Segredos De Um Submundo: A Escolhida escrita por Samy Armstrong


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo kkkkkkkk Caso encontrar algum erro, avise-me! eu espero que goste do capitulo e se interesse em ler o resto da historia :) Caso aprovado por algumas pessoas eu vou postar os capitulos semanalmente ♥ beijoooo, e boa leitura!!!



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O som ensurdecedor da explosão passou por meus ouvidos. Devastada pela dor e pelo cansaço eu desabei sobre o chão frio da caverna. Minha respiração se acelerou e comecei a delirar diante da dor dilacerante do veneno que corria pelo meu corpo. Mas tinha certeza de que James não era uma alucinação, ele realmente estava desesperado para me tirar dali. Com minha visão já debilitada, vi apenas o vulto do Brendan á me olhar de pé. A ultima coisa que vi foi James derramar algumas lagrimas de desespero e então tudo se tornou escuro e eu apaguei de vez.

Eu nunca imaginei como eu iria morrer talvez velha e com alguma doença terminal. Abandonada em um lar de idosos, como pessoas normais morrem. Mas eu estava errada, eu não era uma pessoa normal. Meu nome é Kimberly Sanches e recentemente descobri que eu era uma anja negra. Pertencente á um Submundo muito diferente, chamado Krador. Eu era a escolhida da profecia para salvar o Submundo que era lar dos anjos negros, magos e Metamorfors. Eu sei que tudo isso parece muita maluquice, eu também achei isso quando descobri. Mas depois de um tempo, eu descobri que estava mais envolvida com toda essa maluquice do que jamais imaginaria. Eu amava aquele lugar, amava aquelas pessoas e era por isso que tinha dado minha vida para protegê-los.

Mas antes de saber se eu sobrevivi, deixem-me explicar como cheguei ate aqui. Tudo começou há um mês e meio. Em uma pacata terça-feira, por volta das nove e meia da noite eu voltava para minha casa, no vilarejo de Halmenschlager, no rio grande do sul. Mesmo que tenha percorrido este caminho umas quinhentas mil vezes, em horários até mais tarde. Aquela noite estava pará-la de estranha, o ar estava frio e a lua tinha um brilho sombrio. E eu com um mau pressentimento de que algo ruim iria me acontecer. Eu me arrependia amargamente de ter ficado ate tão tarde na casa da minha melhor amiga Natasha.

Conforme eu me aproximava de casa, uma pequena moradia azul de pintura desbotada. A frente dela havia alguém sentado no banco. Não era possível identificá-lo, pois ele usava uma capa que o cobria por inteiro, inclusive o rosto. Deveria ser apenas um andarilho. Mas essa suposição me deixou ainda mais apavorada. Há alguns dias, eu vi no noticiário o assassinato de uma jovem. O mendigo esfaqueou-a por que ela se recusou á lhe dar uns trocados. Eu não queria ser a próxima vitima deste mendigo perturbado, levei a mão ao bolso da calça. Que alivio, havia algumas moedas. Agora era só entregar os trocados e correr para dentro de casa.

Calma Kimberly, você não vai ser morta por um mendigo, é só cruzar a calçada e você estará na porta de casa. Com as pernas bambas, caminhei ate a porta passando pelo individuo, que levantou-se e veio atrás de mim. Virei-me para entregar as moedas, quando ele avançou para cima com uma faca. Encolhi-me e gritei com o susto. Como um vulto, alguém surgiu e afugentou o andarilho que literalmente desapareceu no ar. Meu misterioso defensor desapareceu em questão de segundos. Olhei confusa para os lados, eu estava sozinha. Recuperei minha postura e corri para dentro de casa, abrindo a porta e a fechando-a rapidamente. Escorei as costas na mesma, mirando com meus os olhos verdes arregalados, um ponto fixo. Na tentativa de entender o que havia acontecido.

Minha mãe olhou-me confusa, entrando na cozinha.

–Tudo bem filha? – ela disse – Aconteceu alguma coisa? Você esta pálida.

Pensei por alguns segundos em dizer á ela o que tinha acontecido, mas ela não acreditaria.

