Os anjos não devem fazer pactos. escrita por Mana L


Capítulo 17
Capítulo 17- Como posso provar...?


Notas iniciais do capítulo

Sabe quando vc quer acreditar em algo, e por mais q vc tente vc não consegue...



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POV Gajeel

Tudo bem eu ri, admito, não sabia mais o que fazer.

Se ela quisesse eu a perdoaria, se ela tivesse beijado outro cara eu... eu a perdoaria, mataria o bastardo que ousou tocar na MINHA anja, mas... eu perdoaria. Só que mentir pra mim, depois de tudo, isso eu me recusava a perdoar, mesmo dela.

– Prove... – não tive força pra dizer mais nada, eu não queria dizer mais nada.

Com isso o olhar preocupado da baixinha quebrou, sendo tomado por olhos frios, olhos que eu nunca tinha visto nela...

Ela se afastou de mim, não, ela me empurrou! Mas eu não ia ceder, não dessas vez... Ela me encarou por mais algum tempo, mas nenhum de nós se quer tentou abrir a boca, acho que depois de um tempo se cansou do silencio e caminhou até a porta, murmurando um rápido “siga-me”

–X-

POV Autora

Eles permaneceram em silencio quase que absoluto o caminho todo, Levy havia guiado Gajeel para fora do galpão, eles já tinham andado um bom percurso quando finalmente o ex-demonio se irritou.

– Oque estamos fazendo aqui baixinha? – rosnou. – Se você estiver só me enrolando...

Ela nem sequer virou para ele apenas murmurou um rápido “estamos quase lá.” E voltou a andar.

Por fim, eles chegaram a um beco, era bem sujo, mas também era cheio de janelas de apartamentos, os moradores deviam jogar todo lixo pela janela...

A anja caminhou até um canto do beco que estranhamente estava limpo, ou melhor, o mínimo de limpeza comparado ao resto do lugar. Ela estendeu a mão para o nada e abriu um sorriso tímido.

– Olá...- disse quase que num sussurro. – Eu sou Levy, qual o seu nome?

Aquela situação já estava estranha demais para Gajeel.

– Eu sabia que estava me enrolando!

– Calado. – disse seca, seu tom o surpreendeu, ela estava MUITO brava... Ela voltou o rosto para a parede vazia novamente e sua expressão suavizou. - Não precisa ter medo... – sussurrou.- Vamos pequena, qual é o seu nome?

Gajeel estava prestes a arrastar Levy daquele beco a força quando algo o surpreendeu.

– Sou Hirome... – uma voz amedrontada respondeu.

A mão da anja se fechou parcialmente como se alguém a segurasse, isso a fez abrir um largo sorriso. Alguns segundos depois uma garota apareceu como do nada, segurando a mão de Levy

– Olá Hiromi.

A menina agora era bem visível, tinha um longo cabelo negro com uma franja um pouco acima dos olhos e era apenas uma pouco mais alta que Levy, mas o que mais chamou atenção de Gajeel, ela tinha asas.

Sim, asas, elas estavam caídas e paresiam cansadas e empoeiradas, mas mesmo assim eram asas, asas de um anjo.

– Você por acaso não seria a anja da Lu-chan, seria? – perguntou Levy com um pequeno sorriso.

– Sim, ela é minha menininha...- o queixo de Gajeel caiu “então era assim que ela pretendia provar.”

– Então você conhece o Natsu também, não é? – perguntou novamente.

Em um fração de segundos a expressão daquela anja mudou drasticamente.

– O QUE AQUELE CAPETA DE CABELO DE PUDOL TEM HAVER COM ISSO?! -Levy se espantou, mas por sua vez Gajeel estava se segurando pra não rolar no chão de tanto rir. Hirome respirou fundo e continuou. – Desculpe, mas o que vocês querem?

Essa era uma boa pergunta, uma que Gajeel queria fazer desde que saiu do galpão, sendo assim Levy tomou a frente para responder.

– Quero que nós ajude a espionar o Natsu e a Lu-chan!

– Que?!

– Vocês já vão ver...

–X-

Não demorou muito e os três já estava debruçados sobre uma das varias janelas do beco, a qual agora eles sabiam era a casa de Lucy.

– Agora me explica... – começou Hiromi. – O que vocês querem?

Levy foi a primeira a falar.

– Estou tentando mostrar de não sou mentirosa... -Gajeel não falou nada em resposta, apenas fechou a cara.

A anja de cabelos negros suspirou.

– Entendi, vocês são um casal brigado... - ... – Que fofo! Vocês dois se completam!!!

– Você tem algum problema na cabeça por acaso? – Se irritou Gajeel. – É algum tipo de anjo bipolar?!

– Ahhh, cale a boca e vamos acabar logo com isso!

A anja passou a mão sobre as janelas fechadas tornando as cortinas transparentes. Ao ver isso Levy se sentiu um pouco nostálgica, seus poderes de anja da guarda funcionavam mais ou menos assim também.

–Natsu? – Lucy gritou de dentro do apartamento, chamando a atenção dos três. – Meu Deus o que aconteceu com você?

A janela que eles estavam olhando era a de um quarto, em pouco tempo Lucy entrou nele com Natsu apoiado no ombro e o colocou na cama, o ombro dele estava estranho, provavelmente deslocado e seu tornozelo paresia torcido, talvez tivesse quebrado a perna.

