Lonely escrita por Novaes


Capítulo 73
I saw you doing self-destructive things, you think i like seeing that?


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, sei que ando demorando, vou começar assim porque tenho que ser breve para dar tempo de fazer tudooooo! Quero responder todos os comentários ainda hoje porque gente, vocês são demais, de verdade, me fazem bem, são meus amores e nunca desistiram de mim! Sei que ando demorando e fazendo capítulos curtos, mas sempre imaginei essa parte da fic assim, sabe? Divididos direitinho, mas nunca imaginei que meu tempo fosse ficar tão curto, preciso de dias mais longos!
Mas tudo bem, não vou falar muito. Quero dizer que essa descoberta da Effy já já acaba, que vão mostrar a prisão em breve, mas preciso que vocês entendam um pouco mais da Effy para continuar a fic, porque vai ter muito momentos pela frente que vocês vão entender graças à esse breakdown dela!
Obrigada a todos pelo amor e pela paciência, quero postar ainda essa semana que vem, e vamos ver né? Mas vocês me perdoam pela demora? Amo tanto vocês!
Agradecimentos – primeiramente quero falar da Moni, uma grande amiga minha que está de volta agora, graças a Deus. Garota do Blog, Catherine Black.



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P.O.V Effy

http://letras.mus.br/christel-alsos/found/traducao.html

Eu não era mais eu, é difícil entender, eu sei, assim como é difícil explicar. Mas eu não me sinto mais como Effy Stonem, a badass. Sinto-me apenas como Elizabeth Stonem. Não estava com muita consciência das coisas enquanto Daryl praticamente me carregava pelo braço, Rick e ele gritavam alguma coisa, acho que um com o outro, ou espero que seja, não acho que essa gritaria toda me envolvia, apesar do meu esforço para tentar prestar atenção ou até mesmo entender o que diabos eles estavam falando.

Rick... Diante de toda essa situação, eu ainda estava pensando o que diabos ele estava falando aqui. Ele olhava para mim, mas não o via mais... Eu não via mais aquela pessoa de sempre, Rick era apenas Rick, eu sei disso, mas eu sei que eu, Elizabeth Stonem, não sou apenas Effy de novo, e isso é um longo problema. E o problema maior é como parar, como sair desse sofrimento, como fazer tudo isso parar de rodar, aparecer, toda essa gritaria, eu queria que parasse, apenas... Não dá, não consigo.

Eu não posso controlar isso, é um grande problema. Não que eu seja uma total controladora, mas eu não gosto de perder o controle desse tipo de coisa, é algo meu, algo pessoal e agora se tornou público, não é besteira, isso é algo bastante irritante para falar a verdade.

Não quero que as pessoas me conheçam.

Walkers era isso. Walkers por toda parte, por isso a gritaria, ao menos eu pensei que sim, desvencilhei de Daryl, peguei as facas que estavam grudadas dentro da minha bota, as peguei rapidamente e coloquei em minhas mãos na posição de ataque, o único problema era enxergar Walkers e não... Não pessoas que eu costumava conhecer, eles eram desconhecidos, Walkers, mortos. Mas eu não via, via pessoas vivas ali, não estava conseguindo.

Daryl me olhou.

– Vamos, Effy... Eu consigo, nós conseguimos – Ele falou.

– Eu consigo – Menti ainda mentindo e quando vi o primeiro Walker, não via mais um Walker, eu vi meu irmão, era ele, mas não era... Não, não era porque ele está morto, eu o matei. Joguei seu corpo contra a parede e ergui meu braço com a faca, enquanto ele mexia a cabeça, não conseguia... Eu não conseguia mata-lo, era meu irmão, ele estava ali.

– Vamos lá, Effy, o que está fazendo? – Ele sorria agora tentando afastar minha mão, eu estava forte em relação a ele. Lágrimas no meu rosto, de novo, e de novo. Fraca, frágil, estupida.

Respirei firme.