–Não foi nada mãe – disse com a respiração acelerada – Eu só assustei com os gatos da vizinha – forcei um sorriso pequeno para que ela acredita-se eu que estava bem.

–Ah esses gatos, – ela exclamou – Ainda vão nos matar do coração – sorriu simpática.

Me forcei a sorrir em resposta e subi em disparada ate meu quarto. Entrei apressada e bati a porta. O ar circulava a trezentos por hora pelos meus pulmões, me olhei no espelho, eu parecia a noiva cadáver de tão pálida. Ate parecia que meus cabelos ruivos realçavam minha palidez. Eu já era branquela, estava quase transparente. Meu estado era de quem tinha acabado de topar com uma assombração, se bem que eu não estava longe disso. Sentei-me na cama e desabei para trás. Meus olhos se voltaram para os inúmeros desenhos pregados nas paredes. A maioria sobre a mesma figura masculina. Penetrantes olhos violetas que pareciam invadir minha alma. Cabelos negros e curtos, sobre a pele branca que envolvia tentadores lábios rosados. Este rosto aparecia em meus sonhos á quase duas semanas, e desde então eu desenhava-o.

*************************************

Coloquei pesadamente o copo sobre a mesa do pátio da escola e sentei-me irritada junto á Natasha.

–Mais que droga Sasha, eu não estou ficando louca – disse irritada – Eu juro que isso aconteceu.

–Eu sei que você não esta louca Kim, mais é meio difícil de acreditar nessa maluquice – Natasha levou o copo de café á boca e tomou um gole – Mais eu estou tentando acreditar em você. Acredite – ela sorriu – Estou mesmo.

–Você não esta sendo uma boa melhor amiga sabia? – estreitei os olhos na direção dela – Como minha amiga você devia me apoiar não me chamar de maluca.

–Por deus Kim, eu estou tentando ta? Mais é muito difícil acreditar com certeza que um mendigo tentou te matar e um vulto preto apareceu do nada e te salvou. Tudo isso tarde da noite na frente da sua casa – ela virou o resto da bebida na boca – Mais vai que o misterioso cara que você vem sonhando ultimamente não aparece e te da umas explicações – ela riu.

Olhei-a com a expressão brava. Mas ainda sim não conseguia ficar com raiva da Sasha, ela era uma irmã de consideração. Eu a conhecia há quase quatro anos, eu amava aquela baixinha. Não tão baixinha, ela media por volta de um e sessenta e um e setenta, e mesmo assim era mais alta que eu. Sasha tinha belos olhos castanhos e longos cabelos castanho escuro.

–Muito engraçado Natasha Siders, realmente muito engraçado – ironizei.

A campainha soou, avisando que a aula ia começar.

–Esta certo, Kim – ela levantou-se da mesa – Eu acredito em você ta? Não cem por cento mais uns oitenta e cinco por cento – ela me lançou um olhar amigável – Melhor assim?

–Ai, esta bem sua doida fanática por paçoca – tentei permanecer séria enquanto me levantava, mais deixei escapar uma risada em resposta á careta de amor dela ao ouvir a palavra paçoca.

Natasha realmente era apaixonada por este bendito doce de amendoim.

Uma corrente pequena de ar passou por nós, movendo os grossos fios longos, castanho escuro de Sasha. Um sorriso meigo apareceu em seus lábios finos enquanto nós caminhávamos.

–É melhor nós irmos pra sala ou o Frederick vai nos dar novos apelidos desagradáveis – ela riu junto á mim – Ah, Siders você é uma mosca morta, e a Sanches é um mau elemento.

Aquele professor realmente tinha uma implicância muito grande comido. Era Sanches isso, Sanches aquilo. Sanches você é uma péssima aluna, um mau exemplo e tudo mais.

–Eu não tenho culpa que ele é um velho solitário e que não é amado nem pelos gatos dele – disse provocando um riso na fanática por paçocas.

–Acho que nem os gatos aguentam ele– ela riu e entrou na sala.