– Eu cai...- respondei.

Lucy se ajeitou-se e se sentou no canto da cama ao lado dele.

– Temos que chamar alguém...- ela estava preocupada, muito preocupada. – Você não pode ficar assim.

– Eles ainda não podem me ver Luce... – disse olhando para o teto, ele estava esgotado. -... mas eu vou ficar bem, logo minhas partes voltam pro lugar – riu, mas depois ficou serio novamente. – Luce, eu fiz o acordo... com a Levy. - Lucy ficou estática coisa que o perturbou muito. – M-mas eu voltei, estou aqui e agora você não vai mais se machucar e...

– Baka! – gritou. – Você esta que machucado agora... – ela levantou da cama de forma brusca. – Eu vou pegar alguma coisa do quite de emergência e já volto!

Ela tentou se afastar da cama, mas assim que se virou Natsu segurou-a pelo pulso, impedindo-a de sair do quarto.

– Você esta brava comigo. – disse emburrado.- Eu não quero que fique brava comigo Luce...

“Ai meu deus quanto amor... “ sussurrou Hiromi com coraçõezinhos nos olhos.

– Eu não estou brava... – murmurou. –Eu sei que fez isso por mim, eu só... – a voz dela morreu e logo ela bufou. – Eu nunca pedi pra que fizesse isso Natsu!

Nessa hora Natsu passou a encara-la serio.

– Mas você não queria casar comigo Luce? – agora sim, todos os pares de olhos se arregalaram para aquela cena.- Agora pode ser de verdade, então porque esta brava? – Lucy não conseguiu responder. – não fique brava... – suplicou.

Lucy não se conteve a deixar algumas lagrimas escorrerem, ele estava falando, de verdade, tudo que ela sempre quis ouvir... sempre.

Hirome estava toda empolgada vendo aquela cena com os olhos vidrados, quase sem piscar.

– Eu não sabia que eles se amavam...- deixou escapar. – Não fazia ideia, e eu sou a anja dela.

Levy segurou a mão dela.

– Não tem como, os dois são bobocas! – reclamou Gajeel ( que nem estava tocado com a cena, né?)

– REPETE ISSO PRA VOCE VER! – gritou Hiromi perdendo a concentração.

As cortinas voltaram a ter cor, e os três caíram pra trás com o susto. E assim tanto Gajeel quanto Levy foram expulsos de lá a chutes pela anja, que os chutou pra longe por fazerem ela perder a cena mais fofa que sua menininha já teve.

–X-

Alguma quadras a frente.

– Que medo...- reclamou Levy recuperando o folego depois da corrida.- Mas ela até que era legal, não acha? – disse rindo, mas Gajeel mesmo sem folego não a encarava com uma cara boa.

– O que isso provou? – perguntou seco.

O sorriso da anja murchou, depois de tudo ele ainda não tinha entendido nada, como isso era possível?

– Isso prova que não sou uma mentirosa, prova que Natsu ama a Lucy e prova que eu não tentei te enrolar em nada!- seu rosto ficou vermelho de raiva e ela começou a apertar a barra do vestido com força, era pedir de mais que ele simplesmente confiasse nela?

– Mas eu já sei de tudo isso sua invocada! – rebateu deixando ela atônica.

– Q-que? – gaguejou, mas logo se recompôs do choque. – Então qual é o problema?

– O problema é que você tem que parar de beijar outros cara, com um bom motivo ou não! – rosnou. – Dessa vez passa, eu não vou matar o Salander... – “Por hora.”- ...mas se isso acontecer de novo...

– Não vai! – cortou ela. – Mas você tem que entender que eu sou uma anja, é o que eu faço...

– Não baixinha, é você que tem que entender!- cortou ele com uma voz raivosa. – Essa marca nas suas costas é minha! – disse firmemente, ao passo que se aproximava da anja. – A asa que você perdeu também é minha! – ele a laçou pela cintura colando seus corpos.- E principalmente... – rosnou entre dentes. - ...a sua boca é minha, e só minha, ou tudo isso que eu tenho seu não vai valer de nada...

Não teve outra, os lábios de Levy foram ferozmente capturados pela boca faminta de Gajeel, que não a soltaria até que se sentisse satisfeito, mas ele bem sabia que aquilo era impossível, nunca se cansaria dela, do seu gosto doce e sutil, do jeito delicado com que ela tentava corresponde-lo ao invés de simplesmente ceder e deixa-lo fazer o que quisesse, era tão bom, tão viciante, e por isso ele sabia, Gajeel sabia que se outro homem provasse desse beijo ele iria perde-la, seria roubada dele pra sempre, como da ultima vez.... Foi aquele único beijo, roubado e não correspondido daquele homem que tirou dele tudo que ele mais amava, Levy.

E nunca mais, nunca mais, ele ia correr esse risco.


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Notas finais do capítulo

Minna-san T-T
gomem a demora, o universo estava conspirando contra mim! Me impedindo de postar, mas agora eu tomei uma desição...
Fode-se o universo!!! *gomem to exaltada aqui...
kkkkk enfim... agora to de volta, e pra ficar!!!!

Kissus de chocolate pra todos!!! (- 3 -)



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