Os anjos não devem fazer pactos. escrita por Mana L


Capítulo 19
Capítulo 19 - Laços antigos.




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POV Autora

Depois de alguns minutos o olhar de Erza estava congelado, paralisado de horror.

– É isso que você pretende? – dizia ainda em choque. – Nenhum ser na terra merece essa punição...

– Nem mesmo esse demônio?

A anja deu um passo para traz, aquele demônio dentro do galpão merecia queimar, ela sabia disso, mas o purgatório....

“Era a cor dos seus cabelos...”

Essa palavra trazia de volta todas as lembranças qua a assombravam constantemente... e agora gritavam mais e mais alto a cada passo que sua mente pensava naquela terrível prisão, porque o purgatório não era nada mais do que isso, uma prisão.

Almas nem boas, nem más, passando por milhares de provações, sendo mantidas pagando os pecados da vida pra depois seguir para o céu puras, ou então queimar nos infernos... porem de fato o tempo no purgatório era uma tortura sem fim, nada podia escapar de lá... nem ninguém.

Os olhos da anja pesaram, “Ninguém pode sair de lá, nem mesmo você... não é Jellal?”

Sem pensar ela apertou as mãos com força, a quanto tempo não se permitia pensar em Jellal, seu menino... seu protegido.

Poucos algum dia souberam que a grande Erza começou toda sua historia de anja, como uma simples anja da guarda, e essa anja pura, por ter sofrido uma morte prematura ainda muito jovem, guiava e cuidava de um garotinho...

Um jovem sorridente de cabelos azuis e olhos castanhos...

Flash Back on

– Jellal, tome cuidado... – resmungou a anjinha olhando o menino.

Ele por sua vez sorria abertamente enquanto subia em uma arvore. Aos pés dela se encontrava uma mulher baixa, com os mesmo cabelos azuis, e a mulher segura em seus braços, um nenê.

– Não se preocupe mamãe!- gritou do alto da arvore. – Já estou vendo o balão daqui.

O garoto se esticou todo, tentando pegar o balão laranja alguns galhos acima dele, mas não alcançava, foi então que decidiu fazer uma coisa muito estupida...

Pular.

– Jellal! – a mulher gritou.

Foi então que quando o menino fechou os olhos esperando a queda... milagrosamente ela não veio, ao abri os olhos o garoto se viu em pé no chão, cambaleou um pouco pela falta de equilíbrio mas não teve um arranhão, e quando olhou sua mão, viu segurava firmemente a cordinha do balão laranja.

– Han?! – o garoto não entendia como tinha parado ali, mas nem teve tempo de pensar muito no assunto.

– Filho! – sua mãe o apertou com força conta o peito. – Meu Deus menino, você podia ter se machucado... – a mão livre da mãe percorreu o rosto do menino procurando qualquer ferimento, mas não encontrou nenhum. Ela soltou um suspiro aliviado.- Agradeça ao seu anjinho da guarda, sim filho? Ele esta cuidando muito bem de você. – disse a mulher com um sorriso gentil que fez o menino sorrir também.

–Sim mamãe! – respondeu, depois se aproximou para o olhar o nenê nos braços da mesma. – Olha o que seu irmãozão pegou pra você maninha.

Com cuidado o menino amarou a cordinha do balão no pulso do nenê que soltava uma gostosa risada, sem que nenhum dos três desconfiasse que encantada a anja de curtos cabelos scarlet observava aquela cena.

– Que lindo...- suspirou.

5 anos depois...

– Mano, mano olha! – uma garotinha de cabelos azul chamava alegremente. – Eu fiz uma pilha de folhas!

Dizia alegre, ela estava sentada de joelhos no chão com os braços em volta de uma grande pilha de folhas. O menino que antes olhava distraído olhando para a arvore que anos atrás se salvara tão estranhamente, se virou e se abaixou perto da irmã e sorriu.

– Que legal Levy... – disse afanando o cabelo da menor.- Mas só da pra brincar quando estiverem secas, essas ainda são muito verdes.

Erza olhava a cena com muito carinho, Jellal era um garoto tão doce...

Ele não merecia passar por tanto sofrimento.

Alguns meses se seguiram e uma estranha marca tinha surgido sobre o olho direito do garoto, uma marca que marcava o começo de uma batalha... que a anja sabia, que Jellal ia perder.

