Histórias De Dragões. escrita por Anieper


Capítulo 6
Capítulo 6




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No outro dia, Ária acordou antes de amanhecer. Ela deu comida para Esmeralda e começou a fazer seus exercícios. Quando ela se cansou, entrou na casa e viu que tinha que fazer algumas mudanças. Ela começou tirando tudo de dentro de casa, depois de limpar todo o chão com a ajuda de Esmeralda, ela guardou tudo de outro jeito deixando mais confortável. Ela ainda queria mudar muita coisa, mas ia precisa de mais tempo e teria que pergunta para Stoico se estava tudo bem, e como Stoico disse que queria ela cedo em sua casa, ela decidiu se trocar e deixar a reforma para depois.

– Esmeralda vamos para a casa do chefe. Tem água suficiente para você ali. – ela disse apontando para o balde enquanto terminava de amarra a capa. – Como estou?

Esmeralda balançou a cabeça querendo dizer que aprovavam, enquanto balançava a cauda animada. Ária riu e montou em Esmeralda que levantou voou. Elas foram direto para a casa do chefe. Esmeralda pousou e foi para o lado de Tornado. Quando Ária foi bater na porta, ela se abriu.

– Oi Ária. – Stoico disse. – Chegou cedo.

– Eu não sabia que hora você me queria aqui. – ela disse levantando os ombros enquanto Stoico pegava peixes e levava para o Tornado. – Quer que eu volte mais tarde?

– Não. Banguela daqui a pouco acorda o Soluço. – Stoico disse passando a mão em seu dragão.

Ária olhou para Esmeralda que pulava tentando pegar uma borboleta. Nessa hora eles escutaram um barulho de dento da casa e logo depois Soluço gritando.

– Banguela acabou de pular em cima de Soluço. Daqui a pouco ele desce. – ele disse sorrindo. – Venha.

Eles entraram em casa e se sentaram à mesa, Stoico serviu alguma coisa em sua xícara.

– Quer come alguma coisa?

– Já tomei café, obrigada.

– Tem certeza que não quer nada?

– Tenho sim.

Nessa hora Soluço e Banguela desceram as escadas. Soluço sorriu para ela, enquanto Banguela corria até ela.

– Oi garoto. – ela disse passando a mão nele. – Bom dia Soluço.

– Bom dia. – ele respondeu indo até a mesa sentando-se ao lado dela.

– Filho você sabe que Ária pediu para te ajudar com os dragões. – Stoico começou. – Acho que vocês podem conversar e chegar a uma conclusão.

– Acho que ela pode me ajudar em tudo. Sabe, em coisas como controlar os dragões, suas fraquezas, suas forças e tudo mais.

– Quando você quiser. – ela disse. – Quando quer começa?

– Agora mesmo.

– Não é melhor esperar até ir para a academia?

– Quero aprender e passar para os outros. – Soluço disse vermelho.

– Eu tenho uma idéia. Eu ajudo você com os exercícios e os treinadores. E você pode estudar com isso. – Ária levou a mão a boca e esperou um pouco. Esmeralda colocou a cabeça para dentro e indo em direção a ela. Ária abriu um bolso em sua sela e tirou de lá um livro. – Para você.

– Serio? – ele perguntou folheando o livro.

– Sim. Aqui tem minhas primeiras anotações, melhor dizendo, as copias delas. – ela disse colocando o livro na mesa e abrindo uma pagina. – Aqui tem os primeiros dragões que eu conheci, suas fraquezas, forças, habitat, o que gostam de fazer. Tudo.

– Obrigado.

– Quando você termina esse eu posso te empresta outro para você ler e estudar.

– Posso copiar? – perguntou animado.

– Pode.

– Valeu.- Soluço pulou em cima dela e a abrasou. – Desculpa.

– Não foi nada. – ela disse rindo. – Agora come.

– Como está a casa? – Stoico perguntou.

– Precisa de um telhado novo, alguns moveis e outras reformas simples. – Ária disse. – Posso plantar lá? Alguns legumes, algumas ervas e alguns grãos?

– Pode. Soluço e o pessoal da academia vão te ajudar. Certo, filho?

– Claro pai.

Soluço e Stoico tomaram café enquanto Ária dava comida para Banguela. Quando eles terminaram, Soluço e Ária foram para academia e Stoico cuidar dos problemas de Berk.

Perna-de-Peixe tinha sido o primeiro a chegar à academia hoje, ele estava animado e queria contar a todos sobre a moça misteriosa. Assim que os outros o chegaram foi logo soltando.

– Uma moça misteriosa e bonita veio ver o Soluço ontem.

– O que? – os outros quatro perguntaram.

– Ontem uma moça linda veio perguntar sobre ele. Quando eu a levei para a casa dele, ele me expulsou para ficar sozinho com ela. Acho que ele se apaixonou.

– Você está doido, não veio ninguém misterioso para a ilha ontem. – Cabeçaquente disse olhando para Astrid. – E a namorada do Soluço é ela.

