Angels and Devils escrita por FChastel


Capítulo 14
I miss you


Notas iniciais do capítulo

OLHEM A CAPA!!!!!
Aehoo gente!
Demorei né? Mas to aqui! E com capítulo novo!
FEITO POR MIM COM AMOR PARA VOCÊS!
Minha semana de provas ta chegando (chessus) e esperem pelo atraso!
Aproveitem, falo mais nas finais!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/525774/chapter/14

ANGELS [AND DEVILS]

I MISS YOU

Dois dias se arrastaram preguiçosos e quentes. Sozinho no quarto Ichigo saia do banho frio, olhou em volta antes de se vestir, e então se jogou na cama de modo preguiçoso. Os músculos agora relaxados ainda apresentavam dores do treinamento de poucas horas atrás, virou-se lentamente na cama e gemeu um pouco ao sentir a dor nos ombros. Fazer duzentas e dez flexões não era fácil, sem contar as abdominais, a corrida, a prática de corpo a corpo e a luta com espadas.

A imagem do sofázinho apareceu em frente aos seus olhos cansados. Rukia. Ela não aparecera sequer uma vez em dois dias, não havia dado notícias nem nada do gênero. Havia feito algo de errado? Será que ela não tinha gostado da “aproximação” dele? Só de pensar que ela poderia não voltar desesperava o ruivo.

Mas ela não podia abandoná-lo, certo? Ela mesma dissera que não podia deixa-lo, que não era assim tão simples. Se for assim, então por que diabos ela sumira? Por que o havia deixado sozinho? Aquilo o perturbava. Rukia passara a ser algo necessário, havia se acostumado demais com a incessante presença dela, portanto, agora que ela não estava ali, sentia que havia algo faltando. E realmente havia.

Quando mais dois dias se passaram sem notícias da morena Ichigo decidiu deixar o orgulho de lado e perguntar á sua mãe se ela sabia de algo. Rolou na cama até sair dela e andou lentamente pelo corredor enquanto, por baixo da camiseta, coçava o peito. Bocejou enquanto batia na porta, a mulher atendeu prontamente.

— Filho? – Masaki tocou o rosto do ruivo. – Algo te preocupa? – Claro que sim, e ela sabia.

— Rukia. – Disse enquanto segurava a mão da mãe. – Ela não dá sinal de vida há quatro dias. Sabe o que pode ter acontecido?

A mãe colocou os cabelos atrás da orelha enquanto parecia pensar.

—Ela não me disse nada, mas creio que seja devido a relatórios que ela deve apresentar aos superiores. Acontece bastante. Não se preocupe Ichigo, assim que puder voltar ela voltará, e se ela não te disse nada é porque você ficaria preocupado. Confie nela.

Beijando o rosto do filho ela saiu do quarto. Ichigo suspirou mais uma vez antes de segui-la até a sala.

X-------------------------X-----------------------------X--------------------------X-----------------------X

— Renji! – Chamou pelo rapaz que estava alguns metros a sua frente.

O ruivo virou-se rapidamente ao reconhecer a voz que o chamava, sorriu ao ver a morena correr em sua direção.

— Te deixaram sair daquela casa? – Ele tinha um ar debochado enquanto continuava a andar. – Ou você fugiu?

— A resposta é óbvia, Renji. – Rukia acompanhava os passos largos do maior com certa dificuldade.

O outro riu e continuaram a seguir pela estreita rua vazia.

— Já está liberada? – Ao fitar a garota viu que ela acenava negativamente com a cabeça. A mesma suspirou.

— Ainda tenho que passar por duas audiências. E, exceto pelo capitão, estão todos no meu pé. – A expressão de desagrado no rosto dela divertia o maior.

— Sei...

E o silêncio ficou entre os dois por um tempo, por algumas curvas da rua que seguiam, até que ele decidiu se manifestar.

— Sobre o garoto... – Ele hesitou. – Gosta dele?

— Ciúmes? – Ela tentou desviar.

— Ora, Rukia. Sabe muito bem que sou ciumento! – Havia um pouco de aspereza na voz dele. – Não quero que você...

— Pois isso não irá acontecer! Deixe de ser tão ciumento! – Ela riu e segurou o braço do maior. – Sabe que não importa o que aconteça, eu sempre vou te amar. Muito!

Ainda fazendo birra Renji aceitou um abraço da moça. Rukia era simplesmente, tudo pra ele.

X-------------------------X-----------------------------X--------------------------X-----------------------X

— O que devemos fazer agora senhor? – O homem, de joelhos em frente ao outro, dizia com a voz um tanto temerosa. – Parece que a guardiã do garoto tem cartas na manga.

