Novo Recomeço escrita por Mrs Chappy


Capítulo 14
Segredos de Hueco Mundo


Notas iniciais do capítulo

Yôo minna!
Agradeço muito pelos novos leitores que favoritaram e comentaram, obrigadaa!



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“Após catar cada pedaço pequeno e significante de vidro, pegou o que restou do porta-retratos e colocou novamente em cima da cômoda, porém agora estava sem a foto. Inoue pegou a imagem para si. O momento registrado ali era tão raro que queria guardar para que somente ela pudesse conhecer esse lado do palhaço triste. Poderia levar uma bronca do rapaz por ter roubado a fotografia, contudo ela tinha uma boa causa.

Ela queria ser a única pessoa no mundo a ver o sorriso de Ulquiorra na foto.

Estava sendo egoísta, sabia disto. Porém a tentação de ela e o moreno compartilharem um segredo só deles, o segredo de um dia ele já sorrira, era grande demais para ser ignorada.

Guardou o pedaço de papel em seu vestido e foi ver Szayel para falar sobre seu corte, agora tinha um sorriso no rosto, pequeno, porém alegre.

Porque ela e o palhaço agora tinham um pacto silencioso, um segredo para ninguém contar.

Algo deles.”

(Fanfic “O Sorriso do Palhaço” escrita por Fuinha, Capítulo 7: O Primeiro Segredo)



Ulquiorra calcorreava silencioso pela areia negrume de uma noite fria. Nada se ouvia, o frio adentrava pelas suas vestes sem cor arrepiando levemente sua pela pálida. Era, portanto, um excelente momento para pensar. E pensar sobre quê? Pensar que, eram raras as ocasiões como esta. Em poucos locais se encontrava completamente sozinho, sem estar a ser observado por alguém. Mesmo estando acompanhado, sabia que não estava a ser observado, seus companheiros estavam com a mente distante, assim como a dele. Estranho. Ele estava em Hueco Mundo, seu suposto “lar”… Mas sentia que aquele não era seu lugar. Automaticamente, a imagem da ruiva preencheu sua mente persistentemente.

O zumbido monótono do vento acomodou-se sob os três espadas. Ulquiorra, Grimmjow e Nell, após uma longa caminhada, depararam-se com o palácio de Las Noches, prontos para a dizimação. Porém, surge um incalculável remoinho de areia que os cega momentaneamente.

O quarto espada ia desembainhar sua espada no entanto uma mão posou sobre a sua, que encontrava-se no cabo. O toque inesperado acabou por tranquilizar estranhamente o arrancar, que desfez sua posição de ataque.

Um ser de capuz surgiu entre o remoinho, acentuando a desconfiança de Nelliel e Grimmjow. Cauteloso, o homem ergue a sua mão direita retirando o capuz lentamente, revelando dessa forma sua face. Os espadas ficaram descrentes com a identidade do misterioso indivíduo.

– Como é possível estares vivo!?

Grimmjow mantinha-se escandalizado com a horrorosa cena que presenciava no tempo em que Ulquiorra apesar de abalado pela surpresa, decidiu focar-se numa questão ainda mais relevante que a pronunciada pelo azulado.

– Porque voltaste… Primeiro?

Coyote Starrk, Sua expressão era marcada pela indiferença face ao escândalo armado pelo sexto, encarando o moreno de olhos esmeraldas.

– Vim ajudar-vos.

– Porquê?

Starrk alojou-se no silêncio, uma dor agoniante ocultada por detrás de seus misteriosos olhos acinzentados. Desviou seu olhar para um de seus bolsos, mais especificamente para uma de suas armas, aquela que estava quebrada. Aquela que supostamente era sua fraccion: Lilynette.

– Não posso permitir que Aizen seja resgatado.

Vingança. Obviamente, esse detalhe não passou despercebido ao perspicaz quarto espada. Ele compreendia a revolta do arrancar. Todos eles foram usados e manipulados por Aizen, para os caprichos deste, todos os arrancares perderam algo nesta guerra, muitos deles a própria vida. Era compreensível que o Primeiro compartilhando uma conexão tão intensa com a sua fraccion, odiasse o shinigami. Afinal, Aizen teria de ser punido, e os shinigamis se encarregariam disso na Sociedade das Almas... Contudo, se este fosse salvo por Tier, então ele sairia impune de seus inúmeros crimes.

