Novo Recomeço escrita por Mrs Chappy


Capítulo 19
Os Sentimentos de Ulquiorra


Notas iniciais do capítulo

Oe, oe! Olha eu aqui de novo :p
É, eu pretendo vos recompensar pelo meu megaaaaa atraso com esta sessão de capítulos ^^ Bom vamos aos avisos:
Primeiro: Fanfic quaseeee terminada, faltam três capítulos para o fim (vontade de chorar), ao menos ainda me irei focar na outra fic UH
Segundo: Foi proposional o título deste capítulo coincidir com o nome da minha primeira fic UlquiHime e por isso ter tirado excerto da minha outra fic... Digamos que esta é minha segunda fic UH a acabar e lembrei-me dos últimos capítulos da outra fic eheheh
Terceiro: Eu posso demorar algum tempo a actualizar agora porque estas duas semanas vai estar cheia de provas e trabalhos importantíssimos...
É só, espero que gostem ;)

Boa leitura*



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"Ulquiorra acabara de entregar o gigai emprestado na loja. Já tinha eliminado o hollow fugitivo. Como ele esperava, não era muito forte… Só era bom para fugir e esconder-se por algum tempo. Lixo.

Abrira uma garganta, pronto para regressar ao seu mundo. Estava farto de estar ali, onde tantas memórias perturbavam a sua mente. Voltaria para casa, e por fim ter o seu merecido descanso. Ou não. Muitas surpresas ainda o aguardavam.

Hueco Mundo

Orihime estava no topo de uma das torres do palácio. Sentia o vento a dançar com os seus cabelos. Sentia-se livre. Em paz.

Aguardava pacientemente o retorno do seu amado, enquanto imaginava a sua reacção e como ela própria agiria. Tinha receio que ele a odiasse. Era estúpido, mas não evitava ter alguns pensamentos negativos. Quando desabafava sobre esses temores qualquer um ria da cara dela. Acham que estava a fazer uma tempestade num copo de água. Talvez tenham razão.

Sentiu uma presença poderosíssima e a reconheceu de imediato. Sorriu, o seu sorriso mais bonito que dera desde que chegou.

– Ulquiorra, voltaste…

Ulquiorra entrou no palácio e viu que todos estavam à sua espera com sorrisos de orelha a orelha. Todos esperavam uma atitude sua e ele não percebeu o porquê. Neliel disse de uma forma suave, que pareceu mais uma mãe para Ulquiorra naquele momento.

– Sinta…

Ele continuou sem perceber mas decidiu fazê-lo. Ele fechou os olhos para concentrar-se melhor. E foi nesse momento que ele a sentiu. Abriu os olhos de forma brusca. Não acreditava.Aquela era a reiatsu… dela? Estava ligeiramente diferente mas era ela!

Ele desapareceu no sonido e apareceu um pouco atrás dela. A surpresa ainda era evidente no seu rosto… E felicidade?

Ela virou-se lentamente na sua direcção e deu-lhe o seu maior e melhor sorriso.

– Estava à tua espera, Ulqui-kun!

Ela esperava uma reacção da parte dele, mas nada! Ele não se mexia um centímetro sequer. Olhava paralisado para ela. Começou a entrar em pânico… Ele não gostaria dela naquela forma? Não a amava? Lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto.

Ulquiorra desfez o olhar surpresso. E caminhou na sua diracção devagar, como quando um felino estava pronto para atacar. Não desviavam os olhos por nada deste mundo. Orihime tinha-se esquecido como o seu olhar era penetrante e intimidador, de como era difícil respirar com ele tão perto!

Ulquiorra com uma mão limpou as lágrimas dela e olhava tenramente para ela. Num tom de voz repreendedor mas ao mesmo tempo carinhoso:

– Demorou muito, onna…

Orihime riu com as palavras do espada, e por um breve momento parece que viu um ligeiro sorriso na face dele.

– Perdoas a minha demora?

Olharam-se intensamente.

– Nunca mais me faças sofrer desta maneira. Esta angústia consumia-me todos os dias... Pensei que tinha-te perdido para sempre. Nunca mais saias do meu lado. Amo-te demais onna, amo tanto que chega a doer…"

(Os Sentimentos de Ulquiorra de Rukia-nee-chan, Capítulo 8: Reencontro)



Em Hueco Mundo, Ulquiorra encontrava-se ao lado de Grimmjow e Nelliel. Ele estava apreensivo, pressentindo que algo de errado estava a acontecer... Suas pressuposições concretizam-se, quando subitamente desaba de joelhos no corredor alvo longo com as mãos apoiadas no topo da cabeça, com dores arrebatadoras, semelhante quando aconteceu no Mundo Real em que necessitara que Urahara o curasse.