– Não é você, irmão. Você está... Morto – Falei soluçando, sei que parecia estupido e que eu meu irmão temos um grande histórico por ele ser, bom... Meu irmão, mas não, não mesmo, tínhamos uma grande historia quando pequenos. – Eu te matei, eu sinto... Muito! Eu sou uma assassina – Falei e ele iria falar algo e se aproximou mais de mim, foi ai que enfiei finalmente a faca na sua testa e seu corpo morto tombou sobre mim, e eu apenas virei para o lado fazendo o corpo cair no chão. Dor, tudo dói, e não era apenas aquele corte físico, mas doía de verdade, dentro de mim, tudo.

Virei-me toda suja de sangue e vi mais um Walker, não apenas um Walker, vi o meu pai, era apenas sua vez de me jogar na arvore fazendo meu corpo tombar e eu quase cair, bati mais a ferida que estava aberta.

Ele chegou perto de mim.

– Sempre assim, fraca, dependente, frágil, Elizabeth Stonem – Ele falou, me acalmei, neguei com a cabeça. Não podia, não devia, eu não sou, sou muito mais que isso, ele não me conhece.

Enfiei a faca na sua cabeça e ele me puxou, cai junto com ele, estava em cima, enfiei a faca inúmeras vezes, em todos os lugares que podia pensar, Daryl e Rick apenas olhavam, sei que eles estavam olhando, tombei para o lado e me deitei no chão, lágrimas escorriam pelo meu rosto, olhei para o céu e ainda era o mesmo.

Levantei-me, sentando no chão e passando a mão pelo meu rosto na tentativa de secar todas as malditas lágrimas, e depois passei minhas mãos no meu cabelo, deixando um tempo ali, fiquei de cabeça baixa tentando controlar minha respiração, é a única coisa que posso fazer... Tentar me controlar porque se não, acho que irei perder de vez. Não quero isso para mim.

Senti as pisadas de alguém vindo até mim, provavelmente. Não olhei para cima, mas reconheci o toque, era Daryl.

– Eu consigo – Falei.

– Você está ferida, Effy – Ele falou preocupado e impaciente, como sempre.

– Eu estou apenas bem – Eu falei.

– Sério? Porque não parece para mim que está bem – Ele falou irônico, eu apenas desviei o olhar e comecei a andar.

– E onde diabos pensa que vai? – Ele perguntou me pegando de volta e me puxando, dessa vez estava muito estressado.

– Não é da...

– Não é da minha conta, Effy? – Ele gritava agora, enquanto eu puxei sua mão novamente jogando sem nenhuma delicadeza, sei o que está vindo agora, e não quero escutar. – Em menos de horas, eu vi você fazer coisas autodestrutivas, você acha que eu gosto de ver isso?

– Isso não é sobre você, Daryl – Eu gritei.

– Não vou ver você se destruir de novo, não precisa mais de hospitais, de remédios controlados, não precisa de nada disso – Ele gritou. Oh, então era isso, eu realmente perdi tudo.

– Eu não consigo parar isso! – Gritei e tudo resolveu parar.

– Você não é louca, Effy – Ele falou me olhando agora, focava nos meus olhos, vi seu medo, conheço tão bem Daryl, tanto quanto ele se conhece. Sei o que sente, mas não posso parar, não quero o fazer sofrer, mas também não consigo parar.

Afastei meu olhar.

– Vamos, vamos fazer um curativo nessa maldita ferida – Ele falou rabugento como sempre.

Fui os seguindo, pois Rick foi à frente também, não falou nada.

Eu fui atrás, vendo todos os fantasmas, tudo passando por mim, os gritos na minha cabeça.

Por favor, faça parar. Por favor. Sussurrei na minha mente, podia ouvir todas as criticas, toda a tristeza, toda a sujeira e porcaria que o mundo fez comigo, toda aquela... Raiva misturada com o sexo, o álcool, as brigas, o abuso. Era apenas... Demais, não consigo recuperar-me disso, e Daryl, depois de tudo, ele disse... Não é a primeira vez que perco o controle. Lembrei-me de suas palavras: “Não precisa mais de hospitais, de remédios controlados”. Então era isso, sou uma louca que tomava remédios controlados.

Daryl está certo, eu sou uma pessoa autodestrutiva, não tenho nada a perder e gostaria de continuar assim.

Eu estava de fato na escuridão, então escuridão me tornei.


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Notas finais do capítulo

amo vocês todos! juro que estava com saudades



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