Novo Recomeço escrita por Mrs Chappy


Capítulo 12
Conquistando segundas oportunidades


Notas iniciais do capítulo

Oeee!
Mil perdões por não ter publicado nas duas semanas passadas ;-; O tempo, o pc, os estudos, tudo esteve contra mim... Para compensar vou publicar dois capítulos hoje. ^-^
Bom minna vai ficar claro no final mas mesmo assim vou avisar, a "acção" digamos assim vai começar a desenrolar-se no próximo capítulo: tudo estará a ser preparado para a revelação dos grandes mistérios, eheheh ^^

Boa leitura*



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"— Orihime... — Ele tentou tocar seu rosto. Foi aí que ela recuou. — Todos sabiam que você gostava de verdade dele.

— Até você aparecer, Ulquiorra. — Ela esfregou o dorso da mão na bochecha, enxugando a lágrima que caiu dos olhos cinzentos. Quando Ulquiorra tentou tocar em seu rosto, foi para secá-la. — Vá embora.

— Orihime...

— Vá embora, Ulquiorra.

— Por favor. — Ela fechou os olhos. As lágrimas desceram.

— Não.

— Orihime... — Ele tentava achar alguma forma de argumentar. — Por favor. Você não é assim.

— Assim como?

— Assim. Fria. Como eu era. Como eu fui antes de te amar.

— Não me diga isso. Apenas... vá. — Ela apontou para a porta. E ele foi."

(Au revoir, Printemps escrita por Néphélibate, Capítulo 02 – Caminhos)



Chuva, um prelúdio da tempestade que se avizinhava...

O céu estava completamente negro, coberto por nuvens cinzentas que escondiam outrora um sol quente e deslumbrante. Pequenas gotas de água caiam encharcando o cabelo moreno do espada, o vento furioso soprava insanamente trazendo consigo um ar gélido e cortante. Algo estava diferente, anormal e inadequado, era como se alguém estivesse a provocar a tempestade.

Ulquiorra vagueava pelas ruas em seu gigai. Ele não se tentava ao menos proteger da chuva, caminhando livremente, mesmo sabendo que isso poderia atrair a atenção de alguns humanos irritantemente curiosos, porém isso naquele momento não lhe parecia importar.

Algumas pessoas passeavam, partilhando o seu guarda-chuva, com a pessoa que amavam. Sorridentes ignoravam o mau tempo, parecia até que o sol raiava para elas. O arrankar fitava curioso esses humanos, parando sua deslocação e sentindo-se ainda mais só do que antes. Encarou o cenário à sua volta, todos estavam acompanhados, porém ele estava parado no meio da rua, sozinho.

Porque se sentia assim? Desde quando a solidão era um sofrimento para ele? Não era o quarto espada que defendia que o vazio era felicidade? Não se tinha nada a perder, logo era-se um afortunado. Sim, ele pensava assim, ele sempre se considerou "feliz" com a sua vida uniforme. Embora ele tenha errado ao abandonar sua ideologia.

Ele não sabia o que era a solidão porque nunca teve ninguém, contudo ao conhecer aquela mulher, ele finalmente soube o que é o calor do amor, a maldição do coração. Esse foi o seu pecado mais delicioso. O espada aproximou-se dela ao ponto de ela conseguir preencher sua solidão, e agora que a tinha abandonado sentia-se defeituosamente isolado. Sempre o esteve mas agora isso o incomodava, neste momento ele conhecia o amor, compreendera o quão prazeroso podia ser. E o pior: ele não queria uma pessoa qualquer, ele queria aquela que um dia manteve em cativeiro… Não conseguia substituí-la mesmo que quisesse.

Ulquiorra encarou seu reflexo num vidro e distraiu-se. Ele enxergava-se, procurando e rebuscando o espada frio e impassível que ele um dia foi, mas ele não se encontrava a si mesmo, como se durante uma viagem ele se tivesse perdido. Ele relembrou quando se converteu em cinzas do deserto, observando sua mão que por um milésimo de segundo tocou na da humana. Ele não tinha morrido, estava vivo, mas foi nessa ocasião que o seu lado insensível morreu, aquela humana o conseguiu vencer. Ele não perdera contra o shinigami substituto, Kurosaki Ichigo, mas contra uma humana: Inoue Orihime. Foi a batalha que ele perdeu: a batalha do coração.