Os outros dois espadas exclamaram pelo nome do moreno mas este não escutava. Sua mente era submersa pelas memórias que invadiam seu consciente… Remetendo-o para a época em que ele falecera na Era Meiji, e principalmente seu relacionamento proibido. Pela primeira vez, Ulquiorra enxergou nitidamente os rostos, reconhecendo-os. O dele, o de Orihime, seu filho que nunca teve oportunidade de pegar ao colo ou de o admirar… E, por fim, lembrou-se da pior pessoa: Aizen. Agora compreendera o verdadeiro motivo de o shinigami ordená-lo a ele para sequestrar Orihime e o motivo para ele intitulá-la “princesa de Las Noches”, não era por sua beleza ou puro sarcasmo, era uma referência ao passado deles os três! Ele sempre soube quem eles eram...

“Tem cuidado, Ulquiorra,”

Seria por esse motivo que inconscientemente, o aviso da rainha de Las Noches matutava em sua mente? Ou seria... Orihime estava em perigo! Aizen estava preso mas e se isso fizesse desde sempre parte do seu plano? E se os shinigamis tivessem sido enganados e ele tivesse conseguido escapar?

Sem dizer nada aos companheiros, Ulquiorra levanta-se e vai em direcção ao Mundo Real pela garganta sumindo pelo negrume, deixando Nelliel e Grimmjow para trás entre olhando-se preocupados pela feição enrugada do quarto espada.

Ulquiorra correu pelo caminho que criava dentro da garganta, saindo pela brecha deparando-se com o céu negro iluminado pelas estrelas. Imediatamente, ele procurou a reaitsu de Inoue, começando a ficar preocupado por não a sentir. Sentiu o desespero a incomodá-lo, indo em direcção ao apartamento da humana. Não fez cerimónias ao entrar pela casa, só a queria encontrar, ver que ela estava bem. Buscou-a por todos os cantos do humilde apartamento mas nem sinal dela, o moreno levou uma mão ao cabelo negro ficando angustiado. Pelo poder espiritual enfraquecido, ela não só não estava nesse momento em casa, como à muito tempo que não estava lá, dias provavelmente.

Pela primeira vez ele se arrependeu de a ter deixado, não ter ficado com ela todo esse tempo velando pelo seu bem-estar de perto. Agora ela desaparecera e não fazia ideia do que podia ter acontecido ou em que lugar estaria.

Dirigiu-se ao quarto novamente, na esperança de poder deparar-se com algum requisito da sua presença porém fora em vão. No entanto, viu um bilhete suspeito na almofada, provavelmente por estar desesperado não percebera o pequeno envelope. Aproximou-se e viu que tinha o seu nome escrito, o bilhete era para ele? Fosse quem fosse sabia que ele iria ali. Abriu e ficou surpreso com a caligrafia, era desajeitada e enorme, claramente de uma criança. E subitamente lembrou-se daquele rapaz. Como não percebera? A reaitsu dele estava presente, como se ele tivesse protegido Orihime no seu lugar. Ulquiorra sorriu levemente, seria ele seu filho perdido no tempo? Ao ler conteúdo da carta, suas suspeitas foram confirmadas.

“Otou-san para vires até aqui é porque já sabes de tudo também… A oka foi para a Soul Society procurar o Aizen.

Onegai despacha-te, eu tenho medo por ela.

Farei de tudo para a proteger até regressares.”

Ulquiorra guarda o bilhete no bolso de sua calça e num estalar de dedos abre uma segunda garganta mas desta vez o destino era a Sociedade das Almas.

– Não acha que deveria avisar alguém antes de partir, Ulquiorra-san?

O arrankar colocou um pé na garganta, somente redireccionando seu olhar para trás para encarar o loiro, sorrindo jocoso como habitualmente.

– Avisei o Kurosaki-san sobre a Inoue-san, ela está com Aizen, o Gotei 13 vai impedi-lo de fazer-lhe algum mal.

– Eu vou salvar a onna.

– Imaginei que seria essa a sua atitude portanto avisei-o, nenhum capitão ou tenente o irá atacar mas atenção, não dê demasiado nas vistas Ulquiorra-san, isso só o impedirá de prosseguir o seu caminho… E há vidas em risco não é mesmo?

– Sim, há… A mais importante delas todas.

Ulquiorra adentra completamente pela garganta abandonando um loiro risonho.