–Devíamos comprar uma boneca inflável pro Frederick – eu ri ao passar pela porta atrás da Sasha.

–Ai, por favor, senhor Dinquers não faça xixi na minha cama – Sasha imitou a voz aguda do professor.

Antes de chegarmos á nossas carteiras o dono dos trinta gatos mais infelizes de Halmenschlager entrou apressado jogando seus pertences sobre a pequena mesa.

–Pessimo dia, seus ratos pulguentos – Frederick gritou – Espero que tenham feito o dever de casa – ele nos olhou de cara azeda.

Frederick era o típico professor chato e implicante, ele lecionava nesta escola á uns doze anos e era meu professor de matemática á três anos. Era o tipo que sempre reclamava de tudo, nada nunca estava bom e seu passatempo favorito era pegar no meu pé. A Natasha ele não perturbava tanto, por que ela era mais calada, mas o fato de eu retrucar as provocações dele o tirava do serio.

Ele inclinou-se sobre sua barriga circular, abaixou os óculos e olhou fixamente para algum ponto.

–SANCHES! – ele gritou assustando á todos da sala – O que é de tão engraçado para você estar rindo diante da minha presença?

–Nada, professor Frederick – eu disse – Apenas uma piada que a Sasha contou.

–Hum, então acho que a senhorita Siders gostaria de compartilhar a piada conosco. Por que acredito que todos nós gostamos de rir.

Ele olhou desafiadora Natasha. Ela abaixou a cabeça, constrangida por ter todos aqueles olhares voltados para ela.

–Frederick – disse uma voz feminina na porta da sala.

O rechonchudo voltou sua atenção á mulher parada a poucos metros dele.

–Sim, senhora diretora? – disse ele.

–Venha ate aqui um minuto.

Ele se locomoveu a passos curtos e lentos. Talvez toda aquela banha pesasse muito. Tive de segurar o riso ao pensar nisso.

–Sim senhorita? – disse Frederick.

–Senhor Frederick, este jovem é nosso mais novo aluno – ela disse apontando o adolescente moreno ao lado – Gostaria que você o apresenta-se para sua classe, e desse á ele as instruções da escola.

–Ah sim, claro senhora diretora – ele assentiu educadamente.

Era irritante o jeito que ele agia como um cãozinho com a diretora, enquanto era grosseiro com seus alunos.

Frederick voltou para a sala no mesmo ritmo de antes.Àsvezes eu imaginava ele e uma tartaruga apostando corrida, acho que ela iria ganhar bem fácil. Nunca vi um quarentão andar tão devagar. Seguido dele, entrou o novo aluno.

–Ratos de laboratório – gritou – Este é o Senhor James Trevis McRich – apontou o belo moreno parado na porta – E ele será nosso mais novo colega.

Eu ainda não tinha posto os olhos no novo aluno. Olhava a Atitude da Sidney – uma doida que pensava que éramos inimigas– diante do garoto. Ela olhava-o como a mais nova linha de roupas da Coco Chanel. Como se estivesse com fomee ele fosse um belo sanduiche. Olhei-o para ver se realmente era tudo isso. E quase infarto no meio da sala. Arregalei os olhos e permanecei olhando-o. Não, aquilo não era real, aquele era o garoto com quem eu vinha sonhando ultimamente. Pelas barbas do profeta, ele era real e ele estava bem ali. Agora mesmo que eu tinha ficado maluca. Virei-me para olhar a Sasha, e ela me encarou com espanto. Eu sorri vitoriosa como se dissesse ‘’como foi mesmo o seu comentário sobre o cara que eu estava sonhando aparecer?’’.

O novato dirigiu-se charmosamente ate uma carteira no fundo da sala. As vestes pretas davam-lhe um ar de garoto mal. Eu havia me esquecido diante do meu surto mental que estava observando-o minunciosamente, ate que os olhos violetas dele se cruzaram com os meus. Virei de imediato e me afundei na dura cadeira, tampando os olhos. Não, não aquilo definitivamente não estava acontecendo.

–Bem pragas, vamos começar essa aula com um trabalho em dupla – ele mirou James – Queira me perdoar Senhor McRich, mas era o planejado para a aula de hoje.