Possessão.

Flash Back off

Erza inda estava congelada, fitando o chão como se sua vida dependesse disso.

“ Seis meses depois...” pensou erza. “... ele sucumbiu.”

O corpo material de Jellal não aguentou, mas sua alma fundida com a de uma antigo e poderoso demônio fez surgir um ser tão maligno, e tão cruel que quando Erza se tornou uma anja guerreira para salva-lo e a luta acabou, a alma de seu menino já estava perdida, para sempre.

Flash Back on

Lá estavam eles, frente a frente após tantos anos.

Erza, agora uma anja guerreira apontava uma cruz que ia aos poucos se apagando enquanto Jellal estava caído se joelhos a sua frente, ele tinha as mãos a frente do rosto e aos poucos seus soluços e lagrimas cortaram o silencio entre os dois.

– Eu fiz isso, não fiz?... eu os matei? – dizia assustado olhando para os lados, com um profunda dor nos olhos a anja assentiu, deixando-o novamente no desespero. – M-minha mãe, minha irmãzinha... eu f-fiz mal a elas?

Antes que a anja pudesse livra-lo daquela culpa e dizer lhe que nunca tinha feito nada para elas... um grande buraco negro se abriu no chão, e dele saiu uma estranha anja de asas e cabelos negros, estranha talvez por não ser de fato uma anja como Erza pensava, mas sim, uma demonia...

–Takeo Mai....

De fato, era a própria... e com uma grande arma negra apontada para as costas de Jellal.

– É bom que não tente nada...- disse com uma voz seca, enquanto tirava os fones dos ouvidos. – Essa arma não é de brinquedo.

Erza estava em pânico... Takeo Mai era a demonia responsável por levar as almas, elas as levava para o inferno, ou pior, ela as levava... para o purgatório.

– Por favor me escute...- suplicou a anja.- Ele não teve culpa de nada...

– Sabe que isso não me interessa. – interrompeu. – Ele deve pagar pelo que fez. - Um olhar de dor tomou a face da anja, fazendo a demonia desviar os olhos. - Não fique assim, eu ainda fui generosa, deveria manda-lo direto para o inferno.

A anja engoliu seco “ E agora?” depois de tantos anos, tantas lutas... ela iria perde-lo?

Erza estava prestes a levantar sua espada contra a demonia, mesmo sabendo que a mesma não queria nenhum mal verdadeiro, mas lutaria com era... se Jellal não tivesse impedido.

– Eu vou. – disse firme e já de pé entre as duas. – Pode me levar Takeo-san.

Depois silencio, era isso... a decisão final, Erza sabia.

– Hunf! - bufou. - Como se você tivesse escolha...- ela guardou a arma nas costas e cruzou os braços. – Mas como vai sem se queixar... te dou cinco minutos, trate de se despedir logo...

Ele queria ver sua irmã, queria pedir desculpas a sua mãe, queria tanta coisa, mas não tinha tempo... mas então se lembrou da anja.

– Ei, vc... – disse chamando-a. – Obrigada.

O coração da anja quase se despedaçou com aquele pequeno sorriso do rapaz... mais uma vez depois de tudo, seu garoto estava ali, livre.

Jellal se virou, não tinha mais o que falar... Não tinha mais de quem se despedir.

– Era meu dever. – disse a anja chamando a atenção dele. – Como... como no dia que você caiu da arvore...

O azulado voltousse para ela com os olhos arregalados, ele abriu e fechou a boca inúmeras vezes até deixar algum escapar.

– E-era você... oque eu vi naquele dia era.. era...

Ele não teve chance da acabar a frase.

– Chega, acabou o tempo.- Mai puxou-o pelo braço.

– Não, espere!- tentou Erza, porem foi inútil visto que havia sido completamente ignorada.

Jellal olhou mais uma vez para traz, para a anja e gritou enquanto caminhava, afastando-se dela.

– Vou te pedir um ultimo favor... – disse apresado. – Faça oque eu não consegui fazer... proteja a minha irmãzinha como me protegeu, por favor...

A anja congelou, quis chorar, mas não o fez, não na frente do seu menino... No lugar disso ela o encarou de cabeça erguida com um olhar firme.

