da pessoa amada?

– O problema Bella, é que você estava sacrificando a mim também.

– Acha que errei então em ter feio tudo isso? – Bella ficou magoada com o que ele disse.

– Em ter me excluído do plano.

– Me apoiaria? Deixaria que eu fizesse tudo aquilo, ir para Volterra, ficar diante dos Volturi, diante de três deles sozinha?

– Não sei! – Ele se exaltou.

– Está sendo incoerente. – Ela falou como uma acusação.

– E você um diabrete! Sempre foi, sempre me faz perder a cabeça! – Bella sentiu-se desanimada com aquelas acusações. As bebidas chegaram, ela quase toma a sua taça toda de uma vez. Damon apenas a observou. Bella fez seu pedido porque ele insistiu, mas estava sem vontade de comer. – Você deve comer um pouco ou esse vinho não vai cair bem. – Ela concordou e comeu em silêncio sob o olhar vigilante dele. Ele mesmo não quis nada, apenas bebia demoradamente mais um copo de whisky.

– Porque está me encarando? – Ela enfim perguntou.

– Porque você mudou. – Ele disse.

– Mudei?

– E eu amo essa sua versão. Na verdade a cada minuto que te observo parece que amo mais. – Bella sentiu a satisfação preencher o seu peito. Era muito mais do que ela precisava ouvir.

– Você nem ao menos me beijou. – Eles olharam-se nos olhos. Damon se aproximou um pouco dela, ficando com o rosto a centímetros do dela.

– Isso não mudou, sua necessidade física, seus hormônios adolescentes são perigosos. – Aquela observação foi feita carinhosamente.

– Você ainda não está me beijando. – Ele sorriu divertido.

– Não. Talvez eu te puna por tudo o que fez. – Ele começou a se afastar, mas Bella o seguro pela blusa e o beijo nos lábios. Ele retribuiu prontamente, lançando por terra o que havia dito antes.

Saudades era o que sentia daquilo, da sensação dos lábios dele nos seus, da língua dele buscando por ela. O seu peito estava aliviado naquele momento, era como se tudo voltasse a normalidade ali, naquele ato.

– Eu te amo. – Damon disse.

– Sinto muito por tudo o que passou. Não quero que sofra nem um segundo mais. – Ela chorava e ele secou suas lagrimas.

– Por isso não voltarei para Forks. – Ele a calou com outro beijo, pois ela iria protestar. – Meu lugar é ao seu lado. Se é nesse inferno climático que deseja morar, eu ficarei.

– Damon... – Ele selou seus lábios nos dela novamente.

– Se me disse para atacar os Volturi, que só assim ficaremos juntos, pros Diabos! Eu faço o que você quer. Bella você entende que não te deixarei? Não existe essa possibilidade. – Ela assentiu. – Ótimo. Agora meu amor, vamos finalizar aqui e ir para o meu quarto no hotel. – Bella corou o que o fez rir.

Damon pagou a conta e antes de saírem do restaurante, ele retirou o casaco dela da cintura e o vestiu nela. Bella estava feliz, definitivamente feliz naquele momento. Algo que ela não esperava sentir jamais, porque pensava que nunca mais voltaria a vê-lo. No caminho de volta ele segurou em sua mão, entrelaçando os dedos.

No elevador do hotel, diferente da saída ele permaneceu bem próximo dela e ao sentir o calor dele, ela começou a fantasiar. De repente ela se tocou de um detalhe o que fez com que imediatamente toda a sua fantasia fosse destruída.

– Damon, onde é o seu quarto, no mesmo andar dos meus tios? – Ele sorriu e piscou para ela.

– Não havia quartos vagos juntos. Outro andar, outra ala. Manteremos a audição dos seus tios castas. – Ele a beijou prendendo-a na contra a parede. As mãos dele subiram pelas suas coxas até sua cintura, ele tocou em sua barriga e mordeu o seu queixo. – Humm, esgrima, ioga...

– E academia. – Ela completou entre seus beijos.

– Sem dúvidas em ótima forma. – Ele a beijou novamente tocando em seus seios, mas ele teve que interromper, pois as portas foram abertas. Ele segurou a sua mão e a arrastou pelos corredores em direção ao seu quarto, nem ligou para os comentários das senhoras que estavam diante do elevador quando saíram.

Damon abriu a porta e ergueu Bella que prendeu suas pernas na sua cintura. Ela tirou o casaco dela e dele. E Damon a colou sobre uma mesa idêntica à do quarto dos seus tios. Damon abaixou as alças do vestido de Bella assim como a do sutiã, beijou e mordiscou seus seios, um após o outro.

