Então, depois de almoço, Luís conversou com os irmãos e a irmã:

– Olhem, já sabem de hoje á tarde?

– Sim. Fomos informados pela mãe- disse Edgar, brincando com pequenas bolas de fogo produzidas por ele

– O que acham disso?- perguntou Luís

– Bem, nós achamos que é uma boa ajuda para o futuro mas não sabemos se isto fará bem á nossa relação- afirmou Isabela

– Porque pensam isso?- perguntou Luís preocupado

– Pensa bem. E se isto nos afastará uns dos outros? E se nunca mais voltaremos a ser como somos agora?- declarou Isabela

– Bem, não saberemos se não tentarmos, e também eu acho que nunca isso irá acontecer. Olha como estamos agora, estamos bem e é impensável isso acontecer- explicou Luís

– Se viste esse livro, porque não o trouxeste?- perguntou Miguel

– Não o trouxe porque estava atrasado para as aulas

– Vamos já buscá-lo antes de que o levem- disse Miguel

Assim foram. Por sorte, conseguiram encontrar o livro e levá-lo. Quando já estavam ao pé do lago, Miguel olhou para o relógio e foi-se embora depois de avisar os irmãos.

Entretanto, chegou Edgar. Viu os dois irmãos e também foi ver aquele livro.

– Que livro é este?- perguntou Edgar, olhando para o livro

– É um livro sobre os nossos poderes. Aqui.- explicou Isabela, apontando o dedo para um símbolo do fogo- Olha, está aqui a dizer que os condutores, que são pessoas portadoras de poderes, com poderes de fogo conseguem até criar vulcões através deste ritual e da sua prática e que podem fazer escudos de fogo.

– Boa. Mostra-lá- disse Edgar, tirando o livro das mãos do Luís

– Não vais ter muito tempo para isso. Já está na hora de irmos- avisou Luís

Então eles foram ter com o Eduardo a um novo campo com várias zonas de cada elemento: Água, Fogo,Terra, Ar e uma zona no centro que representa a combinação de todos, a Luz. Havia, ao lado, uma casinha pequena onde estava Eduardo e Miguel

– Boa já chegaram. Agora irei vos explicar como irá isto funcionar: Haverá uma ronda livre em que cada um poderá estar no seu `` território´´ para lutarem, seja qual for o vosso poder, só não podem estar no centro. Depois haverá uma ronda para cada um em que terão de executar certos feitiços e rituais, e consoante a sua força e precisão, darei uma avaliação. Compreendido?

– Sim- disseram todos

– Muito bem. Agora escolham a vossa Arma de Eleição.- disse Eduardo

– Arma de Eleição? O que é isso?- perguntou Luís

– Arma de Eleição é a arma que vocês escolheram para combater. Têm á escolha quatro armas e quatro pedras do poder. As pedras do poder serviram para ativar as vossas armas, consoante o vosso poder, caso contrário, a vossa arma só é uma arma normal e sem poderes, mas basta tocar numa pedra e ela torna-se vossa. As quatro armas são: um arco e flechas, uma espada, uma varinha e um machado- explicou Eduardo

– Nós não treinámos com estas armas!- exclamou Isabela

– Não se preocupem. Vai ser fácil. Agora escolham.

Então todos escolheram: Luís escolheu o arco e flecha, Edgar escolheu a espada, Miguel escolheu o machado e a varinha foi para a Isabela. Depois, todos tiraram uma pedra e inseriram numa ranhura circular em cada arma. A seguir, foram todos para os seus lugares.

– Olhem só as horas, vou chegar atrasado. Tenho que ir ter com o Eduardo. Adeus- disse Edgar, olhando para o relógio

– Adeus.