– Eu juro.

O rapaz sorrio e em quanto ele e sua alma eram levados.

A demonia abriu suas grandes asas negras que agora planavam sobre o buraco, a espera de Jellal, ele por sua vez ficou de costas para o grande poço, tentando dar uma ultimo olhar para a anja e sorriu.

– Oque eu vi naquele dia foi muito bonito... era a cor do seu cabelo.– foi cortado pela voz de sua carrasca.

Ela ordenou e ele obedeceu, uma ordem que era simples...

Pular.

Flash back off

O demônio nas sombras não entendeu a súbita mudança da anja...

Ela havia paralisado em sua frente, em uma terrível luta interna.

– Titânia? Oque você...

– Cale-se. – ordenou. – Cale-se, ninguém merece o purgatório!

O demônio se enfureceu, seu plana estava indo pelo ralo rápido demais.

– Você disse que protegeria aquela menina, você JUROU titânia, no leito do seu irmão mais velho... – sua voz exalava nada mais do que ódio e amargura.- E você falhou miseravelmente, não uma, mas duas vez...

– eu disse... CALE-SE!

Rapidamente posicionou sua espada direção do demônio, cortando as sombras, isso não o mataria, mas o traria muita dor.

– Maldita... – rosnou.

– Vou dizer pela ultima vez seu ser desprezível... Cale-se. – sua voz era cortante, áspera e seca... uma voz que faria o próprio senhor do inferno se entregar ao medo. – Ou eu mesma chamarei TakeoMai aqui!

E assim, o silencio, finalmente foi feito.

Mas então... o demônio riu, uma gargalhada horrenda e descontrolada.

–Ódio titânia? – disse entre os risos que mais paresiam espasmos doentios. – Ira é um pecado, sabia? – a anja arregalou os olhos, deixando sua espada cair no chão com o choque “O que?” – Não se preocupe titânia, eu preciso da sua energia... – As sombra começaram a rodear a anja em uma esfera, cada vez mais apertada. - ... eu só não preciso de você!

As sombras se dissiparam, uma vez que a esfera se tornou minúscula... mas a anja, já não estava mais lá.

– E agora... – disse enquanto se sentira ser preenchido pelo poder da anja.- Esta na hora de planejar uma reunião de família...

–x-

A jaula foi aberta pela guardiã do purgatório.

–Entre ai seu desgraçado! – gritou jogando um demônio para dentro.- Saiba que ninguém me faz derrubar meu Starbucks e sai impune.

O demônio cambaleou e caiu, mas não pode deixar de rir com isso.

– Ei vaca, achei que estava me prendendo por descumpri com um pacto... mas isso deve ser muito menos grave do que seu preciso Starbucks. – riu.

Irritada Mai bateu a porta da jaula com força.

– Vamos ver por quanto tempo vai rir...

Ela saiu deixando-o sozinho, o demônio em questão tinha um cabelo azul, mas com suas pontas esbranquiçadas. Depois de alguns minutos ele se sentou e respirou fundo.

– Porque ela não apareceu? – murmurou tristonho.

– Algum problema? - O demônio deu um pulo de susto que fez a voz tentar segurar o riso.

Ele olhou um pouco mais de perto, era outro ser, nem um demônio, nem um anjo, apenas uma alma de um jovem de cabelos azuis escuros e olhos castanhos.

– Meu nome é Jellal...- disse.

– Hm, olá...- falou um pouco sem graça voltando a se sentar no chão. – Qual é a da vaca?

– Se fosse você não chamaria ela assim...- disse com uma gota na testa. – As torturas são mil vezes piores se ela não vai coma a sua cara.

O demônio mais novo deu de ombros, ele pegou do bolso um fone e um celular e começou a escutar, coisa que chamou a atenção do mais velho.

– Como ela te deixou trazer isso?!

Mas antes que ele pudesse responder...

– QUEM ROUBOU MEU CELULAR?!

– Você não vai durar nada... - Jellal resmungou, com uma gota enorme na testa.


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Notas finais do capítulo

Oi gente!!!
Dois personagens de uma vez ^^
não se preocupem vou me aprofundar mais neles depois, eu ia acabar mas vou ser expulsa do pc agr...

Kissus de chocolate pra todo!!!



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