Ulquiorra nunca revelou a ninguém, nem mesmo à sua sombra… Porém desde que conhecera Orihime Inoue por algum motivo ele passou a desprezar secretamente Aizen, seu superior, mesmo o obedecendo. Nunca entendeu o motivo, era como se fosse um instinto selado dentro de si. Depois de perceber que todos os espadas foram utilizados e que perderam a batalha ele recusou-se a servi-lo novamente, principalmente após o afecto que criou com a humana. Mas algo, muito sombrio, ainda estava por revelar sobre Aizen Sousuke e era isso que o alarmava.

O moreno começou a afastar-se atraindo a atenção dos restantes espadas.

– Eu chamarei a atenção dos guardas. Impeçam os restantes espadas e fraccions...

Todos resguardaram o silêncio, parecia uma despedida. O Primeiro não poderia usar a sua transformação "Os Lobos" uma vez que parte de sua alma foi destruída, ele não seria oponente para actual rainha de Las Noches. Perante isso, Starrk encara sob o ombro, o trio dos espadas.

– Conto com vocês para a paz reinar novamente neste mundo.

Após a fisionomia do Primeiro se dissipar, os outros se dirigiram para o palácio. Os corredores estavam desertos... Sem um único intrometido para atrapalharem seus caminhos. De facto, Starrk já limpara o caminho para eles, evitando lutas desnecessárias.

Contudo, os espadas não festejaram durante muito tempo uma vez que rastrearam as reaitsus do décimo espada e das fraccións da rainha, como uma barreira entre o destino deles.

– Vai na frente. Eu e a Nelliel damos conta deles.

Ulquiorra encara abismado Grimmjow que se encontrava severamente austero, não admitindo contradições. A ex espada acenava levemente com a cabeça para o quarto espada para que este prosseguisse por eles, confirmando as palavras do sexto. Num breve aceno, ele desaparece do corredor longo, avançando seu caminho até a reaitsu de Halibel.

O pátio debaixo varanda pessoal de Lord Aizen, aquele que fora usado para tratar as massas, ainda estava coberto de corpos e partes das suas constituições físicas. O sangue escarlate pintava as areias do deserto branco e lentamente secando sob o céu artificial azul da grande cúpula de Las Noches e o falso sol em seu ápice. Dezenas de números, arrancares menores servindo no exército de Aizen, foram massacrados, expurgados das fileiras de pensamentos e opiniões que tinham sido considerados traiçoeiros e perigosos para a causa.

Passos ocos ressoaram pela divisão onde Halibel se encontrava, encarando a lua pela janela, se virando lentamente para o quarto espada, que a fitava indiferente. A loira sempre se sentiu minimamente atraída pelo morcego, seu jeito gélido a cativava. Por momentos pensara que conquistara sua atenção com noites quentes entre os lençóis. Mas percebeu que aquilo era momentâneo e que este não revelava qualquer interesse permanente por ela.

Tudo piorou com a vinda daquela humana. Ulquiorra nunca a procurou mas quando aquela ruiva misteriosa surgiu no palácio ele também passou a rejeitá-la… Nem para saciar seus instintos primitivos ele a usava. Até que ponto o lixo o enfeitiçara? O espada mais fiel foi o que originou uma guerra civil.

– Chegou a nossa hora quarto espada.

Ela ponderou perguntas estranhas acerca da existência, muito especialmente se a vida e a morte eram simplesmente apenas novos começos... Isso significava que não havia nenhuma conclusão real?

Alheios aos pensamentos de seus portadores, as lâminas embatem furiosamente.

– Tudo isto por uma humana? Até onde te rebaixarás Ulquiorra?

O arrancar ignorou as provocações, determinado a resguardar seu carismático vazio interior, pelo menos durante as batalhas.

Enquanto lutas sangrentas se iniciavam em Hueco Mundo. Uma ruiva se dirigia à Sociedade das Alma secretamente, a fim de acertar as contas do passado.


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Notas finais do capítulo

Vou tentar postar mais capítulos ainda esta semana eheh Espero conseguir ^-^
Jya née. o/



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