James sorriu educadamente e assentiu.

–Se organizem em grupos de três – continuou Frederick – E como eu quero ser bonzinho com o mais novo rato, Senhor McRich, você irá fazer com Sidney e Beverly já que não esta enturmado com ninguém.

Ele apenas concordou com a cabeça e moveu-se na direção da Sidney com uma cadeira e sentou-se ao lado dela em meio ao mar de adolescentes que se ajeitavam em seusgrupos. Acho que eu devo estar impressionada demais com ele, mas a forma com que ele carregou a cadeira fez parece que ela não pesava nem uma grama. Sasha virou a cadeira da carteira e sentou-se na minha frente.

–Kimberly – ela estalou os dedos na frente do meu rosto me despertando da observação. – È melhor parar de secar o cara novo, a Sidney já esta olhando com aquela cara de vaca dela.

–Você esta vendo o mesmo que eu? – disse atônita.

–O que? O cara dos seus desenhos? – ela disse irônica– É estou. De repente sua historia não parece tão maluca assim – ela voltou sua atenção para o grupo de Sidney – E a má noticia é que ele não para de olhar para cá.

–Mais que droga – virei-me para olhar e meus olhos se encontraram com os dele – Ai eu quero morrer.

*********************************

Girei o cadeado de senha do meu armário e abri a pequena porta verde musgo. Antes que eu percebe-se uma mão fechou o armário com força. Virei-me e lá estava a Sidney. Que na verdade era só alguém que implicava com todos e amava me encher o saco.

–Não pense que você vai me passar à perna sua mosca morta – ela disse ríspida.

–E me lembre por que mesmo eu faria isso Sidney?

–Não se faça de idiota – ela gritou – Eu vi você secando o James na aula agora pouco. E não se por que ele ficava olhando para você – ela me apontou o dedo com uma unha postiça rosa – Você trate de ficar bem longe do James, pois ele será meu. Ouviu?

–Pelo que eu me lembro você já tem namorado e ele se chama Max – o garoto por quem eu secretamente tinha uma queda – E não precisava ter se dado ao trabalho de vim me incomodar, eu não quero nada com ele – sorri irônica.

–Não tente me enganar – ela gritou – Por que olharia tanto se não tem nenhum interesse.

Arqueie a sobrancelha diante daquele surto de patricinha. Bufei de canto, tirando uma mecha da franja que tinha caído no olho.

–Os motivos do por que eu estava olhando, não é da sua conta Sidney – olhei com desdém – Sejam felizes O.K? Eu não quero nem lembrar da existência de vocês dois.

Dei de costas e caminhei para longe daquela patricinha neurótica. Virei o corredor e me abaixei sobre o bebedouro. Apertei o botão para tomar agua. Quando uma voz me assustou e quase me fez morrer engasgada.

–Mais que droga – me virei irritada – Qual é o seu problema?

–Sanches não é? – James disse cético.

–Sim, o que você quer? Depois de quase me matar afogada.

–Eu gostaria de conversar com você.

–Olha, escute – disse sem paciência – Eu estou mais do que afim de me manter longe de você, por que eu quero evitar que a babaca da Sidney venha me encher o saco de novo. Então eu pretendo ficar o mais longe possíveis de você, que ela considera como pseudo namorado então não temos nada para conversar.

–Não me importa aquela tal de Sidney – James disse serio – Eu preciso falar com você.

–Será que você não ouviu o que eu disse? – alterei a voz – Some!

Segui corredor á frente ate a porta de saída.

–Você vai ter que ouvir – James disse assim que passei pela porta – Quer goste ou não.

–Você é burro ou o que – me virei – Eu vou ter que soletrar a palavra some para você?

Continuei a andar sumindo da vista de James.


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Notas finais do capítulo

Entãaao? Gostou? Riu? kkkkkk Minha intençao eh divertir o leitor kkkkk Caso tenha ficado confuso a historia é narrada pela principal a Kimberly! Bom, ate mais, beijinhos ♥



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