E se vc não lembrar? escrita por Morganna Salvatore


Capítulo 25
Capt 25- Adrenalina Lucy Povs..




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Era como se eu estivesse presa dentro de um grande pesadelo, o medo dentro de mim era iminente, quando ele aproximou da janela com o olhar perdido lá fora, meu coração dentro de mim disparou como uma bomba relógio.
Então foi como entrar num mundo de fantasia, ele se virou e me disse friamente
– Eu leio pensamentos...
Eu não podia crer no que estava ouvindo, foi completamente surreal, mas eu ainda não estava preparada para o que estava por vim.
Mas eu tinha certeza de que não era apenas aquilo que ele tinha para me falar, pois seus olhos dourados escureceram de repente, como se o que viesse a seguir fosse mas doloroso do que ele podia suportar.
Ele apontou para a cama, enquanto caminhou e sentou-se na cadeira de balanço a minha frente, me fitando com os olhos frios e vazios.
Minhas mãos tremiam enquanto as lágrimas desciam pelo meu rosto sem que eu as pudesse controlar.
“ Há algum tempo atrás eu era apenas um garoto, e estava muito doente, havia sido tomado pela gripe espanhola.... Ele começou a dizer...
– Gripe espanhola, mas isso foi há ...... Eu tentei indagar espantada mas ele me pediu para que ficasse quieta
– Apenas me ouça!.. Ele pediu
“ Eu e minha mãe havíamos sido tomados pela gripe espanhola, e estávamos a beira da morte, quando encontramos o Dr.Carlisle Cullen, minha mãe me dissera que Carlisle poderia me salvar, que eu tinha de confiar nele, que ele me salvaria da morte.
Foi então que eu descobri o que ele era, Carlisle era um vampiro, e me transformou “
– Vampiro!!.... Ao ouvir aquela palavra, todo meu corpo estremeceu, como se eu estivesse presa dentro de um pesadelo louco, eu não podia acreditar que estava tendo aquela conversa, mas ao encara-lo percebi que não se tratava de nenhuma brincadeira, que ele realmente estava falando sério.
– Sim, eu sou um monstro..!!! Ele indagou com fúria na voz, sem me encarar.
– Não pode ser, um vampiro, mas pensei que vocês fossem apenas ficção, não, eu devo estar presa em mas um dos meus pesadelos, quer dizer até agora o mas louco deles. Eu respondi ainda surpresa
– Venha comigo!!! Ele disse me puxando pelo braço com suas mãos frias.
Subimos na moto, e ele disparou na estrada parando em frente a uma trilha, descemos da moto e começamos a caminhar para dentro do bosque, ele disparou numa velocidade anormal, e eu tentei acompanha-lo, mas era quase impossível, cai diversas vezes, mas antes que eu pudesse alcançar o chão, ele me segurou em seus braços, e disparou como um raio pelo bosque adentro, eu segurava seu pescoço com medo de cair, as arvores a nossa volta eram apenas borrões.
– Nossa você é rápido!! Eu exclamei impressionada com sua velocidade
– Sim, nós somos mas rápidos do que vocês humanos podem perceber. Ele indagou com um tom de raiva na voz.
Num segundo ele estava parado a minha frente, no outro ele estava atrás de mim, ele realmente estava me deixando confusa, eu estava impressionada com tanta rapidez.
– Você pode parar com isso? Eu gritei para ele que estava na minha frente.
Mas logo me dei conta de que ele não estava mas ali, ele se transportava mas rápido do que meus olhos podiam acompanhar.
– Você não se importa de que eu seja um monstro? De que eu não seja humano? Ele me indagou furioso
– Não.. Eu falei entre as lágrimas que desciam pelo meu rosto, tentando conte-las com as costas da mão, mas parecia que quanto mas eu as secava, mas lágrimas insistiam em cair.
Então ele parou a minha frente, me encarando com os olhos escuros, e fixados em meu rosto assustado, sua expressão era fria e vazia..
– Porque você não me pergunta o mais básico? Ele disse me encarando.
– O que nos comemos? Ele disse se aproximando tão rápido do meu rosto, que no reflexo cai para trás, mas novamente seus braços me seguraram antes de cair no chão.
