Lonely escrita por Novaes


Capítulo 42
If you close your eyes...


Notas iniciais do capítulo

OLÁ, voltei finalmente! E em homenagem ao fim da primeira temporada, sim, gente, esse é o último capítulo da primeira temporada. Eu resolvi mudar a capa, ou seja, chequem lá okay? E digam o que achou, eu achei que fiz um trabalho muito bom pra quem n sabe de nada HAHAHHAA.
Agradecimentos - Lariisilva, mas quero agradecer de verdade a todos que leem e comentam, obrigada a todos vocês! Vocês fazem isso acontecer e eu peço como presente para mim uma recomendação, ou mais comentários, okay? Obrigada por tudo, amo vocês de verdade, nunca duvidem disso, vocês fazem meus dias serem melhores



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P.O.V Effy

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Eu e Daryl arrumamos nossas coisas rapidamente e seguimos rumo a floresta, não foi lá tão difícil derrubar os Walkers que vinham em nossa direção, Daryl os derrubou facilmente.

Velhos tempos – Daryl comentou assim que entramos na floresta, ela não tinha muitos Walkers pois todos os Walkers estavam na prisão, esperando apenas uma brecha para entrar novamente, de repente, meu coração se apertou um pouco com aquele pensamento dos Walkers. Me deu um calafrio, aquela era um péssimo sentimento, e ainda mais para sentir agora. Foquei em Daryl e na nossa caçada, eu precisava naquele momento ter uma percepção maior pois não era só eu que estava ali, era meu irmão. Daryl estava tão entusiasmado que não parava de comentar de suas outras caçadas, muitas solitárias. Eu fiquei feliz por estar naquele momento ali com Daryl.

– Definitivamente, não é os velhos tempos – Eu comentei quando via uns 3 Walkers em nossa direção, Daryl bufou e foi atrás deles com sua besta e eu joguei uma faca em um, era uma sincronia muito boa a da gente. Ele tirou as flechas da cabeça dos Walkers e tirou minha faca, as limpando e me dando, ele estava gentil, eu agradecia a Beth aquilo pois eu sabia que aquilo tudo era medo de perder quem ele mais amasse, o amor para mim e Daryl não se era tão dito mas sabia que ele sentia, assim como ele sabia que eu sentia. Era estranho falar de amor, principalmente com Daryl mas eu sabia que um dia era necessário eu ter essa conversa, provavelmente se Merle estivesse vivo ele não conversaria então sobra como sempre, para mim.

– Quero ver se está lembrada mesmo de como era – Daryl falou apontando com a cabeça para uns esquilos que estavam escondidos e me ofereceu a besta, ele queria me testar. Aceitei a besta e apontei para os esquilos que não haviam notado eu e Daryl, então sem hesitar, atirei. Daryl me lançou aquele sorrisinho lembrando de que eu ainda era a mesma, um pouco mais apaixonada e louca mas ainda era a mesma. Daryl pegou os esquilos um tanto contente, mas ainda achou muito pouco, vimos que o dia ainda não estava escurecendo, aparentava ser ainda umas 3 horas da tarde então seguimos um pouco mais para longe, ele estava um tanto triste, via isso em seus olhos, mas ainda não perguntei. Abatemos mais Walkers no meio do caminho, Daryl já tinha a besta em suas mãos e sim, aquilo era um grande jogo para todos nós. Eu me sentia uma completa caipira mas o mundo estava acabando, que diferença iria fazer isso?

Daryl se afastou de mim quando viu vários esquilos, corri na sua frente e eu acho que os esquilos estavam desligados mesmo naquele dia pois nenhum viu nossa correria, eu corri na sua frente e vi que ele acabou escorregando no chão, quase caí mas fiquei firme e concentrada na minha caça, Daryl se levantou na mesma hora então eu tive logo que correr e puxei minhas facas jogando logo nos esquilos que tentaram correr quando viu e eu e Daryl. Foi engraçado aquilo. Abati todos, de repente, senti uma adrenalina que eu não sentia a anos e nem esses Walkers me fazia me sentir assim quando eu os matava. Lancei um sorrisinho para Daryl com um arzinho de superioridade e aquele meu sorrisinho sínico no rosto, era tudo uma grande brincadeira.

– É, você realmente nunca vai mudar – Ele falou rindo de mim, ele não havia ficado bravo pois numa caça é matar ou ser morto, mas entre eu e Daryl era uma grande brincadeira. Eu tratei de ajuda-lo a carregar os esquilos mas ele negou falando que ele mesmo iria levar. Homens, pensei comigo mesma. Seguimos nosso rumo, Daryl estava calado e eu resolvi quebrar todo aquele silencio, eu sabia que essa coisa não era comigo e sim com Beth então respirei fundo e procurei as melhores palavras para tentar ajuda-lo.