O quarto espada fechou o punho furioso e recomeçou sua caminhada, procurando pelos restantes espadas. Só o que seus olhos viam, existia. Isso era algo inegável. O que ele aprendeu com a humana é que há várias formas de enxergar para além da visão. Ele podia ver através de outros sentidos e até pelas emoções, ele podia e viu. Entre as areias brancas viu e não recuou.

Ao andar ele reparava nos pingos de chuva que caíam no piso, formando imensas poças. A sua vida era como o Hueco Mundo, preta e branca. Uma paisagem morta, cinzenta de sentimentos. Sempre fora assim, porém tudo mudou. Ela tornou-se a cor de a vida de Ulquiorra,e agora que ele se afastou dela, caiu num buraco ainda mais negro. Uma vez que em virtude dela, mesmo que por pouco tempo, ele chegou a conhecer a luz.



Orihime escutava os pingos de chuva contra a janela de seu quarto, o som de alguma forma prendia a sua atenção. Encontrava-se sentada na cama, com o olhar opaco preso na parede. Desde que o arrankar partira, sua vida resumia-se à monotonia. Não havia felicidade, não havia emoção e sim o eco de um buraco profundo. Ela ouvir o barulho azucrinante de seu telemóvel, uma outra mensagem de Tatsuki muito provavelmente no entanto isso não a motivou a levantar-se da cama. Naquele momento, só queria ficar acomodada em seu canto, sem ninguém por perto. Uma vez que única pessoa que ela desejava ter ao seu lado, era a que estava mais longe…

Um trovão estridente captou a concentração da humana que encarou a rua, ao enxergar pelo vidro da fenestra, deparou-se novamente com aquela mulher em vez de seu reflexo. A ruiva não soube o que aconteceu com ela naquele instante, mas uma descarga de adrenalina percorreu todo o seu corpo e esta ficou decidida. Ao ver o reflexo da outra mulher, o seu olhar triste, foi como se ela soubesse que o passado daquela foi angustiante. Inoue de algum modo soube que a história romântica dela não acabou bem, e isso a inspirou. Iria encontrar Ulquiorra, por muito árduo que fosse. Ela não iria-se render. Sempre lutou pelo Kurosaki-kun mesmo sabendo que ele não a correspondia e que provavelmente até nutria sentimentos pela Kuchiki-san, então ela iria atrás do espada mesmo sabendo que seria rejeitada, ela iria procurá-lo e encontrá-lo. Ensinaria-lhe o amor, da mesma forma que ela aprendeu a amá-lo.

A ruiva apressou-se a sair de casa, sem se apoquentar em trazer consigo um casaco ou um guarda-chuva para se resguardar da impiedosa tempestade. Inoue não reparou mas quando ela saiu de sua divisão, ao lado do reflexo da mulher a criança morena surgiu ao seu lado… Como se ambos fizessem parte de uma história longínqua.

Ela fluía pela calçada buscando em cada canto algum requisito da presença do quarto espada, sua respiração estava acelerada tanto pela antecipação de o reencontrar como pelo esforço físico. Por vezes esbarrava nas pessoas mas nem por isso parava sua corrida.

A humana sentiu uma inesperada tontura, o que seria de esperar. Três dias se passaram desde a partida de Ulquiorra e ela não se alimentava, agora na sujeição da chuva os efeitos de um resfriado despertavam. Acabou por desabar pálida e descorada na rua movimentada, com os cabelos ruivos soldados em seu rosto. Dentro da multidão, uma pessoa reparou na jovem caída. Seu rosto era coberto pela sombra de sua franja, curvando-se ele a amparou, carregando-a para longe da confusão.

Perigos se aproximavam, as sombras molduravam-se em indivíduos. O fim estaria próximo… Ou seria o começo?

Ulquiorra e Orihime, uma história que se repetia, mereciam eles uma outra chance para viverem seu amor ou ficariam separados eternamente?


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Notas finais do capítulo

Beijinhos e até o próximo capítulo. o/



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