Eu sabia o que ele queria dizer, ele queria que eu perguntasse se ele se alimentava de sangue, e isso era obvio afinal ele era um vampiro, eu tinha medo de saber a resposta, mas eu sabia que ele não seria capaz de me machucar, que se quisesse já o teria feito.
De repente o sol iluminou toda o bosque, os raios invadiram as copas das arvores, tocando o chão, eu podia senti-los, então Edward tirou a camisa, e caminhou até aonde os raios eram mas fortes, naquele momento senti meu coração se aperta dentro do peito, até aonde eu me lembrava vampiros pegavam fogo quando expostos ao sol, mas para minha surpresa ele ainda estava ali, foi quando vi que sua pele reluzia como milhares de diamantes, era como se seu corpo estivesse todo coberto por milhares de pequenos diamantes.
– Uau.... é como diamantes ... Eu disse encantada com o que estava vendo.
Então ele me encarou com repulsa, seus olhos estavam negros, e sua face era cruel, exatamente como um vampiro seria, ele se aproximou
– Não são diamantes, Lucy, esta é a pele de um monstro, de um predador. Ele gritou comigo, me fitando cruelmente
As lágrimas voltaram a descer pelo meu rosto , meus olhos o fitavam admirados, mas eu apostava que ele podia enxergar o medo que estava escondido lá no fundo.
Suas palavras eram cruéis, ele gritava me mostrando tudo do que ele era capaz, eu estava assustada, mas não conseguia me mexer, nem sequer demonstrar nada, eu apenas o fitava com lágrimas no olhos, porque ele não compreendia que aquilo não me importava por que eu o amava.
– Agora você entende, eu fui designado para matar, eu não passo de monstro, um assassino frio e cruel.. Ele disse notando que agora o meu rosto estava inundado por todas as lágrimas que insistiam em cair.
– E EU NÃO TENHO MEDO DE VOCÊ!!! Eu gritei correndo em sua direção e me atirando nos braços deles, foi como me chocar contra uma parede de concreto, mas ele me conteve me envolvendo em seus braços.
– Eu posso lhe matar antes que você perceba.. Ele disse encostando seus lábios gelado em meu pescoço, senti um arrepio percorrer toda a minha espinha, e minhas pernas estremeceram, mas eu respirei fundo e disse:
– Você não seria capaz.!!!....
Naquele momento senti que todas as defesas dele estavam se desarmando, que ele estava vulnerável, que agora ele parecia entender que eu não o deixaria por isso.
– Porque Lucy? Ele sussurrou
–- Porque eu não me importo, você é aquele com quem eu sempre sonhei, você é a voz que me perseguiu durante toda a minha vida, e agora tudo que me importa é que eu amo você..Eu respondi olhando em seus olhos que agora estavam num tom dourado.
Ele me confessou que já havia matado pessoas antes, mas isso agora não me importava, pelo menos não se ele não o fizesse mas, quando ele disse que já havia matado pessoas, não pude deixar de pensar em Bella, sua namorada, será que, mas não eu sabia que não, ele havia me dito que ela se matara pulando do penhasco.
– Posso lhe perguntar uma coisa? Eu disse receosa enquanto observava o rosto dele passar para uma expressão de dor.
– Sim... Ele resmungou
– Porque você me odiou tanto quando me conheceu? Eu perguntei temendo a resposta
– Eu quis te matar!! Suas palavras soaram como uma ameaça fria, mas ele logo tocou meu rosto me tranqüilizando.
– Mas porque você quis me matar? Eu o indaguei
– Seu cheiro é insuportavelmente delicioso, você é extremamente familiar, seu cheiro me atordoa.. Ele resmungou
– Eu nunca quis tanto o sangue de um humano na vida... Ele sussurrou me fitando
– Eu sei que posso confiar em você.. Eu respondi
– Não confiei, não se deixe levar por essa paixão.. Ele respondeu
– Você não entende, eu não tenho medo de você, o único medo que tenho e de perder você. Eu respondi percebendo um pequeno sorriso aparecer em sua face.
– Mas preciso dizer que somos diferentes, minha família e eu nos alimentamos somente de animais. Ele disse sentando-se num galho que estava no chão.