Por que me parece tão abatido? Será que alguém realmente laçou um Dixon? – Perguntei fingindo estar incrédula e vi ele lançar um sorriso no canto da boca.

– Por que acha isso? – Rebateu Daryl.

Porque eu te conheço Daryl, sei o que sente – Falei.

– Para uma garota fria, você anda bem “fofinha” – Ele falou abrindo aspas no fofinha, aquilo foi engraçado mas dei língua para ele e continuei firme, sem sorrir.

– Um dia você vai precisar falar dos seus sentimentos Daryl. Supere isso, eu já superei – Falei e ele bufou.

– Está bem! Talvez eu goste! – Ele admitiu e eu sabia que aquele talvez era um sim muito desesperado.

– Interessante – Murmurei e vi ele revirar os olhos. – Por que não diz a ela?

– Porque Effy, não é tão simples – Falou ele e vi que começou a ficar irritado.

– Eu só quero que seja feliz – Eu sussurrei. Ele olhou para mim e continuamos andando.

– Eu não sou tão corajoso quanto pareço – Desabafou Daryl.

– Ninguém é forte o tempo todo – O lembrei.

– O quê está fazendo? – Ele me perguntou e eu o olhei confusa e parei de andar, ele percebeu que eu parei e se virou para mim.

– O quê quer dizer? – Perguntei.

Quero dizer, o quê está fazendo com sua vida? – Me perguntou e eu lembrei de uma fase da minha vida, alguém já havia me perguntado aquilo.

– Eu não sei – Respondi sinceramente.

– Eu acho que sabe, mas não quer dizer...

– Você não sabe – Falei.

– Eu te conheço, Effy. Melhor do que qualquer um, sei o que está sentindo – Ele falou.

Eu não acho que saiba – Falei e ele me olhou um tanto incrédulo por eu ter dito aquilo pelo o fato dele ser meu melhor amigo, mas ninguém sabia como eu realmente me sentia, eu demorei para saber o que ao menos eu sentia, ele sinceramente, não sabia.

– Como possivelmente pode falar isso? – Ele me perguntou e eu o olhei um tanto magoada, aquilo tudo me lembrava a minha antiga fase de vida, Emilly, Cook, meus pais, minha família, morte. Tudo estava tão confuso. – Effy? – Ele me chamava mas simplesmente minha cabeça estava longe, eu não estava mais aqui.

De repente, as memórias vieram à tona, lembranças, Emilly, Cook, minha briga com meus pais, tudo vinha à tona, eu havia perdido um pouco a memória mas agora estava algumas partes claras. Logo eu lembrava de uma fala minha, lembrava apenas do começo.

Se você fecha seus olhos... – Eu murmurava tentando me lembrar do resto, fechei os olhos fortemente.

– Effy? O quê há de errado? – Daryl me perguntava e eu continuava murmurando pois minha cabeça estava apenas cheia, as lembranças doíam, vinham vozes na minha cabeça, doía tudo! – Effy, pare – Ele falou e logo depois de um tempo eu continuava murmurando.

Eu não me lembro! Eu não me lembro! – Eu gritava desesperada, não sabia o que estava acontecendo de errado comigo. Vi que logo depois comecei a murmurar de novo, eu não controlava mais aquilo. Era tudo tão estranho, estava tudo tão frágil. Vi que Daryl me balançou pelos ombros, e eu simplesmente não consegui parar com aquilo. Ele se afastou de mim, e simplesmente me faltava ar.

– AH! – Gritei desesperada colocando minhas duas mãos na minha cabeça. – Saia da minha cabeça! – Gritei me jogando ao chão, doía tudo! Daryl veio ao meu encontro e se sentou ao meu lado, o abracei desesperada. – Tudo está tão frágil – Eu falei e ele me apertou contra seu peito, eu estava já desesperada pois não controlava mais aquilo. – Me leve para casa? Por favor! – Eu implorei para ele, e ele pegou a besta e colocou nas sua costas e colocou meus braços em volta do seu ombro, doía, tudo apenas doía. Ele pegou os esquilos e andou com uma faca na mão. Minhas armas e facas estavam no meu cinto mas eu não conseguia mais me manter calma ou ao menos matar esses Walkers. O quê há de errado comigo?

Andamos por muito tempo até avistar a prisão, perdi o meu senso. Daryl abateu alguns Walkers, por sorte não havia muitos. Chegamos na prisão e vi que a cerca estava no chão fazendo muitos Walkers entrarem, olhei em volta e vi tiros ecoando, gritos. O Governador. Rapidamente me soltei de Daryl, o vi largar os esquilos e sai correndo atrás da minha família. Eu iria os perder. O medo subiu perto de mim, Daryl correu atrás de mim e vi seu medo por Beth, olhei para trás e o vi, os olhos de Daryl estavam presos nos de Beth.