Aizen aproxima-se cauteloso de Orihime que estava com os braços descerrados, olhando para eles enquanto lamentava a partida do pequeno rapaz. A zanpakutou que estava cravada no peito de seu filho sumiu juntamente com ele, impossibilitando assim de Aizen usar os seus poderes de shinigami. Talvez nunca mais conseguiria a manusear, por estar perdida numa dimensão desconhecida. O shinigami aproveita-se do estado psicológico abalado de Orihime para se aproximar desta e a manipular.

– Me perdoa Hime.

– Nani?

Orihime fica atordoada, estava aturdida como se estivesse com uma tontura, perante o sobressalto com o pedido inesperado do moreno.

– Me perdoa… Foi um reflexo do ódio, eu não queria realmente te matar, eu te amo! Tu sabes disso…

– Um reflexo!? Tu mataste o meu filho!

– Não consegues perceber minha Hime!? Foi tudo por causa da traição do passado mas eu não devia ter deixado essas memórias me perturbarem, eu te perdoo e seremos felizes juntos, como sempre sonhámos.

– Ouves o que dizes Aizen? Eu nunca seria feliz contigo nem na outra, nesta ou na próxima vida. Eu amo e sempre amarei o Ulquiorra! Será que não compreendeste isso ainda!? Eu de ti só quero distância!

– Eu compreendo que estejas magoada comigo Hime… É por causa do garoto? Eu te compensarei… Prometo.

O shinigami acerca-se de Inoue, enrolando seus braços na cintura desta que debatia-se contra seu peito. Atormentada, percebe que ele agacha a cabeça para a beijar, e instintivamente lhe dá uma potente bofetada em sua bochecha direita, afastando-se prontamente. Ele volta a encará-la mas algo em seu olhar tinha mudado, o sentimento era diferente. Não era esperança como antes, era... Ódio. Consequência pela rejeição consecutiva. Caminhou até ela calmamente mas fatal, cada passo que dava era como assistir à morte se aproximar. Sousuke com um punhal guardado em sua cintura, o desembainha.

– Se é assim que quer…

– Fica longe de mim!

– Lamento não poder cumprir seus desejos, Orihime Inoue.

Ulquiorra pulava pelos telhados da Soul Society, rasteando o poder espiritual da ruiva. À medida que ficava mais próxima dela, mais sentia uma reaitsu bastante conhecida, seu ex superior em Las Noches. Gradualmente, ele ficava apreensivo por Orihime. Sentia seu poder espiritual tremer, como se estivesse com medo e isso só o perturbava, fazendo com que sentisse culpado por não ter estado com ela todo o tempo, sempre a protegendo. Por ter valorizado mais aquilo que os afastava… Ela ser uma humana, ele um arrankar. Esqueceu novamente a importância dos sentimentos, do tal "kokoro". Desprezou o que ela lhe ensinou: o mais valioso de tudo.

Ele adentra pela prisão veloz, não dando tempo nem de os guardas pressentirem alguém a entrar. Sob o eco provocado por seus passos, adentra violentamente na masmorra de Aizen. Encontrando, estupefacto, o shinigami com a ponta de um punhal afiado direccionado para o pescoço de Orihime.

Desolado, o quarto espada volta-se a sentir impotente como no passado, como uma dolorosa e lenta repetição. Um passado que assombrava todos os presentes, por motivos diferentes.

– Bem vindo, Ulquiorra.

Os olhos são o espelho da alma, e através deles qualquer um que encarasse a ruiva poderia vislumbrar a emoção por rever Ulquiorra. Sorriu timidamente mesmo estando com um punhal empunhado contra si.

– Aizen, solta-a.

– Porque devo obedecer a um serviçal? Afinal é isso que somos Ulquiorra… Nunca passará disso.

Os dois homens dialogavam calmamente, porém a tensão entre eles era nítida. Inclusive Orihime que fora excluída da conversa poderia pressenti isso.

– Esquece o passado Aizen.

– Vocês me traíram!

– Nós nunca te enganámos… Dissemos que queríamos ficar juntos, tu é que nos enganaste fingindo-te de nosso aliado.

– Querias que vos ajudasse depois de me terem traído!? Todos pensavam que o filho da imperatriz era meu porque eu era o esposo dela! Mas eras tu…

Ulquiorra não soube o que responder perante as acusações, afinal era verdade… Eles envolveram-se quando ele a tentava conquistar, ele roubara o coração da esposa de seu superior e isso era imperdoável, mas não foi planeado simplesmente aconteceu. Ele ordenara protege-la e foi o que fez, nunca pensou que se pudesse interessar pela imperatriz.

– É passado… Isso não interessa já não somos os mesmos.

– As memórias fazem de nós os mesmo, meu quarto espada. Não vês? Tudo é o mesmo… Eu o Rei de Hueco Mundo, tu o meu serviçal que se apaixona por uma mulher proibida e ela a princesa, que era minha!