O outro se manteve calado, sorveu mais um gole de seu chá e depois sorriu. Levantou-se e andou até uma das janelas do local escuro, fitou a penumbra que cobria cada canto do lugar e então se voltou novamente para o homem de joelhos no chão.

— Precisamos trazê-lo até aqui. – Disse como se fosse óbvio, e de certa forma era. – Já estou trabalhando nisso, Gin. Não se preocupe.

Os olhos sedutores e castanhos fitaram os azuis do outro, que sorriu. Um sorriso malicioso. Os cabelos prateados balançaram levemente quando este se levantou e se aproximou do moreno, também fitou a escuridão a sua frente.

— O que pretende senhor? – A respiração quente assustou um pouco maior, porém se manteve inabalável.

— Tem uma garota que parece ser importante. Colheram algumas informações a meu pedido, ela pode ser uma boa isca. – Virou-se para Gin. – Não tenho duvida de que ele faria de tudo para resgatá-la, só preciso de um pouco mais de tempo.

Gin sorriu, surpreendeu-se com o que o maior dissera, porém não podia negar que era um ótimo plano. O som das portas batendo fez com que os dois se afastassem, um homem de cabelos azulados entrou no local, parecia de mau humor. Olhou os outros com o canto do olho e os ignorou.

— Grimmjow-kun, não devia ser tão mal educado! – Os cabelos prateados apenas não cobriam o sorriso que esticava os finos lábios.

Levantando o dedo do meio ele continuou seu caminho. O homem riu enquanto o outro andava de volta para a cadeira onde estava.

— Traga-me mais chá Gin. Por favor.

— Sim Aizen-sama. Estarei de volta num minuto. – Retirou-se lentamente enquanto os olhos castanhos acompanhavam suas costas.

X-------------------------X-----------------------------X--------------------------X-----------------------X

— Caramba! – O homem esbravejou enquanto se esticava. – Essa foi boa, Kurosaki-san!

Convencido, o outro girou a espada, gotas de sangue foram lançadas no ambiente. O corte no ombro de Urahara não era fundo, nem grande, mas era o primeiro que este havia sofrido em uma semana.

Pegando uma toalha o ruivo secou o suor que lhe escorria pela face e desativou a armadura ao olhar para o relógio. Era hora de voltar.

— Então estou indo, Urahara-san! – Com um aceno pegou suas coisas e se foi.

Os passos ecoavam pelas ruas escuras, as luzes dos postes periodicamente iluminavam a figura que caminhava lentamente pela calçada. Parou um minuto para admirar a lua, estava maior hoje, pelo menos era o que parecia, e seu brilho prata tingia tudo o que tocava. Kurosaki Ichigo nunca se cansava de olhar a lua, sua beleza era totalmente oposta a do sol, mas não deixava de ser tão bela quanto a deste.

Continuou seu caminho pensando em tudo que havia acontecido, e como tudo parecia muito louco. Sorriu para o nada enquanto atravessava uma pequena avenida. Apesar de estar em perigo, ter algo em si que tinha um grande poder, descobrir que seus pais não eram apenas humanos, assim como ele, ele gostava daquilo. Principalmente devido a Rukia. Porque, sinceramente, aquela garota era perfeita.

Entrou na casa e cumprimentou a todos, rapidamente enfiou-se debaixo da água quente do chuveiro. O vapor d’água embaçava o vidro do Box, tocou a superfície com a ponta dos dedos enquanto a água quente lhe tocava as costas. Desenhou asas, não era bom de desenho, mas ele nem se importava.

Uma semana já havia se passado, sete dias sem nenhuma notícia. Um sentimento estranho abraçava Ichigo todos os dias, desde a hora em que se levantava ao momento que ia se deitar. Naquele momento se sentia daquele jeito, e ele já não podia suportar.

Saudade? Era uma das explicações que aquilo possuía, já que solidão não era viável. Era como se houvesse um quebra cabeça de três mil peças na sua frente e ele estivesse perfeito, exceto por uma única e minúscula peça que faltava. Na verdade não fazia tanta diferença, a imagem ainda estava ali e compreensível, mas só pelo fato de ela faltar já atrapalhava.

Era assim que se sentia com relação à Rukia, ou melhor, com relação à falta dela. Sentia que por mais que estivesse tudo em seu lugar, que estivesse tudo dando certo, ainda não estava tudo bem, e ele odiava aquilo.

Jogou-se na cama sem fome e ficou olhando o sofázinho.

— Sinto sua falta. – Resmungou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem reviews, recebi poucos no último capítulo :(
Valeu amores e Tchau!