A Song for You escrita por HannibalLecter


Capítulo 1
A Song for You


Notas iniciais do capítulo

Eu escrevi essa história em Abril. E até sexta eu atualizo Overdose. Prova que eu escrevo fluffy sim .



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Uma chuva fina havia começado a cair, o dia estava cinza e era um fim de quinta-feira. John tentava destrancar a porta de 221B, com as mãos cheias de sacolas. Ele se sentia um pouco irritado por ter tido que sair novamente para comprar algumas coisas pro apartamento, quando era a vez de Sherlock.

Abriu a porta, e a fechou atrás de si. Logo notou o agudo mas harmonioso som de fundo que via de cima. Sherlock devia estar tocando o violino.

- Olá. – John colocou um dos pés para dentro da sala,buscando Sherlock que devia estar parado no meio da sala, com o violino apoiado entre seu queixo e ombros. E nada.

Deu de ombros, e se dirigiu para a cozinha. Planejava sair mais tarde, era seu aniversário, e Sherlock não tendo lembrado disso, não o tinha surpreendido. Ele não esperava que o detetive o fizesse, de fato, mas no fundo tinha ficado um pouco triste. Vivia com Sherlock a anos, ambos conheciam o pior e o melhor do outro, mas novamente, John não havia se surpreendido com o fato de Holmes ter esquecido seu aniversário, talvez ele nem sabia, como lembraria de algo tão insignicante quando mesmo o fato de o Sol girar em volta da Terra não era lembrado por ele ?

O médico fez uma careta quando terminou de guardar as compras na geladeira e a fechou. Novamente notou o som de violino.

- Sherlock ? – John chamou, mas não recebeu nada em troca. Tentou seguir o som e este parecia vir do quarto do moreno.

O som era delicado e forte ao mesmo tempo, muito harmonioso parecia transmitir algum sentimento triste que enchia o coração do compositor.

- Sherlock? - John chegou à porta do outro, que não estava fechada e chamou-o com a voz que falhou em forças. Sherlock estava no meio de seu quarto, o qual estava surpreendentemente arrumado, em frente a um tripé com uma folha neste, cheia de rabiscos feitos a lápis. O mais alto estava com os olhos fechados e tocava, movimentando lentamente de um lado pro outro, nos calcanhares de seus pés nus, com seu roupão azul acompanhando cada passe.

Então a música cessou rapidamente e Sherlock abriu os olhos num lapse de segundo, e ficou parado ali de costas, tentando ver a figura a porta com o canto dos olhos.

-Acabei de voltar do mercado…hm, que música é esta? É bonita, nunca tinha ouvido você tocar. – John disse, forçando um sorriso.

E nada veio do detetive.

-Sherlock, tá tudo bem ? – John adentrou no quarto do Holmes, e quando este se aproximava, o que estava antes parado se mexeu e agarrou a folha que estava apoiada no tripé.

- Sim, está tudo bem. Trouxe amônia ? – Sherlock perguntou dobrando a folha e guardando no bolso do roupão, tentando mudar o assunto logo.

- Ah, não,não passei na farmácia, eles estavam fechados, acho que estão em reforma. – John dizia enquanto olhava o quarto do amigo no qual havia poucas vezes entrado. – Você não me respondeu sobre a música . – Parecia que a tentativa do mais novo não havia passado despercebida.

- Nada, perdi uma partitura e estava tentando recompo-la. E ovos ? Os trouxe ? – Sherlock agora havia pousado seu violino em sua cama.

-Ah droga! Os malditos ovos, sabia que tinha esquecido algo. – John pressionou sua testa contra os dedos, teria que sair de novo. Sabia que Sherlock não sairia, mas tudo bem, voltaria e compraria os benditos ovos e então chamaria Greg para um pub.

- Então ?…

-Ah sim, bem eu vou buscar os ovos e então sairei pra um pub com Greg, hoje bem…

John esperava alguma reação a mais nos olhos do outro que apenas levantou uma sobrancelha em sinal de “e?”

-Hoje não me sinto muito no espírito de ficar em casa, apesar do frio – John deu um sorriso amarelo – Então quer vir ?

-Não obrigado, vou terminar minha pesquisa com os ovos. – Holmes se virou e desceu à sala.

-Certo, então, volto daqui a pouco.- E se botou pra fora na fria noite, sem chuva pelo menos.

.

Levou mais tempo que John esperava, um casal havia brigado no mercado e causado certa confusão, com direito a intervenção da polícia. O atraso havia feito John ficar irritado, e quando olhou para a janela do apartamento B, com as luzes acesas, um pouco cansado.

- Eram só ovos, certo? Porque hoje eu não volto mais para aquele maldito lugar. – John disse adentrando o apartamento, e dando de cara com a luz deste baixa, com algumas velas na estante e Sherlock de costas para ele, com o violino apoiado sob seu queixo, mas sem nenhum movimento.

John fechou devagar a porta atrás de si e com todo cuidado caminhou até olhar a cozinha, que estava com a mesa feita, com um jantar espetacular em cima, John olhou Sherlock que ainda estava parado ajeitando as cordas do violino.

- Sherlock? … – Então Sherlock olhou para o médico. John pode ver que este estava muito bem arrumado, com sua camiseta social roxa, calça e sapatos sociais, diferente do detetive dessarumado de minutos atrás.

