Imunes escrita por Mandy Wealsey Potter Malfoy


Capítulo 1
Capítulo 1 - Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Bom... esse é o primeiro capítulo da minha novíssima historinha... espero que vocês curtam, e se der, comentem por favor... Espero que gostem, obrigada



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Pov's Isabela.

– JOÃO! JOÃO!!! - Acredite, eu gritei com todas as minhas forças, mas ele não ouviu. Repassei aquela cena milhares de vezes na minha cabeça. Como ele não me ouviu? Tudo bem que havia muitas pessoas correndo e gritando, mas estávamos a uns 5 metros de distância, era impossível ele não ter me ouvido. Só sei que ele era a única pessoa com quem eu realmente me preocupava, e depois disso, por mais que doa admitir, a vida ficou mais fácil sem o João.


Tudo bem que isso foi a mais ou menos 4 anos atrás, mas meus pesadelos ainda tinham a ver com aqueles gritos agonizantes. Aquela foi a primeira vez que eu vi "eles" em ação, foi assustador.


Naquela época eu tinha lá meus 14 anos, uma candidata pouco provável de sobreviver à tudo aquilo, não sei exatamente como consegui, mas direi que foi pelo fato de eu sempre estar sozinha (emocionalmente), ou porque eu era completamente viciada em filmes e séries relacionadas à zumbis.


Foi tudo muito rápido naquele dia, milhares de pessoas correndo, gritando e sendo devoradas, eu me lembro de ter visto uma reportagem, na televisão do orfanato, que eu costumava ficar, sobre uma explosão, depois disso, a notícia de que um vírus letal estava se espalhando por todo o mundo aterrorizou todas as minhas colegas e nós começamos a nos encaminhando para uma base militar perto da cidade. João era o meu melhor amigo, eu prometi à ele que sempre estaria ao seu lado, mas, quando ele morreu, eu não fui salvá-lo, fiquei parada e gritando, com certeza esse foi o meu maior arrependimento.


Muitos encararam o vírus como uma grande catástrofe, já eu o vi como uma chave, uma escapatória daquela vida que eu tinha. Não vou dizer que amo essa nova realidade, mas a morte e as feridas me ensinaram o valor da minha vida, então faço tudo que é necessário para sobreviver, nada mais importa, só a minha vida.


Depois de um tempo vagando por uma cidade pequena, que pelo jeito não era muito convidativa para os turistas, um grupo de "sobreviventes" me encontrou e eu fiquei com eles por uns 3 anos, mas o nosso acampamento foi atacado por uma horda de zumbis, a minha sorte é que eu nunca me apaguei a ninguém de lá. Então foi fácil ir embora sem olhar para trás.

Mas, voltemos ao presente.

A cidade que estou é completamente desprovida de edifícios altos e fortes, o máximo de proteção que eu consegui é em um velho e pequeno mercado bem na saída dessa cidadezinha. Até agora, eu não encontrei grande dificuldade por aqui, mas ouvi gritos, e ao que eles indicam, eu não estou sozinha aqui, então tenho tomado bastante cuidado.


Nesses últimos quatro anos a vida tem sido muito difícil para mim. Por mais que eu odiasse aquele orfanato, ele tinha um belo banheiro, e hoje, é o que mais sinto falta depois do João.


Me levanto rapidamente e começo a caminhar ao redor do mercadinho, só para checar se está tudo bem. Pego minha escova de dente e minha pasta dental, que estão nos bolsos da minha calça e começo a limpar meus dentes. Parece besteira, escovar os dentes. Mas acredite, ficar com cáries ou perder um dente por conta da sujeira só iria piorar a situação.


Olhei ao redor, não há ninguém nessa porcaria de cidade, nem mesmo infectados. Então de onde aqueles gritos estão vindo? Só sei que essa porra não vai prestar mais tarde.


Volto ao mercado, onde estão todas as minhas coisas, e fecho a porta. Jogo fora minhas garrafas de água vazias e pego garrafas cheias na geladeira do velho mercado. Pego o máximo de comida que posso carregar, e algumas facas disponíveis no balcão.


Abro a porta e saio do mercado mais uma vez. Amarro minha mochila na cintura e peito e começo a caminhar, com meu martelo e um mapa nas mãos. Caminho para fora da cidade, daqui uns 3 quilômetros tem um posto de gasolina, posso encontrar um carro, uma moto, ou até mesmo uma bicicleta, qualquer veículo.


Ando por aproximadamente uma hora e chego até o tal posto de gasolina, esgueirei-me sorrateiramente pela mata. Não parecia ter ninguém no posto, então segui em frente, andando o mais calma possível.


Comecei a sentir um cheiro insuportável de sangue, e algo parecido a podridão. Não que isso fosse anormal, mas é ruim de se sentir. Continuei andano cuidadosamente e fui até a loja de conveniências, o cheiro forte aumentou. Comecei a ouvir aqueles velho e conhecidos "rugidos", sabia que eles estavam por perto.


Saio rapidamente do posto de gasolina e passo a olhar freneticamente para todos os lados, e vejo que, logo atrás de mim, tem uma garotinha loira fugindo desesperadamente de três infectados, em sua mão esquerda eu podia ver uma pequena faca, mas a garota estava aflita. Assim que me viu, gritou "socorro", mas eu, nada fiz.


Olho uma última vez para ela, me viro e começo a correr na direção contrária, olho por cima do meu ombro a tempo de ver a garota caindo e batendo fortemente a cabeça, bom, você sabem o que aconteceu depois; Isso me deu uma vantagem então continuei correndo, antes que os infectados viessem atrás de mim.


– Quem mandou não usar capacete - Comecei a gargalhar. Aquela menina não deu sorte.


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Notas finais do capítulo

Tá indo sem comentar? Que coisa feia! ;)



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