– Ela estava prisioneira em Hueco Mundo não casada, isso muda tudo Aizen.

– Pode até ter mudado mas os nossos sentimentos não mudarão estou certo, Ulquiorra?

O espada encara Orihime e acena com a cabeça positivamente. Ela ao presenciar seu gesto, sorri plenamente feliz, pela confirmação que tanto alvejava. No entanto, estava enfastiada com todo o diálogo sabendo que Aizen não iria recuar, ela percebe que ele se distai com a conversa, deslizando a lâmina cortante para mais longe de si.

– Tsubaki!

A invocação da fada surpreendeu os dois homens. O ataque mesmo atingindo Aizen não o fere consideravelmente porém fora o necessário para ela se esquivar de seus braços, apartando-se dele. O shinigami, mesmo com todo o esforço da ruiva, alcança seus cabelos longos, puxando fortemente, fazendo esta gemer de dor, apoiando seus joelhos no piso.

A fada que não desaparecera consegue apanhar o punhal e fugir com ele, perante isso Aizen cria um kidou para a atingir, pela falta de luminosidade do local, ele não tinha certezas de que obtivera êxito mas optou por desvalorizar um insignificante insecto com asas.

– Já que não podemos ficar juntos, morreremos ambos… E tu irás sofrer Ulquiorra aquilo que eu sofri, com a nossa morte irás perceber todo o meu ódio!

Ela observa receosa Ulquiorra, que imediatamente percebeu seu temor. Ela encara suas mãos recordando quando tocou em seu filho e decide fazer algo. Ordena mentalmente a Tsubaki que voltasse e ele camuflado dirigisse até suas pernas enquanto Aizen encarava o espada, pronunciando um encantamento para atacar o moreno.

Tsubaki, cuidadoso, devolve o punhal a Orihime sem ninguém notar. Só quando ela o revela, empunhando-o, ambos percebem o objecto, incrédulos.

– O que pensas faz...

– Orihime!

A humana sorriu percebendo que pela primeira vez ele a chamara pelo nome. Sem pensar duas vezes, corta seu cabelo volumoso, livrando-se assim daquele que a aprisionava.

– Vai agora Tsubaki: Koten Zanshun!

– Sim senhora!

Ulquiorra aproveita a oportunidade que Inoue criou, usando o sonido, retira-a imediatamente do alcance de Aizen. Poucos segundos depois, a fada se desintegra em milhares de partículas brilhantes. O moreno desmanchara sua feição cínica e calma habitual, para uma carrancuda com a voz distorcida pelo rancor.

– Vocês…

Rapidamente, o espada desembainha sua zanpakutou e ataca o moreno, uma vez que perdera sua refém… O shinigami traidor reivindica o ataque, não desfazendo o encantamento anterior, aproveitando para atirar Ulquiorra longe enquanto o mirava em Inoue. Ao perceber suas intenções, o arrankar revela ter um coração escondido, posicionando-se entre os dois, sendo ele a receber na plenitude o golpe por ela.

– Ulqui-kun!

Impensadamente, ela corre em seu auxílio, não evitando reconhecer as catastróficas semelhanças com a morte de seu filho. Não iria suportar que isso também sucedesse ao espada. Sem perceber, as lágrimas voltaram a contornar seu rosto juvenil.

– Onegai não morras, preciso de ti..

O arrankar, delicado, desloca sua mão até os cabelos curtos desorganizados mas incrivelmente adoráveis.

– "Se eu tivesse cinco vidas... Certamente me apaixonaria pela mesma pessoa cinco vezes."

Abismada, Inoue reconhece sua própria declaração, agora pronunciada para ela. Entreabriu os lábios, com um gosto salgado em sua boca. Culpa. Ele escutou sua declaração para Ichigo, ele presenciou a cena em que ela quase beijara outro homem... E o pior: na época, estava terrivelmente enganada, iludida pela ideia do amor. Não deveria ter sido o Kurosaki a receber aquelas palavras... Se tornavam vazias direccionadas a ele, porque quem ela de facto amava era...

– Eu não amo o Kuro…

– Eu sei… Agora eu sei…

Orihime agarrava fortemente a mão que estava mais pálida que o usual. A tragédia que ela temia aconteceu inevitavelmente. O seu pior pesadelo estava se consumando...

– Ainda temos mais três vidas onna.


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Notas finais do capítulo

E aí pessoal? o/
Bom espero que tenha valido a pena eheheh

Beijinhos, beijinhos e muitos moranguinhos/ichigos,
Jya née



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