Ele a beijou nos lábios novamente, pressionando o seu sexo rijo no dela. Bella sentiu-se completamente úmida e pronta. Queria-o dentro dela. Damon a deitou na mesa afastando impaciente as cadeiras. Bella não se importou com o frio do mármore em sua pele. Ele retirou o seu vestido e depois a sua calcinha.

Damon pôs as penas de Bella sobre os seus ombros e a beijou no seu lugar mais úmido com um grito de prazer que saiu dos lábios dela sem mesmo ela esperar. Bella gemia incontrolavelmente, não se lembrava de ter sentindo tanto prazer. Ele se ergueu e posicionou-se por cima dela já nu, quando a penetrou Bella estremeceu. Damon ia afogar seu rosto no ombro dela, mas ela o manteve olhando para ela.

– Deixe-me ver você assim. Eu estava com saudades. – Ela tocou no rosto dele transformado. Damon grunhiu de deleite ao ouvir aquelas palavras e Bella achou sexy a mistura do som que saiu da garganta dele e a fisionomia. – Faça com foça. – Ela pediu. Damon franziu o cenho.

– Bella não peça isso, eu posso machucar você. – Ele disse baixo se controlando.

– Então faça com um pouquinho mais de força, não me importo que me machuque um pouco. – Ela beijou o seu queixo.

– Bella... – Ele a censurou.

– Faça. – Ela mandou e ele não pôde evitar obedecer. Mesmo sendo um pouco mais agressivo que das outras vezes, ela sabia que ele estava se segurando.

Damon a puxou para fora da mesa e virou, fazendo-a debruçar-se sobre ela. Ele a penetrou por trás, puxando o seus cabelos em sua direção. Ele a conduziu até a cama, fazendo-a ficar de quatro e enlouquecendo de prazer. Damon pressionava com ardor as nádegas dela enquanto conduzia a dança de vai e vem. Ele saiu de dentro dela, Bella protestou deitando-se na cama.

– Precisamos de camisinha, eu não me acostumo com isso. – Bella ouviu o barulho do preservativo e quando ele voltou já o estava usando.

– Se eu tomar anticoncepcionais, será suficiente para super espermatozoides vampiros?

– Bella, cala a boca. – Ele pediu beijando-a e a penetrando de novo. Bella o abraços com as pernas e braços e sem aviso ela chegou ao clímax. Seus arquejos e contorções levou-o também ao seu.

– Eu quero te devorar. – Ele falou em seu ouvido ainda entrando e saindo dela devagar. – Eu vou te morder. – Bella entrou em pânico.

– Não! – Ela saiu dele de pressa ficando de pé ao lado da cama.

– O que deu em você? – Damon ficou alarmado com a reação dela. – Bella o que há? – Ele insistiu com o silêncio dela.

– Não pode beber meu sangue.

– Qual o problema? – Ele levantou e acariciou seus braços tentando acalmá-la.

– Meu sangue é tóxico para vampiros. – Ela começou a explicar.

– Nunca foi, é bem saboroso. Desce quente e é doce. Sinto o seu amor. – Bella nunca tinha ouvido ele falar do que sentia ao tomar de seu sangue.

– Venho tomando uma infusão que Nina e Rachel prepararam. Tomo desde que começamos com o plano, isso era só uma maneira de nos resguardarmos caso eu fosse mordida. Bem, talvez não evitasse que eu fosse morta em seguida. Mas enfim, continuei com isso porque eu sou um imã para o sobrenatural como todos vocês dizem.

– E não é mesmo? O que são os Black senão algo não natural? E o que é essa infusão?

– Basicamente verbena e lavanda. – Damon pensou um pouco.

– Quão tóxico é isso? Me mataria?

– Nem pense nisso. – Bella ordenou.

– Preciso me refrescar. – Damon foi para o banheiro. Bella foi atrás e o abraçou debaixo do chuveiro ligado. A água estava morna, ela gostou.

– Você está impossível. – Ele ronronou em seu ouvido.

– Desculpa.

– Você nem tem porque se desculpar, agiu certo. – Ele a banhou e a secou. Vestidos com o roupão do hotel eles deitaram na cama abraçados. – Bella, eu realmente quero ficar aqui com você.

– Eu sei... – Ela estava sonolenta e respondeu distraidamente.

– Mas quero algo mais.

– O que, amor? – Bella estava quase dormindo, estava se entregando.

– Casar com você. – Ela abriu os olhos assustada.


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