– Ele não é meu namorado. – Astrid disse revirando os olhos.

– Estou falando serio. Tem uma mulher misteriosa e eu a deixei com Soluço. – Perna-de-Peixe disse batendo o pé. – Ela é bonita. No começo ela me assustou por que estava com um capuz, mas quando ela tirou...

– Você comeu vômito de Gronckle de novo? – Melequento perguntou.

– Não. Ela é real.

– Não é. – Cabeçadura falou.

– É sim.

– Não é.

– Ela é real e muito bonita.

– Pessoal parem com isso. – Soluço disse entrando na academia. – O que foi dessa vez?

– Esse maluco disse que tem uma mulher misteriosa e muito bonita na ilha. E que ela veio falar com você. – Melequento disse rindo.

– E ele estar certo. – Soluço disse descendo do Banguela.

– Eu te disse. – Perna-de-Peixe disse.

– Pessoal, essa é Ária. – Soluço disse apontando para ela que acabava de entra na academia.

– Não posso dizer se é bonita com o capuz no rosto. – Cabeçadura disse olhando para ela.

– O que você disse para eles Perna-de-Peixe? – Soluço perguntou balançando a cabeça. – Ária esses são os pilotos de Berk.

– Apenas a verdade, Soluço. Que uma mulher bonita veio te ver. – respondeu acenando para ela.

– Ária é uma amiga do meu pai, e ela vai ajudar a gente no treinamento. Ela tem um Escalderível.

– Um Escalderível? – perguntaram em urro.

– Na verdade uma. – ela disse tirando o capuz. – É uma fêmia.

Como o rosto dela ficou a vista a reação dos meninos foi instantânea. Todos abriram a boca, quer dizer, todos menos Soluço, que apenas olhou para ela com um pequeno sorriso. Já as meninas olharam para ela com um olhar intrigado. Dava para ver que elas não confiavam nela e estavam nervosas pela a reação dos meninos.

– Acho que me apaixonei. – Cabeçadura disse

– Você mentiu para a gente, Perna-de-Peixe. – Melequento disse. – Ela não é bonita, ela é linda.

– Cala a boca. Ela vai ouvir vocês. – Perna-de-Peixe disse.

– Estou falando apenas a verdade.

– Na verdade eu posso ouvir todos vocês. – ela disse. – Oi gente.

– Ária, esses são: Astrid, Cabeçaquente, Cabeçadura, Melequento e o Perna-de-Peixe que você já conhecer. – Soluço disse apontando para cada um. – E como eu disse, essa é Ária, uma amiga do meu pai.

– Prazer, pessoal. – Ária disse sorrindo. – Soluço você pode me mostra a academia?

– Claro. – Soluço sorriu para ela. – Bom, aqui é onde acontece à maior parte do treinamento acontece. Quando está muito frio fazemos o treinamento lá dentro. – Soluço a levou para uma das selas. – Aqui é onde os dragões ficavam quando ainda os matávamos. Eles até que gostam daqui. – Ária riu do modo como ele falou. – Todo dia tentamos fazer uma coisa diferente. Seja treinar um resgate, vôos evasivos, fuga sem dragão e coisas assim.

– O que vocês estão aprendendo agora? – ela perguntou.

– A melhor a velocidade.

– Certo. – ela sorriu.

– Venha. – Soluço disse e eles saíram.

– Esses são seus dragões? – Ária perguntou olhando para os dragões que entravam na academia.

– Sim. – os meninos responderam.

– Esse é Dente de Anzol, ele é do Melequento. Esses são Bafo e Arroto, dos gêmeos. Essa é Tempestade, ela é da Astrid. E a Batatão, do Perna-de-Peixe.

– Ele a confundiu?

– Sim. Até ela ter bebês eu não sabia que ela era ela. – Perna-de-Peixe passou a mão na Batatão.

– Pessoal, hoje vamos ajudar Ária a concerta o telhado da casa do Bolor. Meu pai deu a casa para ela, então não é mais a casa do Bolor. – Soluço falou indo para Banguela. – Isso foi confuso. Bom, o que realmente importa é isso, vamos ajudá-la hoje.

– Ótimo. E eu pensando que íamos aprender alguma coisa hoje. – Astrid falou mal humorada.

– E podemos. – Ária disse. – Cada um dos seus dragões pode fazer uma coisa especial. – Ária foi até o canto, fechou a mão e depois abriu. Esmeralda apareceu ao seu lado. – Os Escalderíveis podem soltar água fervendo, mas podem fazer outras coisas.

Esmeralda foi até Banguela olhou para ele e o fez a seguir. Esmeralda parou ao lado de Ária. Ária fez um movimento com a mão e Esmeralda abaixou a cabeça, quando ela levantou, ela fez uma bola de água em volta de Banguela.

– Uau. – todos falaram.

– Vocês precisam conhecer os seus dragões. – ela disse.