– Mesmo assim não signifique que somos menos perigosos. Ele me alertou
– Eu aprendi a controlar minha sede, mas você, seu cheiro me atordoa, por isso te atropelei naquele dia, eu perdi o controle quando senti teu cheiro. Ele disse me surpreendendo, meu coração parecia ter parado de bater naquele segundo.
– Eu tenho medo de não conseguir me controlar ao seu lado. Sua voz saiu como um pequeno murmúrio.
– Eu sei que você consegue Edward.. Eu respondi passando as mãos em seu rosto, dessa vez ele não resistiu, apenas fechou os olhos,e um soluço surgiu de sua garganta.
– Como eu te disse você precisa me dizer o que esta pensando? Ele me perguntou
– Agora eu tenho medo, mas medo de perder você, é como se a qualquer momento eu fosse acordar e me dar conta de que tudo isso não passou de um sonho completamente louco. Eu respondi o fitando agora seu rosto estava a centímetros do meu.
– Posso perguntar algo a você? .. Eu indaguei cautelosa
– Pode.. Ele concordou
– Foi a mesma coisa com ela? Eu o indaguei
– Sim.. Ele respondeu me fitando
– Mas.... você não está transportando seus sentimentos para mim? Eu o indaguei com medo da resposta.
– Não Lucy eu me apaixonei por você... Ele me respondeu.
– Você não sabe quanto tempo eu esperei para me apaixonar novamente... Ele sussurrou e suas palavras na sua voz doce e melódica, me tomaram como uma droga entorpecedora.
Suas mãos se levantaram em direção ao meu rosto, ele me tocou cautelosamente, e acariciou meu rosto , me aproximando dele ...
Eu me deixei levar , ele se aproximou carinhosamente passando as mãos em meus cabelos, e beijou meu rosto suavemente.
– Posso lhe pedir algo? Eu resmunguei
– O que? Ele indagou
– Me beije... Eu pedi
– Não posso, tenho medo de não resistir... Ele respondeu sendo sincero
– Eu confio em você. Eu respondi
– Não confie. Ele retrucou
– Será que podemos voltar a minha casa? Eu perguntei bufando de raiva.
–Está com medo? Ele me perguntou me desafiando
– Não, eu apenas estou cansada com tantas revelações, preciso me deitar um pouco. Eu respondi.
– Venha, suba nas minhas costas .. Ele disse
Fechei os olhos pulando em suas costas, o agarrei pelo pescoço, e ele disparou em meio ao bosque , em direção da harley estacionada no começo da trilha, subimos na moto, e rapidamente estávamos de volta a minha casa.
Entramos pela porta sem que minha mãe percebesse, ela dormia tranquilamente no sofá, Edward sendo gentil, aproximou-se e a cobriu com uma coberta que estava largada no chão.
–Obrigado.. Eu agradeci subindo as escadas.
– Venha.. Eu disse esticando minhas mãos e pegando na mão fria dele, agora ele já não tentava desvia-la de mim.
Me sentei na beira da minha cama, enquanto ele voltou a se sentar na cadeira de balanço agora ele encarava a janela, e seus olhos estavam tristes.
– Há mas alguma coisa que você queira me contar? Eu perguntei
– Meu maior medo é que vc fique com raiva de mim! Ele disse
– Só vamos saber se você me contar. Eu respondi
– È sobre Bella... Ele resmungou com a voz entorpecida de dor
–Edward, você não precisa falar sobre isso, se isso te faz sofrer. Eu retruquei
– Não, eu preciso te contar. Ele disse me fitando.
– Então conte? Eu indaguei
– Bella se matou porque eu a deixei, porque eu achei que o melhor para ela, era permanecer longe de mim, porque eu já havia colocado-a em riscos demais. Ele terminou de falar deixando toda a dor transparecer em sua voz e em seu olhar.
– Edward..Eu sussurrei
– Não posso julgá-lo por um erro do passado, apenas te peço não faça a mesma coisa comigo, pois te garanto que provavelmente aconteceria a mesma coisa. Eu respondi sentindo a dor latejar em meu peito.
– Você não entende.. Ele resmungou
– Não, eu não preciso saber os riscos que estou correndo, eu já estou completamente envolvida com você, é tarde demais para voltar atrás. Eu retruquei o encarando fixamente.


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