Herdeira do Trono de Prata escrita por The Reaper


Capítulo 2
Começando Pelo Começo


Notas iniciais do capítulo

Como o primeiro capítulo foi bem curtinho resolvi postar outro logo. Espero que gostem. Vou aumentando no decorrer da fic.
Boa Leitura!!



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Eu estou bastante aliviada. Por um momento eu cheguei a pensar que você não ligaria para a minha carta , mas quando eu vi o envelope no local combinado eu fiquei contente. Não sabe como é bom poder desabafar com alguém sem me preocupar em ser julgada sabe? Muitas vezes as pessoas acham que me conhecem e sabem como eu me sinto mas é muito mas complicado que isso. Só eu sei as coisas pelas quais passei nestes últimos dias. Tem sido difícil. Se afastar da família dos amigos (mesmo que eu não tivesse muitos) e me jogar de cabeça num mundo perigoso e desconhecido.

Ok, eu já protelei demais. Não faz sentido lhe dizer essas coisas sem explicar tudo do começo.

Meu nome é Kira Novak. Sim, eu já lhe disse isto na carta anterior. Tenho dezesseis anos e moro com os meus pais em Memphis (estado de Tennesee). Sim, isso mesmo Memphis, lar do Elvis blá, blá, blá. Apesar disso eu fico com bastante frequência em Nashville com o meu avó Ted. Costumo dizer que vivo com meu avô e passo férias com meus pais. Isso porque meu pai Bryan e minha mãe Ellie trabalham numa importante empresa aérea como piloto e comissária de bordo. Eles viajam o tempo todo e, por isso não tem tempo para cuidar de mim (coisa que eu insisto dizer que não preciso que ninguém faça, mas nunca sou escutada). Por isso sobra para o meu avô essa não muito nobre tarefa.

Meu avô,Theodore Wayland é um professor de história aposentado. Ele morava num modesto apartamento nas proximidades Universidade Vanderbilt, onde ele ensinou por anos. Não se engane com uma coisa: meu avó pode estar aposentado, mas se você o visse nunca acreditaria que ele já tem quase setenta anos. Ele tem uma pele escura e olhos negros penetrantes, tem uns cabelos pretos com alguns fios brancos aparecendo e um sorriso muito jovial. Ele tinha um ar muito imponente e quando falava todo mundo parava para escutar. Não é a toa que o reitor não queria aceitar a demissão dele.

Eu nunca soube direito o motivo do meu avô ter largado o emprego. Ele sempre adorou dar aulas, estar entre gente jovem para ele era o máximo. Às vezes eu fico pensando se ele não fez isso por mim. Para cuidar de mim e me proteger até que chegasse a hora. Talvez fosse isso. Na época eu não fazia nem ideia.

Em uma noite de sábado eu estava sentada na minha cama desenhando uma coisa qualquer enquanto eu aguardava que o sono chegasse. Era uma noite bem bonita sabe? A lua estava deslumbrante iluminando o meu quarto e eu podia ouvir o vovô ouvindo Jazz lá em baixo.

Depois de uns bons minutos rabiscando coisas que não faziam sentido nenhum e que por sinal estavam muito feias eu desisti e me deitei. Eu pensei que demoraria a dormir, mas não foi assim. Logo que eu fechei os olhos eu entrei num sono profundo e reparador. Mas, uma luz diretamente no meu rosto fez com que eu me sentasse irritada e abrisse os olhos.

Para minha surpresa tudo havia sumido: a minha cama,o meu pequeno quarto, tudo. Eu estava em outro lugar. O lugar mais bonito que eu já estivera em toda a minha vida.

Era um campo aberto repleto das mais belas e diversas flores. Logo mais a frente, havia um riacho de águas cristalinas onde uma pessoa mergulhava os pés. Eu não podia ver quem era pois a figura estava de costas para mim e então eu me aproximei. E quase enfartei . Hehe se rimar de novo essa carta eu queimarei. Ok, Kira foco.

Era um garoto que parecia ser pouco mais velho que eu. Seus cabelos eram fios negros e longos que caiam desordenados pelo seu rosto enquanto ele olhava fixamente para o riacho, sua pele era bronzeada do tipo que os surfistas tem. O rapaz usava uma camisa folgada e uma calça de algo que parecia ser algodão, talvez algo mais rústico. Por cima delas havia um tipo de túnica feita de um material que eu não soube nomear mas, que era azul-escuro. Estava descalço, os pés mergulhados na água enquanto ele parecia completamente absorto em profundos pensamentos.

Eu fiquei lá, de pé olhando com cara de boba para ele. Um bom tempo se passou até que ele olhou para o lado e notou a minha presença. Foi então que minhas pernas viraram manteiga. Os olhos dele eram as duas coisas mais lindas que eu já vira: castanhos, tão claros que pareciam ser dourados. Os lábios dele eram finos e ele os comprimia como se estivesse nervoso

Ele franziu o cenho ao me ver.

–Quem é você? Como chegou aqui?

Quando ele falou comigo tudo pareceu desmoronar. Um vento forte me empurrou enquanto ele se levantava num salto e corria em minha direção, com uma expressão marcada pelo espanto. Ele disse algo mas, o redemoinho ao meu redor não permitiu que eu o ouvisse. E antes que eu tivesse tempo para pensar em alguma coisa, eu estava de novo no meu quarto sentada na cama suada e ofegante.


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Notas finais do capítulo

Que tal??



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