Bêbado de quê escrita por Welder Alves


Capítulo 1
Capítulo único




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Risco a parede com a minha unha,
Que me preenche de alcunha.
Vestido de luzes desligadas,
O sono brinca de pique-esconde.

Daqui não saio, daqui ninguém me tira.
Não há quem fira, não há quem vira.
Regente da cura da sanidade,
Mexo somente meus dedos bêbados.

Quão bom é deitar, quão bom é sentir.
Que nesta rua pisoteada de sexta-feira,
Ela me conforta e me cura,
Desta pobre bebedeira.

Olhos inchados, de sofrimento fiado,
Pois se é bom, não tenho como comprar.
Contento-me,
Enfrento-me em linha reta.

Amar parece ilusão,
E quando tem rabo de saia,
Parece obra do cão.
É vão!
É vão!
Não quero mais não!


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