– Sabe alguma coisa sobre os Gronckles? – Perna-de-Peixe perguntou animado.

– Sei.

– E... – todos começaram a falar ao mesmo tempo.

– Pessoal um de cada vez. – Soluço disse.

– Vamos fazer assim, vamos para a casa de Bolor e eu ensino a cada um de vocês uma coisa que não sabiam sobre seus dragões.

– Certo.

Todos montaram em seus dragões e foram em direção a casa do Bolor. Quando eles chegaram lá todos desceram de seus dragões. Esmeralda foi até o poço e enfiou a cabeça dentro dele.

– Ela está bem? – Cabeçaquente perguntou apontando para Esmeralda.

– Está. – ela respondeu. – Onde eu morava tinha um lago, esqueci de pergunta para Stoico se podia fazer um aqui em cima. Depois eu falo com ele.

– Então o que temos que fazer? – Astride perguntou.

– Bom, quero mudar algumas coisas dentro de casa. O telhado tem que se consertado. Quero plantar algumas ervas e outras coisas.

– Então o que faremos?

– Perna-de-Peixe você pode usar a Batatão. Se passar a mão na cauda dela de baixo para cima, vai fazer com que a cauda fique mais pesada e vai te ajudar a preparar a terra. – ela olhou para Astrid. – Tempestade pode usar a cauda para fazer buracos, mas se você passar a mão em seu pescoço perto do peito ela pode girar a cauda bem rápido criando um pequeno redemoinho de espinhos. Os Pesadelos podem queimar tudo mais fácil, se você fizer o fizer jogar saliva no fogo será mais rápido e será fácil de controlar. O Ziperarrepiante pode usar as caudas para afasta pedras, eles têm uma força enorme nelas, apesar de não usá-las muito. Soluço eu quero te mostra uma coisa. – Ária foi até o Banguela, depois de passar a mão nas costas dele até encontra o que queria. – Aqui. Coloca a mão aqui. Está sentindo?

– O que é isso?

– Isso é uma escama, se você apertar aqui... Por que você não vê?

Soluço apertou onde ela falou. Quando ele fez isso Banguela abriu as asas e lançou plasma com o dobro de foca em uma enorme pedra a transformando em nada.

– Você sabia que podia fazer isso? – Soluço perguntou para o dragão que olhava para a pedra supresso.

– Como você sabia disso? – Perna-de-Peixe perguntou.

– Onde eu morava apareceu uma fêmea. – Ária balançou a cabeça. – Vocês sabiam que eles não botam ovo? Ás vezes ainda sonho com aquele parto.

– Você está me dizendo que eles nascem da mãe, e não de ovos? – Soluço perguntou.

– Venham aqui.

Ária entrou na casa e foi até um dos cestos. Depois de mexer um pouco ela se levantou com um livro na mão.

– Quem quer ler? – ela perguntou.

– Eu! – Perna-de-Peixe e Soluço falaram.

– Soluço, já que o Banguela é dele.

– Com forme o tempo passa descubro, mais e mais sobre os dragões. Hoje mesmo descobri que os Fúrias da Noite tem um rito de acasalamento diferente dos outros dragões. Apesar de serem répteis, eles não põem ovos. E também eles são monogâmicos, ou seja, eles têm o mesmo parceiro à vida inteira. Se por um acaso seu parceiro morre ele permanece fiel até a morte. Hoje encontrei uma fêmea grávida. O que me levou a pensar, “eles têm apenas um filhote por vez?” Se for assim, descobrir por eles são tão raros, enquanto um Nadder mortal, por exemplo, coloca de três a dez ovos e todos chocam com sucesso, um Fúria da Noite têm apenas um filhote.

– Nossa. – Astrid disse. – Por isso são tão raros.

– É sim.

– Tem mais? – Soluço perguntou.

– Tem. – Ária pegou o livro da mão dele e o foliou. – Aqui.

Hoje foi um dia, digamos, traumatizante. Encontrei novamente aquela Fúria da Noite. Bom, até que foi legal revê-la. Isso até ela entrar em trabalho de parto. Quando isso aconteceu, eu não sabia o que fazer. Pensei em sair e deixar a natureza cumprir com o seu trabalho, mas vi que ela estava tendo dificuldades. Então eu me ajoelhei ao lado dela e a ajudei. Isso mesmo, eu fiz um parto de um dragão. E até quatro meses atrás eu nem sabia que dragões tinham bebês dessa forma.

– Eu quero um livro desse. – Perna-de-Peixe disse.

– Eu também. – Cabeçaquente disse. – Você não tem só sobre o Ziperarrepiante?

– Sim. Assim com um para cada dragão. Mas não vou dá a vocês.

– Mas...

– Vocês podem fazer o seu próprio livro. – Ária disse e piscou para Soluço. – Agora vamos arrumar essa casa. Assim posso parar de falar a casa do Bolor, e chamá-la de minha casa.

Todos voltaram para o trabalho.


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