- Por favor sente, John. – Sherlock voltou sua atenção ao violino. John concordou com a cabeça e obedeceu, se perguntava o que Sherlock havia destruído.

-Não John, eu não quebrei ou coloquei fogo em nada, apenas sente-se – Sherlock disse antes de começar a tocar.

O som começava com um longo e médio som agudo, típico de violino. Começava triste mais logo se transformou em um som harmonioso e alegre, Sherlock virou-se inteiramente para John, e tentou trocar olhares com este , que estava estático pela beleza do som e por tudo em sua volta.

John assistiu Sherlock, que no meio de sua música havia dirigido um início de sorriso à John, e este retribuindo, viu o detetive ganhar uma vermelhidão nas bochechas, e desviar o olhar. Então a música cessou e ambos ficaram ali, no silêncio. John tinha muitas perguntas, mas não queria lança-las ao ar, com medo de algo que ele não sabia ainda oque.

- Sherlock isso foi lindo – As palavras saíram da boca do médico sem a permissão deste.

-Obrigado – Sherlock encontrou os olhos de John – Você gostou ?

- Sim, claro que sim, foi incrível – E o sorriso do médico cresceu tanto que John não conseguia controla-lo. – É a mesma que você estava tocando hoje não é ? – John havia se levantado e se dirigia a Sherlock, que guardava seu violino , não sabia porque mas seu corpo havia se tornado um imã em direção ao detetive de repente.

- Sim – Holmes percebeu o quão perto o outro estava e olhou fundo nos olhos do John. Secretamente ele amava quando seu companheiro ficava assim perto de si, o dando a possibilidade de poder ver seus olhos em todos seus detalhes, e suas pupilas, que agora estavam dilatadas.

- Porquê? – E John havia se perdido nos olhos do amigo, tentando captar tudo, principalmente a cor incrível que estes tinham, oque era difícil no momento pois as pupilas do moreno ocupavam grande parte de seus olhos.

- Oquê? – Sherlock falava agora em quase sussurro .

- Porquê tudo, isso. – John então teve um lapso, seria possível que o amigo tinha lembrado…

- Seu aniversário, John, eu não esqueci, como você pensa.

-E essa música, você, recompôs, ela é de onde, exatamente? – John não quebrava contato visual com Sherlock, e nem Sherlock com este.

- Eu a escrevi pra você, John. É meu presente de aniversário ,porque eu..

-Você ..? – John só havia percebido agora que estava muito, realmente muito perto de Sherlock, o possibilitando até mesmo a sentir sua respiração batendo contra seu rosto.

-Eu…Eu..

-Sim ? – John o continuava olhando, percebendo que seu coração havia disparado.

A direção dos olhos do Holmes mudou para os lábios do médico, que estavam semi-abertos. Delicadamente Sherlock levou seu rosto á baixo de encontro com o de John, o consultor piscou os olhos com alguma insegurança ainda restante em si sobre oque estava a fazer, mas quando voltou os olhos para o de Watson, teve certeza e ambos fecharam os olhos, e quando seus lábios se tocaram, se sentiram tão felizes e apaixonados que queriam que o momento durasse para sempre.

Sherlock levou suas mãos as costas de John, e este pousou ambas mãos amparando o rosto do mais alto. Ficaram algum momento explorando um ao outro. Então separaram os rostos em busca de ar, John olhou pros olhos de Sherlock, que sorriam.

- Eu te amo.

John ficou apenas absorvendo aquelas palavras as quais nunca imaginara que iria ouvir.

-Eu também amo você – E dividiu um sorriso com o detetive.

-Eu pedi para você ir ao mercado para eu conseguir o tempo necessário de arrumar tudo e …terminar a música. Eu não tinha ouvido você chegar hoje mais cedo, por isso a escondi de você . A compus pensando em como você mudou minha vida, como a melhorou… Eu a compus pensando em você, John – Sherlock dizia essas palavras com um ar apaixonado, uma face de si que John nunca pensou ver, parecia que finalmente , algo que estava dentro de si por tanto tempo, havia saído. Fechou seus olhos e descansou sua testa na do moreno.

John sorriu, e fechou seus olhos com as mãos ainda no rosto de Sherlock. – Foi o melhor presente que já recebi Sherlock, eu, eu não sei oque fazer – E o médico deixou escapar uma risada sem graça – Obrigado.

Ambos então de separam e se entreolharam. Sherlock se dirigiu a mesa primeiro.

-Jantar?

-Faminto – Watson respondeu com um sorriso.

Se sentaram a mesa, e Sherlock o interrompeu antes de se servir :

-Eu não sou bom em relação à refeições propriamente ditas, então eu pedi a Mrs.Hudson…Espero que goste.

John ficou contente de ver seu prato favorito em frente de si, e dirigiu um sorriso ao homem que estava a sua frente, se lembrou de algo no mercado que agora lhe atiçava a curiosidade.

- Sim o casal no mercado foi armação minha, minha rede de mendigos serve como ótimo atores se lhes é dado algum dinheiro – Sherlock antecipou e encarou John sério.

Ambos começaram a rir incontrolavelmente, felizes por estarem ali, e se perguntando se tudo oque estava acontecendo era realmente verdade, e era, e muitas outras coisas o aguardavam, ali mesmo onde tudo havia começado, em 221B Baker Street.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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