– Droga! Beth – Ele gritou indo correr atrás dela mas logo parou, e olhou para mim. – Effy – Ele me olhou e vi o medo em seus olhos, ele tinha medo de perder as pessoas.

– O quê está esperando? – Perguntei e o vi correr para me abraçar e ir atrás de Beth. Eu fiquei incrédula pois o medo me dominava, eu podia perder ele para sempre, eu podia perder todos ali para sempre.

P.O.V Daryl

Droga! A prisão estava sendo abatida! Eu estava assustado, assustado por Effy, por Beth, por todos ali. Vi ela com Judith nos braços, sendo protegida por Carl e Hershel que quando me viu logo se afastou para ir dar proteção a Maggie, Carl não saia do lugar, protegia as duas com tanta voracidade, via ódio no olhar daquele pobre garoto. Era horrível aquilo.

Fui ao encontro de Beth, abati alguns Walkers que conseguiram entrar. Vi Effy gritando que havia um jeito de colocar todos seguros na floresta então vi que ela iria seguir com as crianças, Carl, Hershel e algumas pessoas da prisão. Puxei ela carinhosamente por causa de Judith, e lhe dei um beijo, não foi lá um beijo grande, foi mais um selinho. Ah, se Merle visse isso.

– Para eu não me arrepender se algo acontecer – Sussurrei e vi ela ofegante, Carl puxou ela e vi ela indo embora, ela chorava. Tinha medo de me perder, ela se importava. Eu fiquei contente com aquilo. E comecei a ter algo pra viver, fora Effy.

P.O.V Effy

Corri e vi uma pequena brecha para as crianças ficarem seguras, mais ou menos, na floresta. Chamei todos e os levaram sem segurança. Vi Rick correr ao meu encontro e me deu um beijo, aquilo doía pois ontem ele não queria ao menos nem saber de mim. O beijo tinha uma mistura de beijo com abraço, de raiva, de mágoa, de amor, de medo. Havia muitas misturas ali dentro de um pequeno beijo. Tinha medo.

Eu te amo! – Ele falou e aquilo fazia meu coração doer. Não gosto disso.

– Não se atreva morrer – Falei e lhe dei mais um beijo.

Não se atreva me deixar – Ele falou e tive de deixa-lo ir, vi Carl protegendo Judith e Beth até saírem dali. O puxei para mim lhe dando um abraço.

– Eu amo você, garoto. Não desista – Sussurrei e o vi chorando e Beth o puxou indo embora, ela também chorava. Muitos choravam, ela iria me abraçar e falar comigo mas não tínhamos tempo para isso. Vi uma lágrima, uma dor minha, sair, não foi ao menos esperada, não tive culpa, apenas doía tanto que precisava expressar de alguma forma. Corri em direção a Carol ficando ao seu lado, ela estava meio escondida por estava abatendo todos os Walkers e alguns do Governador. Havia bastante ação ali. Vi Glenn e Maggie lutando contra os Walkers, assim como Daryl, mas Daryl estava com tanta raiva que matava até os soldados do Governador. Havia pessoas do grupo de Woodbury que estavam prontos para lutar pelas suas vidas. Vi que Carol foi abatida, não vi quando foi mas vi ela se retorcendo e caindo ao chão do meu lado. Eu gritei desesperada e parei de lutar, fui ao seu encontro. Sangue, havia muito sangue. Aquilo era ruim. – Eu não vou te perder, Carol – Gritei e vi ela lutando para viver, estanquei o sangue e vi que não daria para eu fazer nada a não ser fazer a coisa certa. Suspirei firme e me levantei, saindo das escondidas e vi que os tiros ecoando logo pararam, abatia alguns Walkers e fui em direção a saída. Vi Rick olhar para mim e para Carol.- Salve ela – Gritei e saí em direção ao Governador. Daryl iria correr atrás de mim porém foi parado por Glenn, e eu o agradeci por isso. Maggie gritava. Ela tinha medo. Vi isso em seus olhos, depois da nossa conversa, eu iria embora?

Aquilo doía mas era a coisa certa a se fazer, fui em direção ao Governador e pude ouvi uns gritos vindo da floresta, olhei em direção e vi Carl, aquilo doía mais que tudo. Hershel tapou a boca dela, e pude ver que Hershel chorava também, assim como Beth e muitas crianças. Fiz o sinal de Carl ficar em silencio mas aquilo não tapava sua dor.

O Governador tocou de leve em mim, logo tirei sua mão sem a menor delicadeza.

Não se atreva em tocar em mim – Falei e entrei no carro.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que a história está indo em um rumo totalmente diferente da série mas vou igualar, prometo!