Depois de Edgar sair, eles foram dar um passeio pelo reino. Pararam ao pé de lago azul e era ali que Luís gostava de estar. Aí, comeram e conversaram:

– Não te podes esquecer de ir ter com o Eduardo, Miguel- disse Isabela

– Pois, se não vou chegar atrasado e eu não gosto disso- respondeu Miguel

– Bem, vou vos contar uma coisa que me aconteceu. Tudo começou quando estava na biblioteca. Estava lá para levar um livro para ler, mas havia tantos que não sabia qual haveria de escolher. Então, foi aí que vi um livro que se chamava ``Guia das Descobertas Sobrenaturais´´. Ele brilhava e tinha símbolos na capa que representam os nossos poderes. Abri-o e depois vi histórias sobre Antigos feiticeiros e poderes mágicos. Se calhar é isto de que precisamos para aprender um pouco mais- contou Luís

– Muito bem. Agora vou vos ensinar um feitiço de defesa rápido para se protegerem rapidamente de ataques velozes. Neste campo, é mais fácil de o executar, mas noutros sítios tem de ter mais força, concentração e precisão. Por isso, esvaziem a mente e concentrem-se no chão onde pisam para os vossos poderes se aproveitarem do solo e da vossa mente e para haver uma melhor eficácia do escudo. Para tudo isto acontecer, têm unir as mãos e fechar os olhos- informou Eduardo

Todos fizeram isto e o escudo de Luís foi o que formou mais rápido, se calhar por ser o forte e concentrado. O escudo dele começou a formar-se quando duas bolas de cristal rodavam á volta dele e foi formando uma parede de gelo á sua volta. Era isto que teria de acontecer aos outros para completar ritual, só que o escudo seria feito do respetivo elemento. Então, por fim conseguiram acabá-lo.

– Como devem ter reparado, as duas esferas circulares que rodavam á vossa volta são também uma ajuda para se protegerem. Elas chamam-se Souls e iram vos ajudar a executar rituais e feitiços, pois dão mais força e precisão mas só irão aparecer quando precisarem delas,por exemplo quando estão fracos ou precisam de defenderem-se rápido. Muito bem, agora vai começar a ronda livre- explicou e avisou Eduardo

O receio dominava o campo de batalha, mas não havia tempo para isso. Eduardo começou a contagem:

– Estam prontos? Só podem lutar quando eu der sinal com a mão. Então aqui vai! 3, 2, 1. Começar!

A batalha tinha começado. O primeiro a atacar foi Luís com bolas de gelo, que lançou-as para todos os outros, mas todos conseguiram defender-se com o feitiço de proteção rápido que Eduardo os ensinara. Isabela atacou a seguir com a varinha, que lançou tornados enormes. Era muito difícil protegerem-se daquilo, mas Luís usou uma seta que fez congelar o tornado. Miguel ripostou com vastas ondas de terra a irem na direção deles. Todos saltaram e Edgar lançou várias espadas em chamas. Protegeram-se todos com o feitiço rápido de proteção. Todos estavam a lutar, mas houve um momento em que Luís parecia invisível, pois ninguém atacava-o. Foi então que ele se lembrou de uma coisa daquele livro que recentemente tinha ido buscar á biblioteca, Um ritual de explosão para qualquer poder. Bastava lançar uma flecha para as nuvens, explodi-la para criar uma cúpula de gelo enorme e depois tinha que sentar-se e concentrar-se no ritual e no poder, esvaziar a mente para ter maior eficácia e por as mãos no ar para as Souls ajudarem a dar mais poder. Tudo isto aconteceu e um raio de gelo caiu sobre a Luz que fez com que os quatro irmãos fossem para trás e todos os objetos também.

– Abriguem-se! Eu vou parar isto!- exclamou Eduardo

Das mãos de Eduardo saiam feixes de luz que atingiam o raio de gelo e penetravam-no e as duas souls dele, que rodavam á volta daquele feixe de gelo para regular a sua potência. O feixe de gelo ia abrandando de força, até que parou mas, por sorte, só congelou o chão. Depois de tudo assentar, reuniram-se todos no centro.

– Ok Luís, é bom que tenhas razões suficientes para explicares isto!- interrogou Eduardo, furioso

– Muito bem. Executei aquele ritual porque parecia que ninguém estava a ver-me e pensei que não fazia mal em fazer isto, só que não sabia que iria ser assim- informou Luís, um pouco tímido

– Donde viste esse ritual?- perguntou Eduardo

– Vi naquele livro que está naquela cadeira- respondeu Luís, apontando para o livro

– Oh não. Já suspeitava. Muito bem, de agora em diante não podem mexer mais naquele livro. É perigoso, pois podem levar a gigantescas catástofres- anunciou Eduardo

– Mas porquê? Acho que não vai ser perigoso- perguntou Luís

– Aquele livro foi criado por o maior de todos os feiticeiros e condutores, Ceony.